POLÍTICA
Petista indica liberação de emendas para aprovar u…
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Ramiro Brites
Os deputados federais aprovaram na noite desta quarta-feira, 4, a urgência de dois dos três projetos que compõem o pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal. Com a medida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já pode indicar um relator para as propostas que tramitam com maior celeridade, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas antes de ir ao plenário.
A votação sobre a urgência só foi definida após uma reunião extraordinária agendada por Lira com os líderes dos partidos da base. Durante a tarde, parlamentares demonstraram descontentamento com a falta de liberação da verba de emendas parlamentares e colocaram em xeque a votação do pacote fiscal. Para convencer os deputados, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, anunciou que conversou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e garantiu que nas próximas horas irá “resolver a execução das emendas, que são legítimas”.
Deputados petistas haviam sido comunicados que haveria a tentativa da aprovação dos projetos sem modificações no texto. O discurso mudou na sessão de votação das urgências após os representantes do governo escutarem o descontentamento de outros líderes da base governista sobre o projeto. “A gente defende a votação desta urgência para que nas próximas três semanas a gente possa discutir o mérito dessas matérias”, disse Guimarães. “Na hora de discutirmos os méritos, nós vamos melhorar as matérias”, completou o líder do governo na Câmara, que indicou que esse debate deve ocorrer na próxima semana.
O projeto de lei complementar aborda gatilhos do déficit fiscal, como a proibição de conceder, ampliar ou prorrogar incentivos e benefícios tributários, além de autorizar o bloqueio de emendas parlamentares, teve a urgência aprovada com 260 votos favoráveis, 98 contrários e duas abstenções. Já o projeto de lei, que propõe uma nova regra de correção do salário mínimo, que será reajustado acima da inflação mas limitado ao intervalo de 0,5% a 2,5%, e também dis~põe sobre o aperfeiçoamento os controles do Benefício de Prestação Continuada e do Bolsa Família, teve a urgência aprovada com 267 votos, 156 contrário e 37 obstruções.
O terceiro projeto que compõe o pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada, trata-se de uma proposta de emenda à Constituição, um tipo de matéria que demanda uma tramitação mais complexa. O texto teria de passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), presidida pela bolsonarista Carol de Toni (PL-SC). Diante da possibilidade da CCJ segurar a proposta apresentada pelo governo, Lira indicou que pode incluir o texto em outra PEC que já foi apreciada pela comissão.
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Haddad vai à Câmara e Hugo Motta oferece garantia…
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5 de fevereiro de 2025 Nicholas Shores
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) foi à Câmara nesta quarta-feira em busca de respaldo e conseguiu uma garantia de que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não vai criar “algum fantasma ou algum obstáculo” contra a agenda econômica do governo Lula “sem que ele verdadeiramente exista”.
“Temos todo o intuito e todo o espírito de ajudar nessa agenda, porque é uma agenda de país”, afirmou Motta. “O Brasil tem um grande desafio econômico para 2025, e nada melhor do que essa cooperação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo para que a agenda aqui seja priorizada e possamos entregar o melhor para a sociedade brasileira.”
Na reunião fechada entre Haddad, Motta e líderes da Câmara que antecedeu a entrevista a jornalistas, o ministro entregou um documento com as 25 iniciativas prioritárias da Fazenda em 2025 e 2026, das quais 15 dependerão de aprovação do Legislativo.
Questionado sobre as maiores prioridades, Haddad citou a reforma da renda, com isenção de IR para quem ganha até 5.000 reais e a tributação dos chamados “super-ricos”, que o governo ainda não mandou para o Congresso, o projeto do devedor contumaz, em tramitação na Câmara, e a Lei de Falências, que está no Senado.
Depois da declaração do presidente do PSD, Gilberto Kassab, chamando-o de “fraco”, o ministro da Fazenda estava em busca de uma imagem que transmitisse respaldo. Conseguiu encontrá-la na Câmara. Agora, faltam o apoio do presidente Lula, do ministro Rui Costa (Casa Civil) e do PT.
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Ciro Gomes entra na guerra dos bonés com mensagem…
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5 de fevereiro de 2025 Gustavo Maia
O ex-presidenciável Ciro Gomes entrou na onda da “guerra de bonés” entre governistas e bolsonaristas e divulgou há pouco uma montagem na qual aparece usando um adereço amarelo com a mensagem “vão trabalhar vagabundos”. A imagem foi publicada no perfil do político cearense no X (antigo Twitter).
Quarto colocado no primeiro turno das eleições de 2022, quando obteve 3,04% dos votos válidos, o ex-governador, ex-ministro e ex-deputado federal é do PDT, que tem Carlos Lupi como ministro da Previdência do governo Lula, mas faz oposição ferrenha ao petista. Ele também costuma atacar Jair Bolsonaro, mas nos últimos tempos tem se alinhado a aliados do ex-presidente.
A montagem com o boné é uma referência ao uso de acessórios azuis com o slogan “O Brasil é dos brasileiros” por ministros do governo Lula, no último sábado, durante a votação para eleger os novos presidentes da Câmara e do Senado — classificados como “anti-Trump” pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A iniciativa foi do ministro das Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha. Seus colegas Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Camilo Santana (Educação) também usaram o adereço, assim como o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Congresso. Padilha contou que a frase foi cunhada pelo novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira, a seu pedido.
