Ex-seringueiros aceleram desmatamento e a troca de extrativismo por gado.
Na época em que a Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada, em 1990 —um ano depois da morte do líder extrativista que homenageia—, os seringueiros eram submetidos a um regime de trabalho análogo à escravidão pelos seringalistas.
Com a criação da Resex, as famílias se livraram dos patrões e conseguiram uma barreira legal contra fazendeiros de gado que avançavam sobre a Amazônia. A Reserva também freou o avanço do arco do desmatamento, frente de destruição da floresta que vai do Acre ao Maranhão.
Mas a economia em torno da borracha colapsou, a agricultura tampouco gera renda e as famílias viram na pecuária, atividade contra a qual a Resex Chico Mendes foi criada, a alternativa econômica mais viável, mesmo que ilegal.
Os repórteres Fabiano Maisonnave e Lalo de Almeida estiveram na Reserva, no Acre, para uma reportagem que integra a série A Amazônia sob Bolsonaro. No episódio desta segunda-feira (9), Maisonnave fala sobre o assunto.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio: