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RJ: Técnica de teste de HIV diz que foi usada como laranja – 13/10/2024 – Equilíbrio e Saúde

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RJ: Técnica de teste de HIV diz que foi usada como laranja - 13/10/2024 - Equilíbrio e Saúde

Bruna Fantti

A técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36, afirma que nunca realizou testes no PCS Lab, laboratório que está sob investigação por emitir laudos com falsos negativos para HIV no Rio de Janeiro, o que resultou na contaminação de seis pacientes transplantados no estado.

Jacqueline declarou à Folha que começou a trabalhar no local como supervisora administrativa em outubro de 2023, não assinava testes e, de acordo com as informações divulgadas, seu nome estaria sendo usado como “laranja”.

Procurado, o PCS Lab afirmou que “ela informou ao laboratório diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica” e que a funcionária “assinou diversos laudos de exames nos últimos meses”.

A reportagem voltou a procurar Jacqueline sobre o novo posicionamento do laboratório. A defesa afirmou que ela “jamais trabalhou como biomédica”, que “não tem capacidade técnica e nunca teve interesse na função” e que não reconhece o diploma citado pelo PCS Lab, pois a funcionária “jamais cursou ou tem a faculdade de biomedicina”.

O nome da técnica aparece na assinatura de um dos laudos de uma mulher de 40 anos que morreu no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, após ter seus rins e fígado transplantados em maio. Em outubro, um dos receptores apresentou sintomas e testou positivo para HIV.

No laudo, abaixo do nome de Jacqueline, cuja profissão não tem autorização para atestar exames, consta o registro de uma biomédica.

“Só quem tinha o poder de vincular meu nome a um exame eram eles [os responsáveis pelo laboratório]. Qual o interesse em colocar meu nome como laranja?”, questionou Jacqueline, acompanhada de seu advogado, José Félix. Na entrevista, realizada por videoconferência, ela segurava um lenço e chorava.



O que eu fazia em relação a esses laudos era uma conferência para verificar se estava tudo digitado corretamente, se a pontuação estava certa, porque havia laudos que precisavam de vírgula e não de ponto, por exemplo.

“O que eu fazia em relação a esses laudos era uma conferência para verificar se estava tudo digitado corretamente, se a pontuação estava certa, porque havia laudos que precisavam de vírgula e não de ponto, por exemplo. Eu fazia essa conferência antes de enviar para os médicos liberarem”, explicou Jacqueline, que tem 18 anos de experiência na área.

Ela acrescentou que o sistema de conferência era computadorizado e que apenas encaminhava os exames para os médicos responsáveis pelo laboratório.

“Para entrar no sistema e fazer a conferência do exame, eu colocava uma rubrica. A parte da assinatura não aparecia para a gente [técnicos], só para quem estava assinando. Eu nunca via a assinatura. Eu estava na academia quando vi meu nome vinculado ao registro de uma biomédica. Nunca tinha visto isso antes”, afirmou.

Jacqueline também mencionou que, no laboratório onde trabalhava, em Nova Iguaçu, só eram realizados testes rápidos para HIV. Ela disse que nunca viu exames mais completos para o vírus, mas não descartou a possibilidade de eles estarem disponíveis em outras filiais do laboratório.

Além disso, a técnica afirma que o exame que consta em seu nome foi realizado em uma unidade onde ela não trabalhava. Ela contou que sua carteira de trabalho só foi assinada após o laboratório tomar conhecimento dos erros que resultaram na infecção de receptores do sistema de transplante, em setembro.

“Qual o interesse do laboratório em não assinar a carteira dela? E por que vinculá-la a uma função que nunca exerceu? Dentro do laboratório, há seis técnicos com carteiras assinadas devidamente cadastrados. Como ela iria passar por cima dessas pessoas para assinar? Onde estão os outros técnicos cadastrados do laboratório? Todos sumiram, então estão jogando toda a responsabilidade do laboratório em cima da senhora Jacqueline, sem qualquer veracidade”, afirmou o advogado José Félix.

