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O papel dos homens na queda da fertilidade no mundo – 02/11/2024 – Equilíbrio

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Stephanie Hegarty

As taxas de fecundidade estão despencando em todo o mundo, ainda mais rápido do que o previsto. A China está registrando mínimas recordes nas taxas de natalidade. E na América Latina, as estatísticas oficiais de nascimentos estão ficando muito aquém das previsões em vários países.

Até mesmo no Oriente Médio e no norte da África, as taxas de natalidade estão caindo de forma mais drástica do que o esperado. Isso é resultado do fato de as pessoas terem menos filhos, mas também porque, em quase todos os países do mundo, mais pessoas simplesmente não estão tendo filhos.

Isabel criou o grupo Nunca Madres depois que o término de um relacionamento desagradável, aos trinta e poucos anos, a levou à conclusão de que não queria ter filhos.

Ela enfrenta críticas por essa escolha todos os dias, e não apenas na Colômbia, onde mora.

“O que mais ouço é: ‘Você vai se arrepender, você é egoísta. Quem vai cuidar de você quando você ficar velha?”, relata.

Para Isabel, não ter filhos é uma escolha. Para outros, é resultado da infertilidade biológica. E, para muito mais gente, é uma confluência de fatores que faz com que uma pessoa não tenha o filho que desejava – o que os sociólogos chamam de “infertilidade social”.

Uma pesquisa recente mostrou que é mais provável que sejam os homens que não conseguem ter filhos, mesmo que queiram–sobretudo, homens de baixa renda.

Um estudo realizado em 2021 na Noruega constatou que a taxa de ausência de filhos entre os homens era de 72% entre os 5% com renda mais baixa, mas de apenas 11% entre os que ganhavam mais–uma disparidade que aumentou em quase 20 pontos percentuais nos últimos 30 anos.

Quando Robin Hadley estava na faixa dos 30 anos, ele estava desesperado para ser pai. Ele não tinha cursado universidade, mas trabalhava como fotógrafo técnico em um laboratório universitário no norte da Inglaterra.

Antes disso, ele havia se casado e tentado ter um filho com a esposa, mas acabaram se divorciando.

Ele estava sobrecarregado com um financiamento imobiliário, que lutava para pagar–e não podia se dar ao luxo de sair muito. Por isso, namorar era um desafio. Quando seus amigos e colegas se tornaram pais, ele teve uma sensação de perda.

“Cartões de aniversário para crianças ou chás de bebê, tudo isso te lembra do que você não é–e do que se espera que você seja. Há uma dor associada a isso”, diz ele.

Sua própria experiência o inspirou a escrever um livro sobre homens sem filhos. Ao escrevê-lo, percebeu que havia sido afetado por “todos os fatores que impactam os resultados da fertilidade–econômicos, biológicos, de momento dos acontecimentos e escolhas de relacionamento”.

E ele percebeu que na maior parte dos estudos sobre envelhecimento e reprodução que leu, faltavam os homens sem filhos–eles também estavam quase completamente ausentes das estatísticas nacionais da maioria dos países.

A ascensão da ‘infertilidade social’

Há uma série de motivos para a infertilidade social, como a falta de recursos para ter um filho ou o fato de não encontrar a pessoa certa na hora certa.

Mas na raiz disso está outra questão, argumenta Anna Rotkirch, socióloga e demógrafa do Instituto de Pesquisa Populacional da Finlândia, que estuda as intenções de fertilidade na Europa e na Finlândia há mais de 20 anos. Ela observou uma mudança profunda na forma como vemos os filhos.

Fora da Ásia, a Finlândia tem uma das taxas mais altas de pessoas sem filhos no mundo. No entanto, na década de 1990 e no início dos anos 2000, o país foi celebrado por combater o declínio da fecundidade com políticas voltadas para crianças reconhecidas a nível mundial. A licença parental é generosa, as creches são mais acessíveis, e homens e mulheres têm uma participação mais igualitária no trabalho doméstico.

Desde 2010, no entanto, as taxas de fecundidade no país diminuíram em quase um terço.

Rotkirch explica que, assim como o casamento, ter um filho já foi visto como um evento fundamental, algo que os jovens faziam ao iniciar a vida adulta. Agora é visto como um evento culminante–o que você faz quando seus outros objetivos são alcançados.

“Pessoas de todas as classes parecem achar que ter um filho aumenta a incerteza em suas vidas”, observa Rotkirch.

Na Finlândia, ela descobriu que as mulheres mais ricas são as menos propensas a não ter filhos involuntariamente. Por outro lado, os homens de baixa renda são os mais propensos a não ter os filhos que desejavam.

