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‘O partido mais feliz’: PP turbina deputados com f…

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‘O partido mais feliz’: PP turbina deputados com f...

Marcela Mattos

O PP lançou mão de uma nova estratégia financeira nas eleições municipais deste ano. Além do repasse feito diretamente aos candidatos, a direção do partido disponibilizou 4 milhões de reais para cada deputado federal investir na campanha de seus aliados da legenda.

A medida tinha dois objetivos, um imediato e outro a longo prazo. Para a disputa deste mês, a ideia era que parlamentares investissem em suas bases políticas e dessem um reforço para seus principais cabos eleitorais nos rincões do país. Além disso, com o afago extra, o plano passava por mostrar que o partido valoriza seus quadros e, assim, atrair novos deputados para a legenda.

O recurso foi proveniente do fundo eleitoral, verba pública destinada aos partidos investirem em suas campanhas. Outras legendas também agraciaram seus deputados, mas com cifras menores: o PSD, por exemplo, deu 2,5 milhões de reais, e o Republicanos, uma variação entre 1 e 2 milhões.

Em conversas após o pleito, o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que o plano funcionou: “O partido mais feliz foi o nosso”. No primeiro turno, a sigla foi a terceira que mais elegeu prefeitos, atrás do PSD e do MDB.

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Agora, o próximo passo é tentar engordar a bancada também na Câmara dos Deputados. O PP tem 50 deputados. Com o atrativo deste ano, a legenda acredita que pode chegar a mais de 60 representantes apenas com a migração de parlamentares eleitos em 2022 por outra sigla.

Em março de 2026, abre-se o período da janela partidária, quando os congressistas podem, durante um período de um mês, trocar de partido sem que percam o mandato.

Federação partidária segue no radar

O PP ainda alimenta o sonho de tirar do papel uma espécie de conglomerado partidário, reunindo numa federação partidária o Republicanos, o União Brasil e o Progressistas.

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As conversas sobre a aliança começaram no final de 2023, mas acabaram emperradas por causa das eleições municipais. Agora, a ideia é que o assunto volte a ser discutido após a eleição para a Presidência da Câmara, marcada para fevereiro de 2025. Hoje, dois representantes do grupo – Elmar Nascimento (União-BA) e Hugo Motta (Republicanos-PB) – pleiteiam o posto, o que fez travar novamente as negociações.

Se for oficializada, a federação pode dar origem à maior força de centro do país, dona da maior bancada de deputados e senadores do Congresso e ponto de parada obrigatória para qualquer acordo político, seja ele em âmbito nacional ou estadual.



O modelo de federação, que entrou em vigor no Brasil em 2022, exige que os partidos atuem coesos por no mínimo quatro anos, tenham um mesmo presidente e um único estatuto. Atualmente, são três federações em vigor: a Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, a Cidadania-PSDB e Rede-PSOL.



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Apagão e acusações voltam a pautar debate para a p…

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Apagão e acusações voltam a pautar debate para a p...

Raquel Carneiro

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O clima de déjà vu reinou no segundo debate para o segundo turno entre os candidatos à prefeitura de São Paulo. Transmitido pela TV Record em parceria com o Estadão, o encontro deste sábado, 19, entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) foi marcado pelas mesmas acusações e respostas do debate anterior que ocorreu na segunda, 14, na Band, o qual teve como tema central o apagão na capital paulista em 11 de outubro. Neste sábado, a previsão de uma nova tempestade se desfez – mas a estratégia dos candidatos se manteve a mesma. 

Enquanto Nunes responsabilizou a Aneel, agência federal reguladora das empresas de energia elétrica, por ter mantido o contrato com a multinacional Enel em vigor, Boulos acusou o atual prefeito de falhar com a manutenção estrutural da cidade – como exemplo, a poda de árvores, já que a queda delas e de galhos sobre a fiação é um dos problemas em situações como a do dia 11. “O apagão tem mãe e pai. A mãe é a Enel. O pai é o Ricardo Nunes, que não fez o básico, a poda e o manejo de árvores”, disse Boulos. Ao que Nunes rebateu dizendo que a intervenção só pode ser feita pelo presidente Lula, aliado de Boulos. “Não vem arrumar desculpa, você que é deputado federal não fez nada”. O tema se expandiu para um eventual desabastecimento de água, agora com uma Sabesp concedida. Boulos afirmou que “a Sabesp pode virar a Enel da água”, e Nunes respondeu que, por se tratar de uma privatização estadual, a regulação será mais firme. 



