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O novo inimigo da direita: a disputa entre moderad…

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O novo inimigo da direita: a disputa entre moderad...

Marcela Rahal

Disputas internas dentro da própria direita chamaram atenção em algumas cidades nessas eleições. Goiânia é um bom exemplo. Por lá, virou um embate público entre Jair Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, por apoio a ambos os candidatos, Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União).

O ex-presidente entrou numa bola divida e acabou perdendo ali e também em outra cidade importante da região, Aparecida de Goiânia, onde o candidato de Caiado também levou. Leandro Vilela (MDB) ganhou do Professor Alcides (PL), por 63% a 36%.

Caiado buscava com a eleição dos aliados consolidar sua posição política para ser um nome competitivo para as eleições à Presidência em 2026. Bolsonaro chegou a chamar o governador de “covarde”, mas Caiado achou melhor não bater de frente, até porque ninguém quer perder o apoio dos eleitores do ex-presidente.

Em entrevista a VEJA durante a nossa cobertura da apuração dos votos neste domingo, 27, o presidente do PP, Ciro Nogueira, foi categórico ao afirmar que houve um erro de “avaliação e condução” da direita nesta eleição.

“Acho que houve um erro de avaliação de integrantes da direita, nós poderíamos estar mais unidos. Podíamos ter resolvido essas eleições já no primeiro turno se tivesse essa união. É passar as eleições, deixar as feridas cicatrizarem, para que a gente possa se fortalecer para as eleições de 2026. Mas que vão ficar algumas feridas, isso não restam dúvidas. Espero que a gente tenha um pouco de calma, que possa dialogar bastante, para que a gente possa sair unificado, porque o centro e a direita saem extremamente unificados com esse recado das urnas”, explicou.

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De fato, há uma busca por um diálogo mais moderado no campo ideológico conservador, mas uma ala bolsonarista do PL não abre mão de uma postura mais radical, o que tem incomodado, inclusive, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que também participou da live de VEJA. “Se você for trabalhar de forma radical, é difícil você ganhar a eleição em todos os lugares. Por quê? Porque nós temos que aumentar a nossa base”, afirmou

O mandatário da sigla citou o pleito em Curitiba, em que Bolsonaro tinha até escolhido o vice de Eduardo Pimentel, Paulo Martins, mas demonstrou apoio à adversária Cristina Graeml (PMB). Segundo Valdemar, isso aconteceu porque ela é de extrema direita e tem a simpatia dessa ala do partido. Mas que o eleitor da capital paranaense não tem esse perfil. O resultado, triunfo de Pimentel, foi mais uma conquista de outro presidenciável: o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que comemorou como “a vitória da direita popular”.

Isso sem contar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, diante de tantas dificuldades nas eleições da capital paulista, principalmente com a entrada de Pablo Marçal (PRTB), outro nome que rachou ainda mais a direita, conseguiu eleger seu aliado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Com Bolsonaro inelegível, há uma busca por um nome que vá substituí-lo em 2026. Isso pode causar danos prejudiciais à direita, que busca entender qual perfil adotar. Mas, nessas eleições, como vimos, a centro-direita sai fortalecida. PSD e MDB são os partidos que mais conquistaram prefeituras neste ano: foram 885 e 853, respectivamente. O PL ficou com 516, bem abaixo das 1.400 que esperavam. E o PT amargou o nono lugar, conquistando 252 prefeituras.





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Presidente do PRTB dispara vídeo de Marçal em tom…

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Presidente do PRTB dispara vídeo de Marçal em tom...

Ramiro Brites

No segundo dia de 2025, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, disparou um vídeo narrado por Pablo Marçal em clima de pré-campanha eleitoral para a disputa pela Presidência da República, em 2026. Na narração do vídeo, o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo diz que a disputa de 2024 foi “só um ensaio” e se coloca como candidato para a próxima eleição.

“2026 está logo ali. Esse é um tempo de preparação, esse é um tempo do povo deixar o desânimo de lado e acreditar no Brasil”, diz Marçal no vídeo compartilhado por Avalanche, que ainda acrescentou a legenda: “Teremos a oportunidade de restaurar o nosso Brasil. Faz o ‘M’”.

Apesar de Avalanche contar com Marçal no PRTB, no fim de novembro, o coach disse a VEJA que negocia com Antonio Rueda para ingressar no União Brasil — legenda que já tem um presidenciável declarado, o governador de Goiás Ronaldo Caiado.

A elegibilidade de Marçal em 2026 ainda é uma dúvida. O coach foi indiciado pela Polícia Federal na investigação que apura a divulgação de um laudo falso às vésperas do primeiro turno das eleições de 2024. O documento fraudulento apontava que o deputado Guilherme Boulos, então candidato à Prefeitura paulistana pelo PSOL, era usuário de cocaína.