Essa é uma grande mudança em relação ao passado: anteriormente, as pessoas de famílias mais pobres tendiam a fazer a transição para a vida adulta mais cedo–elas abandonavam os estudos, conseguiam empregos e constituíam família em uma idade mais jovem.

Uma crise de masculinidade

Para os homens, a incerteza financeira tem um impacto agravante que diminui ainda mais a probabilidade de terem filhos. Isso foi chamado pelos sociólogos de “efeito de seleção”, em que as mulheres tendem a procurar alguém da mesma classe social ou superior quando escolhem um parceiro.

“Consigo enxergar que estava fora do meu alcance intelectualmente, e em termos de confiança”, diz Robin Hadley sobre o relacionamento que terminou quando era mais jovem.

“Acho que, pensando bem, o efeito de seleção pode ter sido um fator.”

Quando ele tinha quase 40 anos, conheceu a atual esposa, que o apoiou para que fosse para a universidade e fizesse um doutorado. “Eu não estaria onde estou agora se não fosse por ela”. Quando pensaram em ter filhos, já estavam na faixa dos 40 anos, e era tarde demais.

Em 70% dos países do mundo, as mulheres estão superando os homens em termos de escolaridade, o que levou ao que a socióloga da Universidade de Yale, Marcia Inhorn, chama de mating gap (“disparidade amorosa”). Na Europa, isso fez com que os homens sem diploma universitário se tornassem o grupo com maior probabilidade de não ter filhos.

Homens invisíveis

A maioria dos países não dispõe de bons dados sobre a fertilidade masculina porque só consideram o histórico de fertilidade da mãe ao registrar um nascimento. Isso significa que os homens sem filhos não existem como uma “categoria” reconhecida

Alguns países nórdicos, no entanto, consideram ambos. O estudo norueguês, que identificou a enorme disparidade na procriação entre homens ricos e pobres, afirmou que inúmeros homens estavam sendo “deixados para trás”.

O papel dos homens no declínio das taxas de natalidade é frequentemente ignorado, diz Vincent Straub, que estuda a saúde e a fertilidade masculina na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Ele está interessado no papel do “mal-estar masculino” no declínio da fertilidade – a desorientação sentida por homens jovens à medida que as mulheres ganham poder na sociedade e suas expectativas de virilidade e masculinidade mudam.

Isso também tem sido chamado de “crise da masculinidade”, representada pela popularidade de antifeministas de direita, como o controverso influenciador Andrew Tate.

“Os homens com escolaridade mais baixa estão em situação muito pior do que nas décadas anteriores”, afirma Straub à BBC.

Em muitos países de alta e média renda, os avanços tecnológicos tornaram os trabalhos manuais menos valorizados e mais inseguros, o que aumentou a disparidade entre os que têm diploma universitário e os que não têm.

Também aumentou a “disparidade amorosa”–e tem um impacto significativo na saúde dos homens.

“O uso abusivo de substâncias está aumentando globalmente, e é maior entre os homens em idade reprodutiva, seja na África ou na América do Sul e Central.”

Tudo isso tem um impacto na fertilidade social e biológica. “Sinto que há um elo perdido que não está sendo estabelecido entre a fertilidade e esses tipos de mudanças sociais e culturais”, afirma.

E isso pode ter um impacto fundamental na saúde física e mental dos homens. “Os homens solteiros costumam ter uma saúde pior do que a dos homens que estão em uma relação”, observa Straub.

Straub e Hadley descobriram que o debate sobre fertilidade se concentra quase que totalmente nas mulheres. E todas as políticas criadas para lidar com isso estão perdendo metade do cenário.

Straub acredita que devemos nos concentrar na fertilidade como uma questão de saúde masculina (também?) – e discutir os benefícios que cuidar de um filho oferece aos pais.

“Apenas um em cada 100 homens na União Europeia interrompe sua carreira para cuidar de um filho; no caso das mulheres, uma em cada três faz isso”, diz ele. Isso acontece apesar das inúmeras evidências de que cuidar de um filho faz bem à saúde dos homens.

Por meio de sua organização Nunca Madres, Isabel se reuniu com alguns representantes de um grande banco internacional no México. Eles disseram a ela que, apesar de oferecerem seis semanas de licença paternidade, nenhum homem havia tirado a licença.

“Eles acham que esse é um trabalho da mulher, e é assim que os homens da América Latina se sentem”, diz ela.

“Também precisamos de dados melhores”, afirma Robin Hadley. Enquanto não registrarmos a fertilidade dos homens, não seremos capazes de entendê-la completamente – nem o efeito que ela tem sobre a saúde física e mental deles.

