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Reformas tributária: vejas as mudanças feitas no Senado – 12/12/2024 – Que imposto é esse

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Reformas tributária: vejas as mudanças feitas no Senado - 12/12/2024 - Que imposto é esse

Nivaldo Souza, Eduardo Cucolo

O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/2024) foi aprovado no Senado nesta quinta-feira (12) após diversas mudanças no texto. A proposta segue para a Câmara dos Deputados, onde deve ser analisada na próxima semana, para depois seguir para sanção da Presidência da República.

Vejas as principais mudanças feitas pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM).

ALÍQUOTA GERAL

O texto que saiu da Câmara em julho tinha alíquota geral para os dois principais tributos (CBS e IBS) em 27,97%. Com as mudanças no Senado, irá para pelo menos 28,67%, segundo dados apresentados pelo relator. O maior impacto divulgado até o momento foi a inclusão do saneamento básico na lista de serviços com redução de 60% na alíquota.

Simulação preliminar feita pela Folha com base na ferramenta do Banco Mundial SimVat aponta uma alíquota de 28,85% com a incorporação de benefícios para água mineral, saneamento, mate, tapioca e fraldas, além da retiradas dos refrigerantes do Imposto Seletivo e a redução da desoneração do óleo de soja. Isso representa acréscimo de 0,80 ponto percentual ao cálculo feito pela instituição com base no texto aprovado na Câmara em julho. A alíquota média paga pelos brasileiros será de 20%;

Dados apresentados pelo relator, apenas com impacto do saneamento e das bolachas, apontam para uma alíquota máxima, aplicada à maioria dos bens e serviços, de 28,48%. O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que ainda está fazendo os cálculos.

‘IMPOSTO DO PECADO’

O relator tentou incluir os armamentos na lista de produtos taxados pelo Imposto Seletivo, para manter a carga tributária desses itens, mas os senadores rejeitaram a mudança. Também tiraram da relação as bebidas açucaradas.

O Seletivo, aplicado a bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, será aplicado sobre: veículos, embarcações, aeronaves, fumo, bebidas alcoólicas, bens minerais e concursos de prognósticos (como bets) e fantasy sport.

CESTA BÁSICA

A proposta mantém as carnes e outras proteínas animais na cesta básica. Inclui na lista a tapioca e a erva mate. Bolachas, biscoitos e águas minerais terão desconto de 60% na alíquota. O óleo de soja saiu da cesta com alíquota zero e foi para os itens com redução do imposto.

ENTREGADORES

O relator também propõe que motoristas e entregadores de aplicativos terão apenas 25% do valor bruto mensal recebido na base de tributação. O restante fica isento.

BENEFÍCIO A TRABALHADORES

Foi ampliada a lista de bens de uso e consumo pessoal fornecidos pelas empresas a seus empregados que vão ser desonerados por meio da geração de crédito tributário, para beneficiar educação, alimentação, planos de saúde, transporte e creches.

BARES E RESTAURANTES

Bares, restaurantes, hotéis, parques de diversão e temáticos terão alíquota reduzida em 40%, em vez da fórmula de cálculo aprovada na Câmara.

EDUCAÇÃO

Na alíquota reduzida em 60% para educação, entraram atividades complementares, como cursos de línguas estrangeiras, treinamentos e serviços de educação cultural, desportiva e recreacional.

FUTEBOL

As SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) tiveram a alíquota para os tributos unificados de 8,5% para 5%.

COMPRA DE IMÓVEIS

Houve várias mudanças na regra específica do setor de imóveis, ampliando de 40% para 50% o percentual de redução dos novos tributos na alienação. Para pessoa física, o imposto só é devido se houver a venda de mais de três imóveis no ano.

LOCAÇÃO DE IMÓVEIS

Na locação, o desconto subiu de 60% para 70%. Só haverá cobrança para pessoa física que tenha o mínimo de três imóveis alugados e receita de pelo menos R$ 240 mil anuais.

CASHBACK

A devolução de parte dos impostos sobre serviços de telecomunicações entrou na nova versão do projeto. O cashback desonera famílias com renda mensal de até um salário-mínimo e meio (R$ 2.118) inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais).

