Ícone do site Acre Notícias

Opinião: Um governo desajustado

“Não olharei para cores partidárias.” Tal frase foi repetida mais de 13 vezes pelo governador Gladson Cameli em 2018 durante o pleito que culminou com sua eleição. Promessa cumprida.

Ney Amorim é a ponte entre o Palácio Rio Branco e a Assembleia Legislativa. Ocupa nos bastidores uma das mais importantes funções de um governo, a de articulador político.

Ao escolher o ex-petista para sentar ao seu lado, o chefe do Palácio admite, ainda que não não declare diante das câmeras, a incapacidade de seus aliados oposicionistas.

O primeiro escalão de Gladson Cameli segue o exemplo do chefe. Não se importa com “cores partidárias” e enche as secretarias de petistas e ex-integrantes da extinta Frente Popular que ocuparam cargos nas gestões vianistas dos últimos 20 anos.

Semana passada o governo que começou há um mês apresentou sua identidade visual com as cores verde, branca, amarela e azul.

O vermelho, que relembra o PT, os Viana e companhia, deve ser banido dos veículos (incluindo a enorme estrela do helicóptero do Estado), as repartições públicas, fardamentos e fachadas, mas o governo continua com um certo DNA petista carregado por algumas figuras nomeadas.

Afinal, como bem diz o slogan, é um “governo de todos”.

São só 30 e poucos dias de um governo com nomeações questionáveis, desarticulação política, desajustes, gestão desconexa e com responsabilidades terceirizadas.

E a insegurança? “Continua tudo sob controle”, digo, descontrole.

Por: Luciano Tavares/Notícias da Hora.

Sair da versão mobile