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Presidenciáveis mostram força em seus estados e re…
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Marcela Mattos
Debaixo de chuva, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) improvisou um boné e uma capa para continuar a andança por uma feira, onde abraçou e beijou apoiadores e pediu votos para seu aliado em Goiânia. Também ensopado, neste caso pelo suor provocado pelo calorão, Tarcísio de Freitas (Republicanos) caprichou nos discursos em palanques e foi visto até tocando um tam-tam numa roda de samba em São Paulo. Ratinho Junior (PSD), por sua vez, liderou, do alto da caçamba de uma caminhonete, uma carreata para pedir votos aos moradores e ainda investiu em visitas a lideranças religiosas de Curitiba. Confundindo-se com os próprios candidatos, o trio de governadores mergulhou fundo nas campanhas municipais deste ano e, como resultado, conseguiu formar um amplo arco de apoio entre os prefeitos de seus estados. Para os governadores, eleger os pupilos era mais que um desafio. Era também uma prova de prestígio, de capacidade e de força para 2026. Pode-se dizer que os três foram aprovados com louvor.
Filiados a partidos diferentes, Tarcísio, Caiado e Ratinho acumulam semelhanças. Os três têm altos índices de aprovação, defendem uma agenda conservadora, pertencem a legendas que fazem parte do governo federal e, apesar disso, consideram a possibilidade de disputar a Presidência da República em oposição a Lula. As eleições municipais serviram como um teste. Em São Paulo, Tarcísio foi o principal articulador da candidatura de Ricardo Nunes (MDB), reeleito em segundo turno contra Guilherme Boulos (PSOL) por uma considerável diferença de votos. Em seu discurso da vitória, o prefeito agradeceu ao governador, chamado de “líder maior”, e ressaltou que sem ele o resultado não teria sido possível. Tarcísio aproveitou o momento para dar um recado: “Essa é uma vitória que ensina muita coisa para muita gente. Muita gente que abandonou os mais humildes, que se preocupa com o identitarismo, mas isso não resolve nada, não enche barriga, não resolve o problema”, disse o governador.
A partir do ano que vem, nada menos que 97,5% das cidades paulistas serão comandadas pelos aliados do governador de São Paulo — uma inequívoca demonstração de força política. Tarcísio liderou uma frente de onze partidos de centro e de direita, se empenhou pessoalmente na campanha do emedebista, especialmente no momento em que ela enfrentou turbulências, e impôs ao campo da esquerda, particularmente ao PT, a maior derrota regional do partido desde que ele disputou as primeiras eleições municipais. A supremacia alcançada no colégio eleitoral que reúne um quinto de toda a população do país consolidou a posição do governador como um personagem em condições de influenciar o cenário político nacional de agora em diante, incluindo uma candidatura ao Planalto. Ele, porém, se recusa a especular sobre essa hipótese. A pessoas próximas, costuma repetir que é muito jovem e não se aventuraria a entrar numa disputa com Lula, arriscando sua reeleição em 2026. Além disso, afirma, deve lealdade a seu mentor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No Congresso, lideranças importantes não escondem que já existe um movimento para materializar a candidatura do governador. Um dos políticos mais influentes da Câmara conta, sob reserva, que deputados e senadores têm sido procurados por empresários importantes que tentam convencê-los a abraçar a ideia desde já. Líderes do chamado Centrão confidenciam que esperam uma sinalização de Tarcísio, mesmo que indireta, até junho do ano que vem. Aliados de Jair Bolsonaro já captaram esses sinais. O ex-presidente, que está inelegível, ainda acredita que o Congresso pode aprovar o projeto que prevê uma anistia que beneficiaria ele e os demais envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro e nas tramas golpistas, devolvendo seus direitos políticos e permitindo que ele voltasse a disputar a Presidência. A consolidação de uma eventual candidatura do governador de São Paulo poderia desestimular muitos que hoje ainda acreditam nessa possibilidade. Por causa dessas arestas, Tarcísio, sempre que pode, desconversa sobre seus planos, diferentemente de Ratinho e Caiado.