A versão do projeto aprovado na Câmara dos Deputados em julho prevê a devolução de 100% da CBS (contribuição federal sobre bens e serviços) e de pelo menos 20% do IBS (imposto de estados e municípios sobre bens e serviços) para itens como luz, água, esgoto, gás natural e botijão de gás de até 13 quilos. Em outros itens, a devolução será de pelo menos 20% dos dois novos tributos.

MEDICAMENTOS E SAÚDE

A desoneração valerá para grupos de medicamentos destinados a determinadas doenças. Com a mudança, ficam isentos aqueles utilizados em tratamentos oncológicos, doenças raras, DST/AIDS, doenças negligenciadas, diabetes mellitus, vacinas e soros. A lista será definida posteriormente pelo Congresso.

ACADEMIAS

Academias de ginástica com sócios formados em educação física entraram no grupo de atividades profissionais com desconto de 30% na alíquota, apelidada de “emenda Smart Fit”, referência a uma rede do setor.

ZONA FRANCA DE MANAUS

O relator amazonense ampliou os benefícios para a região, com aumento de créditos tributários para as empresas locais, inclusão de projetos aprovados até 2024 e incentivo para atividade de refino na região.

O texto também prorroga os benefícios das áreas de livre comércio da Amazônia para 2073, mesma data prevista para o Polo Industrial de Manaus.

AVIAÇÃO REGIONAL

O relator alterou o regime específico do transporte aéreo regional para ampliar o limite de tamanho das aeronaves de 150 para 186 assentos. Braga indicou que a mudança visa atender a um único voo entre as cidades de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, que utiliza um 737-800.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

O projeto também traz para a reforma a substituição tributária, que é o recolhimento do tributo por um dos elos da cadeia. Ela fica restrita a bebidas alcoólicas, águas minerais, refrigerantes e fumo, a depender de ato conjunto da Receita Federal e do Comitê Gestor formado por estados e municípios. Tributaristas avaliam que esse sistema é incompatível com os novos tributos, trazendo apenas mais complexidade e penalizando as empresas do Simples Nacional.

COMITÊ GESTOR

Braga inclui no texto do PLP 68/2024 parte da segunda proposta de regulamentação (PLP 108/2024), para garantir os “dispositivos mínimos que assegurem a instituição” do Comitê Gestor do IBS, órgão que será criado para dividir a arrecadação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) entre estados e municípios. O IBS substitui o ICMS, imposto estadual, e o ISS, de incidência municipal.

AGROTÓXICOS

O texto permite que o Ministério da Fazenda e Comitê Gestor, ouvido o Ministério da Agricultura, revisem a cada 120 dias a lista de defensivos agropecuários desonerados, para inclusão de novos itens.

SERVIÇOS FUNERÁRIOS

Depois de incluir saneamento básico nos serviços básicos com desoneração de 60%, o relator acatou emenda estendendo o benefício a serviços funerários, de cremação e de embalsamamento.

EVENTOS CULTURAIS

Braga também acatou emenda da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) que, na prática, torna permanente parte do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). A parlamentar obteve a inclusão entre produções artísticas, culturais, eventos, jornalísticas e audiovisuais com alíquota reduzida de 60% para dois grupos desses serviços. Emenda da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) desonera com o mesmo percentual atividades acessórias às artes cênicas e receita com a bilheteria de espetáculos.

MARKETPLACES

As plataformas não poderão responder por eventuais discrepâncias na informação fiscal prestada via split payment por empresas anunciantes em seus sites e aplicativos.





Leia Mais: Folha

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Justiça do Rio aceita recurso e caso Jhonatan terá novo julgamento

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Justiça do Rio aceita recurso e caso Jhonatan terá novo julgamento

Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu, nesta quinta-feira (12), por um novo julgamento do assassino de Johnatha de Oliveira Lima, em 2014, na favela de Manguinhos, Zona Norte.

Em março deste ano, o 3º Tribunal do Júri da Capital havia tipificado o crime como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Por unanimidade, três desembargadores que participaram do processo  votaram hoje por anular a decisão do Tribunal do Júri.

A data do próximo julgamento ainda vai ser definida. A mãe de Johnatha, Ana Paula Oliveira, pede a condenação do policial militar Alessandro Marcelino de Souza por homicídio doloso (com intenção de matar). A decisão de hoje foi uma vitória para a acusação.

