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Petecão diz que Bocalom é “desonesto” e prefeito aposta na queda de Gladson para ter apoio de Mailza

O senador Sérgio Petecão (PSD) foi o entrevistado desta segunda-feira, 24, do jornalista Roberto Vaz, no Programa Bar do Vaz, transmitido pelo ac24horas. Na conversa de pouco mais de 40 minutos, o presidente do PSD no Acre rebateu as declarações do prefeito Tião Bocalom ao Blog do jornalista Luis Carlos Moreira Jorge, o Crica.

Petecão se mostrou decepcionado com as declarações do prefeito de Rio Branco. “Ele disse que não quer dormir com o inimigo, mas só que na prefeitura do Bocalom nós já botamos mais de R$ 50 milhões de emendas minhas. Eu, sinceramente, eu esperava de qualquer pessoa, aquelas palavras, menos do Bocalom. Bocalom agora achou todos os meus defeitos, agora sou de esquerda”, destacou?



O senador fez questão de relembrar o episódio em que o governador Gladson Cameli preteriu Bocalom na disputa da prefeitura em 2020. “Eu lembro quando o Gladson tomou a decisão que não queria o Bocalom como candidato do PP a prefeitura de Rio Branco, eu, a pedido da Marfisa. Eu já tive problema com Bocalom lá atrás, lembra quando eu fui candidato ao governo, ele lançou a candidatura dele. Ontem o Normando Sales me ligou e perguntou se eu lembrava disso. A Marfisa foi quem insistiu. O Bocalom quando ele quer ser carinhoso, ele sabe ser. Ele tem aquele negócio de dar aqueles tapinhas na gente. Quando ele está de bom humor, ele é ótimo, quando ele tá normal, o bicho é bruto de ignorante”, frisou.

Ele lembrou ainda sobre a promessa de Bocalom de demitir todas as pessoas ligadas a ele na prefeitura. “Esse meu povo, que ele Bocalom disse que vai demitir todo mundo, eles trabalharam demais. As pessoas mais ligadas a mim não tem cargo na prefeitura. O Coelho, o Alcione, Paulinho tem cargo lá? Quem tem cargo lá é a Marfisa porque é a vice. O resto foi aquele pessoal que só faltou se matar pelo Bocalom. Tu lembra quando o Bocalom pegou covid-19 na reta final de campanha, esse pessoal que foi pra cima na reta final”, disse.

Petecão enfatizou ainda que Bocalom jamais teria a humildade para chamá-lo para escolher o secretariado. “Isso para o Bocalom é uma afronta. Você, eu e nem ninguém ouse compartilhar poder com o Bocalom. Ele botou a Marfisa ali, eu achava que ele gostava da Marfisa, porque o que ele fez com ela, de demitir a chefe de gabinete dela. Mandou descontar dias de trabalho da Marfisa. Eu acho que ele já vinha dando sinais que ia se afastar da gente. A Marfisa que não tinha se tocado, eu falei pra ela várias vezes, ela gosta muito dele. Ela vai continuar trabalhando, ela me disse que agora vai tá de manhã, de tarde e de noite nos bairros”, pontuou.

Eu vejo que o Bocalom ele não é parceiro. Se você não satisfazer ele, na hora que ele quer, ele não é parceiro. Ele jamais vai fazer um gesto, estender a mão. Eu diria que no sentido da política ele é desonesto”, desabafou Petecão.

Questionado se Bocalom de fato fez campanha para ele em 2022 na disputa do governo, Petecão revelou que dois dias após ser derrotado na urna, o prefeito lhe chamou para uma reunião e lhe comunicou que disputaria uma vaga ao senado em 2026. “O problema não é isso (do Bocalom estar na campanha),ele disse que tá tudo pago, mas falo da consideração. Às vezes tu pode financeiramente ajudar, mas o Bocalom, depois da eleição, dois dias, eu levei o meu filho, o Solino, ainda bem que eles viram isso, para me comunicar que ele seria candidato ao senado em 2026. Dois dias depois da eleição da minha eleição de 2022, eu ainda tava me curando da balsa. Eu não entendi até hoje porque ele fez aquilo”, destacou.

Sobre Bocalom achar que terá mais votos em 2024 do que em 2022, Petecão brincou afirmando que acha que seu grupo deve ter atrapalhado ele. “O fato de ele achar que vai ter mais votos na próxima eleição do que a de quando ele foi eleito, eu acho que ele pensa que nós atrapalhamos ele. Eu respeito a posição dele. Agora nós só podemos saber depois de abrir as urnas, se nós ajudamos, se nós atrapalhamos. Eu tenho andado muito e sinceramente eu vejo uma insatisfação muito grande por conta da gestão. Eu jamais vou constranger o Bocalom. Eu gostaria que nessa campanha ele tivesse me ajudado, mas é o jeito dele. Quem é que vai mudar o jeito do Bocalom?”, questionou.

Petecão ainda revelou que a estratégia de Bocalom contaria com o apoio da vice-governadora Mailza Gomes. “Ele acredita que o Gladson vai ser afastado para a Mailza assumir e a Mailza ajudar ele, o Bocalom e o Márcio Bittar. Essa é a contabilidade dele. Um cara próximo a ele me contou isso numa frieza. Eu não guardo mágoas de ninguém não. Eu vi lá o Crica falando que ele tava chateado porque eu conversei com o Marcus Alexandre. Eu converso com Gladson, eu converso com Edvaldo Magalhães, eu converso muito com o Jenilson, eu converso com o Jorge Viana, eu converso até com o Bocalom. Eu digo que conversar com o Boca é difícil, meu irmão. Ele vai tocar o projeto político dele, eu como dirigente partidário o meu”, finalizou.

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