Além disso, há uma série de ações de investigação judicial eleitoral tramitando na Justiça Eleitoral contra o coach. Ainda sem data para ser julgada, a ação mais avançada apura suposto abuso de poder econômico em uma estratégia de compartilhamento por cortes de vídeo nas redes sociais. Há ainda ações por captação de recursos e até pela participação tumultuada no ato bolsonarista de 7 de setembro na Avenida Paulista, no último Dia da Independência. São muitos os processos com potencial de tornar Marçal inelegível.

No vídeo em que ignora os imbróglios judiciais, o terceiro colocado nas eleições paulistanas lembrou o slogan da campanha à prefeitura. “Fala que o Marçal mandou fazer o M e mandou um recado: vai cuidar da sua vida”.





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PL opta por silêncio no dia 8 de janeiro e não rea…

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PL opta por silêncio no dia 8 de janeiro e não rea...

Ricardo Chapola

Enquanto o governo Lula prepara um ato para homenagear a democracia no próximo dia 8 de janeiro, o oposicionista PL, cuja cúpula foi indiciada pela Polícia Federal (PF) no inquérito do golpe, deve manter silêncio na data. O partido comandado por Valdemar Costa Neto não pretende realizar qualquer ação em defesa da anistia de quem está preso em razão da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Das 741 pessoas acusadas de participar da quebradeira na Praça dos Três Poderes, 265 foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão e destruição de patrimônio público. “Não tem nada programado”, afirma o deputado federal Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara.

Os atos antidemocráticos de dois anos atrás foram o ponto de partida para o início de investigações que colocaram Jair Bolsonaro e quadros do PL na mira da Polícia Federal, sob a suspeita de tramarem um golpe de Estado. Em novembro passado, o ex-presidente e várias pessoas próximas a ele foram indiciadas. Entre elas, o general Walter Braga Neto, então candidato a vice na chapa bolsonarista em 2022, e o próprio Valdemar Costa Neto. O indiciamento significa que os investigadores consideram haver fortes indícios da participação deles na suposta intentona contra Lula.

Convite à cúpula do Congresso

Do outro lado da trincheira, o presidente Lula convidou os atuais comandantes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para participar da solenidade sobre o 8 de janeiro. Ambos estão prestes a deixar os respectivos cargos. O Planalto também chamou os favoritos para suceder os dois congressistas: o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador David Alcolumbre.

No ano passado, o governo também realizou um ato para celebrar da data. A manifestação aconteceu no Congresso e teve forte cunho político. Naquela ocasião, Lira preferiu não marcar presença. A decisão de convidar Motta e Alcolumbre faz parte de uma estratégia de Lula de estreitar laços com a futura cúpula do Legislativo.





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Após a posse, prefeito da Baixada Fluminense manda…

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Após a posse, prefeito da Baixada Fluminense manda...

Ludmilla de Lima

No primeiro dia útil de trabalho como prefeito, Márcio Canella (União), de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, anunciou que mandou fechar a sede administrativa do governo por 15 dias. A medida inusitada, incluída em decreto, se deu, segundo ele, por causa do sumiço de itens importantes da prefeitura, como computadores e HDs, além de peças como bandeiras e até um chuveiro. A denúncia foi feita em vídeo e publicada nas redes de Canella, que travou uma guerra durante a campanha contra o grupo político do agora ex-prefeito Waguinho (Republicanos).

Ele chega a xingar na gravação o ex-prefeito de “porco”, sendo que os dois já foram aliados no passado. “Estou aqui na prefeitura e encontrei um verdadeiro caos. Furtaram computadores, HDs, apagaram todas as informações para dificultar nosso trabalho. Este foi mais um ato criminoso do ex-prefeito Waguinho”, afirma Canella, ex-deputado estadual. “Até as bandeiras da cidade, do Brasil e do Rio de Janeiro eles levaram”.

O prefeito eleito prometeu, no entanto, não “paralisar os serviços essenciais” para organizar o que chamou de “bagunça que esse porco deixou na cidade”. Em Belford Roxo, diferente do que manda a lei, não houve transição de governo. Num retrato do clima no município, no dia 30 de dezembro, servidores com salários atrasados atiraram ovos contra o carro oficial de Waguinho enquanto ele deixava sua última agenda como prefeito – a inauguração de uma maternidade municipal. No último dia do ano, funcionários de áreas como saúde e educação invadiram o prédio da prefeitura para cobrar o pagamento de salários, benefícios e do 13º.

Na disputa pela prefeitura, o político do Republicanos tentou eleger o sobrinho Matheus do Waguinho. Nas suas redes, Waguinho parece alheio às polêmicas e têm repostado mensagens de aliados o elogiando como líder. Ele e Canella passaram a se enfrentar a partir de 2022, quando Waguinho ficou ao lado de Lula, enquanto o ex-deputado se manteve fiel ao bolsonarismo.



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