O defensor também informou que, nesta segunda-feira (14), procurará a Polícia Federal para que Jacqueline possa apresentar sua versão dos fatos.

“Eu estou sendo massacrada. No meu WhatsApp, recebo mensagens de várias pessoas que não conheço, me humilhando, falando diversas coisas. Eu que estou vivendo isso, enquanto eles, se bobear, nem estão mais no país. Foram eles que ganharam milhões com esses contratos, e eu fiquei aqui, tendo que botar a cara a tapa”, desabafou a técnica, que disse ter sido demitida na sexta-feira (11), após o laboratório ter suas atividades suspensas.

Jacqueline expressou sua solidariedade às famílias atingidas. “Desde que essa notícia saiu, fiquei com o coração muito aflito, porque é uma situação muito grave. Eu amo minha profissão. Então, é um erro grave que atingiu muitas pessoas, e eu não consigo nem expressar o quanto isso partiu meu coração”.





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Braga Netto troca de advogado 4 dias após prisão – 18/12/2024 – Brasília Hoje

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Braga Netto troca de advogado 4 dias após prisão - 18/12/2024 - Brasília Hoje

Quatro dias após ser preso preventivamente pela Polícia Federal, o general Walter Braga Netto mudou a equipe que faz sua defesa. O militar, preso sob a acusação de obstruir as investigações sobre a trama golpista de 2022, destituiu o advogado Luis Prata, que respondia por sua defesa desde fevereiro.

Para seu lugar, foi contratado o advogado José Luis Oliveira Lima, um dos criminalistas mais conhecidos do país.

Oliveira Lima, o Juca, já defendeu nomes como José Dirceu, no processo do mensalão. Braga Netto nomeou em procuração Juca e o advogado Rodrigo Nascimento Dall’Acqua nesta terça (17).

O general, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e também candidato a vice na chapa derrotada de 2022, foi preso na manhã de sábado (14). Endereços ligados a ele também foram alvo de buscas e apreensões.

Braga Netto estava em sua casa no Rio de Janeiro quando foi preso pela Polícia Federal. Ele ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, também no Rio —a organização é subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019. A prisão preventiva não tem prazo para acabar.

A operação foi pedida pela PF e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com aval da PGR (Procuradoria-Geral da República).

No sábado, a defesa do general da reserva, ainda sob a liderança de Prata, negou em nota que ele tenha obstruído as investigações e que isso será provado. Em manifestação anterior, ele afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.

As suspeitas relacionadas à tentativa de interferir nas investigações vêm sendo acumuladas desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid teve homologado seu acordo de colaboração premiada no STF.

O próprio Cid relatou, em depoimento, que Braga Netto procurou diretamente seu pai, o general Mauro Lourena Cid, para pedir detalhes do que ele havia falado na colaboração premiada.

A PF também diz que Braga Netto foi quem “obteve e entregou os recursos necessários” para um plano para matar, em 2022, o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes.

Esse plano teria sido discutido na casa do general da reserva em Brasília.

A afirmação foi feita após Mauro Cid detalhar, em depoimento, que o general entregou dinheiro em espécie, guardado em uma sacola de vinho, para o tenente-coronel Rafael de Oliveira —indiciado por ser um dos executores do plano Punhal Verde e Amarelo, do general Mario Fernandes, que foi colocado em ação em 15 de dezembro de 2022 para matar ou prender Alexandre de Moraes.O plano acabou abortado, com os militares já posicionados, por orientação de um dos chefes do grupo.


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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

Elaine Patrícia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Nesta quarta-feira (18), o Ministério Público denunciou 20 integrantes da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, que estariam envolvidas no ataque a dois ônibus de torcedores do Cruzeiro. A emboscada, como a Polícia Civil tem chamado o episódio, aconteceu no dia 27 de novembro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo, e resultou na morte de um integrante da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro.

