NOSSAS REDES

MUNDO

Round 6 volta ao ar na Netflix e sobrevive ao próprio hype – 26/12/2024 – Luciana Coelho

PUBLICADO

em

Round 6 volta ao ar na Netflix e sobrevive ao próprio hype - 26/12/2024 - Luciana Coelho

Após conquistar uma horda de fãs pelo mundo para além das fileiras dos doramas, a série sul-coreana “Round 6” está de volta ao ar com a difícil missão de sobreviver ao hype de sua primeira temporada. Antes mesmo da estreia, nesta quinta (26), a produção escrita e dirigida por Hwang Dong-hyuk já havia abocanhado uma indicação para o Globo de Ouro de melhor série dramática.

Como da primeira vez, o tema é a competição por bilhões de wons sul-coreanos —na qual famélicos, endividados e vigaristas se matam, literalmente, pela bolada— em uma grande alegoria sobre capitalismo, mobilidade social, sistema de privilégios e muito da mesquinharia humana.

Mas, com uma história completa contada nos nove episódios que foram ao ar em 2021, prorrogá-la com justiça ao arrebatamento inicial é obstáculo imenso.

Hwang usou a situação a seu favor, conduzindo o espectador pelas mãos de Gi-hun (Lee Jung-jae), o protagonista da primeira temporada, ainda assombrado pelo custo em vidas de sua vitória.

Assim, repetições e surpresas se alternam para quem já conhece o jogo, desta vez aprofundando a narrativa com o que ocorre fora da ilha sinistra. Com isso, cresce nossa empatia pelo protagonista, um sujeito comum, capaz de vilanices, mas com a bússola moral regida pela redenção.

Encontramo-no três anos depois, obcecado por localizar o homem que recruta jogadores e aquele que assumiu o posto de mestre do jogo no lugar de Oh Yeoung-su (Oh Il-nam). Para tanto, emprega todo o dinheiro conquistado no prêmio, recruta uma milícia e isola-se de todos que poderiam tirá-lo desse trilho.

Seu caminho acaba por cruzar com o do policial Jun-ho (Wi Ha-jun), que, após quase morrer na primeira temporada, foi resgatado por um pescador e se empenha na própria caçada à ilha misteriosa. Fãs da dinâmica dos jogos podem sentir falta, nos primeiros episódios, do ritmo tenso da competição, pois aqui o diretor se aproxima de um thriller policial mais convencional, não fosse a característica ultraviolência.

Esse respiro, contudo, é bem-vindo, tornando a obra menos caricaturesca e mais humanizada. Nesta temporada ganhamos a perspectiva dos “mascarados”, os funcionários com macacões e equipamento de esgrima que conduzem (e matam) os jogadores. Como os participantes, eles também são recrutados, atraídos pela possibilidade de escapar de uma vida indigna ou penosa.

Uma vez na arena, os conflitos e tipos de personagens se mostram similares à primeira temporada.

Há, entre os recrutados, todo tipo de caráter, bons e maus, gananciosos e desgraçados, os que estão ali por altruísmo, os que estão por medo e os que o fazem por mera ganância, e o nivelamento entre eles evidencia a amoralidade proposta pelo mestre do jogo e, de certa forma pelo diretor/roteirista ao espectador. Afinal, alguém merece morrer? E, se sim, quem e por quê?

Finalmente, há um elemento novo externo à série, mas que acaba por alterar a forma de vê-la.

Estamos em meio a uma crise social e financeira no Brasil aberta pela disseminação das casas de apostas online, algo incipiente há três anos, quando a primeira temporada foi ao ar. Ver a dinâmica da dependência na tela, do “vou jogar só mais uma vez, e parar se eu ganhar”, é, por si só, um exercício aterrorizante.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.



Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Em Loenhout, Mathieu Van der Poel estabelece seu domínio sobre o ciclocross

PUBLICADO

em

Em Loenhout, Mathieu Van der Poel estabelece seu domínio sobre o ciclocross

Quem impedirá Mathieu Van der Poel? Grande favorito da Cruz Exata de Loenhout, o ciclista holandês honrou o seu estatuto ao vencer, sexta-feira, 27 de dezembro, a prova organizada na província flamenga de Antuérpia, assinando assim a sua quarta vitória em tantos ciclocrosses disputados nesta temporada, após os seus sucessos em Zonhoven, no dia 22 de dezembro, Mol no dia 23 de dezembro e Gavere, no dia 26 de dezembro, já no “país plano”.

O piloto da equipa Alpecin-Deceuninck, de 29 anos, assumiu a liderança da corrida, cinco minutos depois da largada, e não desistiu, certo da sua superioridade técnica num percurso pesado e lamacento. Mesmo assim, ele teve um pequeno susto às 6e volta após bater em uma barreira publicitária em uma curva, mas conseguiu sair sem danos. Mathieu Van der Poel demorou pouco mais de 58 minutos para completar as sete voltas da prova, diante de um grande público.

