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Pela primeira vez em mais de um século, uma mulher vai comandar a Polícia Militar do Acre: ‘rompendo paradigmas’

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Tácita Muniz

Por 25 vezes em 108 anos, o chefe maior do Estado do Acre entregou a espada de Plácido de Castro nas mãos de homens que chegaram ao Comando da Polícia Militar para liderar as ações ostensivas. Porém, a próxima quarta-feira, 11, entra para a história ao registrar uma quebra de paradigma, com um ato de representatividade para o estado. Pela primeira vez, desde que foi fundada, em 25 de maio de 1916, a Polícia Militar do Acre (PMAC) passa a ser comandada por uma mulher: a coronel Marta Renata Freitas.

Coronel Marta Renata assume o comando da PM. Esta é a primeira vez que uma mulher ocupa este cargo em 108 anos. Foto: José Caminha/Secom

A entrega da espada, que simboliza a concessão da confiança do governador a quem vai comandar, desta vez é ainda mais emblemática. Antes, depositada sempre em mãos masculinas, o governador Gladson Cameli robustece seu compromisso em colocar mulheres no protagonismo, ao ser o primeiro governador a elevar uma mulher ao Comando-Geral da PMAC.

A coronel entrou na PM em 2005 e iniciou uma trajetória pautada pelo compromisso com a Segurança Pública, focando na atuação transversal da corporação como motor de mudança social. Sempre teve como referência não apenas o poder ostensivo da polícia, mas também o trabalho de prevenção e apoio aos agentes.

Atualmente é mestranda em Direitos Humanos, com ênfase em Segurança Pública pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e é subcomandante da PM, cargo que também foi ocupado, pela primeira vez, em julho deste ano, por uma mulher.

Sempre caminhando ao lado da gestão da PM, a coronel destaca que participou da construção do planejamento de ações de uma década, um projeto que estabelece metas a serem alcançadas e reforçadas até 2030.

“Nesse período em que participei da gestão da PM enquanto assessora jurídica, participei do planejamento estratégico da confecção do nosso planejamento em 2020, quando a PM reuniu todos os seus oficiais, contratou uma empresa especializada, fez um planejamento estratégico e traçamos um projeto para a PM para os próximos 10 anos. Desde então, a gente vem desenvolvendo esses objetivos e essas metas”, pontua a nova comandante.

Para ela, sua gestão deve seguir o que já foi decidido em consonância com a corporação, amplamente debatido e analisado. Alguns eixos devem ser fortalecidos ainda mais sob seu comando: polícia comunitária e o bem-estar e qualidade de vida da corporação.

“Temos metas de curto, médio e longo prazo, mas foi uma construção em conjunto, e vamos valorizar esse trabalho que foi realizado por todos os oficiais, pois jamais desconsideraria esse planejamento que foi feito com bastante esmero”.

Como comandante, a coronel destacou que deve reforçar o policiamento comunitário e a prevenção. Foto: José Caminha/Secom

Degrau por degrau dentro da instituição

Formada em Letras, Marta Renata é pós-graduada em Ensino da Língua Portuguesa e também se formou em Direito. Antes de ingressar na PM, foi professora substituta da Universidade Federal do Acre (Ufac) e da Prefeitura de Rio Branco. Ela estudava Direito quando resolveu fazer o concurso para a PM. Chamada em 2005, ela ficou no curso de formação até 2007, quando foi declarada aspirante.

“Concluí o curso de formação sendo a 2ª da turma e fui trabalhar como aspirante no quinto batalhão, que era no Tancredo Neves. Passei o período de aspirantado lá, que era seis meses, até que fui nomeada tenente e passei a integrar o comando metropolitano, que cuidava de Rio Branco, Bujari, Porto Acre e todas essas cidades do entorno”, relembra.

Após cumprir um período no setor, ela assumiu a assessoria na Secretaria de Segurança Pública, onde coordenou projetos da Polícia Comunitária, tendo como foco, por dois anos, um programa que incluía música, família e comunidade, inclusive que funcionava em algumas escolas do estado.

“Lembro bem da escola Berta Vieira, que passava por um momento muito complicado em virtude do assassinato de um aluno dentro do colégio. Então, concentramos muitas atividades lá”, rememora.

