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Polícia Federal conclui que Michel Temer teria recebido propina da Odebrecht

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A Polícia Federal (PF) enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual revela ter descoberto indícios de que o presidente Michel Temer recebeu propina da construtora Odebrecht, envolvida em vários escândalos de corrupção.

De acordo com a TV Globo, a PF suspeita que o presidente está envolvido em crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O STF confirmou ter recebido o documento nesta quarta-feira (5). Cabe agora à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, decidir se acusa Temer pela a terceira vez desde que tomou posse como presidente em 2016.

Se for acusado, são necessários dois terços da Câmara dos Deputados para suspender Temer e permitir seu julgamento. A Odebrecht tem estado envolvida em escândalos de corrupção em vários países, como a República Dominicana, Peru e Guatemala.

Entretanto, o governo anunciou, em julho, um novo acordo com a empresa, que prevê que a construtora pague quase R$ 3 bilhões pelos prejuízos causados nos esquemas de corrupção tornados públicos pela Operação Lava Jato.

Do valor total que a empresa terá que devolver aos cofres públicos, R$ 900 milhões correspondem à propina paga pelo grupo a funcionários públicos.

Ciberia, Lusa // ZAP. Foto: Beto Barata / PR.

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Governo do Estado recebe R$ 482,5 mil para continuidade das obras da nova maternidade de Rio Branco

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Wesley Moraes

O Ministério da Saúde repassou R$ 482,5 mil em recursos federais para a obra da nova maternidade de Rio Branco. O montante, que é proveniente de emenda da bancada federal, será utilizado pelo governo do Acre na construção da primeira etapa da futura unidade hospitalar especializada.

“A chegada desses recursos é muito importante para darmos continuidade ao empreendimento, que tem contribuído com a geração de cem empregos diretos e será referência em saúde quando estiver concluído”, destacou o secretário de Estado de Obras Públicas, Ítalo Lopes.

Ministério da Saúde repassou R$ 482,5 mil ao governo do Acre para dar continuidade às obras da primeira etapa da nova maternidade de Rio Branco. Foto: Samuel Moura/Secom

Aguardada há mais de 70 anos, a nova maternidade será uma das maiores e mais modernas da Região Norte do país. Atualmente, a primeira etapa da obra está cerca de 60% concluída e deve ser entregue até o fim de julho. Ao todo, a construção do hospital materno-infantil está estimada em R$ 120 milhões.

“Esse é um projeto importante para o povo acreano, pois a nova maternidade vai ser um ponto de referência para todo o estado. É mais uma grande obra que vamos entregar na nossa gestão para melhorar a vida da nossa população”, avaliou o governador Gladson Cameli.

Para assegurar mais celeridade à obra, o Estado, por meio da Representação do Governo em Brasília (Repac), articula a inclusão da segunda e mais importante etapa da maternidade no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Temos ido aos ministérios e ao próprio Palácio do Planalto em busca dessa garantia. A execução da obra pelo PAC será fundamental, para que o governo do Estado disponibilize à população acreana uma maternidade que atenda a demanda dos próximos anos”, afirmou o secretário da Repac, Fabio Rueda.

Secretário da Representação do Governo do Acre em Brasília (à direita), Fabio Rueda, destacou os esforços do Estado para que a segunda etapa da obra seja executada pelo PAC. Foto: Wesley Moraes/Repac

Construído às margens da Avenida Amadeo Barbosa, no Segundo Distrito da capital, o novo hospital contará com 150 leitos de enfermaria clínica e obstétrica; 16 salas de pré-parto, parto e pós-parto (PPP); 7 salas de cirurgia e de parto cesariano; 10 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto; 30 leitos de UTI neonatal; 30 leitos de unidade de cuidados intermediários (UCI); e 15 leitos de UCI canguru. A unidade ainda terá a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, para atender gestantes de alto risco.

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Detran esclarece importância de efetivar comunicado de venda de veículos

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Da Redação

Por Jerfeson Gadelha

Diariamente ex-proprietários procuram o atendimento do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) relatando que foram surpreendidos com multas e cobranças financeiras de um veículo que já foi vendido. A situação pode ocorrer quando o vendedor apenas preenche o documento de transferência de propriedade e o serviço não é providenciado.

