Com muita habilidade e rapidez, Regilson Pinheiro, de 46 anos, vai empilhando tijolo por tijolo em cima do colo dele. Depois, pega a enxada para mexer o cimento usado na construção da casa dele na zona rural de Epitaciolândia, no interior do Acre.
Paraplégico desde os 23 anos, o servente de pedreiro não conhece a palavra limitação.
“Sou totalmente independente: trabalho, tomo banho, faço muitas coisas. Não dependo de ninguém para nada. Capino com enxada, estou construindo agora, ajudando o pedreiro, faço massa, carrego tijolo. De tudo eu faço, onde os braços alcançam eu faço”, conta.
Mas ele conta que nem sempre foi assim. Precisou superar anos de tristeza e angústia até aceitar a nova condição e provar para ele mesmo que era capaz de fazer qualquer coisa.