Já em 2010, ela foi destacada para a Baixada, que na época era o terceiro batalhão. Lá, na época como tenente, ela cuidava da parte de alterações de policiais. Segundo a linha cronológica da sua atuação, ela assumiu a coordenação administrativa e operacional do batalhão, onde ficou até o início de 2013.

Esses três anos que ficou na área da Baixada foi determinante para ela reconhecer a importância da ligação entre a comunidade e a PM. Toda essa bagagem a fez reacender um sentimento despertado ainda no curso de formação, que era aproximar as forças de segurança da população, com o objetivo de reduzir os índices de violência.

“Cheguei a fazer um curso internacional de Polícia Comunitária, aplicado pela Polícia do Japão, que ocorreu em São Paulo. Esse incentivo de trabalhar com a comunidade nasceu e se fortaleceu dentro da polícia mesmo, principalmente quando estive no terceiro batalhão, onde a gente desenvolveu bastante esse relacionamento com a comunidade da Baixada”, reflete.

Após esse período de atuação, ainda em 2013, ela foi convidada a assumir a assessoria de comunicação da PM devido à facilidade que tinha em fazer o intermédio entre a corporação e a imprensa. Etapa essa que a habilitou também como mestre de cerimônias.

No ano seguinte, ela, que era capitã, precisou ir para a Paraíba, onde fez o curso de aperfeiçoamento exigido para se tornar, então, major. Foram oito meses até retornar para Rio Branco, quando foi designada para trabalhar na Casa Militar.

Assumiu, ainda, por cinco anos, a assessoria jurídica da PM, onde conseguiu usar seus conhecimentos adquiridos na formação em Direito. De lá, ela já saiu como tenente-coronel e ficou como subdiretora operacional entre 2022 e 2023. Após esse período e ser promovida a coronel, Marta Renata assumiu a diretoria operacional, sendo promovida logo depois ao subcomando da PM, cargo que ainda acumulou por alguns meses. No dia 13 de julho, também de maneira inédita, o governador Gladson Cameli anunciou que uma mulher estaria no cargo.

Este ano, o governador esteve em evento voltado para as policiais militares do estado. Foto: Neto Lucena/Secom

Garantir ordem e respeitar as pessoas

A PM tem em sua missão garantir a ordem pública, segurança das pessoas e do patrimônio, com respeito aos direitos humanos e aos princípios de polícia comunitária, tudo isso cumprindo com sua meta de ser reconhecida como uma corporação de excelência na prestação de serviços de segurança pública, com ênfase na prevenção.

Responsabilidade social, civismo e dignidade da pessoa humana estão entre os pilares da Polícia Militar do Acre. Para a coronel, que agora conduzirá 2,4 mil militares do estado, o foco continua sendo a prevenção.

“A diretoria operacional, onde fiquei um período, direciona tanto o emprego da tropa no sentido da repressão, como também a parte da prevenção. Quando assumi, vi que a parte repressiva estava muito boa, então busquei fortalecer essa parte da prevenção por meio da Coordenadoria da Polícia Comunitária em Direitos Humanos.”

Então, foram enviados para a polícia comunitária 27 soldados, o que reforçou o efetivo e fez com que vários projetos de cunho social conseguissem ser aplicados de maneira mais incisiva. O resultado disso foi a pacificação de regiões como a Cidade do Povo.

“A gente conseguiu focar bastante naquela região, que era um lugar que a gente via que precisava da presença ininterrupta da polícia. Então, fortalecemos a polícia comunitária, direitos humanos e colocamos um oficial superior para estar comandando”.

Coronel esteve à frente de projetos e também participou do planejamento da PM para os próximos 10 anos. Foto: José Caminha/Secom

Ascensão feminina no militarismo

Comandar dentro de uma instituição que por muitos anos teve apenas a presença masculina. Sobre o novo desafio, a coronel Marta Renata faz questão de recordar que a inserção da mulher na PM é consideravelmente recente.

Apenas no dia 6 de outubro de 1985 iniciou uma turma da PM com cinco mulheres no estado. A data este ano foi celebrada com um evento que contou com a presença do governador Gladson Cameli, onde ele fez questão de anunciar sua decisão de elevar uma mulher ao Comando da PMAC.