Nesse caso, o vendedor deixou de realizar um procedimento simples e indicado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o Comunicado de Venda. O serviço pode ser realizado após o preenchimento dos dados de comprador e vendedor no Certificado de Registro de Veículo (CRV) e autenticação das assinaturas.

Comunicado garante segurança jurídica para vendedor e comprador de veículo, evitando problemas jurídicos e financeiros. Foto: Jerfson Gadelha/Detran

A informação ao Detran é obrigatória e gratuita, devendo ser realizada após a venda de um veículo. O Comunicado garante segurança jurídica para ambas as partes, evitando problemas jurídicos e financeiros.

“Ninguém quer ter multas em seu prontuário, ainda mais quando foram cometidas por outras pessoas. O Comunicado de Venda evita que esse tipo de incidente aconteça, além de repassar ao comprador obrigações financeiras relacionadas ao veículo, mesmo que o processo de transferência ainda não tenha sido realizado”, esclarece Elisângela Brasil, chefe de Atendimento ao Público do Detran.

Como prevê a legislação de trânsito, a comunicação de venda tem o intuito de informar ao Detran que o veículo foi vendido e pertence a outra pessoa. Para realizá-la, o vendedor deve comparecer a qualquer posto de atendimento do Detran e apresentar os seguintes documentos originais e suas cópias, quando for o caso:

  • Documento de identificação com foto (RG ou CNH);
  • Certificado de Registro de Veículo (CRV) ou Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo – Eletrônica (ATPV-e), original ou cópia autenticada.

Em Rio Branco, o serviço pode ser realizado na sede do Detran, localizada na Estrada Dias Martins, nº 894, bairro Jardim Primavera. Quem reside nas cidades do interior, pode procurar uma das 16 Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), sempre das 7 às 14 horas.

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Com apoio do governo, ação da Defensoria Pública da União garante que indígenas da Serra do Divisor incluam nome na língua materna em documentos

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Tácita Muniz

“Reparação histórica de uma violência colonial”. Assim o jornalista e antropólogo Ykarunī Costa da Silva Nawa definiu o ato de receber a certidão de nascimento com o seu nome na língua indígena materna. Ele foi um dos indivíduos da etnia Nawa, no Parque Nacional da Serra do Divisor, atendido em uma ação inédita da Defensoria Pública da União (DPU), que foi efetuada devido ao apoio prestado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (Sepi), e pela Defensoria Pública do Estado (DPE).

Ykarunī Costa da Silva Nawa com sua nova certidão de nascimento após ação da DPU nas terras indígenas, como apoio da Sepi e DPE. Foto: Arquivo pessoal

Em seus discursos em agendas oficiais, o governador Gladson Cameli muito tem se referido à união dos poderes e fortalecimento das instituições para aumentar o alcance do Estado em comunidades mais distantes, diminuindo as diferenças e aproximando a população dos serviços essenciais.

A ação em conjunto com a DPE e DPU, que se estendeu entre outubro e novembro, é a materialização dessas parcerias. A ida ao território pela primeira vez teve como destino a Terra Indígena Nawa, no Parque Nacional da Serra do Divisor, fronteira com o Peru, e levou acesso à Justiça para povos indígenas Nawa e Nukini, além de espaço para discussão de direitos coletivos e culturais.

A Sepi foi essencial para garantir a logística e apoio às equipes. Para chegar até o local, as equipes tiveram que sair do porto de Mâncio Lima e subir o rio por mais de nove horas de viagem.

A ação resultou num alcance, em média, de 1.397 pessoas indígenas, entre Nawa e Nukini. O itinerante faz parte do programa Territórios de Tradição e de Direitos da DPU e conta com os defensores públicos federais Murillo Martins, Raphael Soares — ambos do Grupo de Trabalho Povos Indígenas (GTPI) — e Walter Queiroz. O defensor público João Augusto Câmara participou da ação pela DPE.