Já coroado hexacampeão mundial, bicampeão, o neto de Raymond Poulidor almeja a sétima coroação, no dia 2 de fevereiro, em Liévin (Hauts-de-France), com o objetivo de igualar o recorde do belga Eric De Vlaeminck. A sua próxima saída está marcada para domingo, em Besançon.

Retorno difícil para van Aert

Primeiro lugar intocável, a luta pelo segundo lugar foi acirrada entre três locais: Thibau Nys, 22 anos, sagrou-se campeão europeu na Galiza (Espanha) no início de novembro, o especialista em ciclocross puro Laurens Sweeck, 31 anos, e seu grande rival, Wout van Aert, 30 anos, tricampeão mundial na modalidade (2016, 2017 e 2018).

O cotovelo de um espectador tocou acidentalmente no quadro de sua bicicleta, esta caiu na última volta da prova, abandonando qualquer chance de pódio. Ele finalmente terminou 4e36 segundos atrás do vencedor. Thibau Nys, que venceu Laurens Sweeck no sprint, ficou em segundo lugar 14 segundos atrás do vencedor.

A torcida esperava um duelo de gigantes, mas isso não aconteceu. Isso se deve à forma ainda melhorada de Wout van Aert, que retornava poucos dias após sua desistência, devido a dores de estômago, durante a corrida de cross-country de Mol. O piloto da equipe Visma-Lease a Bike não corria desde setembro devido a uma lesão no joelho após uma queda durante a Volta a Espanha.

Ao anunciar um programa reduzido de seis corridas (em comparação com doze para Mathieu Van der Poel), Wout van Aert descreveu as suas ambições como “modesto” em ciclocross este ano. O seu principal objetivo é preparar-se para a temporada rodoviária.

Reutilize este conteúdo



Leia Mais: Le Monde

Continue lendo

MUNDO

Crítica de governadores a decreto policial é demagogia – 27/12/2024 – Painel

PUBLICADO

em

Crítica de governadores a decreto policial é demagogia - 27/12/2024 - Painel

Um dos principais formuladores do tema da segurança pública no PT, o sociólogo Benedito Mariano diz que são demagógicas as críticas de governadores de direita ao decreto do governo Lula que normatiza o uso de força pelas polícias.

A medida foi atacada pelo goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), que se apresenta como pré-candidato a presidente da República, e pelo fluminense Cláudio Castro (PL).

“A crítica dos governadores Caiado e Cláudio Castro contra o decreto que regula o uso da força por policiais é pura demagogia. Caiado criou uma ‘ilha da fantasia’ de que não há crime organizado no seu estado e Castro deveria se preocupar com o crescimento das milícias no Rio de Janeiro”, diz Mariano.

Ex-ouvidor das polícias do estado de São Paulo, ele foi um dos coordenadores do programa de governo de Lula na campanha de 2022.

Defensor do decreto, o sociólogo viu com preocupação o fato de um policial rodoviário federal ter disparado tiros contra uma família no Rio de Janeiro na véspera do Natal. Uma das balas atingiu uma mulher na cabeça.

Para Mariano, o caso apenas reforça a necessidade de se regular o uso da força policial.

“É uma ocorrência absurda, desastrosa que culminou com uma jovem em estado grave por disparos de arma de fogo. Se não houver uma mudança de postura na PRF, ela será a primeira instituição policial a desacreditar o decreto importantíssimo do presidente da República”, afirmou.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.



Leia Mais: Folha

Continue lendo

MUNDO

Azerbaijan Airlines diz que houve ‘interferência externa’ antes da queda do avião | Cazaquistão

PUBLICADO

em

Azerbaijan Airlines diz que houve ‘interferência externa’ antes da queda do avião | Cazaquistão

Ashifa Kassam and agencies

A aeronave que caiu no Cazaquistão no dia de Natal, matando 38 pessoas, sofreu “interferência física e técnica externa”, de acordo com resultados preliminares de uma investigação, Azerbaijão Companhias aéreas disseram na sexta-feira.

As primeiras descobertas levaram a transportadora a suspender voos para cinco aeroportos russos, citando “riscos potenciais para a segurança dos voos”, somando-se às duas rotas que foram suspensas imediatamente após o acidente.

O avião voava da capital do Azerbaijão, Baku, para a cidade russa de Grozny, na Chechênia, quando caiu em um campo perto de Aktau no Cazaquistão, a centenas de quilómetros da rota planeada. Vinte e nove pessoas sobreviveram.

