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O desconforto na bancada do PT no Senado com a ade…

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O desconforto na bancada do PT no Senado com a ade...

Gustavo Maia

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Apesar de ter anunciado nesta semanao apoio a Davi Alcolumbre para a sucessão de Rodrigo Pacheco, a bancada do PT no Senado está desconfortável com o espaço mais nobre prometido por ele ao PL de Jair Bolsonaro — que tem a segunda maior bancada da Casa, com 14 senadores, e já garantiu a Primeira Vice-Presidência. Ao partido de Lula, que tem nove parlamentares, restou a Segunda Vice.

Os insatisfeitos, porém, não viram qualquer saída a não ser aderir à candidatura do senador do União Brasil, favoritíssimo a vencer a eleição em fevereiro do ano que vem. A chance de ter um desafiante minimamente viável ao ex-presidente do Senado se dissipou com a desistência do líder do PSD na Casa, Otto Alencar, de lançar sua candidatura.

O apoio a Alcolumbre foi anunciado pelo líder do PT, Beto Faro, que revelou ter tido o aval do presidente Lula e do ministro Alexandre Padilha para divulgar a decisão — que deverá ser oficializada em reunião no Planalto com o senador do União Brasil e os petistas na semana que vem.

Na atual Comissão Diretora, comandada por Pacheco, o PT tem a Primeira Secretaria, com Rogério Carvalho, mas não quer mais o posto. Já na disputa por comissões, os petistas pediram a CAE, de Assuntos Econômicos, mas Alcolumbre disse que já tinha um acordo para entrar o colegiado ao MDB. A CCJ, mais importante da Casa, deverá ficar com o PSD, muito provavelmente para Otto Alencar.

As tratativas sobre quais das comissões irão para o PT ainda estão em andamento, com alta probabilidade de a do Meio Ambiente ser uma delas.





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Toffoli libera dados de acordos da Lava-Jato a órg…

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Toffoli libera dados de acordos da Lava-Jato a órg...

Pedro Pupulim

O ministro Dias Toffoli, do STF, determinou, nesta quinta-feira, o encaminhamento a órgãos federais de controle e ao Congresso Nacional, de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontam uma “parceria escusa” entre o MPF e a ONG Transparência Internacional (TI) no âmbito da operação Lava-Jato. Decorrente de um pedido da empresa J&F Investimentos, a decisão visa elucidar nebulosidades sobre a destinação de recursos oriundos dos acordos de leniência durante a Operação.

No pedido, a J&F sugere um conluio entre a força-tarefa da Lava-Jato e a TI que deixaria a cargo da entidade a gestão de 2,3 bilhões de reais decorrentes do acordo de leniência com a empresa. Os recursos seriam destinados a um fundo para fomentar uma plataforma eleitoral para políticos alinhados aos objetivos da Operação Lava Jato. A empresa ressalta a necessidade de investigação sobre a “periculosidade e a organicidade do projeto de poder firmado pelo consórcio TI/Lava Jato”.

Em um relatório elaborado no início deste ano, a Corregedoria do CNJ apontou “diversas irregularidades e ilegalidades ocorridas nos fluxos de trabalho” durante as investigações e julgamentos da Operação Lava-Jato. No documento, o corregedor Luis Felipe Salomão destacou problemas em “repasses de valores depositados em contas judiciais à Petrobras, decorrentes de acordo de colaboração premiada”, fatos nos quais estariam envolvidos os juízes que conduziram a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação, entre eles o atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

Entre outros pontos considerados irregulares estaria a destinação de valores à Petrobras sem que a estatal tenha demonstrado a superação das vulnerabilidades em seus mecanismos de controle e sem que tenha havido condenação definitiva (trânsito em julgado) com decretação de perda de bens.

Segundo o STF, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba também teria homologado um acordo de compromisso entre o MPF e a Petrobras, que pretendia destinar valores obtidos nos Estados Unidos para a criação de uma fundação privada.





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Após clima de guerra na eleição, Castro e Paes fic…

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Após clima de guerra na eleição, Castro e Paes fic...

Ludmilla de Lima

Na última eleição pela Prefeitura do Rio, os maiores embates foram protagonizados por Eduardo Paes (PSD), reeleito em primeiro turno, e o governador Cláudio Castro (PL). De olho em 2026, os dois campos seguem num conflito velado. Mas, nesta quarta-feira, Paes e Castro ficaram lado a lado e trocaram gentilezas – em meio a piadas sobre a futura disputa pelo Palácio Guanabara – durante um evento no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). A trégua aconteceu durante ato promovido pelo prefeito eleito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), e pelo atual mandatário, Axel Grael (PDT), para formalizar o apoio do governo estadual à candidatura da cidade e da capital aos Jogos Pan-Americanos 2031.

Mesmo na frente de Castro, Paes foi tratado por Neves como futuro candidato a governador. O prefeito eleito de Niterói chegou a chamar o político do PSD de “melhor prefeito do Brasil”, repetindo o que já declarou publicamente o presidente Lula. “O governador deu a boa notícia que resolveu o problema da dívida do estado. Então, está resolvido. Para o governo dele está resolvido. E agora ele vai resolver para os próximos. E  quem é o próximo? Estou vendo aqui na mesa, está bonito isso aqui”, afirmou o pedetista, olhando para Paes, mas rebatido pelo governador, que arrancou risadas da plateia de políticos no MAC. “A gente vai lançar o Axel essa semana”, disse Castro.

