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“Vou despachar de dentro dos ramais”, avisa Thiago Caetano, o homem das obras do governo

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6 anos atrásem

O homem que vai comandar as obras do governo Gladson Cameli (Progressistas) já está com pouco tempo até para falar com a imprensa. As entrevistas precisam ser rápidas em decorrência do início do ronco dos motores das máquinas pesadas, por causa da chegada definitiva do verão. Ele é o engenheiro civil Thiago Caetano, um evangélico discreto que nas poucas horas de folga dedica seu tempo a fazer a “obra de Deus”, ajudando pessoas a se encontrar com o Senhor, por meio de missões e dos encontros da geração Luz, movimento da Igreja Batista do Bosque. Está sob a responsabilidade dele um dos projetos mais pontuais do novo governo, o das obras. Ele disse ao Blog do Evandro Cordeiro que nessa fase inicial vai praticamente morar na zona rural, por onde os trabalhos vão começar. “Vou despachar muitas vezes dos ramais”, diz. Veja o que ele disse mais ao Blog:
Blog – As ignições das máquinas já estão sendo acionadas para o início das obras?
Thiago Caetano – Já ligamos. Nós já conseguimos entrar na AC-40, numa operação bem pesada, mais especialmente ai do Parque Chico Mendes em direção a Senador Guiomard, temos intervenções também na via Chico Mendes e estamos nos preparando para a grande operação dos ramais. Na sexta-feira estivemos reunidos com as entidades ligadas ao homem do campo e depois de ouvir eles decidimos que vamos iniciar com cinco patrulhas em Rio Branco, três delas na Transacreana, onde concentra a maior parte da zona rural de Rio Branco, uma no primeiro distrito e outra no segundo distrito. Isso nesse primeiro momento. A gente explicou para eles toda a dificuldade que o governo vinha passando, toda a força tarefa que tivemos que fazer para salvar aquela emenda dos ramais, todo o esforço do Deracre para recuperar as suas máquinas, para poder ter contrato para trabalhar tanto de aluguel de equipamentos como de combustível também. Só que isso demanda tempo. Mais enquanto não se resolve tudo isso o governo vai nos dar o suporte para que a gente inicie esse ataque.
Blog – O que o senhor ouviu nessa reunião com as entidades ligadas ao homem do campo e ao agronegócio?
Thiago Caetano – A gente escutou muita reclamação, reivindicação. A sensação que nos passa é que realmente a área rural há muitos anos está abandonada. Problemas de pontes, de atoleiros, e com isso muitas pessoas deixaram de produzir. Maioria deixou a agricultura exatamente por causa das vias de acesso. Nós podemos conversar muito, explanar nossas estratégias de curto, médio e longo prazo.
Blog – O que poderá ser a grande novidade para a zona rural nos próximos anos?
Thiago Caetano – O Estado como indutor do desenvolvimento tem que vir entrando com as intervenções mais pesadas de estruturação e pavimentação dos ramais. Se a gente conseguir colocar metas claras de pavimentar cem, duzentos, trezentos, enfim, o que for possível com os recursos disponíveis para ao longo dos anos a gente conseguir pavimentar os ramais mais produtivos e com isso ampliar a produção, é preciso ter esse nível de planejamento adequado. A gente sabe que os municípios tem problemas, mas estamos fazendo uma parceria com eles também para que o Estado entre com um aporte financeiro para comprar combustível e eles entram com o maquinário. Esse parceria vai aumentando a cada ano.
Blog – Qual a maior reclamação dos representantes dos movimentos ligados ao campo?
Thiago Caetano – a grande reclamação deles é que o poder público de maneira geral é muito distante deles. Eles ficaram impressionados pelo fato de nós termos convocado eles para a gente discutir como atacar a zona rural. Eu combinei que vou tirar um dia por semana, vou criar um gabinete intinerante e vou estar despachando de dentro dos ramais. A gente vai buscar criar esse gabinete lá dentro da zona rural para estar conhecendo de perto a realidade e para garantir a qualidade dos serviços.
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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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4 dias atrásem
15 de abril de 2025
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).
O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.
“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.”
Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”
O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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5 dias atrásem
15 de abril de 2025
O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.
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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
11 de abril de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.
Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”
A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.
Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.
Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”
Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”
Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.
Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.
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