Na sexta-feira, o chefe da agência de aviação civil da Rússia disse que a aeronave tentou pousar em Grozny enquanto a região estava sob ataque de drones ucranianos.

Imagens mostram buracos visíveis nos destroços da Azerbaijan Airlines – vídeo

“Os drones militares ucranianos estavam realizando ataques terroristas contra infraestruturas civis… na época”, disse Dmitry Yadrov no Telegram, acrescentando que o avião fez duas tentativas frustradas de pousar.

Na época também havia forte neblina sobre Grozny, disse ele. Ele descreveu as condições como “muito complicadas”. Ele acrescentou: “O piloto recebeu aeroportos alternativos. Ele tomou a decisão de ir para o aeroporto de Aktau.”

Enquanto os hospitais lutavam para tratar as dezenas de passageiros feridos e Azerbaijão lamentou daqueles que perderam a vida, surgiram especulações sobre a causa do acidente. A Casa Branca disse na sexta-feira que os EUA viram indícios iniciais de que o jato foi possivelmente derrubado por sistemas de defesa aérea russos, ecoando afirmações de autoridades ucranianas e fontes no Azerbaijão.

“Há uma investigação em andamento agora” envolvendo Cazaquistão e o Azerbaijão, disse John Kirby, porta-voz da Casa Branca, aos repórteres por telefone. “Oferecemos nossa assistência a essa investigação, caso eles precisem.”

As pessoas depositam flores em memória das vítimas do acidente da Azerbaijan Airlines num aeroporto nos arredores de Baku. Fotografia: EPA

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou-se a comentar as alegações. “O incidente aéreo está sendo investigado e não acreditamos que tenhamos o direito de fazer qualquer avaliação até que as conclusões sejam tiradas como resultado da investigação”, disse ele.

As imagens do acidente parecem mostrar o avião caindo no chão, onde pegou fogo com o impacto.

Um passageiro do avião disse à Reuters que ouviu pelo menos um forte estrondo quando a aeronave se aproximava da região sul da Chechênia, na Rússia. “Achei que o avião fosse desmoronar”, disse Subhonkul Rakhimov. “Era como se estivesse bêbado – não era mais o mesmo avião.”

Rakhimov também conversou com a emissora estatal russa RT e disse que parecia que a explosão ocorreu fora do avião e que os estilhaços perfuraram o corpo da aeronave.

“Peguei um colete salva-vidas e vi que havia um buraco nele – estava perfurado por estilhaços”, disse ele. “Em algum lugar entre minhas pernas, um estilhaço voou e atravessou o colete salva-vidas.”

Nas últimas semanas, os drones ucranianos atacaram vários locais na Chechénia, incluindo uma instalação que alberga forças policiais locais. Na manhã de quarta-feira – mesmo dia do acidente – Khamzat Kadyrov, um oficial de segurança local e sobrinho do líder checheno, Ramzan Kadyrov, escreveu no Instagram que “todos os drones foram abatidos com sucesso”.

A queda do avião levou outras companhias aéreas a suspenderem voos pela região. A Qazaq Air do Cazaquistão disse que suspenderia os voos de Astana para a cidade russa de Ekaterinburg, nos montes Urais, por um mês, enquanto a transportadora econômica flydubai suspendeu os voos para os aeroportos de Sochi e Mineralnye Vody, no sul da Rússia. A El Al de Israel disse que suspenderia os voos de Tel Aviv para Moscou por uma semana, citando “desenvolvimentos no espaço aéreo da Rússia”.

Horas depois, uma fonte no Azerbaijão disse à Reuters que as primeiras descobertas sugeriam que o avião havia sido abatido por engano por um sistema de defesa aérea russo Pantsir-S. Um legislador do Azerbaijão, Rasim Musabekov, apelou à Rússia para que se desculpasse oficialmente.

“Eles têm que aceitar isso, punir os culpados, prometer que tal coisa não acontecerá novamente, expressar pesar e estar dispostos a pagar uma indenização”, disse Musabekov à AFP. “Estamos esperando que a Rússia faça isso.”

Ele disse que o avião “foi danificado no céu sobre Grozny e foi solicitado um pouso de emergência”, descrevendo-o como um pedido padrão.

Ele alegou que o avião não foi autorizado a pousar em Grozny ou em aeroportos russos próximos e, em vez disso, foi “enviado para longe”, através do Mar Cáspio, para o Cazaquistão, com o “GPS desligado”.

Se as defesas aéreas estivessem operando perto do aeroporto de Grozny, disse Musabekov, “elas deveriam ter fechado o espaço aéreo. O avião deveria ter dado meia-volta ao se aproximar de Grozny. Por que isso não foi feito?”

Reuters, Agence France-Presse e Associated Press contribuíram para este relatório



Leia Mais: The Guardian



Continue lendo

MAIS LIDAS