Dos 2,4 mil policiais do Estado, 260 são mulheres, um efetivo que já demonstra a capacidade feminina em ocupar seu espaço. O simbolismo de uma mulher assumir o mais alto cargo da PM vem com um misto de realização, responsabilidade e expectativas. Quebra-se uma corrente ininterrupta do poder masculino de mais de 100 anos.

Para ela, que assume a partir de agora esse cargo, o momento é de dar continuidade ao trabalho já realizado e conseguir alcançar um patamar de excelência.

“Me sinto uma abençoada por Deus, pelo governador acreditar em mim e romper paradigmas, ultrapassando barreiras. O éthos da corporação é masculinizado. Existe esse androcentrismo, o que é natural, já que a presença feminina na PM é de 1985. Se a gente puxar, ao longo da história da corporação, nós tivemos outras mulheres coronéis extremamente competentes, mas que não tiveram a oportunidade que eu estou tendo de assumir esse cargo”.

Privilégio e uma grande responsabilidade. É assim que ela resume a sensação de receber do chefe maior do Estado a missão de comandar a PMAC. Para o futuro, ela conta com uma gestão participativa, inclusiva, de oficiais, praças e servidores civis, e ainda de mãos dadas com a comunidade, sabendo que os olhares estarão voltados para seu comando.

“Há uma expectativa muito grande em torno da nossa gestão, e falo da nossa, porque realmente não conseguimos comandar nada sozinhos. Conto com o apoio dos oficiais e de todo o efetivo para que realmente a gente continue a cumprir a nossa missão”, finaliza.

A solenidade de posse da coronel Marta Renata ocorre na quarta-feira, 11, a partir das 17h no Comando-Geral da PMAC. Com a ascensão dela, o coronel Kleison Albuquerque agora assume o subcomando da PM.

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Segurança Pública implementa nova rede de radiocomunicação digital para fortalecer ações no Acre

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Ana Paula Xavier

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio da Diretoria de Modernização, Tecnologia da Informação e Comunicação (DMTIC), implementou, no início de dezembro, uma nova rede de radiocomunicação digital, que promete revolucionar a comunicação entre os agentes da pasta. A iniciativa visa garantir uma comunicação mais estável e confiável, especialmente em áreas mais distantes da capital.

Segurança Pública implementa nova rede de radiocomunicação digital para fortalecer ações no Acre. Foto: Ascom Sejusp

O secretário de Segurança Pública, coronel José Américo Gaia, diz que a nova rede de radiocomunicação digital é um avanço essencial para a atuação das forças de segurança: “Com uma comunicação mais eficaz, nossos agentes estarão mais bem preparados para garantir a segurança da população, mesmo nas áreas mais remotas do estado”.

Para o secretário Gaia, nova rede de radiocomunicação digital é um avanço essencial para atuação das forças de segurança. Foto: Dhárcules Pinheiro/ Ascom Sejusp

Com a nova estrutura, localidades como Vila Pila, Vila Caquetá e a divisa do Acre com o Amazonas agora contam com comunicação via rádio, superando desafios enfrentados anteriormente por essas regiões. A ampliação da cobertura é um passo significativo para promover maior integração e eficiência operacional das forças de segurança.

Com nova estrutura, localidades como Vila Pila, Vila Caquetá e a divisa do Acre com o Amazonas agora contam com comunicação via rádio. Foto: Ascom Sejusp

Paulo Felipe Leitão, diretor da DMTIC, afirma que “a nova rede não apenas facilita a comunicação em tempo real, mas também fortalece a coordenação entre as forças de segurança, permitindo uma resposta mais rápida e eficiente em situações críticas”.

Diretor Paulo Felipe: “Resposta mais rápida”. Foto: Dhárcules Pinheiro/ Ascom Sejusp

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Governo monitora situação do Rio Juruá durante período de chuvas intensas

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Aline Querolaine

 

O governo do Estado do Acre está em alerta diante do aumento do volume de chuvas que atinge a região do Vale do Juruá. A Defesa Civil estadual já colocou em prática um plano de contingência para minimizar os impactos à população caso o Rio Juruá transborde, cenário que se torna mais provável com a intensificação do período de chuvas intensas.

