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Pizzaria: Tem menos azeitonas nas pizzas em São Paulo? – 19/10/2024 – Mercado

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Pizzaria: Tem menos azeitonas nas pizzas em São Paulo? - 19/10/2024 - Mercado

Alex Sabino

A cena sempre foi comum em São Paulo. A pizza sai do forno fumegando. O toque final do pizzaiolo é enfiar a mão em um balde de azeitonas e espalhá-las sobre o recheio, antes de liberá-la para o cliente.

Esqueçam essa imagem. É coisa do passado.

“Todo mundo diminuiu. Isso [a quantidade generosa] não tem mais. A orientação é perguntar se o cliente quer mesmo azeitonas”, diz Sergio dos Santos Igreja, proprietário da Pizzaria La Fornalha, em Amparo, uma das mais tradicionais do interior paulista.

O mercado da azeitona virou um complicador para os donos e gestores de pizzarias. O valor mais do que dobrou e a qualidade diminuiu porque as melhores são direcionadas para a produção de azeite. Com margens de lucro de cerca de 15%, os estabelecimentos têm se adaptado. Especialmente os pequenos, aqueles que competem pelo preço.

A maioria começou a buscar novos fornecedores, reduzir a quantidade ou não colocar mais azeitonas na pizza. Se o cliente pedir ou reclamar, recebe algumas. Se não notar, fica por isso mesmo. Comerciantes disseram à Folha que, em grupos de WhatsApp, as reclamações se tornaram frequentes de que mais da metade dos clientes não as consomem e o destino final é o lixo.

“Nós perguntamos [se o cliente quer] porque tem muito desperdício de produto que está bem caro”, diz Lays Ferreira, gerente de uma das três unidades em São Paulo da Pizzaria do Dudu.

O problema veio da Espanha, responsável pela colheita de 40% das azeitonas no mundo. A falta de chuvas a partir de 2022 quebrou a safra local e fez o preço disparar. No azeite, a produção nacional caiu de 1,5 milhão de toneladas em 2021 para 680 mil toneladas em 2023. Não há outro país para suprir a demanda. A expectativa é que a situação melhore com aumento da colheita neste ano.

Para os donos de pizzaria, o preço do quilo de azeitona saiu de R$ 13 para cerca de R$ 40.

“A gente colocava de oito a dez azeitonas em uma pizza grande. Hoje em dia, colocamos cinco”, afirma Gabriel Concon, CEO da Pizza Prime, rede com 70 unidades em 10 estados brasileiros.

“Buscamos novos fornecedores na América do Sul e não deixamos a qualidade cair, mas eles acompanharam os preços. Quando os clientes telefonam ou acessam nossos canais digitais, também perguntamos se querem azeitona. Metade das pessoas não come e é um fenômeno paulista. Se você for para Santa Catarina, por exemplo, não tem azeitona.”

A estimativa é que ela represente 0,5% no CMV (Custo de Mercadoria Vendida) da pizza. A sigla indica o quanto custa para comprar os ingredientes para produzir o que será comercializado. Mas empresários do setor ressaltam que a margem de ganho é menor hoje do que era há 15 anos. Isso torna qualquer perda significativa.

“É algo sentido pelos pequenos comerciantes e por nós também. Pode-se dizer que não representa muito no custo total da nossa pizza. Mas multiplica por 70 lojas em dez estados para você ver”, diz Concon.

A Apubra (Associação das Pizzarias Unidas do Brasil) estima que existem 45 mil pizzarias em operação no país, sendo 34% delas (20.250) no estado de São Paulo. No total, 87% são microempresas. A produção diária seria, de acordo com a entidade, de 1,9 milhão de unidades. Em São Paulo, são 191 mil. O número é maior ainda porque não engloba microempreendedores individuais.

“O preço da azeitona vai acompanhar o do azeite. É a mesma matéria-prima trabalhada de maneira diferente. Cada pizzaria, de acordo com seu estilo de negócio, tomou uma atitude. Houve vários movimentos, mas o mais percebido foi a retirada ou diminuição da azeitona”, diz Leandro Goulart, presidente da Apubra.