A criação foi uma resposta ao uso de bonés vermelhos com a mensagem “Make America Great Again”, de apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por parlamentares bolsonaristas e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na posse do americano, no mês passado.
Nesta segunda-feira, deputados da oposição apareceram no Congresso vestindo bonés verde-amarelos com a as frases “Comida barata novamente” e “Bolsonaro 2026”.
Em meio ao duelo de bonés, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), apoiado pelos dois lados da briga, se manifestou nesta terça contra o uso dos adereços: Pra mim, boné serve pra proteger a cabeça do sol, e não pra resolver os problemas do país. O que a gente precisa é fazer, e ter a cabeça aberta pra pensar em como ajudar o Brasil a ir pra frente”.
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ADPF das Favelas: discussão no STF opõe Fiocruz, p…
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5 de fevereiro de 2025 Lucas Mathias
A ADPF das Favelas, ou ADPF 365, que prevê normas para a realização de operações policiais no Rio de Janeiro, voltará a ser discutida nesta quarta-feira, 5, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Pensada para restringir e combater os excessos policiais, além de preservar a vida dos moradores das comunidades, a ação tem despertado opiniões distintas de diferentes entidades e membros do Poder Público desde que passou a vigorar, em caráter liminar, em 2020, durante a pandemia, após decisão do ministro Edson Fachin.
É ele o relator dessa Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e quem vai abrir a sessão do STF a partir das 14h, com um resumo de seu voto. O posicionamento de entes que serão afetados pela ação, contudo, tem sido manifestado publicamente nos últimos dias.
O debate opõe aqueles que acreditam que mais restrições ao trabalho policial nas favelas contribuirão para que o crime organizado no Rio siga crescendo e se expandindo territorialmente, e os que destacam a redução da letalidade policial durante operações nas favelas desde que a medida passou a valer.
Neste segundo bloco, por exemplo, está a organização comunitária Redes da Maré. A entidade destaca, com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que depois que a ADPF 365 entrou em vigor, as mortes ocasionadas em operações policiais no Rio de Janeiro caíram de 1.814 em 2019 para 699 em 2024, uma diminuição de mais de 61,5%. Ainda assim, no ano passado, em 42 operações nas favelas da Maré, foram 20 mortes. Em apenas cinco delas, havia ambulâncias para atender os feridos. Os agentes só utilizavam câmeras corporais em nove das ocasiões.
Ao meio-dia desta quarta, membros da Redes da Maré estarão em Brasília para realizar um ato em frente à sede do STF, com representantes de outras organizações de favelas e direitos humanos, além de mães e familiares de vítimas da violência nesses locais. Dentre as ações propostas pela ADPF 635 e defendidas pela entidade, estão as restrições de horário, medidas para evitar ações em perímetro escolar, uso de câmeras corporais pelos agentes e realização de perícia, entre outros protocolos.
A postura tem o coro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina, que tem sua principal sede posicionada em uma região cercada por favelas. A instituição participa da ação como Amicus curiae — ou seja, parte formalmente interessada no desfecho da decisão do Supremo e que, portanto, tentará fazer valer seus argumentos. E lembra que a gravidade da atuação policial no Rio “foi reconhecida internacionalmente, como evidenciado pela condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Favela Nova Brasília v. Brasil, em 16 de fevereiro de 2017”.
“Neste julgamento, a Corte apontou falhas do Estado na investigação e punição dos responsáveis por execuções extrajudiciais cometidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Essa histórica decisão ressalta a urgência e a importância de medidas efetivas para lidar com a violência policial e garantir o respeito aos direitos humanos”, afirma a Fiocruz, em nota divulgada nesta terça-feira, 4.
‘Estado não é bandido’
Prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) divulgou nas redes sociais, por outro lado, um posicionamento contrário ao excesso dessas normas contra a atuação policial nas operações. Em vídeo publicado, ele afirma defender “que as forças policiais possam agir com a firmeza necessária, dentro da legalidade”. “O Estado não é bandido. O bandido às vezes faz coisas que o Estado não pode fazer, mas só o Estado pode fazer determinadas coisas de maneira legal”, disse. Ainda nesta terça, a Prefeitura do Rio também pediu para ingressar na ADPF como Amicus curiae.
Ação da Prefeitura do Rio contra a ADPF 635.
Nosso posicionamento! pic.twitter.com/ipdcqV3idx— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 4, 2025
A postura é parecida com a adotada pelo Governo do Rio que, por sua vez, tem discurso mais firme contra a ação. Em discurso na Assembleia do Rio, nesta terça-feira, o governador Cláudio Castro (PL) criticou a regulação da ADPF especialmente “contra a ostensividade da polícia”.
“Acho positivas as situações que a ADPF venha a melhorar a atividade policial e reforçar a transparência. O problema é o critério de extraordinariedade, que vai contra a ostensividade da polícia. Quando você cria essa limitação, retira do povo, da comunidade, o direito de ter uma polícia ostensiva”, disse.
Também nesta quarta, Castro tem encontro marcado com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, antes de outra reunião com o Secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, e o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Rodney da Silva.
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