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Ouro, pix e futebol, as conversas do advogado mort…

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Ouro, pix e futebol, as conversas do advogado mort...

Laryssa Borges

O botafoguense Sebastião de Moraes Filho discutia com o palmeirense Roberto Zampieri o desenrolar de campeonatos de futebol. O turista Sebastião de Moraes Filho reclamava com o mato-grossense Roberto Zampieri do calor da cidade de Roma nas férias, comparável somente às temperaturas escaldantes de Cuiabá, onde o primeiro atuava como desembargador e o último como advogado.

Vistas no atacado, as conversas sobre amenidades de duas pessoas que se conheciam há 25 anos, armazenadas no celular de Zampieri e analisadas pela Polícia Federal como peça-chave para desvendar as circunstâncias do assassinato do defensor, poderiam mostrar uma relação de quase subserviência em relação a Moraes Filho, a quem visitava frequentemente.

Sob o viés criminal, porém, certos diálogos evidenciam pedidos para votar ou deixar de votar em processos de interesse do advogado, comunicados de transferências de valores via PIX para parentes do magistrado e até a discussão sobre barras de ouro que investigadores não têm dúvida se tratar de propina para o juiz. VEJA teve acesso ao conteúdo explosivo do telefone do advogado Roberto Zampieri.

Em 15 de setembro do ano passado, por exemplo, ele reporta que o PIX supostamente informado pelo desembargador estaria “errado” e que o valor seria estornado pela instituição financeira. Cinco dias depois, relata ao magistrado que enfim a transação foi consolidada e “o pgto da sobrinha foi feito”. Ambos evitam transparecer, mas o clima nas semanas seguintes indicava certa apreensão.

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Um informante do juiz havia relatado que um desafeto estaria produzindo provas contra os dois e que Zampieri teria sido filmado na casa do desembargador. Os dois não tinham dúvidas de que o cuidado deveria ser redobrado. Em agosto deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou Sebastião de Moraes Filho do cargo após concluir haver evidências de que ele recebia presentes do advogado e integrava um esquema de venda de decisões judiciais.

Menos de duas semanas antes de ser assassinado, o advogado repassou ao desembargador uma foto com duas barras de ouro que valeriam de 120.000 a 150.000 reais. Moraes parece se certificar do peso do conjunto: “500 [gramas]?”, pergunta. “400”, diz Zampieri.

Horas depois do crime, uma última mensagem que hoje intriga os investigadores: “ZAMPIERI Convivemos em harmonia e respeito por mais de 25 anos. Ganhava e perdia nos meus votos e sempre mostrava ser um advogado consciente. Deus o tenha. Que o receba de braços abertos”, escreveu na madrugada de 6 de dezembro do ano passado. A notícia já tinha se espalhado por todo Mato Grosso. Horas antes, pego em uma emboscada, o advogado havia sido executado a 12 tiros.





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A pressão do TCU sobre o relator dos cartões corpo…

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A pressão do TCU sobre o relator dos cartões corpo...

Laryssa Borges

Com o presidente Lula chegando à metade do mandato, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) têm pressionado o também ministro Aroldo Cedraz para que enfim libere para julgamento o processo de auditoria dos cartões corporativos do governo federal, um arsenal de gastos sigilosos que mapeia dispêndios em segurança, alimentação e viagens do petista e que, a depender dos ventos da política, é capaz de gerar embates parlamentares e desgastes para o chefe do Executivo.

A decisão de Cedraz de não pautar o tema para análise dos outros oito ministros do TCU é interpretada por integrantes da Corte como uma estratégia de barganha. Obrigado a se aposentar compulsoriamente em 2026, aos 75 anos, Cedraz é apontado como um dos integrantes do tribunal disposto a antecipar sua saída do posto nas costuras que angariaram apoio ao nome de Hugo Motta (Republicanos –PB) como sucessor de Arthur Lira na Presidência da Câmara dos Deputados. Interlocutores do tribunal dizem que, em troca da aposentadoria precoce, ele poderia ser contemplado com um cargo em um organismo internacional ou embaixada.

O acervo de informações em poder de Aroldo Cedraz inclui desde gastos com as antigas motociatas do ex-presidente Jair Bolsonaro até despesas na transição de governo e desembolsos frequentes da Presidência da República sob a gestão Lula. O ministro não tem prazo para pautar o tema em Plenário. Recentemente o acompanhamento do TCU sobre os chamados cartões de pagamento do governo federal ocorre a partir de auditorias contínuas, o que permite que o Executivo seja informado de imediato sobre eventuais problemas e os corrija nos meses seguintes.