Ação da DPU atendeu demandas individuais e coletivas no fim do ano passado. Foto: Ascom DPU

Restabelecendo ligações

E o mutirão começa a dar resultados. Foi no fim de janeiro que o então José Tarisson, agora Ykarunī Nawa, recebeu seu novo documento com o prenome alterado. Mais do que lhe atribuir um sentimento de pertencimento, Ykarunī vê a alteração como um ressarcimento.

“Representa uma reparação histórica de uma violência colonial que muito nos afetou, desde o período do contato do não indígena com os meus parentes no Acre. A gente teve influência católica nesse contato, e isso fez com que muitos nomes venham dessa relação”, observa, explicando que o nome anterior lhe foi dado porque nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Na época, pela tradição católica, a criança deveria ter o nome de um santo para que, caso fosse picada por uma cobra, não morresse.

E contextualiza: “Então trazer o nome indígena é restabelecer a relação com o território, porque o meu nome significa ‘pássaro sábio de mata’ segundo minhas lideranças”.

Ação inédita da Defensoria Pública da União (DPU) contou com apoio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (Sepi) e da Defensoria Pública do Estado (DPE). Foto: Ascom DPU

Construindo pontes

O defensor Raphael Soares destaca que a DPU tem, ao longo dos anos, trabalhado de forma dialogal com entidades públicas e privadas, com objetivo de atender os grupos vulnerabilizados na sociedade.

“Nossa atuação sempre busca a resolução de todas as demandas por meio extrajudicial e no consenso, na busca por menos litígio. Então, todas as parcerias, todos os contatos e todas as pontes construídas são essenciais para o desenvolvimento do nosso trabalho e para a conclusão do interesse daquele que nos procura. Portanto, para a gente é primordial essa união entre instituições. A gente trabalha com o setor público, também com setores privados, todo mundo em prol dos mesmos objetivos”, frisa.

As parcerias entre as instituições, para ele, são fundamentais a partir do momento da limitação orçamentária. A DPU, por exemplo, não atende todo o território.

“A gente acaba atuando de forma esporádica em programas específicos. A gente clama para que os setores políticos se sensibilizem e cada vez mais possam auxiliar a Defensoria no reforço do orçamento, para que a gente melhore cada vez mais e possa atender mais pessoas de qualitativa, que a gente possa tratar dos territórios e possa estar in loco junto à população local para atender seus anseios”, almeja.

Francisca Arara destaca importância da alteração dos nomes: “Respeitar a nossa história”. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Política pública se faz com união

Francisca Arara, secretária estadual dos Povos Indígenas do Acre, avalia a ação como um exemplo de como as políticas públicas necessitam do esforço de cada um. Para a gestora, é necessário que os órgãos e instituições tenham consciência de seu papel e se deem as mãos em prol da população.

“Quando não consegue estar presente, a gente apoia [a expedição] com combustível, porque, para ir para esses territórios é muito longe, então tem que realmente ter essas parcerias e entendemos que é um trabalho de todos, não é só um trabalho do Estado, não é só da Prefeitura, não é só do governo federal, por isso é preciso essa união de instituições parceiras, porque política pública só se faz dessa maneira. Não adianta querer agir sozinho, porque sabemos de nossa limitação”, avalia.

Se é desafiador para o Estado chegar até essas comunidades de difícil acesso, imagine-se para a população indígena que está nesses locais. De acordo com a base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de indígenas teve o maior aumento em 12 anos, passando de 17.578 para 31.694 – 80,3% a mais do que no recenseamento anterior. Dos 830.018 habitantes, 3,8% se declaram indígenas e a Sepi foi criada justamente para reforçar as ações do Estado nas terras indígenas.

A mudança nas certidões dos Nawa, segundo a secretária, vai além de um papel, é o resgate e o fortalecimento da identidade e cultura e indígena. “Hoje, a gente apresentar nossos documentos com o nome na língua materna, do nosso povo, é muito bom, é o reconhecimento que Estado do Acre tem dado para a valorização das línguas indígenas, da nossa ortografia e do nosso alfabeto, além de respeitar a nossa história”, atesta.

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