Gustavo Maia
Com o início da última semana de trabalhos no Congresso em 2024, o governo Lula tem até a próxima sexta-feira para conseguir aprovar, ainda este ano, seus dois principais projetos: o do pacote de corte de gastos, que precisa passar pelas duas Casas, e o da regulamentação da reforma tributária, que foi aprovada pelo Senado na quinta passada e terá que passar novamente pela Câmara dos Deputados.
Além disso, está prevista para esta terça-feira a votação, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, dos projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) – que vão determinar as despesas e receitas do governo Lula em 2025.
O anúncio do governo de que pagará bilhões de reais em emendas até o fim do ano ajudou a destravar a tramitação da regulamentação da reforma tributária no Senado. A expectativa é que o efeito se repita entre os deputados.
“Sem as emendas, a gente não consegue avançar. Mas o presidente Lula foi muito inteligente em chamar logo os presidentes da Câmara e do Senado, e o cenário foi mudando”, disse a VEJA o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Depois de uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, Lula teve alta do hospital Sírio-Libanês no domingo, mas ainda está em São Paulo. Sua presença em Brasília para liderar a articulação política do Palácio do Planalto pode ajudar o governo em uma semana tão decisiva, mas tudo indica que o retorno às atividades será gradual.