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O orçamento, prova de fogo para Antoine Armand

O orçamento, prova de fogo para Antoine Armand

Numa outra existência, Antoine Armand teria desejado ser artista. Um ator. Estudante do ensino médio e depois estudante, o atual Ministro da Economia e Finanças interpreta Anouilh, Sartre, Molière com suas sucessivas tropas. Ele adora montar ótimos textos “com três centavos”. Em O misantropoele é Alceste: “Quero que sejamos sinceros e como homem de honra/Não dizemos uma única palavra que não venha do coração. » Tentado a fazer disso sua carreira, ele tentou ingressar nas aulas gratuitas do Cours Florent, uma grande escola de teatro parisiense. O teste de canto é fatal para ele. “Foi horrível!” »ele ri hoje. Em vez disso, ele passará pelas melhores aulas preparatórias da França, pela École Normale Supérieure, pela Escola Nacional de Administração (ENA) e depois pela Inspeção Geral de Finanças…

Quinze anos depois, ele pode estar desempenhando o papel de sua vida. Aquele, aos 33 anos, do mais jovem Ministro da Economia da história de França – o recorde anterior era de Emmanuel Macron. O responsável, juntamente com o seu colega Laurent Saint-Martin, por aprovar numa Assembleia sem maioria um dos orçamentos mais complicados do Ve República, com um plano de austeridade aliado a um forte aumento de impostos. Sagrado primeiro. A partir de segunda-feira, 7 de Outubro, Antoine Armand tentou, no Luxemburgo, convencer os seus homólogos da zona euro da seriedade orçamental de Paris. Missão difícil, depois dos deslizes em série das finanças francesas.

Seu início no traje ministerial foi doloroso. No dia 21 de setembro, poucos minutos após a sua nomeação, foi o primeiro membro do governo a conceder uma entrevista à imprensa para “revelar as suas primeiras decisões orçamentais”neste caso para um semanário ultraconservador, O Jornal de Domingo. Dois dias depois, Michel Barnier apela aos seus ministros para que “agir antes de comunicar”.

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Três dias depois, porém, aqui está Antoine Armand novamente na mídia. Sobre a França Interele explica que não receberá o Rally Nacional (RN) como parte da elaboração do orçamento, porque esse movimento está, a seu ver, fora do âmbito “o arco republicano”. Marine Le Pen fica furiosa e dá a conhecer isso. Dentro de uma hora, Michel Barnier reformula “de forma clara e firme” seu ministroe liga para o presidente dos deputados do RN para pedir desculpas. Mais alguns minutos e Antoine Armand anuncia que finalmente receberá todos os partidos, inclusive o RN.

“Uma personalidade do futuro”

“Minha porta está aberta a todosele comenta hoje ao Mundo. Minhas crenças não mudaram, no entanto. » Pensar que quinze dias antes da sua nomeação, então deputado (Renascença) pela Alta Sabóia, declarou, sobre a Europa 1: “Nos unimos para vencer o RN, não é para propor um governo que dependesse dos votos dele. »

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