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Por que é bom que Lula não vá à Rússia

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Por que é bom que Lula não vá à Rússia

rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)

Lula caiu, bateu com a cabeça, levou cinco pontos. Está sob observação, mas, segundo seu médico, “está tudo bem com o presidente”.

Ao que parece, a única consequência do acidente é ter impedido Lula de comparecer à reunião de cúpula do Brics, na Rússia. A ser isso mesmo, não chega a ser má notícia.

Vladimir Putin vai usar o encontro para mostrar ao mundo que, apesar do boicote do Ocidente, não está isolado. E o Irã, sob ameaça de Israel, vai mostrar que tem apoios. Não estamos precisando de uma foto de Lula botando azeitona nas empadinhas dessas ditaduras.

O Brics é um barato estranho. A sigla BRIC foi criada em 2006 pelo banco de investimentos americano Goldman Sachs para identificar as quatro economias emergentes mais promissoras da época: Brasil, Rússia, Índia e China. Foi por inspiração de Wall Street, quem diria, que esses países começaram a conversar. O que era BRIC virou BRICS em 2010, quando a África do Sul aderiu.

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Nada funcionou como esperado. Brasil e África do Sul decepcionaram na economia. A Rússia, além de não ter ido essas coisas na economia, invadiu a Ucrânia. A tese de que o crescimento econômico levaria à democratização da China foi para o beleléu. A Índia vem se tornando cada vez mais autoritária.

Este ano, aderiram ao bloco Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã; a Arábia Saudita participa das atividades como nação convidada. (A Argentina chegou a ser convidada, mas Javier Milei mandou avisar para incluí-lo fora dessa). Há mais 34 outros países — quase todos ditaduras ou semiditaduras — querendo entrar.

Lula gosta de achar que os Brics são um caminho para que os países em desenvolvimento, o tal “Sul Global”, reduzam sua independência dos países desenvolvidos e de fato se desenvolvam. É um equívoco.

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Não apenas o prazo de validade da Teoria da Dependência expirou, como também os Brics deixaram (se é que um dia o foram) de ser um bloco econômico. Os Brics são — excetuando uma ou outra democracia incauta — um grupo de ditaduras irmanadas pelo sentimento anti-Ocidente.

O Brasil não tem o que ganhar andando com essa turma: o caminho para o nosso desenvolvimento está em fazer reformas e levar educação a sério, não em trocar a companhia de democracias lideradas pelos EUA pela companhia de ditaduras lideradas pela China.

Lula e Bolsonaro podem ser diferentes em muita coisa, mas quando se trata de políticas externas desastrosas, são impressionantemente equivalentes.

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(Por Ricardo Rangel em 21/10/2024)



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Líder do PT no Senado fala sobre emendas, anistia…

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Líder do PT no Senado fala sobre emendas, anistia...

Marcela Rahal

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), será o entrevistado do programa Ponto de Vista, de VEJA, transmitido nesta quinta-feira, 13, ao vivo, às 12h. O senador assumiu o posto neste ano e vai falar sobre as expectativas do governo com o Congresso.

O programa, apresentado por Marcela Rahal, também vai abordar as principais notícias do dia com o colunista Matheus Leitão.

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A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp.

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Alcolumbre mostra força ao levar Lula e um terço d…

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Alcolumbre mostra força ao levar Lula e um terço d...

Nicholas Shores

De carona no avião presidencial de Lula, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) faz nesta quinta-feira sua primeira viagem ao Amapá desde que voltou ao comando do Senado, em 1º de fevereiro – levando junto o presidente e um terço de seu governo.

No voo, está uma comitiva com os ministros Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades), Rui Costa (Casa Civil) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).

Também os acompanham no Aerolula os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e quase todos os deputados federais amapaenses.

Em Macapá, Lula vai participar do anúncio da doação, pela União, da Gleba Cumaú para o estado do Amapá promover regularização fundiária e urbanização.

Além disso, o presidente vai inaugurar o conjunto residencial Nelson dos Anjos e assinar a ordem de serviço de início das obras do Instituto Federal de Tartarugalzinho.

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“Esta, sem dúvida nenhuma, é uma das agendas mais importantes no processo de desenvolvimento do nosso querido Amapá”, disse Alcolumbre em vídeo gravado na base aérea de Brasília.

Estarão presentes, ainda, nas cerimônias no estado do presidente do Senado os seguintes ministros:

  • Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);
  • Alexandre Silveira (Minas e Energia);
  • Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos);
  • Celso Sabino (Turismo);
  • Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar);
  • Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República);
  • Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais);
  • e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).



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O encontro “descontraído” entre Bolsonaro e o gove…

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O encontro “descontraído” entre Bolsonaro e o gove...

Nicholas Shores

O encontro “descontraído” entre Bolsonaro e o gove… | VEJA

Verão: 4 Revistas em casa a partir de 29,90/mês

O ex-presidente Jair Bolsonaro encontrou-se nesta quarta-feira em Brasília com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Quem acompanhou o bate-papo o descreveu como “descontraído”.

Na conversa, Bolsonaro elogiou o trabalho do mandatário catarinense nas áreas da segurança pública, da economia e da qualidade de vida da população, de acordo com interlocutores.

“Conversamos sobre Santa Catarina, sobre o Brasil, e reforçamos ainda mais essa amizade que não é só de colegas de partido, mas uma amizade verdadeira. Tenho um grande respeito por ele, pela Michelle e pelos filhos”, afirma Jorginho. 

Para o governador, Bolsonaro “sempre foi um grande parceiro de Santa Catarina e continua acompanhando de perto o nosso trabalho no estado”.


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