De acordo com o chefe da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Batista, as equipes estão atuando de forma preventiva para garantir a segurança das comunidades ribeirinhas. “Já temos pontos de monitoramento instalados ao longo do rio, e estamos trabalhando de forma integrada com os municípios para acompanhar qualquer alteração no nível das águas. Nossa prioridade é proteger vidas e dar uma resposta rápida e eficiente em caso de emergência”, afirmou o coronel.

Rio Juruá no período chuvoso. Foto: Marcos Santos/Secom.

O plano de contingência inclui medidas como o mapeamento das áreas de risco, a preparação de abrigos provisórios e a organização de equipes para ações de resgate e assistência às famílias que possam ser desalojadas. Além disso, a Defesa Civil está promovendo campanhas de orientação sobre como a população deve agir em caso de alagamentos.

Dados recentes apontam que o nível do Rio Juruá vem subindo gradativamente, mas ainda está abaixo da cota de alerta. Mesmo assim, o governo reforça que o momento exige atenção redobrada. “Estamos preparados para atuar rapidamente, caso a situação se agrave. O apoio da comunidade é fundamental nesse processo, seguindo as orientações e comunicando qualquer anormalidade”, destacou Batista.

Defesa Civil Estadual e Municipal seguem acompanhando o volume de água do rio. Foto: Marcos Santos/Secom.

A Defesa Civil pede à população que fique atenta aos comunicados oficiais e evite a disseminação de informações falsas, que podem gerar pânico. O monitoramento segue em tempo integral até o fim do período crítico das chuvas.

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Protagonismo feminino, modernização e trabalho comunitário marcam 2024 na PMAC

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Joabes Guedes

O ano de 2024 foi marcado por conquistas históricas para a Polícia Militar do Acre (PMAC), que consolidou seu papel como uma instituição essencial para a segurança pública e para o fortalecimento do estado. A instituição, que atingiu o marco de 108 anos em maio, implementou diversas iniciativas que fortaleceram a relação com a comunidade, fomentaram sua modernização e ampliaram os serviços prestados. Foram várias as frentes de atuação, sobretudo nas áreas sociais, de infraestrutura, tecnologia e capacitação. O protagonismo feminino nas fileiras da PMAC ganhou um capítulo à parte, com a nomeação de uma mulher, pela primeira vez em mais de 100 anos, ao cargo de comandante-geral.

Pela primeira vez em 108 anos, governador empossa uma mulher no Comando da PM. Foto: Felipe Freire/Secom

Os investimentos do governo do Estado ao longo do ano, com valores que superam 19 milhões de reais, possibilitaram a aquisição de tecnologias, a modernização da infraestrutura e a otimização das operações e do atendimento à população. A compra de geradores de energia, mobiliário, armamentos modernos, equipamentos e sistemas de comunicação proporcionou uma gestão e atuação mais eficiente no combate à criminalidade. Além disso, a instituição recebeu mais de R$ 300 mil em emendas parlamentares estaduais, que serão empenhadas até o final do exercício, e executou quase R$ 1 milhão em convênios com a Prefeitura de Rio Branco, o que resultou no reforço do policiamento, por meio do pagamento de bancos de horas aos militares.

Entre outras áreas, a PMAC atuou no campo social, de infraestrutura, tecnologia e capacitação. Foto: Silva Barbosa/PMAC

O comando da corporação deu início, com base no planejamento estratégico institucional, a ações que impactam as comunidades mais distantes e isoladas, e fortaleceu a relação com a população e lideranças dessas localidades. Como exemplo, o lançamento do Patrulhamento Comunitário Rural levou segurança para as regiões mais afastadas, entre elas a Transacreana e a zona rural do município de Xapuri, com viaturas modernas, comunicação via satélite e profissionais especializados.

