POLÍTICA
O voto desanimado para a prefeitura de São Paulo
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Matheus Leitão
As últimas pesquisas mostraram claramente que o prefeito Ricardo Nunes caminha para a reeleição, mas o seu eleitor não está animado com o candidato. Normalmente o processo eleitoral é uma caminhada de engajamento com o postulante. Apenas 36% dos eleitores de Nunes dizem que votam nele porque é o candidato ideal e 63% afirmam votar nele porque não tem outro melhor.
No caso de Guilherme Boulos, 53% dizem que votam nele por ele ser o ideal, mas 46 dizem que votam nele por não haver outro melhor. Boulos melhorou na rejeição, no Datafolha, mas ainda é altíssima 52%, era 58% no começo do segundo turno. Nunes tem 37% de rejeição.
Os paulistanos chegam no dia da eleição sem muito entusiasmo. Para se ter uma ideia, nessa pesquisa de véspera, na espontânea, 11% não sabem em quem vão votar, e 9% votarão nulo e branco.
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POLÍTICA
Os desafios do governo Lula na última semana de vo…
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2 horas atrásem
16 de dezembro de 2024 Gustavo Maia
Com o início da última semana de trabalhos no Congresso em 2024, o governo Lula tem até a próxima sexta-feira para conseguir aprovar, ainda este ano, seus dois principais projetos: o do pacote de corte de gastos, que precisa passar pelas duas Casas, e o da regulamentação da reforma tributária, que foi aprovada pelo Senado na quinta passada e terá que passar novamente pela Câmara dos Deputados.
Além disso, está prevista para esta terça-feira a votação, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, dos projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) – que vão determinar as despesas e receitas do governo Lula em 2025.
O anúncio do governo de que pagará bilhões de reais em emendas até o fim do ano ajudou a destravar a tramitação da regulamentação da reforma tributária no Senado. A expectativa é que o efeito se repita entre os deputados.
“Sem as emendas, a gente não consegue avançar. Mas o presidente Lula foi muito inteligente em chamar logo os presidentes da Câmara e do Senado, e o cenário foi mudando”, disse a VEJA o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Depois de uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, Lula teve alta do hospital Sírio-Libanês no domingo, mas ainda está em São Paulo. Sua presença em Brasília para liderar a articulação política do Palácio do Planalto pode ajudar o governo em uma semana tão decisiva, mas tudo indica que o retorno às atividades será gradual.
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POLÍTICA
Reforma ministerial: saída de Lewandowski pode ser…
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11 horas atrásem
15 de dezembro de 2024Marcela Mattos
Enquanto o presidente Lula não bate o martelo sobre quais mudanças fará no primeiro escalão do governo, o entorno palaciano aumenta as especulações sobre uma possível reforma ministerial na metade deste terceiro mandato.
O presidente da República vem sendo aconselhado a abrigar novos aliados, uma solução para amarrar o apoio de legendas de centro à sua reeleição em 2026 e garantir um término de gestão sem grandes turbulências no Congresso.
Como mostrou VEJA, o Centrão deve aumentar a carga em busca de ocupar ministérios mais robustos. Os ministérios da Saúde e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, hoje ocupados por Nísia Trindade e o vice Geraldo Alckmin, estão na mira do grupo político.
Além disso, nos últimos dias aumentou as especulações sobre uma possível saída de Ricardo Lewandowski do Ministério da Justiça. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) assumiu o cargo em fevereiro deste ano, após um pedido feito diretamente por Lula quando indicou Flávio Dino para a Suprema Corte.
Interlocutores do governo afirmam que Lewandowski, que tem entre as principais missões fazer avançar a chamada PEC da Segurança, que integra as polícias em um sistema nacional, pode deixar a Justiça como uma forma de compor as mudanças ministeriais.
Uma das possibilidades aventadas é que Lewandowski seja substituído pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao fim do mandato dele na Presidência do Congresso, que termina em fevereiro de 2025. Segundo um aliado governista, Pacheco, que é advogado, “sonha” em assumir a pasta, tratada como um caminho para se manter em visibilidade para 2026, quando pode disputar o governo de Minas Gerais.
Além de dar mais espaço ao PSD, a saída de Lewandowski é apontada como uma solução dupla na Esplanada. Integrantes do PT sempre demonstraram uma certa resistência ao ministro da Defesa, José Múcio, por considerar que ele joga mais o jogo dos militares do que o do governo.
Por isso, espalha-se que Múcio está “cansado” e já deu indicativos de que quer deixar a pasta. Lewandowski, neste caso, poderia ser deslocado para a Defesa, segundo um a liderança do governo. A cadeira também já foi aventada para o vice Alckmin, cuja saída também facilitaria a ampliação de espaços para outros aliados.
Em meio à torcida e à bolsa de apostas, quem vai definir as mudanças – e se elas de fato acontecerão – será o presidente Lula.
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POLÍTICA
A volta de um controverso lobista ao submundo da p…
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13 horas atrásem
15 de dezembro de 2024 Ricardo Chapola
Um conhecido lobista voltou à cena na CPI das Bets que está em funcionamento no Senado. Empresário e advogado, Silvio Assis vem sendo mencionado em conversas entre integrantes da comissão por supostamente tentar extorquir empresários do setor de apostas.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, foi procurado na semana passada pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Carvalho (PT-SE). Eles não relataram que o dono de um grande site de apostas foi alertado de que seria convocado a depor na CPI. Na sequência, o lobista se apresentou, disse que tinha como evitar o “constrangimento”, mas que isso teria um “custo”: 40 milhões de reais. A última edição de VEJA traz detalhes sobre o caso.
Silvio Assis afirmou que nada disso procede. “É uma tentativa de desviar o foco da CPI. É uma falácia. Talvez seja fumaça para tentar desviar alguém de algum objetivo”, ressaltou o lobista, que admite ter acompanhado pessoalmente algumas sessões da comissão como mero espectador. Ele estaria produzindo um “documentário” sobre bets.
A relatora do colegiado confirmou conhecer Silvio, disse que todo mundo conhece o lobista, mas negou veementemente qualquer envolvimento com o tal esquema. “Isso é difamação, é calúnia. Estão tentando me intimidar, porque sou mulher. Silvio nunca me abordou e eu não recebi Silvio, nem ninguém, durante a CPI. Se tiver algum motivo para convocá-lo, eu mesma convoco”, declarou.
Passado obscuro
Silvio Assis chegou a ser preso pela PF em 2018. Uma reportagem de VEJA revelou a existência de uma rede de corrupção que operava no Ministério do Trabalho e envolvia políticos e servidores públicos com “venda” de registros sindicais. Um empresário relatou na época que esperava há mais de cinco anos por um registro de uma entidade. Ele foi procurado pelo lobista, que lhe pediu R$ 3 milhões para resolver o problema. O achaque foi documentado em vídeos e áudios. Assis foi acusado de corrupção, mas o processo até hoje não foi julgado.
Personagem controverso, o lobista que orbita o poder há mais de duas décadas se diz inocente. Ele é próximo a deputados e senadores, tem amigos influentes em gabinetes importantes da Esplanada dos Ministérios e promove festas badaladas em Brasília. Ao tomar conhecimento dos rumores envolvendo Assis, Rodrigo Pacheco avisou que vai conversar com as lideranças partidárias para discutir uma eventual antecipação do encerramento dos trabalhos da CPI.
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