A prisão do general Walter Braga Netto, no sábado (16), é um novo e grande revés para o bolsonarismo na investigação sobre a trama golpista. O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foi detido pela suspeita de obstruir as investigações, segundo decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
No relatório da Polícia Federal que indiciou dezenas de investigados, Braga Netto aparece em dois dos seis núcleos descritos no inquérito. Ele teria participado do “Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos”.
A apuração apontou a participação e a presença de Braga Netto em momentos decisivos da trama, como na montagem do plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.
Depois da prisão, que foi mantida em audiência de custódia no sábado, a defesa de Braga Netto disse que ele não tentou interferir na investigação. Ele também já negou ter participado do plano de golpe e de assassinato de autoridades.
O Café da Manhã desta segunda-feira (16) fala da prisão de Braga Netto, suspeito de participar da tentativa bolsonarista de golpe de Estado. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza explica o papel do general no plano para manter Bolsonaro no poder e discute os significados da prisão dele para o entorno do ex-presidente e para as Forças Armadas.
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O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Daniel Castro, Maurício Meireles e Raphael Concli. A edição de som é de Raphael Concli.