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PGE suspende acordo com mulher que reivindica Jericoacoara – 03/11/2024 – Cotidiano

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Yuri Eiras

A PGE do Ceará (Procuradoria-Geral do Estado do Ceará) suspendeu o processo de acordo entre o estado e a empresária Iracema Correia São Tiago, 78, que reivindica a propriedade de terras de Jericoacoara, no Ceará. O anúncio foi feito na última sexta (1º).

O governo, por meio da Procuradoria, havia firmado um acordo extrajudicial, sem necessidade de intervenção da Justiça, com a empresária Iracema Correia São Tiago. Pelo acordo, 49 mil metros quadrados de áreas não ocupadas seriam cedidos pelo estado.

Procurada neste domingo (3) por telefone e mensagens para comentar a suspensão do acordo, a defesa de Iracema não respondeu aos contatos da reportagem.

A PGE suspendeu o processo e disse ter acionado diferentes órgãos para atestar a legitimidade do domínio por parte de Iracema. A instituição afirmou ter notificado o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para que o instituto realize perícia no registro do imóvel para atestar a cronologia dos proprietários da terra, até chegar em Iracema.

A Procuradoria notificou ainda a seção cearense do SPU (Superintendência do Patrimônio da União) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), para que se manifeste sobre o parecer técnico do imóvel. O ICMBio já havia indicado, em processo judicial, ter dúvidas sobre a titularidade.

Também foi enviado ofício para a Promotoria do estado. No dia 25 de outubro, o Ministério Público havia recomendado a suspensão do acordo “até a análise apurada dos documentos”.

Na recomendação, o Ministério Público afirmou ser necessário investigar o histórico da propriedade, uma vez que a matrícula, segundo a Promotoria, apresentou aumento significativo da área, passando de 441 hectares (equivalente a cerca de 617 campos de futebol) para 924 hectares (cerca de 1.294 campos de futebol).

Entenda o caso

Iracema procurou o Governo do Ceará reivindicando a propriedade de áreas não ocupadas na Vila de Jericoacoara. Nos cálculos da defesa e da família, a empresária seria dona de 83% da vila, no litoral do estado.

Jericoacoara é um dos principais destinos turísticos do Nordeste. A área sob disputa fica fora do Parque Nacional, gerido pelo ICMBio.

No acordo extrajudicial, o governo concederia à empresária o título de terras não ocupadas, exceto vias de acesso e áreas de interesse do estado.

A empresária apresentou os documentos sobre a propriedade das terras em julho de 2023 ao Idace (Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará).

Ela afirma ter sido casada com o empresário José Maria Machado, conhecido na região como proprietário da Firma Machado e de algumas fazendas, entre as quais, Junco I e II. Segundo a defesa, em nota enviada em outubro, “ele adquiriu os imóveis na região a partir do ano de 1979, com o objetivo de cultivar cajueiros e coqueiros”.

O casal se divorciou oficialmente em 1995 e, na partilha de bens, ficou com a fazenda Junco I. Machado morreu em 2008.

Segundo ela, em 1983, seu então marido comprou terrenos que totalizam 714 hectares na região. Ela apresentou a escritura pública de compra dos terrenos. Desse quantitativo, 73,5 hectares seriam na área da Vila de Jericoacoara, que possui, ao todo, 88 hectares, dentro da cidade de Jijoca de Jericoacoara.

A área da vila foi regularizada no âmbito fundiário entre 1995 e 1997.

Iracema apresentou a escritura de posse ao Instituto de Desenvolvimento Agrário do estado propondo uma conciliação na qual ela cederia áreas que fossem tituladas a outras pessoas até dezembro de 2022.

O espaço seria equivalente a 62% da área da Vila de Jericoacoara. Os demais lotes seriam devolvidos a ela.

Ao responder o pedido, o Idace propôs que toda a área da Vila de Jericoacoara seguisse sob a tutela do Estado do Ceará. Isso gerou um impasse, já que Iracema não aceitou a contraproposta.

No mês seguinte, o instituto enviou o caso para a Procuradoria-Geral do Estado, que reconheceu a legitimidade da escritura apresentada por Iracema. O órgão firmou um acordo extrajudicial, ou seja, sem necessidade de intervenção da Justiça.

Segundo a Procuradoria, no acordo firmado entre as partes, “conseguiu-se a renúncia dele [de Iracema] de todas as terras que, mesmo estando dentro de sua propriedade, estivessem ocupadas com moradores ou quaisquer tipos de construções”.