Caso fosse mantida a tipificação de homicídio culposo, haveria um declínio de competência e o caso seria transferido para o Tribunal Militar. O processo e as investigações recomeçariam e a pena seria decidida por juízes militares.

“Já são dez natais sem o meu filho. Mas a nossa luta, minha e de tantas outras famílias, é para que outros filhos não precisem faltar na mesa da ceia de Natal. Que os assassinos dos nossos filhos sejam responsabilizados. É o mínimo, não pedimos nada extraordinário. Seria extraordinário trazer os nossos filhos de volta. E isso não é possível mais. A gente não aguenta mais viver essas dores todos os dias”, disse Ana Paula Oliveira (foto, ao centro), na saída do julgamento.

Tumulto

Johnatha tinha 19 anos de idade em 14 de maio de 2014, quando cruzou com um tumulto entre policiais e moradores da favela de Manguinhos. Um tiro disparado pelo agente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), Alessandro Marcelino, atingiu as costas do jovem. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ali morreu. A família prestou queixa na delegacia e começou a pressionar pelo andamento das investigações.

A mãe do rapaz, Ana Paula Oliveira, criou o grupo Mães de Manguinhos, ao lado de Fátima Pinho, que também perdeu um filho assassinado. Elas passaram a acolher outras vítimas e a cobrar respostas das autoridades para crimes cometidos por agentes do Estado.

“Agradeço a cada familiar, mesmo os que não estão aqui hoje. Foram muitas mensagens durante todos esses dias quando anunciei que seria julgado o recurso. A todos os que me acompanham nesses 10 anos de luta [digo que] jamais conseguiria estar aqui se não fosse a força, o apoio, o cuidado e o carinho de todos vocês. Isso aqui hoje é apenas uma batalha que foi vencida, mas tem muita luta pela frente”, finalizou Ana Paula.



Leia Mais: Agência Brasil



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Louisville e DoJ fecham acordo de reforma policial após tiroteio em Breonna Taylor | Breona Taylor

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Louisville e DoJ fecham acordo de reforma policial após tiroteio em Breonna Taylor | Breona Taylor

Associated Press

O Departamento de Justiça dos EUA e a cidade de Louisville chegaram a um acordo para reformar a força policial da cidade após uma investigação motivada pelo tiroteio fatal contra Breona Taylor e tratamento policial dispensado aos manifestantes, disseram autoridades na quinta-feira.

O decreto de anuência, que deve ser aprovado por um juiz, segue uma investigação federal que concluiu Louisville a polícia se envolveu em um padrão de violação dos direitos constitucionais e discriminação contra a comunidade negra.

Craig Greenberg, o prefeito de Louisville, disse que o “decreto de consentimento histórico se baseará e acelerará esta reforma policial transformacional que já iniciamos em Louisville”. Ele observou que “melhorias significativas” já haviam sido implementadas desde a morte de Taylor em março de 2020. Isso inclui uma lei municipal que proíbe o uso de mandados “de segurança”, que eram comumente usados ​​em reides antidrogas noturnas.

Taylor, uma mulher negra de 26 anos, foi despertada de sua cama pela polícia que entrou pela porta usando um aríete depois da meia-noite de 13 de março de 2020. Três policiais dispararam tiros depois que o namorado de Taylor, dizendo que temia um intruso, atirou em um oficial na perna. Taylor foi atingido várias vezes e morreu em seu corredor.

A mãe de Taylor, Tamika Palmer, compareceu ao anúncio, mas disse que queria ver mais ações, e não palavras, por parte das autoridades municipais.

“Temos um histórico de colocar as coisas no papel e não mexer no ponteiro, então temos que ficar atentos à situação e definitivamente ter certeza de que eles estão fazendo o que dizem que estão fazendo”, disse Palmer, que recebeu US$ 12 milhões. liquidação por homicídio culposo pela cidade em 2020.

O departamento de polícia da cidade passou por meia dúzia de mudanças de liderança desde a morte de Taylor.

O mais novo chefe, Paul Humphrey, um veterano de longa data da polícia de Louisville, disse na quinta-feira que as autoridades de justiça dos EUA “não estavam tomando decisões para a cidade de Louisville”, mas aplaudiu o acordo com o governo federal.

