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Proprietário de navio cargueiro russo diz que naufrágio no Mediterrâneo foi ‘ato de terrorismo’ | Rússia

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Proprietário de navio cargueiro russo diz que naufrágio no Mediterrâneo foi 'ato de terrorismo' | Rússia

Pjotr Sauer

Um cargueiro russo que naufragou terça-feira no Mar Mediterrâneo foi alvo de um “ato de terrorismo”, segundo o proprietário da embarcação.

O A Ursa Maior afundou enquanto navegava em águas internacionais entre a Espanha e a Argéliadeixando dois tripulantes desaparecidos,

Seu proprietário, Oboronlogistika – uma empresa afiliada ao Ministério da Defesa russo – disse na quarta-feira que três explosões a estibordo do navio causaram o naufrágio.

A empresa descreveu o incidente como um “ato de terrorismo”, mas não especificou quem poderia ser o responsável pelo aparente ataque.

O Ursa Major, com 142 metros de comprimento, era o maior navio operado pela Oboronlogistika e tinha capacidade de carga de 1.200 toneladas. Tanto o navio como o seu proprietário foram colocados sob sanções pelos EUA em 2022 devido aos seus laços com os militares russos.

O serviço de resgate marítimo da Espanha disse em um comunicado que o navio enviou um pedido de socorro pela primeira vez na manhã de segunda-feira, quando estava na costa sudeste da Espanha sob mau tempo, informando que o navio estava adernando e um barco salva-vidas havia sido lançado.

Moscou disse que 14 dos 16 tripulantes do navio foram resgatados e levados para a Espanha, mas que dois tripulantes ainda estão desaparecidos.

O navio estaria a caminho de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, transportando dois guindastes para o porto, pesando 380 toneladas cada.

As autoridades russas ainda não comentaram as alegações que sugerem crime no naufrágio do navio.

O porta-voz da marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk, disse na terça-feira que a Rússia enfrentava “problemas sistémicos” na manutenção da sua frota, mas não deu nenhuma indicação de que Kiev estivesse envolvida no incidente.

Através de uma série de ataques de drones e foguetes, a Ucrânia enfraqueceu significativamente as capacidades navais de Moscovo no Mar Negro, restringindo as suas operações na guerra de três anos.

No entanto, Kiev não tem como alvo nenhum navio russo fora do Mar Negro e qualquer envolvimento no naufrágio da Ursa Maior marcaria uma mudança significativa nas táticas.

O desaparecimento da Ursa Maior veio dias depois de um navio-tanque russo que transportava produtos petrolíferos ter afundado no Mar Negro, causando um desastre ecológico.

A frota petrolífera russa tem sido fortemente sancionada pelas nações ocidentais desde que o Kremlin ordenou a invasão em grande escala do país em Fevereiro de 2022.

Como resultado, Moscovo recorreu à chamada frota fantasma de petroleiros, muitas vezes mal conservados e inadequados para águas abertas, para transportar petróleo e contornar sanções.



Leia Mais: The Guardian



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Palavra do ano no Brasil é chantagem – 25/12/2024 – Sérgio Rodrigues

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Palavra do ano no Brasil é chantagem - 25/12/2024 - Sérgio Rodrigues

A palavra de 2024 no Brasil, chantagem, é um substantivo feminino que chegou à língua portuguesa em fins do século 19, vinda do francês “chantage”. A “pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças” demorou todo esse tempo para subir na vida.

Por mais de um século, a palavra frequentou o vocabulário das ações moralmente condenáveis, como na “chantagem emocional”, ou mesmo francamente criminosas, caso em que era um sinônimo de “extorsão” (artigo 158 do Código Penal, pena de reclusão de quatro a dez anos).

Como se isso não bastasse, o pobre vocábulo ainda sofria assédio dos puristas –aquela gente esquisita que, não tendo nada mais útil para fazer, se dedicava a patrulhar a língua do dia a dia à caça de estrangeirismos.

Alegavam eles que a chantagem era um galicismo (era mesmo, e daí?) e que portanto deveria ser sumariamente eliminada da língua portuguesa, substituída pelo termo castiço “extorsão”.

Houve até quem apelasse para a chantagem com os falantes que usavam a palavra, ameaçando-os com os risinhos de mofa e as sobrancelhas arqueadas da condenação social. Mesmo assim, como os puristas nunca deram uma dentro na vida, a chantagem ficou.

No próprio francês o substantivo era de criação recente, registrado pela primeira vez nos anos 1830, e não se confundia inteiramente com “extorsion” –que também lá, como aqui, existia havia séculos. A nova palavra vingou porque adicionava nuances (outro galicismo) a ações escusas que iam se sofisticando: se a extorsão era o resultado, a chantagem era o meio.

Era curiosa a história da palavra. Vinha do verbo “chanter”, cantar, com o acréscimo do sufixo “- age”. A associação pode parecer estranha, mas fica mais clara quando se sabe que existia desde o século 17 em francês a expressão “faire chanter”, isto é, fazer cantar.

Seu sentido, de levar alguém (um criminoso) a confessar, é facilmente compreensível: num uso informal, cantar também tem em nosso idioma esse sentido de dar com a língua nos dentes, delatar, denunciar os companheiros ao inimigo.

Se isso ainda parece insuficiente para explicar a chantagem, acrescente-se uma extensão de sentido baseada na ideia de algo que se obtém por meio de ameaças.

