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ELEIÇÕES 2018

PT oficializa Haddad como vice de Lula, e PCdoB desiste de Manuela

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Partidos fecharam acordo na noite deste domingo (5) para que deputada fique de ‘reserva’ caso ex-prefeito assuma cabeça de chapa.

Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT decidiu oficializar neste domingo (5) o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice na chapa do partido ao Planalto.

Com a decisão, o PT deflagrou o chamado plano B, admitindo, mesmo que nos bastidores, que Lula deve ser impugnado antes do primeiro turno, e então poderá ser substituído na cabeça de chapa pelo próprio Haddad.



Após uma negociação que consumiu todo o dia, os petistas conseguiram firmar ainda uma aliança com o PCdoB, que garantirá a vaga de vice ao partido quando o ex-presidente for impedido de concorrer e o ex-prefeito assumir seu lugar. ​

Com isso, o partido desistiu de lançar Manuela D’Ávila como candidata à Presidência. 

O ex-prefeito Fernando Haddad discursa em convenção que lançou Lula à Presidência
O ex-prefeito Fernando Haddad discursa em convenção que lançou Lula à Presidência – Nelson Almeida – 4.ago.2018/AFP

O martelo foi batido depois de horas de reuniões e divergências, e contrariando o plano inicial do próprio Lula, que queria indicar um vice apenas em 15 de agosto, data limite para o registro das candidaturas. 

Em mensagem ao partido neste domingo, o ex-presidente disse que Haddad é a melhor opção para assumir a vaga agora e enfrentar o debate eleitoral pela sigla, mas pediu que o partido não desistisse de um acordo com o PCdoB.

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E assim foi feito. Durante todo o dia, o PT articulou à espera da aliança. 

Petistas queriam que o PCdoB abrisse mão de sua candidatura presidencial agora, coligasse com o PT, e esperasse, “na reserva”, para assumir a vice de Lula quando ele fosse declarado inelegível. Nesse caso, Haddad ficaria com a cabeça de chapa.

De início, integrantes do PCdoB não aceitaram a proposta —feita desde o fim da semana passada— e disseram que petistas chegaram a ameaçar romper acordos regionais no Rio e em outros estados caso a sigla não se aliasse ao PT nacionalmente.

Ainda durante o domingo, o PCdoB avaliava três possibilidades: manter a candidatura de Manuela D’Ávila, se aliar a Ciro Gomes (PDT) ou mesmo ao PT. E então, dizem dirigentes do PCdoB, a pressão petista ficou mais forte.

O PCdoB chegou a anunciar a manutenção de Manuela na disputa, com Adilson Araújo, também do partido, como seu vice. 

Por volta das 22h, uma comitiva petista foi para a sede do PCdoB em São Paulo, para a última tentativa de acordo, que deu certo.

A ata do acordo foi registrada pouco antes da meia-noite deste domingo, limite para que o documento fosse fechado.

Em pronunciamento à imprensa já na madrugada desta segunda (6), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), reafirmou que o registro da candidatura de Lula será feito em 15 de agosto e que o ex-presidente pediu que ela fizesse o convite oficial a Manuela para ser vice na chapa petista —assumindo o posto somente após a situação judicial de Lula ser resolvida.

Gleisi explicou que, a partir de agora, Haddad vai “vocalizar a campanha” do PT, mas que Manuela “percorrerá com ele o Brasil” em defesa do programa da chapa.

A presidente do PT disse ainda que a antecipação das definições da chapa para este fim de semana foi fruto de uma “reinterpretação dos dispositivos da legislação eleitoral” para “colocar mais um obstáculo para Lula não disputar a eleição”.

Haddad, por sua vez, exaltou o ex-presidente como “o maior líder político do país” e disse que será “um prazer levar a voz do Lula para todos os rincões desse país”.

A partir de agora, Haddad falará em nome de Lula e do partido, com credenciais para defender o programa de governo, do qual foi coordenador, enquanto o ex-presidente não for barrado com base na Lei da Ficha Limpa —ele está preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro desde o início de abril.

DEMORA

A negociação dos últimos dias foi marcada por muita tensão e incertezas mesmo dentro do partido. Com a negativa de Jaques Wagner, cotado como plano B caso o ex-presidente seja impugnado, de assumir o posto de vice, o ex-presidente deu aval para que Haddad ficasse com a vaga. Ele também é apontado como opção quando o ex-presidente for declarado inelegível.