Associações de moradores, turistas e o Conselho Comunitário de Jericoacoara têm feito protestos contra o acordo.

Em outubro, a defesa, por meio de comunicado, disse que “Iracema e seus familiares reafirmam seu compromisso com a comunidade da Vila Jeri, mas não abrirão mão de seus direitos, assegurados em lei, em favor de terceiros”.



Leia Mais: Folha

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Médicos retiram bebê da barriga da mãe para cirurgia de malformação da criança. Deu certo

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A coxinha é a comida que representa nosso país no ranking das melhores comidas de rua do mundo. - Foto: TesteAtlas

Uma verdadeira operação de esperança, feita antes mesmo do nascimento. Foi isso que médicos realizaram com a cirurgia no bebê Nathan, ainda dentro da barriga da mãe, para corrigir uma malformação grave na medula. O procedimento, que parece coisa de filme de ficção científica, aconteceu no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro, e foi feito pelo SUS, o Sistema Único de Saúde.

Tudo começou quando a operadora de caixa Tainá de Andrade, mãe de Nathan, recebeu um diagnóstico difícil ainda na gestação: seu bebê tinha mielomeningocele, uma má formação que afeta o fechamento da medula espinhal. Isso também causava a síndrome de Chiari tipo 2, que faz o cerebelo — parte do cérebro responsável pelo equilíbrio e pelos movimentos — descer para o canal da medula.

Com os riscos envolvidos, os médicos tomaram uma decisão ousada e cheia de técnica: realizar uma neurocirurgia fetal para corrigir o problema antes mesmo do nascimento, dando a Nathan uma chance muito maior de se desenvolver com qualidade de vida.

Como foi a cirurgia

A operação foi feita por uma equipe da Maternidade Escola da UFRJ, em parceria com os neurocirurgiões do Instituto do Cérebro. O procedimento exigiu uma preparação minuciosa e muito cuidado.

Durante a cirurgia, os obstetras abriram o abdômen de Tainá e expuseram o útero, que foi cuidadosamente retirado e mantido fora do corpo da mãe. Depois, fizeram um corte de 3,5 cm no útero para permitir o acesso ao bebê.

Com o feto parcialmente exposto, os neurocirurgiões reconstruíram as camadas que protegem a medula: membrana, músculo e pele. Essa reconstrução evita que o líquido da medula fique vazando, o que permite que o cerebelo retorne para o lugar certo.

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Futuro do bebê

O procedimento, apesar de extremamente delicado, foi um sucesso.

A cirurgia ajudou a impedir que o problema na medula piorasse e pode garantir que Nathan tenha uma vida mais independente no futuro.

Segundo a neurocirurgiã pediátrica Maria Anna Brandão, a cirurgia melhora a função motora e, com isso, a autoestima e a autonomia da criança.

“Você pode tirar ela de uma cadeira de rodas para que uma criança que fique em pé”, disse ao Fantástico.

Médicos fizeram a cirurgia retirando útero de gestante para operar bebê com malformação e que ainda não nasceu — Foto: TV Globo/Reprodução Médicos fizeram a cirurgia na barriga da mãe, retiraram o útero e operaram o bebê com malformação na medula. Deu certo! – Foto: TV Globo/Reprodução



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Baiana cria ovo de Páscoa de camarão e iguaria choca as redes; vídeo

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O brasileiro que distribui peixes para pessoas carentes de BH (MG) na sexta-feira Santa tem apoio de voluntários que ajudam na missão. -Foto (2024): O Tempo/Estado de Minas

Se brasileiro não existisse, realmente teria de ser inventado. Haja criatividade! A baiana Adriana Ferreira, a Drica, criou o ovo de Páscoa com camarão, é o Ovojé. Outra baiana, a Cris Santos, inventou o Ovocá, que é um ovo de páscoa que mistura de beijinho com brigadeiro, e o Ovorá, que é feito com siri vegano. Olha isso!

Essas misturas improváveis chamam a atenção nas redes. Claro que é impossível resistir a tanta originalidade. Os mais tradicionais torcem o nariz e fazem cara feia, mas os ousados se divertem com a possibilidade de unir as delícias da culinária baiana com os costumes da Páscoa.

“Meus amores, olha minha nova invenção!”, anunciou Drica em um vídeo bem-humorado.

