A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (11) a formação de uma força-tarefa para investigar o assassinato de Antônio Gritzbach, morto na sexta (8) no Aeroporto de Guarulhos. O ex-corretor de imóveis tinha conflitos com a facção criminosa PCC e estaria jurado de morte, depois de firmar um acordo de delação premiada.
Em entrevista sobre o caso, o secretário Guilherme Derrite disse que os quatro policiais militares que faziam a escolta privada de Gritzbach eram investigados pela corregedoria da corporação há um mês —eles foram afastados. Ainda segundo Derrite, o ex-corretor teria delatado policiais civis ligados ao PCC na última vez que falou com o Ministério Público.
A principal linha de investigação é de que a facção tenha mandado matar Gritzbach, depois de ter tido acesso a informações sobre o deslocamento dele. A Polícia Federal abriu um inquérito paralelo em conjunto com a Polícia Civil paulista. O caso renovou as discussões sobre quanto o crime organizado aparece na rotina do país —tema que se fortaleceu na última eleição municipal.
O Café da Manhã desta terça-feira (12) discute o avanço das facções criminosas no Brasil. O pesquisador de segurança pública Gabriel Feltran, professor da universidade Sciences Po e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, conta o que as investigações ainda precisam explicar e analisa as respostas ao crime e à expansão das facções no Brasil.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Paola Ferreira Rosa. A edição de som é de Thomé Granemann.
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