E a invisibilidade dos homens nos debates sobre fertilidade vai além dos registros. Embora hoje haja mais conscientização de que as mulheres jovens precisam pensar sobre o declínio da fertilidade, essa não é uma conversa que existe entre os homens jovens.

Os homens também têm um relógio biológico, diz Hadley, citando pesquisas que mostram que a eficácia do esperma diminui após os 35 anos.

Tornar esse grupo invisível visível é uma maneira de lidar com a infertilidade social. Outra poderia ser a ampliação da definição de paternidade.

Todos os pesquisadores que comentaram sobre a questão da ausência de filhos fizeram questão de destacar que as pessoas sem filhos ainda têm um papel vital a desempenhar na criação deles.

Isso é chamado de aloparentalidade pelos ecologistas comportamentais, explica Anna Rotkirch. Durante grande parte da evolução humana, um bebê tinha mais de uma dúzia de cuidadores.

Um dos homens sem filhos com quem Hadley conversou para sua pesquisa, comentou sobre uma família que ele encontrava regularmente no clube de futebol local. Para um projeto escolar, os dois meninos precisavam de um avô. Mas eles não tinham nenhum.

Ele assumiu o papel de avô postiço deles e, por muitos anos, quando o viam no futebol, diziam: “Oi, vovô”. Foi uma sensação maravilhosa ser reconhecido dessa forma, segundo ele.

“Acho que a maioria das pessoas sem filhos está, na verdade, envolvida nesse tipo de cuidado, só é invisível”, afirma Rotkirch.

“Isso não aparece nas certidões de nascimento, mas é muito importante.”

Este texto foi publicado originalmente aqui.



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Alaíde Costa e Wisnik abrilhantam Cultura Artística – 14/03/2025 – Ilustrada

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Alaíde Costa e Wisnik abrilhantam Cultura Artística - 14/03/2025 - Ilustrada

Felipe Maia

“Tem que ser de circo para cantar a música dele”, diz Alaíde Costa em um dos interlúdios proseados de sua apresentação com José Miguel Wisnik. Pois ninguém melhor que ela própria, que se iniciou num picadeiro de circo —vitoriosa em uma competição de canto— e se agigantou com malabares únicos de voz até alcançar o panteão da música brasileira.

Nesta quinta (13), a cantora e o pianista abrilhantaram a retomada do Teatro Cultura Artística, no centro de São Paulo, em curso desde a reabertura em agosto último. Após intensos trabalhos ante às ruínas do incêndio de 2008, a casa voltou a cumprir a vocação apontada pelas musas das artes de Di Cavalcanti em sua portentosa fachada —empena remanescente da tragédia. Com Costa e Wisnik, a sala foi da música.

O concerto de pouco mais de uma hora consiste essencialmente no álbum lançado pelo duo em 2020. “O Anel” é a celebração de um encontro em 1968. Aos 19 anos, o prodígio da música e estudante de letras Zé Miguel abocanhara uma vaga no Festival Universitário da Canção Popular —época em que todas essas palavras tinham outro significado. O jovem escolheu Alaíde Costa para interpretar sua canção, que lhe retribuiu com um anel. Estava selada a aliança.

“Outra Viagem”, a música que os uniu, é ponto alto no palco do teatro. Pontuando o piano contorcionista de Wisnik, Costa é precisa como Maria Callas e eloquente como Billie Holiday. Não arfa nem perde o compasso passeando entre divisões incomuns e notas díspares. À beira dos 90 anos, é uma atleta: ora sentada, ora em pé, sempre serena e nunca rendida a exageros.

Na canção que dá nome ao disco, o paso doble de Costa e Alaíde ganha cor entre cantiga de roda desconstruída de um e solfejo ornamentado de outra —seu destaque em “Me Deixa em Paz”, dueto atemporal com Milton Nascimento. Em “Saudade de Saudade”, cantora e pianista perseguem voz de uma e melodia de outro em torno de uma melancólica modinha.

Esse movimento circular é também sinuoso entre erudito e popular. Costa resgata com graça “Come again”, canção renascentista e item caro de se ver e ouvir hoje em dia. “Assum Preto” acena para o clássico “Asa Branca” em intertextualidade típica à obra de Wisnik. Sem o arranjo etéreo de cordas da gravação original, contudo, cabe à intérprete a tarefa árdua de preencher o arranjo. É um raro momento em que Costa parece deslizar.