Patrulhamento Rural em Xapuri. Foto: Dhárcules Pinheiro

O então comandante-geral, coronel Luciano Dias Fonseca, destaca que os avanços experimentados são reflexos do compromisso de cada policial militar e do apoio indispensável do governo do Estado. “Estamos no caminho, construindo uma Polícia Militar cada vez mais qualificada, humana e conectada às necessidades da sociedade acreana. Reforçamos o que consideramos essencial: a proximidade com a nossa comunidade. E cada investimento, seja em equipamentos, infraestrutura ou na formação de nossos policiais, teve um olhar voltado para o cidadão, onde enxergamos não apenas números ou índices, mas vidas que dependem do nosso trabalho diário”, disse.

O coronel Luciano Dias Fonseca foi comandante-geral até o dia 11 de dezembro. Foto: Silva Barbosa/PMAC

Impacto social

Os projetos sociais também foram um dos pilares da atuação da PMAC. O Programa de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que completou 25 anos em 2024, alcançou comunidades indígenas e áreas urbanas, promovendo cidadania e conscientização de centenas de alunos sobre prevenção às drogas. Além disso, a parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) garantiu maior segurança nas escolas e fortaleceu a relação entre a polícia e a comunidade escolar.

Formatura do Proerd. Foto: Onofre Brito/Secom

Em outras frentes, iniciativas como o Festival de Pipas, realizado na parte alta da cidade de Rio Branco, e a participação no projeto Juntos pelo Acre, promovido em parceria com diversos órgãos e setores do governo, uniram educação e conscientização para um convívio social mais harmonioso.

O policiamento comunitário, intensificado em todo o estado, mudou a realidade de bairros com altos índices de criminalidade, como o Complexo Habitacional Cidade do Povo, que vivia disputas territoriais por organizações criminosas. Atendida pela Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (CPCDH), da PMAC, essa comunidade viu os números negativos despencarem e passou a colecionar histórias positivas.

Valorização e capacitação profissional

Em 2024, a Polícia Militar intensificou a formação e a capacitação dos seus profissionais. Pelo menos 1.197 policiais militares, oficiais e praças passaram por um dos 28 cursos de formação realizados pela instituição, enquanto outros 67 foram enviados para cursos e especializações fora do estado. Cursos pioneiros, como o 1º Curso de Trânsito Aplicado do Acre, em parceria com o Detran-AC, e a formação de novos oficiais de saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) representaram avanços históricos na qualificação do efetivo.

Seguindo a política de valorização profissional, ao longo do ano, a instituição promoveu 214 policiais militares, oficiais e praças a novos postos e graduações. Os militares foram qualificados para novas funções e atribuições dentro dos seus quadros de carreira.

Pioneirismo

O ano de 2024 ficará marcado na história da PMAC pelo protagonismo feminino. Pela primeira vez, uma mulher, a coronel Marta Renata Freitas, assumiu o subcomando da instituição e, posteriormente, o comando-geral, representando um marco na luta pela igualdade de gênero dentro da segurança pública. Foi um período em que diversas mulheres assumiram o comando de batalhões de áreas, unidades especializadas, principais diretorias e assessorias da PM. Esse avanço é reflexo de um trabalho de décadas, que tem valorizado a presença feminina em cargos de liderança.

Coronel Marta Renata assumiu o comando da PMAC no dia 11 de dezembro. Foto: José Caminha/Secom

Olhar para o futuro

Com um histórico de conquistas e uma trajetória marcada por avanços, a PMAC encerra 2024 com o olhar voltado para o futuro. A transição histórica de comando reflete a continuidade de um trabalho sólido e inovador. O compromisso com a modernização, a eficiência e a proximidade com a comunidade são pilares que permanecem firmes, mesmo diante dos desafios que ainda precisam ser superados.

Para a atual comandante-geral, coronel Marta Renata Freitas, com o apoio do governo do Estado e da sociedade civil, a Polícia Militar está pronta para enfrentar os desafios futuros e contribuir para a construção de um Acre mais seguro para todos. “Nossa instituição é uma força viva, que cresce a cada desafio. Temos muito a melhorar e evoluir para seguir avançando. Olhar para o futuro é enxergar além do hoje, reconhecendo desafios, mas também as oportunidades que o amanhã nos reserva. É planejar com responsabilidade, acreditando no poder da transformação e na capacidade humana de construção. O futuro nos intima a inovar e caminhar com coragem para superar os limites e barreiras que a vida apresenta”, concluiu a comandante.

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