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Presidente da Coreia do Sul supostamente desafia intimação em inquérito sobre lei marcial | Coréia do Sul
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Sam Jones and agencies
O presidente conservador da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, teria falhado em obedecer a uma intimação dos promotores que o investigavam sob acusações que incluíam insurreição, enquanto ele enfrentava impeachment após declarar a lei marcial.
Yoon, que recebeu uma intimação na quarta-feira solicitando que ele comparecesse para interrogatório às 10h, horário local, no domingo, não compareceu, segundo a agência de notícias Yonhap. Yoon e outros altos funcionários estão sendo investigados por possíveis acusações de insurreição, abuso de autoridade e obstrução de pessoas no exercício de seus direitos.
Yonhap disse que os promotores – que também buscam mandados de prisão para altos funcionários militares, incluindo o chefe do comando de guerra especial do exército e o chefe do comando de defesa da capital – planejam agora emitir outra intimação para o presidente.
O alegado não comparecimento do presidente ocorreu um dia depois de parlamentares sul-coreanos terem votado pelo seu impeachment devido à tentativa frustrada de declarar a lei marcial há quase duas semanas, que mergulhou o país em alguns dos sua pior turbulência política em décadas.
Num discurso televisivo de emergência à nação, no fim da noite, no dia 3 de Dezembro, Yoon anunciou que estava a impor a lei marcial, acusando a oposição de paralisar o governo com “actividades anti-estatais”.
Mas o imposição da lei marcial – a primeira do género em mais de quatro décadas – durou apenas seis horas, e centenas de soldados e agentes policiais enviados por Yoon à Assembleia Nacional retiraram-se depois de o decreto do presidente ter sido anulado. Nenhuma grande violência ocorreu.
Os poderes de Yoon foram suspensos até que o tribunal constitucional decida se o destituirá do cargo ou o reintegrará. Se Yoon for destituído, uma eleição nacional para escolher seu sucessor deverá ser realizada dentro de 60 dias.
O tribunal se reunirá para começar a considerar o caso na segunda-feira e terá até 180 dias para emitir uma decisão. Mas os observadores dizem que uma decisão poderia ser tomada mais rapidamente. No caso de impeachments parlamentares de ex-presidentes, Roh Moo-hyun em 2004 e Park Geun-hye em 2016, o tribunal passou 63 dias e 91 dias, respetivamente, antes de determinar a reintegração de Roh e a destituição de Park.
O principal líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, ofereceu-se para trabalhar com o governo para aliviar o tumulto político, enquanto as autoridades procuram tranquilizar os aliados e os mercados após a votação do impeachment.
Lee, que lidera o Partido Democrata e liderou a ofensiva política contra o governo de Yoon, é visto como o favorito para substituí-lo. Lee instou o tribunal constitucional a decidir rapidamente sobre o impeachment de Yoon e propôs um conselho especial para cooperação entre o governo e o parlamento.
O líder da oposição disse numa conferência de imprensa televisiva que uma decisão rápida era a única forma de “minimizar a confusão nacional e o sofrimento das pessoas”.
Lee também propôs um conselho nacional onde o governo e a Assembleia Nacional trabalhariam juntos para estabilizar os assuntos de estado, e disse que o seu partido não tentaria destituir o primeiro-ministro, Han Duck-soo, um nomeado de Yoon que agora serve como presidente interino.
“O Partido Democrata cooperará ativamente com todos os partidos para estabilizar os assuntos de Estado e restaurar a confiança internacional”, disse Lee. “A Assembleia Nacional e o governo trabalharão juntos para resolver rapidamente a crise que assolou a República da Coreia.”
Ao assumir o seu papel como líder interino, Han ordenou aos militares que reforçassem a sua postura de segurança contra a Coreia do Norte. Ele pediu ao ministro das Relações Exteriores que informasse outros países que as principais políticas externas da Coreia do Sul permaneceriam inalteradas, e ao ministro das finanças que trabalhasse para minimizar os potenciais impactos negativos sobre a economia decorrentes da turbulência política.
No domingo, Han conversou por telefone com o presidente dos EUA, Joe Biden, no qual discutiram a situação política na Coreia do Sul e os desafios de segurança regional, incluindo o programa nuclear do Norte. Biden expressou o seu apreço pela resiliência da democracia na Coreia do Sul e reafirmou “o compromisso férreo” dos EUA, de acordo com ambos os governos.