Há também a novidade de colocá-las, pelas pizzarias que têm aplicativos de celular, como adicional, com cobrança extra.

A não ser os restaurantes de estilo italiano (e de preços mais altos), que já não colocam azeitonas na pizza normalmente, os demais se equilibram em uma linha tênue entre se adaptar, economizar e não desagradar os clientes. Mais de um deles, ouvidos pela reportagem, tiveram avaliações negativas no iFood ou no Google, escritas por usuários descontentes com a ausência do produto que sempre foi onipresente nas pizzas em São Paulo.

(Colaborou Aline Mazzo)





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François Cassingena-Trévedy, o “camponês de Deus”

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François Cassingena-Trévedy, o “camponês de Deus”

Estabelecido desde 2021 no planalto Cézallier, no Cantal, François Cassingena-Trévedy, 65 anos, descreve-o como a sua terra prometida. “Gosto do seu silêncio, deste vazio enorme, é outro mundo. Moro a 900 metros de altitude, num espinho de montanha, terra exposta onde sobrevive o mundo camponês. »

Este monge católico, também escritor e conferencista – remotamente – no Instituto Católico de Paris, quer ali encarnar, tornar-se nativo. “Não nasci lá, mas renasci lá”ele garante.

O religioso, que anteriormente passou vinte e cinco anos na abadia de Saint-Martin de Ligugé (Viena), ao sul de Poitiers, agora trabalha gratuitamente como trabalhador agrícola, com vários agricultores de Cantal que o recorrem. “O padre-trabalhador, esse funcionário inserido na vida profissional, permanece para mim um ideal de existênciaele explica. Gosto dos camponeses, da sua ingenuidade, da sua gentil aspereza. Compartilho com eles uma grande profissão humana. Não tenho intenção de proselitismo, estou aqui um pouco como o Padre Charles de Foucauld (1858-1916, oficial que se tornou religioso na Argélia) estava entre os tuaregues. »

“Sofrimento dos camponeses”

Desta existência rústica ao ar livre, o Irmão Francisco produziu um grosso diário de bordo em três volumes, o último dos quais, Camponês de Deus (Albin Michel, 240 páginas, 21,90 euros), foi lançado em 4 de setembro. Ele mistura a dura vida cotidiana e a contemplação da natureza com o amor pela liturgia gregoriana (VIIIe século) e o seu conhecimento dos Padres da Igreja, os autores dos primeiros oito séculos da nossa era cujos comentários bíblicos influenciaram a doutrina cristã até aos nossos dias – François Cassingena-Trévedy assinou nomeadamente duas traduções de referência dos hinos de Santo Efrém, uma Poeta místico sírio do século IVe século (Cerf, 2001 e 2006).

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes “Eles escolheram a solidão”: a tradição dos eremitas continua

” Com Camponês de Deusqueria oferecer aos leitores o rosto de um Deus encarnado, que não tem nada de manitou ou de policialele explica com sua voz calma, enquanto acaricia sua barba grisalha. Sou um solitário social e não um eremita. Minha felicidade é possível à custa da aposentadoria e da renúncia, mas minhas amizades com os camponeses representam um verdadeiro caminho de sabedoria. »

O leitor de Camponês de Deus acompanha François Cassingena-Trévedy ao longo de sua jornada pela vila de Sainte-Anastasie – 148 habitantes registrados. “ Às 6 horas da manhã, sozinho no meu oratório, celebro a Liturgia das Horas e a Liturgia Eucarística. Depois tiro o toldo branco e visto o macacão agrícola e as botas para trabalhar na horta. » E, à tarde, vai regularmente – a pé ou de carona – às fazendas próximas que precisam dele: com sua mochila verde cáqui e calças militares com bolsos, você o confundiria com um caminhante.

Você ainda tem 67,07% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.



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Cuba luta para reiniciar a energia após o segundo colapso da rede – DW – 19/10/2024

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Cuba luta para reiniciar a energia após o segundo colapso da rede – DW – 19/10/2024

Funcionários em Cuba disse no sábado que o trabalho continuava para restaurar a energia em toda a ilha após dois apagões em todo o país em 24 horas.