Eleito duas vezes no primeiro turno, o governador do Paraná também saiu bem-sucedido na disputa municipal deste ano, fazendo 257 das 399 cidades. Na capital, Eduardo Pimentel manteve a hegemonia do PSD e se elegeu em segundo turno com 57% dos votos contra Cristina Graeml (PMB). O papel de cabo eleitoral coube ao governador, que aproveitou a campanha do aliado para expor números de sua gestão, propagandeada pelo slogan “Modelo Paraná”. A VEJA, Ratinho Junior se disse contra uma aliança de seu partido com Lula em 2026 e indicou que pode se apresentar como uma opção ao Brasil. “Naturalmente alguém que é governador de um estado importante como o Paraná, que tem tido bons resultados, acaba estando no tabuleiro. Claro que isso passa por uma construção que não é simples, mas quero colaborar com um novo projeto para o país”, afirmou.
Dos três governadores, Ronaldo Caiado é o único que não tergiversa quando indagado sobre seus planos. Numa queda de braço travada diretamente com Bolsonaro, ele elegeu o correligionário Sandro Mabel na prefeitura de Goiânia com 55% dos votos contra Fred Rodrigues (PL), apoiado pelo ex-presidente, e alcançou 212 aliados nas 246 cidades. A próxima disputa, agora, é interna. O problema é que seu partido, o União Brasil, é parceiro do governo federal, assim como o PSD de Ratinho e o Republicanos de Tarcísio. A diferença é que o governador quer consolidar sua candidatura contra o petista desde já, o que criaria uma situação esdrúxula: ele trabalhando para derrotar Lula enquanto sua legenda ocupa três ministérios no mesmo governo Lula. Essa aliança, no entanto, teria prazo de validade. “A posição do partido será lançar um candidato a presidente”, garante ele. “E eu serei o candidato”, assegura.
O governador pretende começar a visitar os estados já no próximo ano e mostrar algumas das vitrines de Goiás, como os avanços na segurança e na educação. O discurso, inclusive, já está na ponta da língua. “Eu sou um bom gestor. Goiás tem apenas 7 milhões de habitantes, mas tenho competência para implantar nossas políticas bem-sucedidas em todo o país”, diz. “Essa eleição mudou a correlação de forças, o que significa que é preciso repensar alianças para médio e longo prazos. Bolsonaro não pode se candidatar. Isso vai fazer com que diversos candidatos apareçam”, afirma Alberto Aggio, professor de ciências políticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Analistas também alertam para outro detalhe que não deve ser desconsiderado. Num primeiro momento, a fusão com os pupilos serve como uma demonstração de força. Lá na frente, pode se transformar num problema. “Se, por exemplo, a gestão de Ricardo Nunes for ruim, o eleitor pode optar por punir o grupo que o apoiou, ou seja, o de Tarcísio, não votando nele em 2026”, explicou Fernando Guarnieri, professor de ciências políticas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
As engrenagens que movimentarão a disputa em 2026 já começaram a operar. Em fevereiro do próximo ano, por exemplo, a Câmara vai eleger seu novo presidente. O atual, Arthur Lira (PP-AL), anunciou, na terça-feira 29, o deputado Hugo Motta, líder do Republicanos, como o parlamentar que reúne as melhores condições para assumir o posto, considerado como o terceiro mais importante da República. O presidente da Câmara pode acelerar e engavetar projetos importantes. Pode, portanto, facilitar ou dificultar a vida do presidente da República. Motta é o favorito, pertence ao mesmo partido de Tarcísio de Freitas, tem um perfil conservador semelhante ao do governador e foi da base de apoio de Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, é um político tradicional, do tipo que não mede esforços para manter relações amistosas com quem está no poder. São muitas as possibilidades de um jogo que ainda está começando. Mas é indiscutível o fato de que os três governadores ampliaram seus cacifes para entrar na disputa.
Colaborou Victoria Bechara
Publicado em VEJA de 1º de novembro de 2024, edição nº 2917
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Moraes diz que Daniel Silveira foi a shopping e ap…
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26 de dezembro de 2024Da Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu nesta quinta-feira, 26, explicações ao ex-deputado federal Daniel Silveira sobre novas acusações de violação das medidas cautelares durante o cumprimento do livramento condicional.
Na decisão, Moraes deu prazo de 48 horas para o ex-parlamentar explicar por que ficou fora de casa por cerca de 10 horas e ainda foi a um shopping de Petrópolis (RJ), no último domingo, o que indica que ele não estava com um problema sério de saúde e por isso teria precisado ir ao hospital, como alegou sua defesa. Além disso, Silveira deverá informar quem esteve com ele.
