É assim que se parece um trovão global: para um homem de 78 anos com a pele ainda muito bronzeada, para um bilionário inafundável que sobe ao palco, diante de seus delirantes apoiadores, reunidos em West Palm Beach (Flórida). Na madrugada do dia 6 de novembro de 2024, Donald Trump vem alegrar-se pela sua vitória, que se tornou evidente ao longo da noite, contra Kamala Harris. O ex-presidente torna-se o presidente eleito, conseguindo um feito político incomum. Confirma assim que o trumpismo, longe de ser uma febre passageira, um parêntese na história americana, representa uma fase longa e importante.

Para medir o alcance desta vitória, temos de recuar dois anos. Em novembro de 2022, Donald Trump se encontra no fundo do poço. Acreditamos nisso no final da corrida, já que os ventos contrários são muito fortes. O ex-presidente está desacreditado devido ao seu protagonismo no assalto ao Capitólio, lançado pelos seus apoiantes em 6 de janeiro de 2021. Mais recentemente, intrometeu-se nas eleições intercalares, apoiando MAGA (Make America Great Again), extremistas e sem credibilidade. . O Partido Republicano parece sombrio, obtendo apenas uma estreita maioria na Câmara dos Representantes. Nesta atmosfera sombria, Donald Trump leva todos à sua frente ao anunciar imediatamente a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024, durante um discurso livre de músculos na sua residência em Mar-a-Lago. Mais uma vez, ele confia no seu instinto, em vez do clássico bom senso político.

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A casa da família do estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta, 22, na zona sul de São Paulo, é recheada de fotos dele. Logo na entrada há um banner com ele vestido de jaleco.

Um quadro dos três irmãos ao lado dos pais também adorna a sala. Todos eles são médicos.

Marco Aurélio foi morto na madrugada de 20 de novembro ao levar um tiro de um PM na altura da barriga dentro de um hotel na Vila Mariana. Antes, ele havia dado um tapa no retrovisor de uma viatura onde estavam dois policiais. Foi o que bastou para iniciar uma perseguição que resultou em sua morte.

A família de Acosta deu uma entrevista coletiva na casa na noite desta quarta (8), mesmo dia no qual o Ministério Público denunciou por homicídio doloso os dois policiais suspeitos de envolvimento no caso.

A Promotoria também concordou com o pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra o soldado Guilherme Augusto Macedo, autor do tiro. Até o momento, a Justiça ainda não decidiu se aceita o pedido, e o policial segue em liberdade.

Visualmente emocionada, a mãe do estudante criticou durante a coletiva o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite pelo que considerou uma falta de controle da Polícia Militar.

“Eu quero justiça, eu quero desse miserável do Tarcísio ao menos um pedido de desculpas”, disse Silvia Mónica Cárdenas Prado, 55. Ela listou diversos casos de violência policial recentes, como um homem jogado no rio e a morte de uma criança durante uma operação em Santos, no litoral de São Paulo.

Silvia afirmou ter assistido 69 vezes ao vídeo em que o filho aparece na rua ao lado da viatura e já dentro do hotel onde foi baleado.

À Folha, a médica mostrou o celular onde mantinha conversas com o filho por mensagens.

Para Silvia, seu filho foi vítima de xenofobia e discriminação. O rapaz, filho de peruanos, tinha traços indígenas. “Meu filho era moreno e morreu no dia da Consciência Negra“.

“Meu filho desde que nasceu foi um lutador. Ele nasceu prematuro, com sete meses”, disse o pai do estudante e marido de Silvia, o também médico Julio César Acosta Navarro, 59.

O advogado da família Roberto Guastelli também esteve na reunião. Ele disse aguardar o recebimento da denúncia e decretação da prisão preventiva do soldado. Guastelli criticou a demora da PM para enviar as câmeras corporais, o que atrasou a investigação por parte da Polícia Civil.

Quem também acompanhou a coletiva foi o ex-ouvidor da polícia e militante de direitos humanos Cláudio Aparecido da Silva, o Claudinho.

Dois linces estão à solta nas Terras Altas da Escócia, no que se suspeita ser uma “libertação ilegal”.

Na noite de quarta-feira, a Autoridade do Parque Nacional de Cairngorms (CNPA) anunciou que os animais estavam à solta dentro de suas terras.

O CNPA diz que estava a trabalhar em conjunto com a Polícia Escócia para apurar o ocorrido e garantiu ao público que os grandes felinos eram de “baixo risco” para o público em geral devido à sua natureza tímida.

“A autoridade do parque foi notificada sobre uma suspeita de libertação ilegal de dois linces no parque nacional de Cairngorms”, disse um porta-voz.

“A Polícia da Escócia foi informada e está trabalhando em estreita colaboração com parceiros (incluindo a Autoridade do Parque) para estabelecer o quadro completo e tomar as medidas apropriadas.

“Condenamos a libertação ilegal de animais selvagens nos termos mais fortes possíveis e também estamos preocupados com o bem-estar dos linces que foram libertados.

“Embora sejam animais tímidos e de baixo risco para os humanos, pedimos a qualquer pessoa que aviste um lince que não se aproxime nem frequente a área.”

A CNPA disse que seria inapropriado fazer mais comentários, pois se trata de uma investigação policial em andamento.

O Highland Wildlife Park está auxiliando a autoridade do parque no rastreamento dos animais, ecoando o apelo do CNPA para evitá-los caso sejam vistos.

“Embora estes não sejam nossos linces, estamos trabalhando em estreita colaboração com a Polícia da Escócia e parceiros para recuperar os animais com segurança”, disse um porta-voz.

A Polícia da Escócia confirmou que estava investigando o incidente, instando qualquer pessoa com informações a se apresentar.