POLÍTICA
Os ataques de Bolsonaro contra os próprios comandados
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5 horas atrásem
Matheus Leitão
A nova estratégia da defesa de Jair Bolsonaro é, no mínimo, arriscada.
Para se livrar de uma possível acusação no inquérito do golpe, o ex-presidente sustenta a tese de que a tentativa de ruptura democrática beneficiaria os militares envolvidos, não ele. Em outras palavras, a defesa afirma que o golpe não seria para Bolsonaro, mas para uma junta militar.
Essa linha jurídica fragiliza a própria base que o apoiou. Ao se eximir de responsabilidade, Bolsonaro deixa seus antigos aliados — como os generais Braga Netto e Augusto Heleno — sob risco, além de aproximadamente 40 outros militares investigados por envolvimento no plano de golpe.
A divisão na direita bolsonarista se aprofunda, expondo uma ruptura na lealdade do grupo, com a clara convicção de que “Bolsonaro não carrega seus feridos” — frase que circula entre aliados do ex-presidente, segundo apurou a coluna.
É uma estratégia que pode custar caro. Como destacou o ministro Flávio Dino, trata-se de uma “democracia do piti”: quando a realidade não agrada, a resposta é a explosão de narrativas insustentáveis.
A defesa do ex-presidente aposta em dizer que todos agiram por conta própria. Mas a pergunta que fica é: até que ponto seus comandados vão aceitar serem sacrificados para salvar a pele de Bolsonaro?
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POLÍTICA
Em vídeo, presidente Lula caminha e manda mensagem…
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13 de dezembro de 2024Marcela Rahal
Após deixar a UTI, o presidente Lula postou nas redes sociais um vídeo caminhando pelo Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Na mensagem, o petista disse estar conversando bastante, se alimentando bem e que em breve estará de volta ao trabalho. Lula foi internado na última terça-feira para ser submetido a uma cirurgia de emergência depois de apresentar uma hemorragia intracraniana. Segundo a equipe médica, o presidente deve deixar o hospital no começo da semana que vem.
A Advocacia-Geral da União afirmou, em recurso ao Supremo Tribunal Federal, que o governo não tem recursos técnicos para impedir o uso dos recursos do Bolsa Família para pagar apostas esportivas online. Em novembro, o STF determinou que o governo criasse mecanismos para proibir que o dinheiro do programa social fosse “desviado” para atividades de risco como as bets.
Em entrevista ao programa Três Poderes, de VEJA, o deputado federal Felipe Carreras, do PSB, parte da base, diz que “faltou discussão por parte do governo com o Congresso” sobre o pacote fiscal. Com isso, o parlamentar acredita que a proposta vai mudar muito em relação ao que foi apresentado. A expectativa do Executivo é aprovar as medidas até o fim deste ano. Acompanhe o Giro VEJA.
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rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)
Desde o início do governo, Lula gasta como se não houvesse amanhã: joga bilhões na economia para forçar o crescimento do PIB.
O enorme desequilíbrio fiscal do governo e o crescimento (anabolizado) fazem disparar a dívida pública, o dólar e a inflação.
Pressionado, o governo anuncia um pacote para cortar despesas, mas junto avisa que vai cortar receitas. A mensagem contraditória faz o dólar bater seu recorde histórico.
Diante da inflação crescente e da irresponsabilidade fiscal do governo, o Banco Central eleva fortemente os juros. E sinaliza que vai continuar elevando.
O juro alto derruba a bolsa de valores, prenunciando a piora da atividade econômica. Mas o dólar não cai como deveria: quanto mais o Banco Central é obrigado a aumentar o juro, menos eficaz é esse aumento.
A política fiscal do governo e a política monetária do Banco Central estão em choque: a primeira cria um estrago e a segunda tenta consertá-lo. Se o governo não mudar de atitude, caminha-se para a explosão da inflação, fuga de capitais etc.
Mesmo assim, a pesquisa diz indica que Lula é o favorito para a eleição de daqui a dois anos.
Será mesmo?
Dilma conduziu uma política fiscal irresponsável, similar à de Lula hoje. Em 2013, o PIB cresceu 2,7%, e a popularidade de Dilma estava nas alturas. Em 2014, o crescimento foi a zero, a popularidade de Dilma caiu um pouco, mas ela conseguiu se eleger.
No ano seguinte, o Brasil entrou em recessão profunda, a popularidade desabou e começou a campanha do impeachment. Em 2016, Dilma caiu. É impressionante que Lula e o PT, que viram tudo isso de perto, não percebam a semelhança.
“Não aprenderam nada, não se esqueceram de nada”, disse Charles-Maurice de Talleyrand, primeiro-ministro de Luís XVIII. Referia-se aos Bourbon, a dinastia do rei a que servia.
Os Bourbon foram derrubados pela Revolução Francesa em 1792. Restaurados após a derrota de Napoleão, em 1814, foram derrubados de novo em 1830.
Pelos mesmos motivos.
(Por Ricardo Rangel em 13/12/2024)
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POLÍTICA
Senado amplia benefício para pessoas com deficiênc…
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3 horas atrásem
13 de dezembro de 2024 Nicholas Shores
O relatório do projeto de lei complementar da regulamentação da reforma tributária aprovado pelo Senado esta semana amplia o benefício da isenção tributária na compra de carros por pessoas com deficiência (PCDs).
A partir de uma emenda apresentada pelos senadores Flávio Arns (PSB-PR) e Jorge Kajuru (PSB-GO), o intervalo mínimo para repetir o acesso ao benefício fiscal sobre os novos tributos passou de quatro anos, no texto original, para três anos.
Hoje, quando uma pessoa com deficiência compra um veículo, obtém desconto fiscal somente do IPI e do ICMS – impostos que serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Com a emenda de Arns e Kajuru, o benefício passa a alcançar também o PIS e a Cofins, que serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Além disso, o texto final elevou o preço máximo do carro para uso do benefício de 120.000 reais na legislação do ICMS para 200.000 reais sob o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
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