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‘Quando meus braços se forem, haverá milhares de braços na

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'Quando meus braços se forem, haverá milhares de braços na

O ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica arrancou lágrimas do público presente em um comício do candidato de esquerda Yamandú Orsi neste sábado (19), na Praça 1º de Maio, em Montevideú. Com um discurso contundente e comovente, o líder histórico, que presidiu o Uruguai de 2010 a 2015, defendeu a necessidade de um governo que “abra o coração e a cabeça com todos do país”.

Conhecido mundialmente por seu estilo de vida simples e suas ideias progressistas, Mujica adotou um tom de despedida e esperança nas lutas populares.  Aos 89 anos, Mujica, que recentemente revelou enfrentar um tumor no esôfago, fez um apelo em prol da educação e da juventude, enquanto se despedia da vida política ativa.

Com voz firme, mas carregada de emoção, Mujica iniciou seu discurso lembrando que esta é a primeira vez em 40 anos que não participa de uma campanha eleitoral, justificando sua ausência pela batalha que trava contra a morte. “Estou no final da partida, absolutamente convencido e consciente”, afirmou, reconhecendo que seu ciclo na política está perto do fim.

Apesar da condição de saúde, Mujica destacou a importância de estar presente no evento, referindo-se ao simbolismo que a mobilização representava. “Sou um velho que está muito perto de onde não se volta, mas sou feliz porque vocês estão aqui”, disse, arrancando lágrimas do público. O ex-presidente reforçou sua crença de que, quando ele já não estiver mais na luta, “milhares de braços” continuarão a batalha por um mundo melhor.

Mujica também aproveitou o momento para enaltecer a candidatura de Yamandú Orsi, afirmando que o Uruguai precisa de um governo que valorize a educação e a juventude, especialmente diante das mudanças globais iminentes. “Os mais jovens vão viver uma mudança no mundo que a humanidade não conheceu. A inteligência será tão importante quanto o capital”, alertou, ressaltando que a formação educacional será essencial para que o país não caia na irrelevância.

Pepe Mujica e o candidato de esquerda a presidente do Uruguai Yamandu Orsi / Divulgação / Movimento de Participação Popular (MPP)

No fim de seu discurso, Mujica fez um apelo por um país livre de ódio e confrontação, incentivando os uruguaios a trabalharem pela esperança. A despedida veio com um agradecimento à vida e ao público presente: “Quando esses braços se forem, haverá milhões de braços na luta. Obrigado por existirem. Até sempre”, concluiu, sob aplausos e lágrimas dos presentes.

O discurso de Mujica marca um momento histórico e simbólico, não apenas por sua despedida do cenário político, mas por reforçar os ideais que marcaram sua trajetória: simplicidade, luta por justiça social e esperança em um futuro melhor. 

Em 27 de outubro, a população uruguaia irá às urnas escolher presidente e vice-presidente que governarão o país entre 2025 e 2030. Se nenhuma chapa presidencial obtiver mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno em 24 de novembro. Na votação também serão definidas as vagas de 30 senadores e 99 deputados.

Confira o discurso de Mujica na íntegra:

“Um minuto de coração, não da garganta.

É a primeira vez nos últimos 40 anos, que não participo de uma campanha eleitoral. E eu faço isso porque estou lutando contra a morte. Porque estou no final da partida, absolutamente convencido e consciente.

Mas eu tinha que vir aqui hoje, pelo que vocês simbolizam. […] Então, sou um velho, sou um velho que está muito, muito perto de onde não se volta. Mas eu sou feliz porque vocês estão aqui, porque quando meus braços se forem, haverá milhares de braços substituindo-os na luta, E toda a minha vida eu disse que os melhores líderes são aqueles que saem de uma equipe que os supera com vantagem.

E hoje estão vocês, está Yamandu, está Pacha. Há milhares e outros que esperam e outros braços jovens, porque a luta continua por um mundo melhor. Eu gastei minha juventude, minha vida junto de minha companheira, que estou vivo por causa dela e dessa outra mulher, que é minha médica, senão eu já teria partido.

Eu tenho que vir agradecê-los de coração. Os mais jovens vão viver uma mudança no mundo que a humanidade não conheceu. A inteligência será tão importante quanto o capital, o que significa que a formação terciária irá se impor para as novas gerações.

Se não somos capazes como país de educar e de formar a geração que vem, vamos pertencer ao mundo dos irrelevantes, dos que não servem para que os explorem.

Este é o maior desafio do país. Por isso apoio Yamandu, porque é preciso um governo que abra o coração e a cabeça como país inteiro. Não é poético o que eu digo, alguém tem que dizer, que seja um velho.

Não ao ódio!

Não à confrontação!

É preciso trabalhar pela esperança!

Até sempre! Dou meu coração a vocês. Muito obrigado. Tenho que agradecer à vida, porque quando esses braços se forem, haverá milhões de braços. Obrigado por existirem. Até sempre.”

Edição: Geisa Marques




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Bryan Cranston e Jane Kaczmarek reprisam papéis em Malcolm in the Middle | Disney+

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Bryan Cranston e Jane Kaczmarek reprisam papéis em Malcolm in the Middle | Disney+

Rachel Hall

Já se passaram quase 25 anos desde que o público ouviu pela primeira vez o agora familiar grito “Malcolm!” dos atores Bryan Cranston e Jane Kaczmarek, mas eles estão de volta com uma nova série de Malcolm in the Middle.