Na terça-feira, o ex-deputado foi preso pela Polícia Federal (PF) após descumprir a regra que estabelecia o horário das 22h para recolhimento noturno. A medida foi estabelecida no livramento condicional, benefício que foi revogado por Moraes após o episódio. Segundo o ministro, no último fim de semana, Daniel Silveira deu entrada em um hospital, sem autorização judicial.
Na nova decisão proferida hoje, Moraes quer explicações sobre a estada de Daniel Silveira em outros locais que foram descobertos após a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro enviar ao ministro dados sobre o monitoramento da tornozeleira eletrônica.
Segundo Moraes, Daniel Silveira não poderia passar o dia fora de sua residência. No entendimento do ministro, o comportamento demonstra que Silveira “ignorou” as condições do livramento condicional.
“Entre outros inúmeros endereços visitados, o sentenciado passou mais de uma hora no Shopping (ocorrência 14, data: 22/12/2024, chegada: 13:12, saída: 14:16), reforçando a inexistência de qualquer problema sério de saúde, como alegado falsamente por sua defesa”, escreveu o ministro.
Após a decisão da suspensão da condicional, a defesa de Daniel disse que ele precisou ser levado ao Hospital Santa Tereza, em Petrópolis (RJ), no sábado, com fortes dores lombares e juntou exames e um atestado para comprovar que ele recebeu atendimento médico.
Em 2023, Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo ao proferir ofensas e ameaças contra os ministros da Corte.
Na semana passada, Moraes autorizou o livramento condicional da pena, mas o benefício foi revogado após o descumprimento das medidas cautelares.
(Agência Brasil)
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Lira diz que atos da Câmara sobre emendas respeita…
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26 de dezembro de 2024 Nicholas Shores
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira que os atos do Congresso oficializando o “apadrinhamento” de emendas parlamentares por líderes das duas Casas obedeceram a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao acordo entre Poderes pela transparência, rastreabilidade e publicidade dos repasses.
Em pronunciamento à imprensa na residência oficial da presidência da Câmara, Lira disse que a advocacia da Casa vai apresentar uma petição em resposta à decisão de Flávio Dino, “esclarecendo todos os pontos” da decisão para que o ministro do STF “tire todas as dúvidas” sobre os 4,2 bilhões de reais em emendas de comissão cujo pagamento está suspenso.
“Precisamos relembrar que tudo que foi feito foi feito em cumprimento à decisão anterior do Supremo Tribunal Federal, foi observando a lei complementar 210, sancionada pelo presidente da República, e, mais do que isso, o procedimento do encaminhamento da relação do apadrinhamento dos líderes da Câmara e dos líderes do Senado obedeceram a um critério rigoroso de análise da Casa Civil, da SAJ, do Ministério da Fazenda, do Planejamento e da AGU”, disse o deputado.
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As declarações polêmicas – e de ódio – de político…
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26 de dezembro de 2024Mafê Firpo
Pablo Marçal (PRTB): O ex-coach causou um tumulto nas eleições municipais de São Paulo. Levou cadeirada do José Datena (PSDB), abençoou Guilherme Boulos (PSOL) com uma carteira de trabalho e gerou confusão nos bastidores dos debates. Assim que perdeu no primeiro turno, decidiu fazer lives com os candidatos que concorriam à prefeitura da capital: Ricardo Nunes (MDB) e Boulos. Nunes negou, mas Boulos decidiu aceitar o convite. Obviamente, algumas ironias vieram de Marçal. “Então por que você está há vinte anos no mesmo lugar, aparentemente não prosperou, sendo um cara que teve instrução em boas escolas, acho que seus pais são médicos… Como é que você acredita em uma coisa que não vive?”, disse a Boulos, que afirmou acreditar em prosperidade.
Kamala Harris e Donald Trump: O mundo virou os olhos para os Estados Unidos em uma histórica corrida eleitoral entre a democrata, Kamala, e o republicano, Trump. Os postulantes à Casa Branca não pouparam acidez no tom de seus discursos. Kamala chegou a dizer:“Se Donald Trump fosse presidente, Putin estaria sentado em Kiev agora” e “Mas o que Donald Trump fez, vamos falar sobre isso, com a COVID, foi agradecer ao presidente Xi pelo que ele fez durante a COVID”.
Já Trump seguiu para uma ala voltada ao ódio. “Somos um depósito de lixo. Somos como um… somos como uma lata de lixo para o mundo. Foi isso que aconteceu. Foi isso que aconteceu com — Somos como uma lata de lixo”, disparou sobre a imigração. Em direção à democrata também só houve ofensas. “Ela (Kamala) odeia Israel. Se ela for presidente, acredito que Israel não existirá dentro de dois anos a partir de agora”.