Cerca de metade de Cuba estava mergulhou na escuridão na noite de quinta-feira, seguido de um corte de energia que afetou toda a ilha na manhã seguinte. O fornecimento de eletricidade falhou novamente em todo o país às 6h15, horário local (10h15 GMT/UTC), de sábado, de acordo com a mídia estatal.

No meio de uma das suas piores crises económicas, Cuba tem lutado com o agravamento dos cortes de energia durante várias semanas, atribuídos à deterioração das infra-estruturas, à escassez de combustível e ao aumento da procura.

O presidente Miguel Diaz-Canel disse que o embargo comercial de 60 anos imposto pelo Estados Unidos agravaram os apagões, causando dificuldades na aquisição de combustível para centrais eléctricas.

Cuba começa a restaurar a eletricidade

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Quais são as últimas novidades sobre os apagões?

O principal responsável da electricidade do país, Lázaro Guerra, disse que o operador da rede estava a trabalhar para reiniciar várias centrais eléctricas, permitindo lentamente que a electricidade regressasse a grandes partes do país.

“Não posso garantir que seremos capazes de completar a ligação do sistema hoje, mas estimamos que deverá haver um progresso importante hoje”, disse Guerra num noticiário televisivo.

Guerra disse que a rede eléctrica entrou em colapso devido ao encerramento inesperado da central eléctrica Antonio Guiteras, a maior das oito antigas centrais eléctricas a carvão da ilha.

Uma mulher trabalha em um restaurante durante um apagão em Havana, Cuba, em 17 de outubro de 2024
Não há estimativa oficial de quando o apagão terminará.Imagem: Norlys Perez/REUTERS

O ministro da Energia, Vicente de la O Levy, disse que o país tinha 500 megawatts em sua rede elétrica na manhã de sábado, em comparação com os 3 gigawatts normalmente gerados.

O Levy escreveu no X, antigo Twitter, que “várias subestações no oeste agora têm eletricidade”.

Ele disse ainda que duas termelétricas estão de volta e mais duas retomarão as operações “nas próximas horas”.

No entanto, a maior parte dos 10 milhões de habitantes de Cuba permaneceu sem eletricidade na tarde de sábado.

As ruas da capital, Havana – onde vivem 2 milhões de pessoas – estavam silenciosas, com poucos carros nas estradas.

As autoridades disseram que hospitais e outros serviços essenciais, alimentados por geradores, permanecerão operacionais.

Com que rapidez a energia normal será restaurada?

As autoridades disseram que mesmo que o colapso imediato da rede seja resolvido, a crise eléctrica do país continuará.

Cuba produz pouco petróleo bruto e as entregas de combustível para a ilha caíram significativamente este ano, à medida que os fornecedores Venezuela, Rússia e México cortaram as exportações.

Para reforçar a sua rede, sete centrais eléctricas flutuantes foram alugadas a empresas turcas, juntamente com vários pequenos geradores movidos a diesel.

O governo também anunciou medidas de emergência para reduzir a procura de electricidade, incluindo o encerramento de escolas, alguns locais de trabalho e serviços não essenciais.

Cuba sofreu um apagão semelhante em setembro de 2022, após o furacão Ian de categoria 3, que danificou centrais elétricas e levou dias para ser consertado.

Quando a electricidade demorou vários dias a ser restaurada, a indignação pública transformou-se em protestos de rua que deixaram uma pessoa morta e várias feridas.

mm/rm (AFP, AP, dpa, Reuters)



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TV Brasil transmite 4 jogos do Brasileirão Série B no fim de semana

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TV Brasil transmite 4 jogos do Brasileirão Série B no fim de semana

A TV Brasil transmite uma verdadeira maratona de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro neste final de semana. A jornada esportiva acompanha os confrontos Amazonas (AM) x Avaí (SC) nesta sexta (18), às 21h10; Ituano (SP) x Ceará (CE), no sábado (19), às 16h45; Operário (PR) x Paysandu (PA), no domingo (20), às 10h45 e o clássico do interior paulista Ponte Preta (SP) x Guarani (SP), no mesmo dia, às 18h.