A dupla, que interpretou os pais caóticos do homônimo Malcolm, reprisou seu bordão em um vídeo postado nas redes sociais na sexta-feira anunciando que o show voltaria com seu elenco original.

Frankie Muniz, que hoje tem 39 anos e retorna ao papel de protagonista do programa, disse: “Há 18 anos que espero por esse momento. Vamos descobrir onde Malcolm e sua família estão agora.”

Disney + encomendou quatro episódios de notícias com um enredo baseado em Malcolm e sua filha sendo atraídos “para o caos da família quando Hal (Cranston) e Lois (Kaczmarek) exigem sua presença para sua festa de aniversário de 40 anos de casamento”. Ainda não há data definida para a exibição dos episódios.

A sitcom original começou em 2000 e terminou em 2006 após 151 episódios, durante os quais ganhou vários prêmios Emmy. They Might Be Giants, a banda por trás da música tema do show, Boss of Me, também ganhou um Grammy.

Cranston, que recebeu elogios da crítica após o show por seu atuação na série de drama policial Breaking Baddisse que estava tão animado com o retorno do programa que “pode ter feito xixi… só um pouquinho”.

Kaczmarek disse: “Que delícia gritar com aquele garoto de novo! Estamos muito entusiasmados em voltarmos juntos e ver o que esta família tem feito.”

A presidente da Disney Branded Television, Ayo Davis, disse à revista Variety que esperava que os fãs ficassem felizes em ver o programa de volta e prometeu que conteria “todas as risadas, pegadinhas e confusão que os fãs adoraram” na primeira vez.

“Malcolm in the Middle é uma sitcom histórica que capturou a essência da vida familiar com humor, emoção e capacidade de identificação”, disse ela. “Seu retrato hilariante e sincero de uma família adorável e caótica ressoou com públicos de todas as idades e estamos muito entusiasmados em receber o elenco original de volta para trazer essa magia à vida novamente.”

pular a promoção do boletim informativo

O criador da série original, Linwood Boomer, também retorna como escritor e produtor executivo.

O programa é a terceira série da rede de transmissão do início dos anos 2000 a anunciar um renascimento na semana passada, após relatos de que Scrubs está de volta no ABC e um reinicialização de um Prison Break recebeu um pedido piloto no Hulu.

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Lazzarini: Poderá a UNRWA sobreviver à campanha de Israel e aos cortes de financiamento? | UNRWA

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Lazzarini: Poderá a UNRWA sobreviver à campanha de Israel e aos cortes de financiamento? | UNRWA

Philippe Lazzarini discute o futuro da UNRWA em meio a acusações israelenses, cortes de financiamento e o aprofundamento da crise em Gaza.

O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, discute os desafios enfrentados pela agência da ONU criada para apoiar os refugiados palestinos. No meio de uma crise humanitária em Gaza, onde mais de 250 funcionários da UNRWA foram mortos e infra-estruturas destruídas, a agência também enfrenta acusações de Israel de ligações com o Hamas, o que nega.

Estas alegações levaram ao congelamento do financiamento dos principais doadores ocidentais, ameaçando as suas operações. Com milhões de palestinianos a depender da sua ajuda, Lazzarini aborda se a UNRWA pode resistir a ataques políticos e financeiros e, ao mesmo tempo, continuar a cumprir o seu mandato numa das crises mais complexas e devastadoras do mundo.



Leia Mais: Aljazeera



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Da Maison-Blanche ao Aeroporto de Orly, microviagens no final da (nova) linha 14 do metrô de Paris

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Da Maison-Blanche ao Aeroporto de Orly, microviagens no final da (nova) linha 14 do metrô de Paris

Parecem cones gigantes de batatas fritas! Nos subúrbios ao sul de Paris, num promontório natural, estes nove cilindros de concreto de 33 metros de altura, mais largos no topo do que na base, servem como um marco visual por quilômetros ao redor. A União da Água de Ile-de-France (Sedif) prefere chamar estes reservatórios de água construídos em 1991 de “flautas”, ao pé dos quais foi criado um pequeno mas agradável passeio.

Este local será servido, no início de 2025, pela estação Villejuif-Gustave-Roussy, da linha 14 do metro de Paris, estendida até ao aeroporto de Orly desde finais de junho. A linha automatizada, que se tornou assim a mais longa da rede, beneficia do ritmo de um metro, até um comboio a cada 95 segundos durante a hora de ponta, ao mesmo tempo que atinge o número de passageiros de um RER, até 1 milhão de viajantes por dia a partir de 2025 .

As novas estações, profundamente escavadas, já valem o desvio. Cada um deles é decorado com uma obra de arte: um muro de concreto evocando rochas subterrâneas (obra da artista plástica Eva Jospin) no Hôpital-Bicêtre, um “rio de ar” simbolizando o Sena (Ned Kahn) na Maison-Blanche, variações sobre o tema do relógio (Lyes Hammadouche) em Thiais-Orly, ou um piso cerâmico que lembra a terra nutritiva (Gerda Steiner e Jörg Lenzlinger) em Chevilly-Larue.

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