Hoje, por fim, a chantagem chegou às mais altas esferas do poder no Brasil. Tornou-se não só uma atividade oficial, exercida pelo Congresso Nacional contra o Executivo à luz do dia, como também multibilionária.

Por meio da chantagem aberta, deputados e senadores se unem numa frente ampla no encalço de uma meta ambiciosa que o velho patrimonialismo brasileiro não ousou sonhar –o sequestro do orçamento federal como um todo, sem precisar nem dizer onde se vai gastá-lo.

A chantagem tem um último obstáculo a vencer: a resistência obstinada de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Flávio Dino insiste em cobrar transparência das emendas parlamentares, onde já se viu?

Saber se o dinheiro dos contribuintes será gasto em dentaduras para os eleitores de certo deputado ou num contrato com a empresa da mulher de outro é da conta dele? O cara até parece acreditar que o Brasil ainda é presidencialista.


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Corrida de iates de Sydney a Hobart: atual campeão LawConnect lidera frota fora de cabeça | Corrida de iates de Sydney a Hobart

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Corrida de iates de Sydney a Hobart: atual campeão LawConnect lidera frota fora de cabeça | Corrida de iates de Sydney a Hobart

Australian Associated Press

O atual campeão de honras da linha LawConnect liderou o Sydney para Hobart frota saindo de Sydney Heads no início da 79ª corrida do clássico das águas azuis.

Favorita para honras de linha, Master Lock Comanche estava em perseguição de seu rival supermaxi de 100 pés, a dupla deixando o icônico Sidney Porto atrás por volta das 13h15 – 15 minutos após a largada.

O Grupo URM e o Celestial V70, dois principais candidatos às honras gerais, tiveram largadas rápidas – o primeiro adotando uma abordagem tática diferente, mantendo-se perto da costa leste.

Uma grande frota de espectadores reuniu-se fora da zona de exclusão no porto de Sydney para assistir ao início da corrida e aproveitar as condições imaculadas do verão.

Espera-se que a frota de 104 pessoas comece rapidamente ao longo da costa de NSW com uma brisa de nordeste antes que uma mudança de oeste para sudoeste atinja o Estreito de Bass durante a noite, trazendo ventos fortes e possíveis aguaceiros.



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Bons caminhos em 2025! – 25/12/2024 – É Logo Ali

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Bons caminhos em 2025! - 25/12/2024 - É Logo Ali

Enquanto a família engole os restos do peru de anteontem, amarga a ressaca dos muitos brindes ao bom velhinho da Lapônia, e fofoca pelo zap sobre a pendenga anual com o cunhado e o indefectível tio do pavê, uns e outros esquisitos nos pegamos pensando que seria tão, mas tão mais gostoso estar saboreando um miojo com salsicha em lata em algum canto perdido desse mundão dos deuses. Do fundo do baú, podemos até ouvir a mochila bufar de impaciência pela próxima trilha. No armário, as botas surradas olham torto para o sapato de saltinho que infernizou minha ceia. Na prateleira do alto, o saco de dormir ameaça despejar pesadelos à trilheira de meia tigela, quase uma impostora que ganha a vida se locupletando nas façanhas alheias.

Para o comum dos mortais, que sonha com cada feriado prolongado para se esparramar na praia mais badalada, repleta de caixinhas de som, baldinhos de areia e queijinhos coalhos na brasa, ou cujo ideal de férias é se aboletar a bordo de um transatlântico mastodôntico cheio de mordomias, all-inclusive e muito engov, sonhar com os perrengues do mato pode soar como a mais pura manifestação de masoquismo.

Mas o fato é que se você já…

…acordou no meio da madrugada numa caverna gelada para ver que seu braço foi mordido por um morcego, forçando uma corrida atrás da vacina antirrábica;

…se deitou no meio da trilha empoeirada jurando que nunca mais se pega nessa encrenca, para daí a pouco seguir em frente desafiando as lombares, as caimbras e os piolhos dos albergues no Caminho de Santiago;

…passou a noite em claro debaixo de chuva em plena floresta amazônica xingando à luz do Kindle os bugios que não param de urrar do alto das árvores, incomodados pelas criaturas alienígenas embrulhadas em seus mosquiteiros;

…tremeu de frio toda uma noite em pleno Salar de Uyuni embrulhada com todas as roupas de sua bagagem porque fora do hotel de sal sem aquecimento fazia -15° e a agência boliviana havia alugado um saco de dormir que não servia nem para metade disso;

…subiu ao alto do monte Roraima e ficou quicando entre as partes brancas do tabuleiro daquela paisagem lunar tentando se convencer de que aquela formação rochosa lá à frente parece mesmo um macaco chupando sorvete…

…gelou a garrafa de espumante pendurada de uma cordinha na água gelada de uma praia deserta, para brindar ao ano novo em grande estilo…

…você pode dizer que tem histórias para contar. E a você, leitor, só posso dizer que, neste ano que se anuncia, espero ouvir (e espalhar) muitos de seus perrengues. Porque perrengue de respeito, dos bons, é aquele que compartilhamos às gargalhadas com os amigos ao redor de uma fogueira. Então, que venha 2025 e que todos os perrengues sejam só aqueles dignos de saudades, suspiros e risadas.

Nos vemos no ano que vem!


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