Gabriela Mayer, Laura Lewer, Gustavo Simon, Thomé Granemann, Lucas Monteiro
O encerramento da cúpula de líderes e chefes de Estado do G20, nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, vai permitir um balanço da inflexão da política externa de Javier Milei. Tanto nos termos da declaração final —alguns vinham sendo objeto de resistência da delegação da Argentina— quanto nas relações do país com Brasil e Estados Unidos.
A declaração final do encontro, aprovada nesta segunda (18) pelos líderes, manteve os pontos que enfrentavam resistência de Buenos Aires. Entre eles, menções ao apoio à igualdade de gênero e à taxação de bilionários e ao risco da desinformação e do discurso de ódio online. Poucos antes da divulgação do documento, a Presidência argentina afirmou em um comunicado que não impediria o consenso, mas destacou que Milei se opunha a alguns pontos.
Desde que tomou posse, há quase um ano, o político impôs o perfil intempestivo também à política externa da Argentina. Na semana passada, a delegação do país se retirou da COP29, cúpula da ONU sobre a crise climática. Desde a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, o presidente argentino dobrou a aposta na aliança com o republicano.
O Café da Manhã desta terça-feira discute como a diplomacia da Argentina sob Javier Milei mexe com fóruns como o G20. O professor do Instituto de Relações Internacionais da USP Feliciano Guimarães explica em que medida a vitória de Trump fortalece Milei e analisa de que forma essa reconfiguração afeta a posição do Brasil e de Lula em relação ao vizinho.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.