Eduardo Paes (PSD): Na Aliança Global contra a Fome e Pobreza, nomeado extra-oficialmente de Janjapalooza, o prefeito subiu no palco ao lado de Janja e Margareth Menezes que discursavam sobre a importância de ajudas humanitárias para o combate à fome. Ao passar o microfone para Paes, ele foi sucinto: “Essa semana, vão estar aqui os principais líderes do mundo e o presidente Lula colocou na pauta a Aliança Global Contra a Fome e Pobreza. O que a gente vai ver aqui hoje é uma celebração, mas é um grito de alerta para chamar atenção. Para que as vozes das pessoas, que estão abandonadas por esses líderes, sejam ouvidas. A gente quer que todos sejam muito bem-vindos a mais incrível das cidades, que é o Rio de Janeiro. Viva o presidente Lula e viva Aliança Global Contra a Fome e Pobreza”, disse.
Erika Hilton (PSOL): Uma das primeiras deputadas trans do país, Erika ficou conhecida por sua postura firme de não ter medo de entrar em embates. No entanto, à coluna GENTE, admitiu que precisa construir uma “muralha” para não se afetar com a enxurrada de insultos. “Lamento que eu tenha que passar por isso para representar vozes que me elegeram acreditando na plataforma e no projeto político que eu acredito. Mas, ao mesmo tempo, também consigo construir uma muralha de proteção, de blindagem”, admitiu. Frequentemente a deputada é ofendida pela ala conservadora do Congresso – e já criou uma notória inimizade com Nikolas Ferreira (PL).
Eduardo Leite (PSDB): O Rio Grande do Sul sofreu uma das maiores tragédias dos últimos anos, com centenas de pessoas perdendo casas pelas chuvas. O desastre comoveu o Brasil, gerando grande onda de doações. No entanto, o governador Eduardo Leite derrapou no discurso. “Quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao Estado, há um receio, pelo que já observamos em outras situações, sobre o impacto que isso terá no comércio local. Quando você tem uma cidade que foi impactada, um comércio local que foi impactado também, o reerguimento desse comércio fica impactado na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do país”, disse. Com chuva de críticas, o gaúcho se desculpou.
Janja: A primeira-dama está longe de gostar de Elon Musk, dono da plataforma X. E quis deixar claro para o mundo todo durante o G20, em novembro, no Rio. Durante o G20 social, participou de uma mesa sobre a regulamentação das redes sociais. Enquanto falava, se assustou com um barulho e, em seguida, decidiu brincar que seria feito do empresário. “F*uck you, Elon Musk”, gritou. A frase teve tanto impacto, que Lula precisou rapidamente se retratar.
Jair Bolsonaro (PL): Vendo seus aliados próximos acusados de planejarem tentativa de golpe antes de Lula tomar posse, o ex-presidente continua inelegível até 2030. Mesmo assim, descartou qualquer alternativa de alguém tomar o seu lugar – promete que estará de volta em 2026, só não explica como. “A alternativa é o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, disse.
Nikolas Ferreira: Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, Nikolas decidiu se manifestar em apoio às vítimas, mas aproveitou para criticar a alteração feita pelo Ministério da Saúde de colocar todos os procedimentos para “ambos os sexos”. “Enquanto a fila do SUS continua interminável… No momento em que vivemos uma tragédia no RS em que o Ministério deveria se voltar a ajudar o Estado. Durante o maior surto de dengue que o país já viveu, o Ministério da Saúde se preocupa em alterar a classificação de gênero em 269 procedimentos oferecidos pelo SUS, passando a adotar a terminologia ‘para ambos os sexos’”, declarou.
Javier Milei: O presidente argentino adora entrar em intrigas. Este ano subiu o tom. Em discurso durante evento do Vox, partido de extrema direita espanhol, Milei decidiu chamar a primeira-dama da Espanha, Begoña Gomes, de “corrupta”. “As elites globais não percebem o quão destrutivo pode ser implementar as ideias do socialismo, mesmo quando a mulher for corrupta, sujar-se e tirar cinco dias para pensar sobre isso”, disse. A fala gerou um embate diplomático: a Espanha retirou oficialmente a embaixada da Argentina. Begoña é acusada de corrupção e tráfico de influência em um processo que ainda está em andamento.
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