A animosidade se manteve em mais acusações em detrimento de propostas. Boulos acusou Nunes de lucrar com a Máfia das Creches e pediu para que ele abra o sigilo de suas contas. Já Nunes sugeriu que Boulos teria sido leniente com rachadinha, por ter sido relator no caso de André Janones (Avante). O tema da segurança pública também rendeu alfinetadas. Boulos trouxe para a discussão o vice de Nunes, o coronel aposentado da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo, que, quando estava no comando da Rota, afirmou que “a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite como os Jardins e na periferia”. Ao que Boulos parafraseou: “Eu defendo uma polícia dura com o crime, mas que trata o cidadão de maneira igual, não igual seu vice que defende dar porrada no Capão Redondo e bom dia, doutor, no Jardins”. 



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O que se sabe e o que precisa ser feito no escânda…

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O que se sabe e o que precisa ser feito no escânda...

Matheus Leitão

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Reveladas por VEJA desta semana, as profundezas do novo escândalo no Superior Tribunal de Justiça desnudam crimes como homicídio, tráfico de influência envolvendo advogados e corrupção com o intuito final de vender sentenças de ministros da corte. 

É muito ruim para um magistrado de um tribunal superior – o segundo mais importante do país – ver funcionários de quatro gabinetes suspeitos de negociar suas decisões judiciais.

E é igualmente assustador que o país testemunhe o STJ – que  trata de assuntos tão importantes – envolvido, mais uma vez, num escândalo como este.

O esquema tem digitais muito claros dos funcionários do gabinetes, mas a verdade é que todo escândalo passa, ao final, por venda de sentença, que é assinada pelo ministro, e não pelos assessores dos gabinetes.

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Brasília acordou sob um mar de lama da corrupção e o país  precisa que essa investigação vá até o fundo. 



É imprescindível responder se os ministros sabiam ou não do que acontecia em seus gabinetes. Ou eles são corruptos ou são ingênuos demais, enganados em suas decisões por esses funcionários sem escrúpulos. 

Nos dois casos, os colegas de toga não estão aptos a ocupar cargos tão importantes. A Polícia Federal, de qualquer forma, precisa responder quem são os magistrados e qual o grau de envolvimento de cada um deles.



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Uma surpresa positiva para Lula em meio a tantas d…

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Uma surpresa positiva para Lula em meio a tantas d...

Daniel Pereira

Logo após o primeiro turno, o presidente Lula lamentou, numa reunião no Palácio do Planalto, o desempenho do PT na eleição municipal e listou derrotas que o incomodaram, sobretudo no Estado de São Paulo, o berço do partido. Os fracassos citados envolviam nomes históricos da sigla. Ex-comandante do PT-SP e amigo de Lula há décadas, Emídio de Souza perdeu por larga vantagem a corrida pela prefeitura de Osasco. Já o prefeito Edinho Silva, ex-ministro de Dilma Rousseff, não conseguiu eleger a sucessora, derrotada por um bolsonarista.

Nesse cenário de frustração, Lula e ministros conseguiram listar pelo menos uma surpresa positiva na eleição: o vereador Vinicius Castello, de 29 anos, que passou em primeiro lugar para o segundo turno na disputa pela prefeitura de Olinda (PE), deixando para trás a até então favorita Mirella Almeida (PSD), apoiada pelo prefeito da cidade, Lupércio (PSD).

Negro, homossexual e criado na periferia, Castello conta com o apoio do prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), um campeão de votos no primeiro turno, e tem enfrentado ataques homofóbicos e discursos de ódio nas redes sociais.  Lula também resolveu ajudar o correligionário e gravou um vídeo ao lado dele. “Eu tenho certeza de que como você já foi um invisível, que as pessoas políticas não te enxergavam, por favor, não deixe de enxergar as pessoas que serão a razão da sua eleição para a prefeitura de Olinda”, diz o presidente na gravação.

Renovação emperrada

No balanço preliminar sobre a eleição municipal, chamou a atenção de petistas o fato de quadros jovens terem vencido disputas para vereador em municípios de São Paulo. Junto com o caso de Olinda, esses resultados fizeram reacender o debate sobre a necessidade de renovação no PT. O próprio Lula abordou o assunto com seus ministros.

“O presidente fez um balanço da necessidade eventual de renovação, mas eu acho que ainda está muito no calor das emoções para termos uma análise mais aprofundada”, disse a VEJA o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). A renovação é um desafio monumental, dificultado pelo principal líder do partido. Desde a redemocratização, Lula participou de seis das nove eleições presidenciais. Em outras duas, não concorreu porque não podia — uma por vedação constitucional, outra por estar preso. Desde então, a fila não anda. 





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