O nome do ex-prefeito, porém, sofria resistências internas no PT. Até os últimos momentos das tratativas, ainda havia dirigentes da sigla que defendiam que Gleisi assumisse a vice de Lula.

Gleisi não fazia autopropaganda abertamente e, inclusive, conversou com Wagner por telefone, na sexta-feira (3), insistindo para que ele aceitasse a missão e fosse declarado vice de Lula.

O argumento do grupo que resistia ao ex-prefeito era o de que lançar Haddad seria como antecipar o plano B do partido, expondo precocemente o nome a desgastes e admitindo, mesmo que informalmente, que o PT já não conta com Lula na disputa.

Em contraponto, os defensores de Haddad —que entrou na CNB, corrente majoritária petista, para tentar vencer resistências— diziam que ele poderia representar o ex-presidente nos debates, entrevistas e eventos dos quais Lula não pode participar, inclusive, nacionalizando seu nome e fortalecendo a imagem do partido.

Além disso, afirmam, o ex-prefeito tem o apoio da juventude petista. Seu desafio, porém, é melhorar o discurso —considerado empolado e bastante frio— e crescer entre os eleitores do Nordeste, principal reduto da sigla.

De acordo com advogados do PT especializados em direito eleitoral, com Haddad sacramentado, seria possível indicar um novo nome como vice quando o ex-presidente for declarado inelegível.

O calendário causa divergência dentro do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Há quem avalie que a oficialização das chapas deve ser feita até o dia final para o registro das candidaturas, como foi até a eleição passada —neste ano, a data é 15 de agosto. Mas uma manifestação da corte sobre o fim do prazo das convenções, em 5 de agosto, abriu margem para dúvidas e fez com que os partidos corressem com os prazos para este domingo. Catia Seabra e Marina Dias. Folha SP.

ACRE

‘Nossa campanha é feita com coração, emoção e movida pelo sentimento de mudança’, diz Bocalom

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Artur Neto, coordenador de campanha do Bocalom destaca que o prefeito representa compromisso e mudança para os rio-branquenses.

A menos de um mês para as Eleições 2020, o candidato à Prefeitura de Rio Branco Tião Bocalom (Progressistas), que desde o início da caminhada respeita todos os protocolos de saúde estabelecidos para evitar o contágio pelo novo coronavírus, segue firme com visitas as diversas regiões da cidade. Com diálogo direto com a população para construir uma gestão próxima da sociedade, ele diz que a “campanha é feita com o coração e movida pelo sentimento de mudança”.



Nas andanças pelas comunidades carentes, bairros distantes e zona rural, ele é recebido com muito carinho pelo povo e tem crescido no cenário da disputa eleitoral dia a dia. Nas últimas semanas, o número de lideranças que têm se aliado ao candidato, que possui mais de 40 anos de vida pública e nunca teve o nome envolvido a nenhum tipo de processo criminal, ou seja, é ficha limpa, cresce de forma rápida. A alta adesão se dá pela fé das pessoas no projeto elaborado.

Bocalom e Marfisa conduzem carreata no 2º Distrito de Rio Branco [18/10/20]

Bocalom e Marfisa conduzem carreata no 2º Distrito de Rio Branco [18/10/20]

“Agradeço a Deus, toda nossa equipe, a minha coordenação geral que tem trabalhado incansavelmente e, claro, a população, que tem nos recebido de forma extremamente calorosa e carinhosa por onde temos passado. É muito gratificante poder olhar nos olhos das pessoas, pedir um voto de confiança e sentir-se abraçado pelo povo, que ainda tem esperança por dias melhores”, fala Bocalom.

Artur Neto, coordenador geral da campanha do prefeiturável, pontua que toda a equipe tem atuado de forma unida e organizada em parceria com lideranças, candidatos a vereadores e juventude, garantindo que o trabalho feito até agora possa ser consolidado nas urnas. “Isso é resultado de um trabalho coletivo feito para as pessoas, gente com todos nós. Como o próprio Bocalom diz que quer cuidar de gente, esse é nosso maior compromisso neste grande desafio”.

O candidato reforça o pedido de voto no 11 e agradece aos participantes da carreata no sábado, 17. “Seguimos bastante confiantes. A resposta que recebemos nas ruas é extremamente positiva e serve de incentivo para continuarmos firmes. Nossa carreata deixou isso claro. Milhares de pessoas nos acompanharam, desde a juventude aos idosos, acreditam numa nova Rio Branco. Isso me faz acreditar que é possível. Muito obrigado e que Deus abençoe a todos”, finaliza. .