Estilo da Bahia

Cris Santos, dona da Pizzará Bahia, é conhecida em Salvador por suas invenções e ousadias na cozinha. Essa é outra que não para nunca.

A chef jura que as novas opções, colocadas exclusivamente para o cardápio da Páscoa, são irresistíveis e saborosas. Segundo ela, sabores que “celebram a Bahia”.

“Uma experiência única: Surpreenda-se com a combinação inusitada e deliciosa com o dendê”, promete Cris nas redes sociais.

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Ovos de Páscoa que só a Bahia tem

A capacidade de criação do povo baiano é surpreendente.

Veja o que eles já criaram e diga qual você gostaria de experimentar:

  • Ovojé: mistura de acarajé com ovo de Páscoa. Mas é apenas no formato. O sabor e todos os elementos são do quitute baiano.
  • Ovorá: traz a maciez do bolinho de feijão cozido, temperado com ervas especiais, recheado com nosso incomparável vatapá de pão doce e também finalizado com frutos do mar ou um delicioso siri vegano.
  • Ovoçá: a combinação perfeita de beijinho e brigadeiro de dendê, em um exclusivo ovo de acaçá, traz a doçura dos ovos tradicionais.

A Drica Ferreira (E) criou o Ovo de Páscoa que leva camarão, o Ovoré. Já a Cris Santos (D), invesntou o Ovoçá e o Ovorá. Foto: @acarajedadricaoficial/@pizzarabahia A Drica Ferreira (E) criou o Ovo de Páscoa que leva camarão, o Ovoré. Já a Cris Santos (D), invesntou o Ovoçá e o Ovorá. Foto: @acarajedadricaoficial/@pizzarabahia



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Brasileiro distribui centenas de peixes para pessoas carentes na sexta-feira da Paixão; promessa

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Um hospital de Americana (SP), veste os bebês recém-nascidos de coelhinho da Páscoa para darem as boas-vindas e esperança aos pais. - Foto: Prefeitura Americana

Um ato de amor ao próximo na sexta-feira da Paixão. Este brasileiro, de 55 anos, distribui centenas de peixes para pessoas carentes de um bairro de Belo Horizonte, Minas Gerais, e repete a tradição que já dura 32 anos.

O empresário Afonso Teixeira reúne amigos e voluntários para fazer a distribuição. A fila de espera para a doação começa no dia anterior. Muitos dormem na rua para aguardar o grande momento. A distribuição gratuita começou hoje de manhã na Praça do Peixe, no bairro Bonfim, região noroeste da capital mineira. Quem aparecer pode pegar até 2,5 quilos de pescado.

Discreto e religioso, Afonso acredita que, assim, a tradição católica de não comer carne na Sexta-Feira da Paixão, como demonstração de humildade e respeito aos sacrifício de Jesus Cristo, é mantida da forma como ele ensinou – com solidariedade e generosidade.

Reservado, faz a verdadeira caridade

Afonso não só criou como financia o projeto de distribuição de peixes. E ele também vai para a linha de frente entregar os pescados. A seleção e empacotamento são feitos na Peixaria Gelinho, parceira na ação social.

A iniciativa do homem que doa peixes virou símbolo da Semana Santa em Belo Horizonte. Mas vai além do alimento: para muitos, é a única oportunidade de realizar uma refeição no dia que marca a paixão de Cristo.

Porém, a ação é mais completa do que se imagina: o empresário doa mamitex, suco e água para aqueles que esperam a vez na fila.

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De madrugada na fila

O auxiliar de pedreiro Maurício Sousa, de 50 anos, chegou de madrugada para pegar um lugar na fila. O trabalhador contou que há dias queria comer peixe e que, agora, com essa doção, conseguirá.

“Eu estava com vontade de comer peixe frito e vou comer”, afirmou Maurício, feliz da vida.

Os mais idosos, que também estavam na fila, contam que a “tradição” do empresário, na verdade vem de família.

O pai dele doava leite no passado, segundo O Tempo, e o filho fez a promessa de levar a bondade adiante.

Lindo tudo isso, não?

O brasileiro Afonso Teixeira, empresário de BH que há 32 anos doa peixes na Semana Santa para pessoas carentes, repete a tradição este ano. Foto (2018): G1/Radio Itatiaia O brasileiro Afonso Teixeira, empresário de BH que há 32 anos doa peixes na Semana Santa para pessoas carentes, repete a tradição este ano. Foto (2018): G1/Radio Itatiaia



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