Aliás, se as composições do ensaísta Wisnik soam às vezes como um conto borgiano ou uma escada do pintor Escher —entremeadas entre fim e começo—, cabe ao contrabaixo de Sidiel Vieira, ao clarinete de Nailor Proveta e à bateria de Sérgio Reze dar margem, linha e pontuação ao texto. Este último, comedido mesmo cercado de tambores e pratos, dá ritmo à virtuosidade melódica e harmônica do duo que toma o centro do teatro.

No palco, Wisnik é um coadjuvante de luxo de uma estrela em eterna ascensão. Esnobada da historiografia dominante da bossa nova e encurralada por sua condição —recusar o que se esperava de uma cantora negra—, Alaíde Costa vem sendo celebrada ano após ano. Com ganas de jovem, a cantora lança ainda em 2025 um disco em homenagem a Dalva de Oliveira, ídolo de sua mocidade.

A própria Costa foi homenageada recentemente. Na novela “Garota do Momento”, ela virou personagem da história e também surgiu à frente das câmeras sob salva de palmas do elenco. Entre ficção de TV e realidade de parcerias longevas com nomes como Wisnik, os palcos hoje se tornaram generosos para a artista. Ovacionada ao fim do espetáculo, com um buquê de flores a tiracolo, ela entrou para a coxia do Teatro Cultura Artística apressada para o que vem pela frente.



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Jonathan Powell: O negociador veterano sendo elogiado sobre o Detente dos EUA-Ucrânia | Política externa

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Jonathan Powell: O negociador veterano sendo elogiado sobre o Detente dos EUA-Ucrânia | Política externa

Eleni Courea Political correspondent

No mundo mais alto em que Keir Starmer e seus assessores operam, os EUA Colocando o ônus na Rússia Concordar com uma trégua com a Ucrânia marcou uma vitória significativa.

O proposto Cessar-fogo de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia é o culminar de Duas semanas de negociações de alto fio envolvendo Ucrânia, EUA, Reino Unido, França e Alemanha.

Poucas horas depois de o plano se tornar público na terça -feira, fontes do Reino Unido deixaram saber que entre seus arquitetos estava Jonathan Powellum veterano dos novos anos do trabalho que emergiu como uma das figuras mais importantes na formação da política externa britânica sob Starmer.

Powell esteve na Ucrânia no fim de semana debulhando os termos da proposta por escrito com Volodymyr Zelenskyy e seu Chefe do Estado -Maior, Andriy Yermakantes da Ucrânia e dos EUA entrarem em negociações de crocância na Arábia Saudita na terça -feira para passar a linha.

O Guardian foi informado de que Powell foi fundamental em Dirigindo a resposta do Reino Unido para as consequências entre Donald Trump e Zelenskyy no Salão Oval em 28 de fevereiro. Ele argumentou com sucesso que a Starmer não deveria emitir uma reação imediata nas mídias sociais e, em vez disso, subir ao telefone para os dois líderes.

“Jonathan Powell ganhou seu dinheiro”, disse Emily Thornberry, presidente do trabalho do Comitê de Relações Exteriores do Commons, na quarta -feira. “A idéia de que ele esteve nos Estados Unidos e conversando com os americanos, alemães e franceses, elaborando a oferta e depois ir para a Ucrânia e criar a resposta: é uma conquista”, disse ela ao programa Today da BBC Radio 4.

Powell (centro) saindo de Downing Street em 2003, quando ele era o chefe de gabinete de Tony Blair. Fotografia: Fiona Hanson/PA

Thornberry disse que Powell trouxe uma “profundidade de entendimento e calma” ao papel. Aos 38 anos quando ele começou a trabalhar para Tony Blair em oposição, ele serviu como chefe de gabinete por toda a premiership de Blair e ajudou a negociar o acordo da Sexta -feira Santa. Antes disso, ele era um diplomata que trabalhou em negociações para devolver Hong Kong à China e negociações de controle de armas com a União Soviética em meados da década de 1980.

Aos 67 anos, ele foi trazido de volta ao governo da Inter Mediate, a organização sem fins lucrativos da resolução de conflitos que ele fundou. Aqueles que trabalharam com ele no ano passado dizem que ele é um operador calmo e experiente que não procura o centro das atenções. “Ele tem um ar sobre ele de uma pessoa que já fez tudo isso antes”, disse um colega.

A mesma pessoa disse Devolva as Ilhas Chagos às Mauríciasum acordo muito mal mesquinho que agora parece ser acenado por Trump.

Powell também se tornou consultor -chefe de fato de 10 anos de fato sobre política externa, preenchendo um vácuo deixado por John está ligadoque teve o papel sob três primeiros ministros conservadores. Isso levou a preocupações em seções de Whitehall que Powell está girando muitas placas e rachaduras começarão a aparecer.