“Acredito que ter um monitor independente nos dá a oportunidade de confirmar a excelência do nosso trabalho para a comunidade”, disse Humphrey. “Isso tem que ser mais do que apenas palavras em uma página. É uma promessa aos nossos dirigentes e à nossa equipe profissional que iremos liderá-los e apoiá-los da maneira certa.”

O relatório do Departamento de Justiça divulgado em março de 2023 dizia que o Departamento de Polícia de Louisville “discrimina os negros nas suas atividades de fiscalização”, usa força excessiva e realiza buscas com base em mandados inválidos. Ele também disse que o departamento viola os direitos das pessoas envolvidas em protestos.

“Esta conduta prejudicou os membros da comunidade e minou a confiança do público na aplicação da lei, que é essencial para a segurança pública”, disse Kristen Clarke, procuradora-geral adjunta, que lidera a divisão de direitos civis do departamento de justiça. “Este decreto de consentimento marca um novo dia para Louisville.”

Assim que o decreto de anuência for aprovado, um funcionário federal monitorará o progresso feito pela cidade.

O acordo exige que a polícia de Louisville reveja as suas políticas de uso da força, garanta que as paragens de trânsito e as buscas sejam constitucionais e não baseadas na raça, e melhore a resposta do departamento às manifestações públicas que criticam o policiamento, entre outras iniciativas.

O departamento de justiça sob a administração Biden abriu 12 investigações de direitos civis contra agências de aplicação da lei, mas esta é a primeira que chegou a um decreto de consentimento. O departamento de justiça e a cidade de Springfield, Massachusetts, anunciaram um acordo em 2022, mas a investigação sobre esse departamento de polícia foi aberta sob a administração de Donald Trump.

As autoridades municipais de Memphis adotaram uma abordagem diferente, pressionando contra a necessidade de um decreto de consentimento do departamento de justiça para promulgar reformas à luz de uma investigação federal lançada após o assassinato de Tire Nichols, que descobriu que os oficiais de Memphis usam rotineiramente força injustificada e visam desproporcionalmente os negros. As autoridades de Memphis não decidiram eventualmente concordar com um decreto de consentimento, mas disseram que a cidade pode fazer mudanças de forma mais eficaz sem se comprometer com um pacto vinculativo.

Resta saber o que acontecerá com as tentativas de chegar a tais acordos entre as cidades e o departamento de justiça quando Trump regressar à Casa Branca. O departamento de justiça durante a primeira administração Trump restringiu o uso de decretos de consentimento e espera-se que o presidente eleito republicano reformule novamente radicalmente as prioridades do departamento em torno dos direitos civis.



Leia Mais: The Guardian



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Unidade da Volkswagen Índia enfrenta notificação de evasão fiscal de US$ 1,4 bilhão

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FILE PHOTO: Volkswagen Taigun compact SUV car is on display after it was unvield at an event in New Delhi, India, February 3, 2020. Picture taken February 3, 2020. REUTERS/Anushree Fadnavis/File Photo

Ashutosh Mishra

AutomotivoNegócios e Finanças

A Reuters foi primeiro a relatar que a Índia emitiu um aviso ao fabricante de automóveis alemão Volkswagen por alegadamente evadir 1,4 mil milhões de dólares em impostos ao pagar “intencionalmente” menos impostos de importação sobre componentes para os seus carros Audi, VW e Skoda. As ações da Volkswagen caíram até 2,13% na bolsa de valores de Frankfurt após relatório da Reuters.

Por que isso importa

Notícias sobre o passivo potencial, que pode chegar a US$ 2,8 bilhões com multas, podem prejudicar os negócios da VW na Índia. A empresa é um pequeno player na Índia, mas tem planos de investir US$ 1,8 bilhão para construir veículos elétricos e híbridos em Maharashtra. A montadora sediada em Wolfsburg também está presa a um disputa crescente com o seu trabalho na Alemanha devido ao encerramento de fábricas e despedimentos, enquanto os concorrentes chineses atacam os fabricantes de automóveis europeus estabelecidos no seu território nacional.

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Tópicos de interesse: AutomotivoNegócios e Finanças

Tipo: Melhor da Reuters

Setores: Negócios e Finanças

Regiões: Ásia

Países: Índia

Tipos de vitória: Velocidade

Tipos de história: Exclusivo / Scoop

Tipos de mídia: Texto

Impacto no cliente: História Nacional Significativa





Leia Mais: Reuter

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