O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), participa nesta terça-feira (11) da abertura de um curso sobre democracia e comunicação digital. A presença dele está prevista para uma mesa com o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

O MBA é será oferecido pela FGV Comunicação (Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas), em parceria com a AGU, e terá a aula inaugural na noite desta terça. O tema do debate será os desafios da regulação das plataformas digitais.

Moraes é relator tanto do inquérito das fake news no Supremo, aberto em 2019 e que investiga ofensas e ameaças à corte, muitas delas pelas redes sociais, quanto dos casos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O ministro tem se dedicado ao tema também fora do STF. Em meio a embates com grandes empresas de tecnologia, ele fez um discurso de cerca de 40 minutos aos novos alunos da Faculdade de Direito da USP em 24 de fevereiro com várias críticas às big techs.

“Elas não são neutras. São grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, ignorando a soberania nacional de cada país, ignorando legislações, para terem poder e lucro”, afirmou.

Um ano antes, em 28 de fevereiro do ano passado, ele apresentou uma tese sobre milícia digital e golpismo —com 298 páginas, obtida pela Folha— para concorrer a uma vaga de professor titular na Faculdade de Direito da USP.

O seminário desta terça será aberto ao público e gratuito e prevê a participação de autoridades, especialistas, docentes e alunos do curso.

Segundo o diretor da FGV Comunicação, Marco Ruediger, a defesa da democracia no ambiente digital exige uma compreensão profunda das dinâmicas das plataformas e dos mecanismos de propagação da desinformação.

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O vazamento de combustível da colisão entre um navio de carga e petroleiro no Mar do Norte teria um impacto “devastador” na vida marinha, alertou um especialista, quando as investigações começaram a causa do acidente.

Os incêndios continuaram a queimar a bordo de ambos Yorkshire na segunda -feira de manhã. Uma busca por um membro da tripulação desaparecida foi cancelada durante a noite.

Quando as investigações foram intensificadas na causa da colisão, um funcionário da Casa Branca se recusou a descartar jogo sujo em meio a perguntas sobre por que o navio de carga, o Solong – que estava carregando carga para os militares dos EUA – parecia não desacelerar ou mudar de curso antes de atingir o Stena Imaculado.

Especialistas ambientais alertaram que o vazamento de combustível a jato do navio de 183 metros de comprimento era tóxico para humanos e vida selvagem.

O Dr. Simon Boxall, um acadêmico em oceanografia da Universidade de Southampton, disse que o combustível Jet A-1 tem uma “toxicidade muito maior” do que o petróleo bruto e que “o impacto sobre isso na vida nos oceanos seria devastador”.

Melanie Onn, deputada de Great Grimsby e Cleethorpes, disse que havia sido um “chocante 24 horas” desde a colisão e que as pessoas estavam preocupadas com o dano potencial ao ecossistema.

Ela disse que o governo não havia confirmado relatos de que o Solong estava carregando o cianeto de sódio químico altamente tóxico quando se arado no Stena Imaculado.

Onn disse ao The Guardian na terça -feira: “Eles não sabem qual é a carga nesse navio. Eu acho que se fosse cianeto de sódio, seria realmente muito ruim porque entra em contato com a água e se torna no ar também. É um produto químico muito, muito sério. ”

Boxall disse que não estava claro se algum cianeto de sódio havia vazado no oceano, mas que “não era uma boa notícia” se tivesse. “Se eles caírem no mar no meio daquela enorme bola de fogo, se transformam muito rapidamente em cianeto de hidrogênio, o que é realmente um gás muito perigoso”, disse ele ao Sky News.

O Dr. Seyedvahid Vakili, especialista marítimo da Universidade de Southampton, disse que era difícil determinar a principal causa da colisão, mas na maioria dos casos “fatores humanos desempenham um papel significativo”.

“Isso é particularmente relevante para embarcações de contêineres, onde altas cargas de trabalho e fadiga podem ser os principais fatores contribuintes. Nesta fase, precisa de uma investigação abrangente mais abrangente ”, afirmou.

Um marinheiro americano a bordo do Stena Imaculado disse à CBS News que o Solong “saiu do azul”, dando aos “apenas segundos apenas para reagir”.

O membro da tripulação, que não recebeu o nome, descreveu como as chamas estavam lambendo os marinheiros enquanto evacuavam o navio em chamas, deixando alguns com cabelos cantados.

Todo o incidente do impacto à evacuação durou cerca de 30 minutos, disseram eles, acrescentando que a operação era “livro didático”.

O membro da tripulação disse que o Stena Imaculado ancorou naquele local e transmitiu suas coordenadas no domingo, o que significa que todos os outros navios deveriam saber onde estava.

Matthew Pennycook, um ministro do governo, disse que as aeronaves da guarda costeira estão monitorando o local do incidente na costa de East Yorkshire. Ele disse: “Estamos trabalhando com a agência marítima e de guarda costeira para avaliar o impacto na poluição da água. O fogo obviamente ainda está furioso. ”

Ele acrescentou: “A Agência Marítima e da Guarda Costeira está bem equipada para conter e dispersar qualquer derramamento de petróleo. Não achamos que os impactos da qualidade do ar estejam fora dos níveis normais, mas manteremos a situação obviamente em revisão. ”