“As duas maiores preocupações que estou ouvindo constantemente são que ele tem muito e está tendo que viajar o tempo todo, pois é efetivamente o principal enviado”, disse um especialista em política externa que está conectado a Whitehall.

O guardião relatado em janeiro que Morgan McSweeney, chefe de gabinete de Starmer, destinou -se a nomear um consultor de política externa para reforçar a operação nº 10. Os consultores especiais foram informados na terça -feira que o cargo seria preenchido por Henna Shah, um aliado de McSweeney, que atua como nenhum diretor de relações do partido e desempenhará um papel de apoio a Powell.

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Peter Ricketts, que atuou como consultor de segurança nacional de David Cameron, disse: “Cada PM projeta o número 10 e os funcionários ao seu redor para se adequarem a eles. Tony Blair usou Jonathan Powell da mesma maneira que Keir Starmer está fazendo e combina com o estilo de Starmer – sem drama, trabalho silencioso e eficaz em segundo plano.

“A questão para Jonathan assistir é que ele está mantendo muito o lado David Lammy (Secretário de Relações Exteriores) – Este trabalho tranquilo de backchannel precisa ser feito em estreita coordenação com Lammy e John Healey (o secretário de defesa), para que ambos os ministros sintam que têm total confiança nele ”, disse Ricketts.

A centralidade de Powell para as negociações levantou questões sobre se Lammy está sendo marginalizado como diplomata -chefe do Reino Unido. Uma fonte diplomática disse: “O poder em assuntos de política externa tende a balançar entre Downing Street e o Ministério das Relações Exteriores. Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak deixaram -o em grande parte para o Ministério das Relações Exteriores, mas Starmer o trouxe firmemente de volta ao número 10. David Lammy é atualmente um pouco jogador, mas ele não é o primeiro secretário de Relações Exteriores a se encontrar nessa posição “.

Os aliados de Lammy dizem que ele esteve intimamente envolvido nas negociações de cessar -fogo na semana passada e passou um ano depositando as bases para o envolvimento com o governo Trump, inclusive por Construindo um forte relacionamento com o vice-presidente, JD Vance. Ao contrário do governo de Joe Biden, onde grande parte do poder repousava com o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivansob Trump, existem várias figuras influentes que moldam a política externa, incluindo a contraparte direta de Lammy, Marco Rubio.

Powell também ajudou a aconselhar Lammy e Starmer sobre questões de política externa em oposição, e diz -se que o secretário de Relações Exteriores argumentou que Powell deveria ser trazido ao governo depois Trabalho venceu a eleição.

“Ele tem intuitividade política suficiente para poder se adaptar”, disse o especialista em política externa de Powell. “Ele tem autoridade para falar e agir em nome do primeiro -ministro, o que nem sempre foi o caso de seus antecessores”.

Kiran Stacey contribuiu para este relatório.



Leia Mais: The Guardian

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A escassez de um grande antipsicótico persiste e coloca pacientes, psiquiatras e farmacêuticos

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A escassez de um grande antipsicótico persiste e coloca pacientes, psiquiatras e farmacêuticos

Uma farmácia, em Paris, 21 de março de 2020.

“Fiquei com muito medo quando vi o alerta na escassez de Quetiapine, que começou na minha farmácia (em Charente-Maritime) De setembro de 2024testemunha Emilie (ela solicitou o anonimato), membro da Associação por ajudar pessoas com distúrbios bipolares e seus parentes (Argos 2001). Porque a quetiapina é o único tratamento que funciona para mim. »»

Os anos quarenta foram diagnosticados com bipolar em 2016, após anos de vagar. “Lítio, Tegretol, DePakote (Valproate) … peguei todos esses reguladores de humor. Nenhum estava andando. »» Exceto a prolongada quetiapina de libertação, que está sujeita a “Tensões fortes de suprimento”como Atuar a Agência Nacional de Segurança de Medicamentos (ANSM) três vezes desde o início de 2025.

O suficiente para colocar alerta de saúde profissional e associações de pacientes, enquanto este tratamento, registrado nos medicamentos essenciais chamados, é prescrito para 250.000 pessoas para tratar distúrbios bipolares e esquizofrenia.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Psiquiatria: tratamentos baseados em quétiapina afetados por uma escassez

A escassez agora afeta “60 % do mercado francês”disse a agência de drogas em seu último comunicado na segunda -feira, 10 de março. “Nós enfrentamos uma verdadeira falta de visibilidade” e em “Grandes incertezas” Em relação ao seu desconto, explica Pierre-Olivier Farenq, diretor do Centro de Apoio de Risco da agência.

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