Dos 672 vereadores eleitos na Grande São Paulo no pleito deste ano, 100 são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A legenda é a que mais elegeu vereadores na região neste ano, seguida de longe pelo PSD (72), Podemos (66), Republicanos (59) e União Brasil (56).
As urnas também revelaram uma composição mais negra das Câmaras Municipais a partir de 2025. Dez das 39 cidades da região terão Legislativos compostos em sua maioria por pessoas negras, duas a mais que atualmente.
Cotia tem 70% dos eleitos se autodeclarando pretos ou pardos. Carapicuíba fica logo atrás, com 69% de vereadores eleitos negros. Os Legislativos menos negros serão os de Juquitiba e São Caetano do Sul, com 9% de negros em cada.
Porém Cotia está na quarta década sem eleger uma mulher vereadora. Segundo a Fundação Seade, do governo do estado, as últimas mulheres foram eleitas no município em 1982.
Outras cinco cidades da região metropolitana também não terão nenhuma vereadora a partir do ano que vem: Mauá, Poá, Rio Grande da Serra, Suzano e Vargem Grande Paulista.
Poá e Rio Grande da Serra são governadas atualmente por prefeitas em primeiro mandato. Márcia Bin (União Brasil), de Poá, não buscou a reeleição. Penha (PSD), de Rio Grande da Serra, concorreu, mas não conseguiu ser reconduzida.
Em Suzano, a única vereadora da legislatura atual, Gerice Lione (Podemos), concorreu à prefeitura, mas ficou em um distante segundo lugar, com 10% dos votos válidos. Com a derrota, nenhuma mulher ocupará nenhum cargo eletivo no município a partir do ano que vem, mesma situação de Poá. Em Rio Grande da Serra, a vice-prefeita eleita Vilma Marcelino (PSDB) será a única mulher no cenário político da cidade.
Nenhuma cidade da região elegeu uma Câmara com maioria feminina. A maior proporção de vereadoras ficou com o Legislativo de São Paulo, com 36% de mulheres. PSOL e Rede foram os únicos partidos com maioria de mulheres entre as eleitas. Dez partidos não elegeram nenhuma mulher, incluindo o PMB (Partido da Mulher Brasileira).
Entre os partidos de esquerda, o PT, do presidente Lula, será apenas o sétimo partido com mais vereadores, com 43 eleitos nas cidades da região. O PC do B elegeu 6, e o PV, 7, totalizando 56 vereadores pela Federação Brasil da Esperança. O PSB elegeu 41 vereadores, o PDT, 17, o PSOL, 10, e a Rede Sustentabilidade, 3. Ao todo, legendas à esquerda elegeram 127 membros dos Legislativos municipais, cerca de um quinto do total.
Na capital paulista, o PT conseguiu fazer a maior bancada, com 8 eleitos entre 55 cadeiras.
Os partidos definidos como de centro pelo GPS ideológico da Folha formam o maior bloco, com 276 vereadores eleitos. O PSD e o Podemos são os maiores do grupo, seguidos por, MDB, com 49, PP, com 40, Avante, com 17, Solidariedade, com 16, Mobiliza, com 7, Agir, com 6, e PMB, com 3.
As legendas à direita do espectro ideológico vêm logo atrás. Além do PL, Republicanos e União Brasil, também foram eleitos vereadores do PRD (23), PSDB (18), Cidadania (9), DC (8), PRTB (6) e Novo (3), totalizando 269 desse campo.
O PL também formará a maior bancada em dez cidades da região. O PSD elegeu a maior parte dos vereadores em seis municípios e o PT, o Podemos e o PDT, em quatro.
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