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Presídio no AC não tem estrutura para manter ex-coronel do ‘crime da motosserra’ preso, diz direção

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A direção do Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, diz que a unidade não possui uma estrutura adequada para atender as necessidades físicas do ex-deputado federal e ex-coronel Hildebrando Pascoal, de 66 anos.
O G1 entrou em contato com a advogada do ex-coronel, Fátima Pascoal, no dia 13 desse mês, mas ela informou que não tem autorização para comentar sobre o caso.
Pascoal retornou para o presídio, no último dia 12, após o Ministério Público do Acre (MP-AC) entrar com recurso contra a liminar que manteve a prisão domiciliar do ex-coronel.
No dia 13, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que o preso passaria por uma avaliação médica.
Pascoal é acusado de liderar um grupo de extermínio que atuou no Acre durante a década de 90. A liminar que manteve a prisão domiciliar do ex-coronel do “caso motosserra” foi de uma juíza plantonista.
“Quando esteve preso a última vez, a cela tinha sido estruturada, tinham colocado algumas barras que possibilitava a ida dele ao banheiro, o deslocamento na cela. Essa cela passou por uma reforma e essa estrutura foi retirada, não existe mais. Ele tem algumas dificuldades, necessidades básicas, e temos um certo medo de ele levar um tombo e cair”, explicou o diretor da unidade, Tarso de Souza.
A juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, havia revogado a prisão domiciliar do ex-coronel em dezembro do ano passado e determinado seu retorno à Unidade de Regime Fechado (URF-02), em Rio Branco.
Conforme a juíza, após o Ministério Público recorrer da liminar, o desembargador Roberto Barros manteve a decisão dela e determinou o cumprimento da pena em regime fechado.
Condições
Ainda segundo Souza, Pascoal não apresentou nenhum problema desde que voltou para o presídio. A única preocupação do ex-coronel, segundo o diretor, é com relação aos tratamentos médicos que faz.
“Está em uma cela comum, separado dos demais presos, fui lá e conversei com ele. A preocupação dele é com relação aos atendimentos, fisioterapia que faz e para a gente fica meio complicado encaminhar todos os dias, mas vamos tentar, na medida do possível, dar assistência”, garantiu.
O diretor contou também que Pascoal ainda não passou pela avaliação, mas está incluído na lista de presos que precisam do atendimento. O relatório explicando as condições e necessidades do preso será encaminhado ao Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) ainda esta semana, segundo Souza.
“Vamos dizer que a unidade, por hora, não tem condições de ficar com um preso que tem as necessidades que ele tem. Se fosse outro, o sistema teria condições, mas como é um preso que tem que ficar em cela separada dos demais, é ex-policial militar, aí não podemos colocar em qualquer uma. Temos um posto médico no FOC, uma estrutura com equipe técnica que dá assistência, só que no caso do Hildebrando não tem essa estrutura capaz de manter ele isolado dos demais”, frisou.
Histórico
Acusado de chefiar um grupo de extermínio no Acre, Pascoal estava cumprindo pena em Rio Branco por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral. Em 2009, ele foi condenado pela morte de Agilson Firmino, o ‘Baiano’, caso que ficou conhecido popularmente como ‘Crime da Motosserra’. As condenações todas somam mais de 100 anos.
Hildebrando Pascoal Nogueira Neto nasceu em 17 de janeiro de 1952, na capital acreana. Fez carreira na Polícia Militar e chegou a ser comandante.
Em 1994, elegeu-se deputado estadual pelo PFL e exerceu o mandato entre 1995 e 1999. Nas eleições de 1998, conquistou o cargo de deputado federal, mas não chegou a cumprir nem um ano do mandato.
Após diversas denúncias contra Hildebrando Pascoal na Justiça do Acre, o Congresso formou uma comissão parlamentar de inquérito em abril de 1999, chamada CPI do Narcotráfico.
A CPI e o Ministério Público investigavam a existência de um grupo de extermínio no Acre, com a participação de policiais, e que seria comandado por Hildebrando Pascoal. O grupo também era acusado de tráfico de drogas.
A principal acusação contra o então deputado durante a CPI era de que ele teria sido mandante do assassinato em 1997 de pessoas que testemunhariam contra ele. Hildebrando foi apontado como responsável pelas mortes dos policiais Walter José Ayala, Jonaldo Martins, Sebastião Crispim da Silva e do mecânico Agilson Santos Firmino, o Baiano.
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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).
O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.
“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.”
Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”
O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.
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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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2 semanas atrásem
11 de abril de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.
Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”
A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.
Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.
Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”
Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”
Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.
Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.
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