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Os ataques de Bolsonaro contra os próprios comandados

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Os ataques de Bolsonaro contra os próprios comandados

Matheus Leitão

 

 

A nova estratégia da defesa de Jair Bolsonaro é, no mínimo, arriscada.

Para se livrar de uma possível acusação no inquérito do golpe, o ex-presidente sustenta a tese de que a tentativa de ruptura democrática beneficiaria os militares envolvidos, não ele. Em outras palavras, a defesa afirma que o golpe não seria para Bolsonaro, mas para uma junta militar.

Essa linha jurídica fragiliza a própria base que o apoiou. Ao se eximir de responsabilidade, Bolsonaro deixa seus antigos aliados — como os generais Braga Netto e Augusto Heleno — sob risco, além de aproximadamente 40 outros militares investigados por envolvimento no plano de golpe.

A divisão na direita bolsonarista se aprofunda, expondo uma ruptura na lealdade do grupo, com a clara convicção de que “Bolsonaro não carrega seus feridos” — frase que circula entre aliados do ex-presidente, segundo apurou a coluna.

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É uma estratégia que pode custar caro. Como destacou o ministro Flávio Dino, trata-se de uma “democracia do piti”: quando a realidade não agrada, a resposta é a explosão de narrativas insustentáveis.

A defesa do ex-presidente aposta em dizer que todos agiram por conta própria. Mas a pergunta que fica é: até que ponto seus comandados vão aceitar serem sacrificados para salvar a pele de Bolsonaro?



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POLÍTICA

Política externa: Brasileiros criticam, elogiam e…

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Política externa: Brasileiros criticam, elogiam e...

José Casado

Os brasileiros estão encarando o governo Donald Trump com boa dose de pragmatismo. Seis em cada dez acham que o governo Lula deveria procurar manter relações mais próximas com os Estados Unidos. No entanto, julgam apropriado Brasília responder à imposição de tarifas no ingresso de produtos nacionais no mercado americano.

É o que mostra pesquisa da AtlasIntel para o grupo Bloomberg, com 3.5 mil entrevistas entre 27 e 31 de janeiro, por sistema eletrônico e com escolha aleatória. As duas empresas realizam sondagens mensais no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México.

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Há preocupação com o impacto local das decisões de Trump, o que não exclui a conveniência de respostas objetivas. No caso das tarifas às exportações brasileiras, por exemplo, metade (50,2%) considera adequada a análise de alternativas para redução da dependência do dólar.

É proposta complexa, inviável no curto prazo, porque a moeda dos EUA continua a ser parâmetro para dois terços dos negócios internacionais.

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Parcelas expressivas indicam, alternativamente, as trilhas da reciprocidade (46,4%), na qual tarifa se paga com tarifa, ou a procura de vínculos comerciais mais sólidos com países da América Latina (45%) e com a China (41,2%).

Sugere-se reforço na disciplina governamental (42,1%) para equilíbrio entre receita e despesas públicas, com o objetivo de reduzir o impacto negativo das variações das tarifas americanas nas taxas de câmbio e de inflação domésticas. E, também, avançar em mais negociações comerciais com os Estados Unidos (39,4%).

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Predomina a impressão (49,1%) de que o governo Trump tende a ter papel desestabilizador, com o enfraquecimento da democracia na América Latina.

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É bem menor (38,3%) o grupo apostando que a guinada dos EUA, sob Trump, vai resultar em contribuição efetiva ao fortalecimento dos princípios democráticos liberais na região.

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Para ampla maioria (61%), a eventual opção de uso da força militar dos EUA na região deveria ter como foco a derrubada da ditadura comandada por Nicolás Maduro na Venezuela.

Seria mais importante, nessa perspectiva, que o combate a traficantes e cartéis de drogas fora do território americano (57%).

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Notável, também, é a aceitação da ideia de uma intervenção militar dos Estados Unidos em defesa de Taiwan (45%) em cenário hipotético de invasão da ilha pela China.

Rejeita-se com vigor (58%) a ameaça de tomada do Canal do Panamá, frequentemente repetida na Casa Branca.

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Trump é um personagem com imagem negativa (52%). Mas, por enquanto, é menos impopular do que o antecessor, Joe Biden (64%). Prestígio entre os brasileiros quem tem é Barack Obama (56% de imagem positiva).

Nem tudo que Trump tem feito é percebido como ruim ou errado. A decisão de enquadrar máfias do narcotráfico na legislação de organizações terroristas, por exemplo, ganhou expressivo apoio (78%). Visto do Brasil, foi o seu melhor momento nas três primeira semanas de governo.



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A “farra” dos passaportes diplomáticos para depend…

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A “farra” dos passaportes diplomáticos para depend...

Nicholas Shores

O Ranking dos Políticos fez um levantamento sobre o uso de passaportes diplomáticos no Congresso e classificou como “farra” o fato de que 300 dos 513 deputados e 50 dos 81 senadores emitiram o documento do Itamaraty para dependentes, como cônjuges e filhos.

Regulado por decreto no primeiro governo Lula, o passaporte diplomático dá acesso a filas prioritárias em aeroportos, revistas de segurança menos rigorosas e, em alguns casos, dispensa de visto para países com os quais o Brasil mantém acordos diplomáticos.

Segundo o Ranking dos Políticos, o documento deveria ser usado somente em missões oficiais, para representar o país – e não “por cônjuges e filhos de parlamentares que não exercem nenhum tipo de atividade pública”.

“O que deveria servir para representar o Estado brasileiro em viagens que defendem o interesse dos brasileiros se desvirtuou e tornou-se um mecanismo para facilitar viagens pessoais”, afirma o diretor de operações da instituição, Luan Sperandio.



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“Nenhum corte de gasto”, ironiza senador, após caf…

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“Nenhum corte de gasto”, ironiza senador, após caf...

Nicholas Shores

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), participou nesta terça-feira de um café com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) na varanda da residência oficial de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que convidou líderes de bancadas do governo e da oposição e futuros presidentes de comissões.

Na conversa, Haddad discorreu sobre 11 propostas legislativas prioritárias para a Fazenda que já estão em tramitação, sendo seis na Câmara e cinco no Senado.

“Não há nenhuma surpresa: regulamentação da reforma tributária, insiste na questão da previdência dos militares, Lei de Falências, execução de título extrajudicial em cartório… Projetos que, inclusive, já tramitavam desde o governo passado”, disse o líder do PL de Jair Bolsonaro.

Para Portinho, o ministro da Fazenda não apresentou “nada de novo”. 

“Nenhum corte de gastos. Ele diz que o governo já cortou gastos no ano passado e que não precisa mais cortar. Sinceramente, é muito pouco para a situação em que se encontra o país no campo econômico. E parece que não há mais nenhum coelho na cartola, realmente”, afirmou.



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