Os partidos da oposição acusaram Yoon de rebelião, dizendo que um presidente da Coreia do Sul só pode declarar a lei marcial durante tempos de guerra ou emergências semelhantes e não teria o direito de suspender as operações do Parlamento, mesmo nesses casos.
Yoon rejeitou as acusações e prometeu “lutar até o fim”. Ele disse que o envio de tropas para a Assembleia Nacional tinha como objectivo emitir um aviso ao Partido Democrata, que chamou de “força anti-Estado” que abusou do seu controlo do parlamento, atrasando a lei orçamental do governo para o próximo ano e pressionando repetidamente para impeachment de altos funcionários.
As instituições responsáveis pela aplicação da lei estão a investigar possíveis rebeliões e outras alegações. Eles prenderam o ministro da defesa e o chefe da polícia de Yoon e duas outras figuras de alto nível.
Yoon tem imunidade da maioria dos processos criminais como presidente, mas isso não se estende a alegações de rebelião ou traição. Ele foi proibido de deixar a Coreia do Sul, mas os observadores duvidam que as autoridades o detenham devido ao potencial de confrontos com o seu serviço de segurança presidencial.
Com a Agence France-Presse, Reuters e Associated Press
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Datafolha: C&A se destaca em inclusão em estudo FGV/Folha – 15/12/2024 – Diversidade nas Empresas
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15 de dezembro de 2024 Vitória Macedo
A C&A foi considerada a empresa que mais se destaca em diversidade, igualdade e inclusão, segundo pesquisa estimulada realizada pelo Datafolha com base nos dados do levantamento Diversidade nas Empresas, feito pelo Centro de Estudos em Finanças da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com a Folha.
Utilizando como base as dez empresas com mais de 5.000 funcionários, projeção nacional e melhor posicionadas no estudo FGV/Folha, o instituto questionou trabalhadores de diversas regiões do país quais dessas companhias se destacavam em diversidade, igualdade e inclusão. A varejista de moda concentrou 22% das menções.
Além da C&A, entre as opções estavam a Petrobrás (13%), o Banco do Brasil (11%), a Renner (11%), a Vivo (10%), a Tim (5%), a Oi (2%), a Pague Menos (2%), a construtora MRV (1%) e a Cielo (1%). Cerca de 22% dos entrevistados não souberam responder.
O levantamento, conduzido entre os dias 15 e 25 de setembro, entrevistou 1.013 pessoas por meio de um painel online, abrangendo moradores de regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belém, Goiânia e Brasília. A amostra incluiu maiores de 18 anos empregados em cargos administrativos ou superiores, em empresas brasileiras com pelo menos 50 funcionários. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A importância da diversidade e inclusão no ambiente corporativo se tornou uma preocupação. De acordo com o relatório Workpulse 2024, baseado em estudos globais da Randstad —empresa holandesa de recrutamento e soluções de RH—, 8% dos líderes de recursos humanos ampliaram iniciativas relacionadas à diversidade e inclusão. Além disso, 44% da geração Z e dos millennials afirmam que não trabalhariam em empresas sem políticas sólidas nessa área.
Na pesquisa Datafolha, 67% dos entrevistados destacaram a importância de um ambiente com diversidade etária, enquanto 66% valorizam a diversidade étnico-racial. Metade considera fundamental a inclusão de diversidade de orientação sexual no trabalho.
“Sem investir em uma política genuína de diversidade, equidade e inclusão, eu, como empresa, estarei limitado na atração e retenção de talentos”, diz Diogo Forghieri, diretor de Negócios da Randstad Enterprise e Randstad Professional. Ele destaca que empresas que integram essas políticas às suas estratégias crescem em seus segmentos. “Além do cunho social demográfico, é algo estratégico para competir entre os seus segmentos e prosperar enquanto um negócio.”
Para 81% dos funcionários entrevistados pelo Datafolha, a adoção de políticas de diversidade na contratação e a promoção de igualdade no ambiente de trabalho são fatores considerados positivos para as empresas.
Forghieri ressalta que as empresas devem realizar ações que tornem os espaços mais equitativos, respeitando as diferentes origens, condições físicas e socioeconômicas. “A barreira da inclusão já é, por si só, algo difícil de romper, porque esbarra em questões culturais e históricas”, afirma.