Enquanto no campo do prefeito do Rio sua candidatura ao Palácio Guanabara é dada como certa, no grupo de Castro – que reúne partidos de centro-direita e grande parte dos prefeitos da Baixada e interior – o nome a entrar na corrida segue indefinido. Já para o governador do PL, uma das possibilidades é concorrer ao Senado. Durante a última campanha no Rio, Paes chegou a chamar Castro de “frouxo” ao criticar a política de segurança do estado. O governador, então, escreveu nas redes que o político do PSD “extrapola a boa convivência” com “agressões pessoais”.

Já em Niterói, durante a campanha, não houve conflitos envolvendo o governador, que se manteve distante da briga entre Neves e o bolsonarista Carlos Jordy, mesmo este sendo do seu partido.

“Príncipe Paes” e piadas com Maricá

Na cerimônia em Niterói, Paes e Castro se concentraram em tentar mostrar que estão juntos quando o tema são interesses do Rio de Janeiro. “Esses grandes eventos trazem grandes oportunidades. Uma é a de se estabelecer projetos em comum, pautas que nos unam, independente do momento eleitoral, do momento político, de quem seja o governante”, afirmou Paes, brincando que em 2031 só estará ocupando a cadeira de prefeito se uma PEC estabelecer “um principado no Rio”, tendo ele como “príncipe”.

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Na sua fala, Castro chamou Paes de “querido amigo”. “Quando o Eduardo e o Rodrigo comentaram comigo de fazer novamente um Pan-Americano, e agora juntando duas cidade, temos grande prova: uma de que o Rio  de Janeiro voltou, e a segunda de maturidade política”, declarou o chefe do Guanabara. “A gente pode, na época da eleição, divergir, competir. E, passada a eleição, todos respeitamos a democrática vontade da população”, completou.

Além de gentilezas, não faltaram piadas sobre Maricá. Paes citou a cidade – lembrando a polêmica de quando falou mal do município para Lula – ao destacar o projeto da linha 3 do metrô, que ligaria Rio e Niterói por baixo da Baía de Guanabara. A expectativa é de que, se as cidades receberem o Pan, a antiga ideia saia do papel. “A linha 3 vai melhorar muito a vida da capital, de Niterói, de São Gonçalo e da minha amada Maricá”, fez graça o prefeito. Neves também entrou na onda: “Eduardo está dizendo que quer levar a vela até Maricá. Daqui a pouco vai levar para Duque de Caxias alguma coisa”.

 

 

 

 



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Com governo sob tensão, volta de Lula ao jogo polí…

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Com governo sob tensão, volta de Lula ao jogo polí...

Ramiro Brites

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de dois procedimentos médicos pelos quais passou nesta semana em São Paulo, a equipe do governo se esforça para tentar aprovar o pacote de corte de gastos, sob resistência do Congresso. Sobre o quadro clínico do presidente, o chefe da equipe médica de Lula, Roberto Kalil Filho, em coletiva nesta quinta-feira, 12, afirmou que a “evolução tem sido muito boa” e que a volta para Brasília está programada para o início da próxima semana. No entanto, a rotina de cuidados pós-operatórios demandará algum repouso.

Ainda que o presidente possa voltar a despachar, não se sabe qual será a intensidade do trabalho. “Ele estará em alta na segunda ou terça-feira, a programação é que irá direto para Brasília e, evidentemente, vai retomando aos poucos a sua atividade normal”, disse o médico.

A última atividade de Lula em Brasília antes de ser hospitalizado foi uma reunião para tratar da liberação de emendas parlamentares. Após a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que desbloqueou as verbas, os técnicos do Planalto ficaram inseguros para assinar a portaria que viabilizaram o pagamento aos parlamentares.

Segundo parlamentares presentes na última reunião de Lula antes de ir a São Paulo, decidiu-se que o documento seria feito pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), com auxílio da Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada por Jorge Messias. No fim, a portaria publicada na noite de terça-feira, 10, foi assinada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

A portaria amenizou o clima e deve acelerar o pagamento de emendas, principalmente das chamadas emendas Pix, que são enviadas diretamente ao caixa das prefeituras. Mas foi insuficiente para resolver o descontentamento dos parlamentares. O Congresso quer rever as medidas de transparência impostas por Dino. Ele exigiu, por exemplo, um plano de trabalho para o repasse das emendas Pix e quer impor um teto às verbas destinadas por parlamentares.

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Após recusar dois pedidos da AGU para flexibilizar as medidas, Dino discursou nesta quinta-feira, durante o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, o Conselhão. Ele mandou mensagens indiretas para os congressistas. “A democracia, portanto, não é regime de supremacias individuais, não é regime em que chantagens e agressões devem fazer parte do dia a dia nas relações institucionais”, disse o ministro.

Em paralelo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem se reunido com os ministros do União Brasil, MDB, Republicanos, PSB, PSD, PP e PDT para tentar arregimentar o apoio dos parlamentares dos partidos que compõem a base governista e aprovar as matérias econômicas.

Nesta quinta, o Congresso Nacional convocou uma sessão mista para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, um projeto que deve ser aprovado antes do recesso marcado para o próximo dia 23, sob risco de travar a pauta do Congresso na próxima legislatura. O governo corre contra o tempo, enquanto a saúde do chefe do Planalto pede repouso.



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