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“O discurso de Emmanuel Macron em Rabat estabelece o caso marroquino como um bom exemplo de memória da colonização”
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Durante a sua visita de Estado a Rabat, de 28 a 30 de outubro, Emmanuel Macron fez um discurso no Parlamento marroquino em que ele retornou ao período do protetorado francês em Marrocos (1912-1956). Doutor em história contemporânea pela Universidade de Paris-I Panthéon-Sorbonne, Benjamin Badier vê neste discurso a perpetuação da “esquecimento memorial” que caracteriza o que foram a colonização e a descolonização do reino.
Você qualifica o discurso de Emmanuel Macron como “boa memória pós-colonial”. Para que ?
Porque o discurso do presidente coloca o caso marroquino como um bom exemplo de memória da colonização. Esta boa memória é, antes de mais, um descuido, porque em França não há memória real do que foram a colonização e a descolonização de Marrocos. Sabemos que o país se tornou independente em 1956, mas este é um acontecimento sem qualquer profundidade histórica. Certamente, a lei de 1999 sobre o reconhecimento oficial da guerra da Argélia, expressão que substitui o que até então se chamava “operações”abrange também «combates» liderada pela França em Marrocos e na Tunísia.
Mas se a Guerra da Argélia fala hoje a quase toda a gente em França, muito poucos conhecem o período que precedeu a independência de Marrocos. Seria também uma boa memória, se nos atermos ao discurso presidencial, porque todos os aspectos negativos da descolonização são obscurecidos, sejam as divisões entre os marroquinos ou entre os franceses, bem como as numerosas violências que ocorreram naquela época. . Finalmente, não podemos deixar de pensar que esta memória é considerada positiva em comparação com o caso argelino: não haveria ressentimento pós-colonial em Marrocos, devido à descolonização considerada pacífica.
Emmanuel Macron sublinha, no entanto, que a França “invadiu” em Marrocos e menciona explicitamente a “violência da história colonial”.
Seu discurso efetivamente se distancia do tema dos aspectos “positivo” da colonização. Mas compreensivelmente, dado o contexto diplomático, ele nada diz sobre a conquista militar de Marrocos (1907-1934)que foi longo e violento – o historiador francês Daniel Rivet avança a cifra de pelo menos 100 mil mortes marroquinas. Nada sobre a Guerra do Rif também (1921-1927)nem nos quarenta e quatro anos de administração e domínio de Marrocos pela França. Ao fazê-lo, ele faz da colonização um simples parêntese.
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Bitcoin vai sofrer queda bruta após Trump assumir presidência; especialista explica os motivos – Drift Digital
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19 de dezembro de 2024Arthur Hayes, analista de macroeconomia e cofundador da corretora BitMEX, destacou uma possível queda abrupta no mercado de Bitcoin e criptomoedas no contexto da presidência de Donald Trump. Hayes detalhou suas preocupações em um longo texto publicado em seu blog, abordando os desafios econômicos e políticos associados ao governo Trump.
Uma ressaca após a euforia
Segundo Hayes, a euforia inicial gerada pela eleição de Trump pode se transformar em uma “ressaca” econômica quando o mercado perceber as limitações políticas para implementar rapidamente as promessas de campanha. Essa perspectiva negativa pode desencadear um impacto direto no mercado de criptomoedas.
A lacuna entre expectativa e realidade
“Acredito que existe uma grande lacuna entre as altas expectativas dos investidores de criptomoedas sobre quão rapidamente Trump pode mudar as coisas e a realidade de que não existem soluções politicamente aceitáveis disponíveis para implementar essas mudanças rapidamente”, afirmou Hayes em seu blog.
Repercussão imediata no mercado
Hayes alertou que o mercado pode despertar para a realidade de que Trump terá um prazo curto, estimado em um ano, para realizar quaisquer mudanças significativas. Esse choque pode levar a uma venda agressiva de Bitcoin, outras criptomoedas e ativos relacionados às expectativas econômicas do governo Trump.
O desafio do ciclo eleitoral
“Trump tem um ano para agir porque a maioria dos legisladores eleitos nos EUA começa a fazer campanha no final de 2025 para as eleições legislativas de meio de mandato, em novembro de 2026. Toda a Câmara dos Representantes e um grande número de senadores terão que se submeter à reeleição”, explicou Hayes. A fragilidade da maioria republicana é outro fator que contribui para a incerteza.
Consequências para o mercado de Bitcoin
O analista aponta que o choque político pode afetar não apenas o mercado de criptomoedas, mas também ativos vinculados a apostas no sucesso econômico de Trump. Isso ressalta a importância de entender a relação entre política e economia para prever movimentos do mercado.
