Ícone do site Acre Notícias

O que se sabe sobre o crime em Novo Hamburgo (RS) – 23/10/2024 – Cotidiano

Josué Seixas

Foram quase nove horas de cerco até que a Brigada Militar pudesse entrar na casa do atirador que matou o pai, o irmão e um policial militar e deixou outras nove pessoas feridas em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

Ele foi identificado como Edson Fernando Crippa, 45, e seu corpo foi encontrado dentro do imóvel na manhã desta quarta-feira (23). Ele foi morto durante o confronto com o Bope –informações iniciais do caso também consideravam a possibilidade de suicídio.

Quem era o atirador?

Edson Fernando Crippa, 45, era motorista de caminhão. Conforme apuração da Polícia Civil, Edson tinha esquizofrenia e foi internado ao menos quatro vezes em instituições psiquiátricas.

Qual foi a ocorrência?

O caso teve início ainda na noite de terça-feira (22), por volta das 22h, em uma casa na rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Segundo o relato da polícia, o homem estaria mantendo seus pais em cárcere privado, e o próprio pai teria feito a denúncia de maus-tratos.

Ao ver a chegada das equipes, Edson teria começado a atirar tanto contra os militares quanto contra a própria família.

O homem estava de posse de quatro armas, uma pistola 9 mm, uma pistola .380, uma espingarda de calibre 12 e um rifle.

Como foi a abordagem?

De acordo com a polícia, houve a tentativa de negociação e conversa com o atirador, que respondia somente com disparos.

“Ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência. Diante desses disparos, de forma totalmente agressiva, que ele efetuou contra os próprios pais dele, contra a guarnição que estava ali atendendo a ocorrência, outras guarnições deslocaram apoio”, disse o tenente-coronel Alexandre Famoso, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Novo Hamburgo.

Quem eram as vítimas?

Três pessoas morreram:

  1. Eugênio Crippa, 74, pai do atirador
  2. Everton Crippa, 49, irmão do atirador
  3. Everton Kirsch Júnior, 31, soldado da Brigada Militar, que atendia a ocorrência. Segundo a corporação o soldado morto era policial havia seis anos e deixa a mulher e um filho de apenas 45 dias.

Outros seis policiais ficaram feridos e dois deles seguem em estado grave no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Os demais feridos são a mãe e a cunhada do criminoso, e um guarda municipal, que foi atingido por três tiros. Dois drones militares também foram abatidos por Edson.


O quadro de saúde dos feridos


  • Rodrigo Weber Volz, 31, policial militar


    Em estado grave na UTI


  • João Paulo Farias, 26, policial militar


    Em estado grave na UTI após um tiro na cabeça


  • Cleris Crippa, 69 anos, mãe do atirador


    Em estado grave, passa por cirurgia


  • Priscilla Martins, 41, cunhada do atirador


    Passou por operação e será encaminhada à UTI


  • Volmir de Souza, 54, Guarda Municipal


    Em estado grave, mas estável, após ter levado três tiros


  • Eduardo de Brida Geiger, 32, policial militar


    Teve alta após ser atingido no tornozelo


  • Joseane Muller, 38, policial militar


    Estável após ser alvejada no ombro, aguarda transferência para o Hospital da Brigada Militar.


  • Leonardo Valadão Alves, 26, policial militar


    Teve alta após um tiro de raspão no supercílio


  • Felipe Costa Santos Rocha, policial militar


    Atingido de raspão, não chegou a ser encaminhado ao hospital



Leia Mais: Folha

Sair da versão mobile