Cartões corporativos no governo Bolsonaro

VEJA revelou em 2022 os gastos sigilosos pagos com cartões corporativos dos primeiros anos do governo Bolsonaro. Foram mais de 16 milhões de reais em viagens do então presidente, do vice Hamilton Mourão e da equipe de apoio de ambos entre janeiro de 2019 e março de 2021, divididos assim: 2,82 milhões de reais em hospedagem no primeiro ano de governo, 3,84 milhões de reais em 2020 e 921.300 reais até março de 2021. Em alimentação foram gastos 2,59 milhões de reais. Na rubrica de serviços de apoio administrativo, que nas viagens incluem despesas aeroportuárias e serviço de bordo, por exemplo, os desembolsos chegaram a 6,32 milhões de reais no período.





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Ao STF, Câmara diz que cumpriu lei sobre emendas e…

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Ao STF, Câmara diz que cumpriu lei sobre emendas e...

Da Redação

A Câmara dos Deputados enviou na noite desta sexta-feira, 27, ao Supremo Tribunal Federal (STF) as respostas solicitadas pelo ministro Flávio Dino sobre o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. Mais cedo, Dino deu prazo até as 20h para a Casa esclarecer o pagamento de emendas parlamentares, que estão suspensas por decisão do ministro.

No entendimento do ministro, a Câmara dos Deputados ainda não cumpriu as decisões da Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas.

No documento enviado ao Supremo, a Câmara dos Deputados alega que não havia previsão legal para que as indicações de emendas de comissão tivessem que ser votadas pelas comissões antes da Lei Complementar nº 210, de 2024, editada para cumprir as regras de liberação dos recursos.

De acordo com a Câmara, a liberação das emendas seguiu a tramitação correta conforme pareceres dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão, da Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Reitera-se a plena legalidade do procedimento adotado pelos senhores líderes do Congresso Nacional, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, sob orientação jurídica dos ministérios”, afirmou a Câmara.

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A Câmara informou ainda que não irá recorrer da suspensão do pagamento das emendas, por entender que a medida deve ser feita pelo Congresso Nacional.

Após receber as informações, Dino vai decidir se mantém a suspensão das emendas.

Atas

Sobre a falta das atas das sessões das comissões para aprovação das emendas, a Câmara argumentou que a obrigatoriedade só será aplicada a partir dos orçamentos para os anos seguintes.

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“Não havia, até 25 de novembro de 2024, data da promulgação da Lei Complementar n. 210, norma que dispusesse a votação das indicações realizadas pelo Parlamento”, alegou a Casa.

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

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Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do processo.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.



(Agência Brasil)



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Documentário sobre Bolsonaro, “Quebrando Mitos” es…

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Documentário sobre Bolsonaro, “Quebrando Mitos” es...

Nicholas Shores

O Canal Brasil vai exibir na próxima segunda-feira, às 21h30, o documentário “Quebrando Mitos“, dirigido por Fernando Grostein Andrade, Fernando Siqueira e Claudia Calabi.

De acordo com os cineastas, a obra é focada na masculinidade de Jair Bolsonaro “sob o ponto de vista de um casal LGBT” – composto, justamente, por Andrade e Siqueira.

“O filme disseca a trajetória do governante desde a sua criação na cidade de Eldorado, no interior de São Paulo, até as consequências devastadoras de suas políticas no país”, afirmam os diretores.

O documentário traça um paralelo entre a vida de Andrade e a de Bolsonaro, alternando material de arquivo com novas imagens e entrevistas com políticos, jornalistas, pensadores, líderes sociais e ativistas, além de amigos de infância e pessoas próximas ao ex-presidente.

“Quebrando Mitos” foi inicialmente pré-lançado a apenas 15 dias da eleição presidencial de 2022. Em versão preliminar, ficou disponível no YouTube durante a campanha eleitoral e alcançou 1,1 milhão de visualizações. O filme foi finalizado após a eleição.

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“A masculinidade não precisa ser catastrófica. É importante dizer que isso não é uma crítica ao masculino, afinal sou um homem gay. Não estou falando que os homens não têm que participar do poder. Estou dizendo que o poder precisa ser dividido”, afirma Andrade.

Veja a seguir os dias e horários de exibição do documentário:

30/12/2024 – 21h30
1/1/2025 – 20h30
2/1/2025 – 19h
3/1/2025 – 17h45
4/1/2025 – 15h45
5/1/2025 – 10h30





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