O diretor de negócios destaca a importância da intencionalidade na contratação e promoção de funcionários. “Temos parâmetros de requisitos das vagas que exigem informações e conhecimentos específicos. Ou seja, intencionalidade é incluir e capacitar, é incluir e prover conhecimento.”
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O Datafolha mostrou que a maioria das empresas em que os entrevistados atuam não promoveu nenhum tipo de curso ou treinamento sobre igualdade e diversidade nos últimos 12 meses. Segundo a pesquisa, 53% dos participantes informaram que não houve treinamento sobre igualdade racial; 55% declararam a ausência de treinamentos sobre diversidade de gênero; e 57% relataram que não ocorreram capacitações sobre diversidade de orientação sexual.
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Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 16 milhões
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15 de dezembro de 2024 Agência Brasil
Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.808 da Mega-Sena, sorteadas neste sábado (14). O prêmio para o próximo concurso, na terça-feira (17), será de R$ 16 milhões.
Foram sorteadas as dezenas 10 – 24 – 33 – 35 – 41 – 46.
A quina teve 60 apostadores ganhadores e cada um vai receber R$ 42.563,82. Os 3.408 ganhadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 1.070,51.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. Para apostar pela internet, é preciso fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.
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Science elege medicamento injetável contra HIV como a descoberta científica de 2024
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15 de dezembro de 2024Science elege medicamento injetável contra HIV como a descoberta científica de 2024
A prestigiada revista Science, elegeu o Lenacapavir, um medicamento injetável de longa duração contra o HIV, como a maior descoberta científica de 2024. A droga tem eficácia de até 100% na prevenção de novas infecções.
O remédio funciona a partir de uma injeção a cada seis meses, suficiente para blindar pacientes contra o vírus. Em testes realizados na África, América do Sul, Ásia e Estados Unidos, os resultados foram os mesmos.
Diferentemente dos métodos tradicionais de profilaxia pré-exposição (PrEP), que exigem comprimidos diários ou injeções a cada dois meses, o Lenacapavir é bem acessível e conveniente pela facilidade. No meio científico, o fármaco é tido como uma grande esperança para reduzir drasticamente os índices globais da doença.
Lista Science
Todo ano, a lista da Science traz as melhores descobertas científicas do ano.
Em 2024, além do Lenacapavir, estão presentes o estudo de células imunes em doenças autoimunes, a descoberta de pesticidas baseados em RNA para o campo, uma nova organela evolutiva, entre outros.
Clique aqui para ver a lista completa!
Como funciona
O Lenacapavir age diretamente na proteína capsídeo do HIV, responsável pela replicação do vírus.
Além de impedir que o material genético infectado se integre às células humanas, o remédio pode bloquear a formação de novas partículas virais.
Desde 2021, a droga já era usada como tratamento para pacientes infectados. Recentemente, ganhou uma nova fórmula para funcionar de maneira preventiva.
Leia mais notícia boa
Testes impressionantes
Um grande teste de eficácia em adolescentes e mulheres jovens africanos, em junho, mostrou que o Lenacapavir reduziu as infecções por HIV a zero. Sim, eficácia de 100%!
O estudo cego teve a participação de 5.000 mulheres cisgênero e meninas adolescente na África do Sul e Uganda.
Já em setembro, um novo teste. Em mais de 2.000 homens cisgênero, homens e mulheres transgêneros e pessoas não binárias, apenas duas infecções.
Por que revolucionário?
O medicamento é chamado de revolucionário porque resolve um dos principais obstáculos da PrEP tradicional: a adesão ao tratamento.
Enquanto pílulas diárias e injeções frequentes enfrentam muita resistência da população, o Lenacapavir chega para reduzir a necessidade de doses regulares.
Além disso, com a injeção de longa duração, fica mais fácil criar estratégias globais de prevenção e enfrentamento da doença.
Desafios para o futuro
Embora muito positiva, a aprovação regular do medicamento é esperada para 2025.
O custo ainda permanece incerto. A farmacêutica responsável, Gilead, já tem contratos para produção de versões genéricas em países de baixa renda.
Especialistas também informaram que a eficácia da droga vai depender de uma distribuição eficaz e de campanhas educativas.
Vai ciência!
A farmacêutica responsável já fechou acordos com países de baixa renda para a produção genérica da droga. – Foto: Yonhap News/AP
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