Um mercado de alta em 2025?
Apesar de sua previsão sombria, Hayes não descarta um cenário em que o mercado altista no setor de criptomoedas possa continuar em 2025. Ele aponta que políticas de impressão de dinheiro e regulações podem impulsionar o setor a longo prazo, superando o efeito de correção esperado.
O efeito do ‘compre no boato, venda no fato’
Um dos fatores mencionados por Hayes é o fenômeno do “compre no boato, venda no fato”. Isso ocorre quando os investidores compram ativos com base em expectativas e os vendem após a realização de eventos significativos, o que pode intensificar a volatilidade no mercado de criptomoedas.
A influência de regulações financeiras
Hayes também destacou a importância das regulamentações financeiras para moldar o futuro das criptomoedas. Ele acredita que novas regras destinadas a reprimir financeiramente os poupadores podem criar condições favoráveis para o crescimento do mercado.
BitMEX e a visão de Arthur Hayes
Como cofundador da BitMEX, Hayes possui uma visão privilegiada sobre o impacto dos eventos macroeconômicos no mercado de criptomoedas. Sua experiência no setor lhe permite identificar tendências e riscos que podem afetar investidores de Bitcoin e outros ativos digitais.
Estratégias para os investidores
Para os investidores, o alerta de Hayes reforça a necessidade de cautela e planejamento. Ele sugere acompanhar de perto o desenvolvimento das políticas de Trump e seu impacto no mercado, além de considerar as oportunidades criadas por possíveis regulações.
O futuro das criptomoedas
Apesar dos desafios, Hayes permanece otimista quanto ao potencial das criptomoedas a longo prazo. Ele acredita que o setor continuará a crescer, impulsionado por inovações tecnológicas e uma adoção cada vez maior em escala global.
Resumo para quem está com pressa:
- Arthur Hayes prevê queda no mercado de Bitcoin e criptomoedas atrelada ao governo de Donald Trump.
- Euforia inicial pode dar lugar a vendas agressivas de ativos financeiros.
- Trump tem até um ano para implementar mudanças significativas antes do ciclo eleitoral.
- Fenômeno do “compre no boato, venda no fato” pode intensificar volatilidade.
- Novas regulações financeiras podem influenciar positivamente o mercado a longo prazo.
- Hayes permanece otimista com o potencial de crescimento das criptomoedas.
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Teatro do Osso encenará peça de Guarnieri em SP – 19/12/2024 – Mônica Bergamo
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19 de dezembro de 2024O grupo Teatro do Osso apresentará uma nova versão da peça “Um Grito Parado no Ar”, clássico de Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006). Com direção de Rogério Tarifa, a montagem estreará em 17 de janeiro no Sesc Bom Retiro, em São Paulo.
A companhia buscou atualizar o texto original, escrito em 1973, durante a ditadura militar, para o contexto contemporâneo. A atriz Dulce Muniz, que fez parte do teatro Arena, participa como atriz convidada. A direção musical é de William Guedes.
TABLADO
Os atores Alexandre Borges, Ricardo Bittencourt, Marcelo Drummond, Roderick Himeros e Tony Reis receberam convidados na sessão especial de “Esperando Godot”, na semana passada, no Teatro Oficina, em São Paulo. As atrizes Maria Casadevall, Manuela do Monte e o DJ e produtor musical Felipe Venancio prestigiaram a apresentação. Borges celebrou os seus 40 anos de carreira com o trabalho.
com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH
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PGR denuncia deputado por injúria contra Erika Hilton
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19 de dezembro de 2024 Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por injúria contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ).
A denúncia envolve um episódio no qual Brunini foi acusado de homofobia durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, em julho do ano passado.
A acusação foi protocolada no Supremo no dia 10 de dezembro e será relatada pela ministra Cármen Lúcia, que marcou uma audiência preliminar para tratar da questão.
O caso começou a tramitar após o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmar que Brunini proferiu comentários transfóbicos contra a deputada, que é uma mulher trans. “Ele fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando, acusando-a de estar oferecendo serviços. Isso é homofobia e desrespeito”, afirmou o senador, durante a CPMI.
Após a repercussão do caso na imprensa, a Procuradoria da República no Distrito Federal enviou uma representação contra o deputado à PGR, órgão que atua no Supremo.
A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete de Abilio Brunini e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação. Na época dos fatos, o deputado negou ter promovido falas homofóbicas contra Erika Hilton.
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