Confrontos eclodiram entre policiais e manifestantes nacionalistas em Bulgária Capital, Sofia, no sábado, com milhares de manifestantes exigindo que o governo planeja introduzir o euro como moeda oficial.

A manifestação começou em frente ao prédio do banco central em Sofia, onde os manifestantes queimaram efígies de Banco Central Europeu Presidente Christine Lagarde e outras autoridades.

Alguns manifestantes começaram a jogar tinta, coquetéis molotov e fogos de artifício no escritório local do Comissão Europeiao União Europeia braço executivo. Uma porta acabou sendo incendiada.

Vários oficiais feridos, várias pessoas presas

Cerca de 10 policiais sofreram ferimentos leves e cerca de seis pessoas foram detidas, disse um oficial da polícia a repórteres.

Os manifestantes, principalmente apoiadores do Partido Ultra-Nacionalista da Bulgária, pediram que o governo deixasse o cargo e canta “Não ao Euro” e “Sim ao Lev Búlgaro”, a moeda do país.

O Partido Revival acusou os funcionários do governo de “fabricar dados” para apoiar a introdução da moeda única. Eles pedem mais debates públicos e um referendo para decidir sobre a entrada na zona do euro de 20 membros.

Muitos economistas acreditam que a Bulgária atrairia mais investimentos estrangeiros se adotasse o euro e garantisse atualizações de classificação de crédito. Outros dizem que o país mais pobre da UE ainda não está pronto para adotar a moeda única da UE.

Adoção do euro Uma prioridade para o novo governo

A Bulgária ingressou na UE em 2007. No entanto, sua entrada no bloco não sinalizou o fim da instabilidade política. O país viu sete governos nos últimos quatro anos.

O atual governo, que foi aprovado no mês passado depois Eleição Snap de outubroreafirmou o compromisso do país em se juntar ao zona do euro próximo ano.

O primeiro -ministro Rosen Zhelyazkov disse que o orçamento do estado de 2025 estabelecerá um déficit de cerca de 3%, o que abrirá caminho para o euro em 1º de janeiro de 2026.

No entanto, o país ainda precisa atingir uma meta de inflação prolongada antes que sua oferta de euro possa ser examinada.

Os búlgaros estão divididos durante a introdução do euro, com muitos preocupantes que isso faça com que os preços disparem, poisaconteceu na Croácia em 2023.

O governo, apoiado por outros partidos pró-europeus no Parlamento, reafirmou a importância da adoção como outro passo em direção à integração européia.

Editado por: Darko Lamel

As 12 vítimas fatais do acidente na Rodovia Waldyr Canevari, em Nuporanga (a 339 km de São Paulo), foram veladas e sepultadas neste sábado (22) na cidade vizinha de São Joaquim da Barra.

A cerimônia foi realizada nas sedes do Lions Clube e do Velório Municipal e reuniu milhares de pessoas da cidade de 52 mil habitantes, localizada na região de Ribeirão Preto.

O acidente aconteceu na rodovia Waldir Canevari por volta das 23h, quando o veículo retornava a São Joaquim da Barra (SP) depois de os alunos deixarem a Unifran (Universidade de Franca), onde estudavam. Além dos 12 mortos, outras 21 pessoas, incluindo os dois motoristas, sofreram ferimentos.

O município amanheceu em luto. Bandeiras foram hasteadas a meio mastro, e moradores deixaram suas casas logo cedo para se despedir de vizinhos, amigos, netos e filhos.

A cerimônia teve o apoio da Prefeitura de São Joaquim da Barra, que ajudou os familiares que não possuíam jazigos. O prefeito Wagner Schmidt decretou luto oficial de três dias pela tragédia que comoveu todo o município.

” Em uma cidade pequena como a nossa, praticamente todos os moradores têm algum vínculo com uma das vítimas. A cidade está de luto. São 50 mil pessoas enlutadas”, declarou o prefeito.

O primeiro corpo a sair para sepultamento foi o de Matheus Jesus Eugênio dos Santos. Ele tinha 19 anos, cursava engenharia elétrica em Franca e era apaixonado por futebol, esporte pelo qual era amplamente reconhecido na cidade.

A empregada doméstica Cristina Aparecida das Graças, de 47 anos, esteve no velório para se despedir de Matheus. Ela conhecia o jovem e sua família e abriu mão de um dia de trabalho para prestar sua última homenagem.

“Eu já tinha uma faxina combinada para agora cedo. Mas, com tudo isso, tive que cancelar. Quem me contratou ficou bravo, mas eu precisava vir aqui, me despedir. Mesmo dos que não conhecia, precisava disso”, relatou Cristina.

Os demais corpos foram liberados aos poucos. Os cortejos começaram por volta das 10h e terminaram ao meio-dia. Os corpos de Hugo dos Santos Aliberti Silva, Otávio Costa Oliveira e Lívia Tavares Luiz foram os últimos a entrar no Cemitério Municipal.

Hugo dos Santos, de 19 anos, estava no segundo ano do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Além do sonho de seguir na área, ele conquistava o carinho dos amigos e moradores por sua dedicação ao Tiro de Guerra de São Joaquim da Barra.

Tendo servido no ano anterior, Hugo demonstrava empenho nas atividades do quartel. Como homenagem, colegas do Tiro de Guerra compareceram ao velório usando camisetas camufladas e carregaram uma foto de Hugo fardado.

“O Hugo era uma pessoa incrível, gente boa. Um cara de coração puro, que ajudava todo mundo lá. Era o cara que mais se importava com a gente. O mais gente boa”, contou o amigo Felipe Galassi, que conviveu com o amigo por oito meses no Tiro de Guerra.

Lívia Tavares Luiz, cujo corpo foi o último a deixar o velório, também contava com o carinho de moradores de São Joaquim. A jovem tinha 23 anos e cursava enfermagem em Franca.

O pai de Lívia, Esdras Luiz, foi quem esteve à frente do cortejo rumo ao Cemitério Municipal. Ele não conteve a emoção ao falar de sua filha.

“A Lívia era uma filha exemplar, não dava um pingo de trabalho. No ano que vem, ela ia fazer estágio, esperava morar em Franca com uma amiga. Estava toda alegre”, contou o pai.

As vítimas do acidente estavam principalmente do lado esquerdo do ônibus, que foi atingido na lateral por um caminhão.

O motorista do caminhão foi autuado em flagrante por fuga de local, homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

O mais jovem dos estudantes mortos na tragédia é Pedro Henrique Souza Saraiva, 17, que completaria sua maioridade no próximo dia 22 de abril. Já o mais velho dos estudantes era Caio Felizardo da Silva, 26.

Também morreram no acidente Otávio Costa Oliveira, Vinicius Nascimento dos Santos (ambos 18 anos), Juliana Neves Hespanhol, Matheus Jesus Eugenio dos Santos, João Pedro de Oliveira dos Reis, Hugo dos Santos Aliberte Dias (todos com 19), Raquel Laila Caldeira (21), Lívia Tavares (23), Flávia Mendes dos Santos e Mariana Anastacio de Oliveira (as duas com 24 anos).