A morte de José Vitor Miranda dos Santos, informou o Ministério Público, foi causada por traumatismo cranioencefálico, em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente.

De acordo com o Ministério Público, os torcedores que foram denunciados hoje assumiram “o risco de resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar em perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. Por isso, os membros do Ministério Público solicitaram a prisão preventiva de todos os denunciados, argumentando que “soltos, os denunciados sem dúvida irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”.

O ataque ocorreu quando os torcedores mineiros retornavam para Belo Horizonte, após jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. Na ocasião, um dos ônibus com torcedores do Cruzeiro foi incendiado e, o outro, depredado. Além do torcedor que morreu, outros ficaram feridos. Segundo a polícia, barras de ferro, pedaços de madeira, fogos de artifício e rojões foram apreendidos no local.

Até agora, 15 pessoas suspeitas de envolvimento na emboscada já foram presas pela polícia.



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Conspiradores de atentados em Bali foram transferidos de Guantánamo para a Malásia após confissão de culpa | Baía de Guantánamo

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Conspiradores de atentados em Bali foram transferidos de Guantánamo para a Malásia após confissão de culpa | Baía de Guantánamo

Associated Press in Washington

Os EUA transferiram dois detidos malaios do Baía de Guantánamo prisão militar para o seu país de origem, depois de se declararem culpados de acusações relacionadas com o ataque mortal de 2002 Bali atentados e concordou em testemunhar contra o alegado líder desse e de outros ataques.

Os promotores dizem que Mohammed Farik bin Amin e Mohammed Nazir bin Lep trabalharam durante anos com Encep Nurjaman, conhecido como Hambali, e o líder indonésio da filial da Al Qaeda, Jemaah Islamiyah. Os dois homens ajudaram Nurjaman a escapar da captura após os atentados de 12 de outubro de 2002 que mataram 202 pessoas em duas casas noturnas em Bali, disseram autoridades norte-americanas.

Os dois homens confessaram-se culpados de conspiração e outras acusações em janeiro. A transferência ocorre depois de fornecerem depoimentos que os promotores planejam usar no futuro contra Nurjaman, o suposto mentor, disse o Pentágono em comunicado na quarta-feira.

Nurjaman é sob custódia em Guantánamo aguardando o reinício das audiências pré-julgamento em Janeiro envolvendo os atentados bombistas de Bali e outros ataques.

A transferência dos dois homens malaios deixou 27 detidos sob custódia na base naval dos EUA em Baía de Guantánamo. O presidente George W Bush criou um tribunal militar e uma prisão após os ataques da Al Qaeda de 11 de setembro de 2001 aos EUA.

No auge, Guantánamo deteve centenas de homens, a maioria muçulmanos, na “guerra ao terror” das forças armadas dos EUA após os ataques de 11 de Setembro.

Apenas dois dos homens em Guantánamo cumprem pena. A acusação nos EUA de sete outros actualmente acusados ​​foi retardada por obstáculos legais – incluindo os apresentados pela tortura dos homens nos seus primeiros anos sob custódia da CIA – e por dificuldades logísticas.

Na terça-feira, as autoridades dos EUA repatriaram sem acusação um homem queniano, Mohammed Abdul Malik Bajabu, após 17 anos em Guantánamo.

Sua libertação deixa outros 15 homens nunca acusados ​​aguardando libertação. Os EUA procuram países adequados e estáveis ​​dispostos a aceitá-los. Muitos são do Iémen, um país dividido pela guerra e dominado por um grupo militante aliado do Irão.

A Amnistia Internacional instou Joe Biden a pôr fim à detenção daqueles homens nunca acusados ​​antes de deixar o cargo. Caso contrário, afirmou o grupo de direitos humanos num comunicado, “ele continuará a assumir a responsabilidade pela prática abominável de detenção indefinida sem acusação ou julgamento pelo governo dos EUA”.



Leia Mais: The Guardian



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