A cobertura do canal público para essas disputas começa antes de a bola rolar com um pré-jogo. Durante esse aquecimento, a equipe da TV Brasil apresenta informações sobre os clubes, revela a escalação dos times e atualiza a tabela da competição.

Jogos da 32ª Rodada

Nesta sexta, Amazonas e Avaí jogam na Arena da Amazônia, e a transmissão da TV Brasil começa às 21h10 com um pré-jogo repleto de análises antes de a partida começar, conduzido pelos comentaristas Brenda Balbi e Carlos Molinari. A narração do confronto será na voz de André Marques, um dos maiores nomes da narração esportiva brasileira. As duas equipes vivem um momento semelhante na competição, ocupando o meio da tabela do Brasileirão Série B e com chances remotas de classificação para a elite do futebol brasileiro. O Tigre irá contar com o apoio de sua torcida em casa, na Arena da Amazônia, para tentar se manter no páreo da disputa.

Já no sábado, Ituano e Ceará protagonizam uma partida decisiva para os dois times no Estádio Novelli Júnior. No caso do time de Itu, mandante do duelo, o jogo coloca três pontos decisivos para a permanência da equipe na Série B do próximo ano, enquanto o Ceará precisa da vitória para seguir vivo por uma disputa de vaga para a elite do futebol brasileiro em 2025. Caso o time de Fortaleza seja vitorioso, o tricolor poderá ocupar a quarta colocação na tabela e, se mantiver uma sequência de pontuação, garante vaga para o Brasileirão Série A de 2025.

No domingo, a equipe esportiva da TV Brasil faz duas transmissões com uma partida que vai ao ar pela manhã e outra à tarde. A partir das 10h45, Operário e Paysandu jogam no Estádio Germano Krüger, no Paraná, em uma disputa que vale muito para os dois clubes. Para o Operário, o embate em casa é a chance de permanecer vivo em uma briga pelo G4 da competição. Já para o Paysandu, os três pontos podem ajudar o time a se distanciar ainda mais da zona de rebaixamento. A narração será conduzida por Luciana Zogaib, e a comentarista Rachel Motta traz todas as análises táticas e comentários para o público.

No mesmo dia, a partir das 18h, Ponte Preta e Guarani entram em campo no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, com um verdadeiro clima de decisão. Isso porque as duas equipes encontram-se próximas de um cenário de rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. A Ponte precisa contar com o apoio de sua torcida em casa para escapar dessa situação no clássico do interior paulista. A voz responsável por narrar as emoções da partida será a de André Marques, e a bancada de comentários será conduzida por Rachel Motta e Alexandre Vasconcellos.

Transmissão da Série B

Neste ano, 20 clubes disputam o campeonato que vai até novembro e vale vaga na Série A e na Copa do Brasil. Dos 380 jogos da competição, a TV Brasil exibe 114 partidas.

Disputam a competição os seguintes clubes: Amazonas (AM), América (MG), Avaí (SC), Botafogo (SP), Brusque (SC), Ceará (CE), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), CRB (AL), Goiás (GO), Guarani (SP), Ituano (SP), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Operário (PR), Paysandu (PA), Ponte Preta (SP), Santos (SP), Sport (PE) e Vila Nova (GO).

Em 2024, a Série B será disputada no sistema de pontos corridos, em turno e returno, com 19 jogos de ida e 19 jogos de volta. Os quatro primeiros conquistam uma vaga na Série A em 2025 e os quatro últimos são rebaixados para a Série C.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.

Serviço

Brasileirão Série B 2024 na TV Brasil

Sexta, dia 18/10, a partir das 21h10 – Amazonas (AM) x Avaí (SC)
Sábado, dia 19/10, a partir das 16h45 – Ituano (SP) x Ceará (CE)
Domingo, dia 20/10, a partir das 10h45 – Operário (PR) x Paysandu (PA)
Domingo, dia 20/10, a partir das 18h – Ponte Preta (SP) x Guarani (SP) 

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