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PT: Edinho se diz indignado com uso de Lula no partido – 09/03/2025 – Poder

PT: Edinho se diz indignado com uso de Lula no partido - 09/03/2025 - Poder

Guilherme Seto

Favorito de Lula para assumir o comando do PT, Edinho Silva disse neste domingo (9) que está “muito indignado” com um grupo do partido. Segundo o ex-prefeito de Araraquara (SP), essa ala utiliza como instrumento de disputa política interna a participação do presidente em uma reunião que tinha o objetivo de construir unidade na sigla.

Em encontro com vereadores do PT na cidade de Matão (a 305 km de São Paulo), Edinho afirmou que a participação de Lula em reunião com integrantes da CNB (Construindo um Novo Brasil) na quinta-feira (6) foi um dos maiores gestos do presidente para manter a unidade no partido. No entanto, continuou, a reunião “foi vazada para a imprensa como instrumento de luta interna”.

Como mostrou a mostrou a Folha, Lula foi alertado por participantes da reunião que há resistência ao nome de Edinho para assumir a presidência do PT e que ele dificilmente seria eleito em julho, quando o partido realizará suas eleições.

No encontro, ocorrido no apartamento da futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PR), em Brasília, Lula perguntou quais serão as alternativas ao nome do Edinho.

Foram citados o senador e presidente interino do PT Humberto Costa (PE), o presidente da fundação Perseu Abramo, Paulo Okamoto, o deputado federal Rui Falcão (SP) e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), para a missão.

Neste domingo, Edinho disse também que sua indignação com o episódio não o desmotiva a disputar a presidência do partido, mas o “estimula a lutar para a construção do partido que nós temos que construir”.

Ele afirmou que quer ter o apoio de Gleisi na eleição interna e que enfrentou aliados para apoiá-la nas duas vezes que ela disputou e ganhou o comando do partido, mas que compreenderá se não for o caso.

“Vou respeitar se não for o candidato da Gleisi, porque acho que é assim que tem que ser o partido. A gente tem que respeitar as posições que são diferentes das nossas”, disse.

O ex-prefeito de Araraquara ainda afirmou que os projetos pessoais não podem se sobrepor aos coletivos e não pode haver “o exercício do poder pelo poder” no PT.

“Posso percorrer o Brasil como presidente do PT a partir de agosto. Mas posso percorrer o Brasil como militante do nosso partido, defendendo tudo isso que eu estou falando para vocês. Eu nunca precisei de cargo para construir o PT. Em em cada estado que eu for chamado lá eu estarei debatendo o partido que nós temos que construir”, disse.



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