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ACRE

DEPUTADO JOSA DA FARMÁCIA TEM MANDATO CASSADO POR COMPRA DE VOTOS

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O deputado estadual pelo Podemos do Acre, Josa da Farmácia, teve o seu mandato cassado por decisão da Justiça Eleitoral. Josa foi reeleito na última eleição com 6.412 votos.

O Tribunal Regional Eleitoral decidiu cassar o mandato do deputado por 4 votos a 2 dos desenbargadores.



Josa da Farmácia é acusado de comprar de votos na eleição de 2018.

Apesar de votarem pela cassação, o TRE do Acre decidiu que não irá fastar o deputado imediatamente, dando assim, prazo para que Josa se defenda das acusações ainda no cargo de deputado.

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ELEIÇÕES 2018

Trabalho de Moro me ajudou a crescer politicamente, diz Bolsonaro

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Indicação de juiz é criticada por petistas, que veem politização da Justiça.

Em entrevista a alguns veículos de imprensa, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) elogiou o trabalho de Sergio Moro como juiz ao falar de sua nomeação como Ministro da Justiça.

“O trabalho dele muito bem feito. Em função do combate à corrupção, da Operação Lava Jato, as questões do mensalão, entre outros, me ajudou a crescer politicamente falando”, disse Bolsonaro.



Moro foi quem assinou a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decisões causaram polêmica como a divulgação da conversa do petista com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da delação de Antonio Palocci pouco antes da eleição.

“Se eles estão reclamando, é porque fiz a coisa certa”, disse o presidente eleito.

Segundo ele, o economista Paulo Guedes, que assumirá a Fazenda, foi quem fez a ponte com Moro. Bolsonaro afirmou desconhecer em qual momento a sondagem teria sido feita.

“Mas isso daí não tem nada a ver. Se foi umas semanas, um dia antes da eleição, não tem nada  a ver”, disse.

Segundo seu vice, Hamilton Mourão, o convite ocorreu ainda durante a campanha, o que suscitou críticas, por sugerir que a atuação do magistrado tenha sido pautada pela disputa eleitoral.

“Ah, não sei, não sei. Tenho pouco contato com o Mourão, estou aprofundando o contato agora com ele”, respondeu o presidente eleito.

Bolsonaro afirmou ter concordado em dar autonomia a Moro para nomear e conduzir as atividades da pasta. Ele não detalhou como ocorrerá a ampliação do Ministério da Justiça em seu governo. Confirmou a incorporação da pasta de Segurança Pública.

“Uma parte do Coaf [estará] lá também, porque ele [Moro] tem que ter informações. A CGU não iria para lá dessa forma aqui, carece de estudo. Temos que ver se não estamos incorrendo em nenhuma inconstitucionalidade”, disse. 

“Mas parcelas desses órgãos a gente vai ter dentro da Justica para que possa trabalhar com velocidade que essa questão merece.”

Para o presidente eleito, a violência cresce “via crime organizado” e “o caminho para combater isso é seguir o dinheiro e você tem que ter meios para tal. O Ministério da Justiça daria todos os meios para Sergio Moro perseguir esse objetivo”.

Bolsonaro afirmou que não acertou um prazo de trabalho para o juiz no governo ou para vir a indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal. 

“Não ficou combinado, mas o coração meu lá na frente… ele tendo um bom sucessor, isso está aberto para ele”, disse.

“A decisão dele é difícil, vai abrir mão da carreira, tem 22 anos de serviço, para enfrentar um desafio. Chamo ele de soldado, que está indo para a guerra sem medo de morrer. Vai ter muito mais poderes do que estando à frente da Vara da Justiça Federal em Curitiba

Bolsonaro disse que se um membro de seu governo for investigado ou denunciado, “vai pro pau, pô. Não tem essa história, não. Quem for por ventura denunciado, vai responder”.

​O presidente eleito foi questionado sobre a sua relação com a imprensa e o motivo de ter dado a entrevista apenas para emissoras de televisão, sem incluir jornais.

“A imprensa está muito diversificada, eu cheguei aqui graças às mídias sociais. Quem vai fazer a seleção de qual imprensa vai sobreviver ou não é a própria população”, respondeu. “A imprensa que não entrega a verdade vai ficar para trás.”

Segundo ele, a exclusão de veículos se deu por conta de “espaço físico, não mandei restringir ninguém, não”.

Folha SP

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