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Secretaria de Meio Ambiente do Acre completa 38 anos como referência na implementação de políticas públicas e conservação ambiental

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Ana Thaís Cordeiro

Protagonista na implementação de políticas públicas voltadas para a conservação ambiental e a gestão eficiente dos recursos naturais, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema) celebra 38 anos de contribuição para o meio ambiente, nesta quarta-feira, 9.

Originalmente intitulada Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), a Sema foi instituída pela Lei nº 860, de 9 de abril de 1987, para promover a infraestrutura no campo do saneamento, meio ambiente, habitação e a organização urbana no Acre.

Secretaria de Meio Ambiente completa 38 anos como referência na implementação de políticas públicas e conservação ambiental no Acre. Foto: Uêslei Araújo/Sema

Ao longo dos anos, a pasta foi se adaptando às necessidades emergentes do estado, focando principalmente na execução e supervisão de políticas públicas voltadas à proteção ambiental, gestão dos recursos hídricos e incentivo às atividades de agronegócio sustentável.

O secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, ressalta o protagonismo da Sema para o fortalecimento das políticas ambientais tidas como referência para o mundo.

Secretário Leonardo Carvalho reforça a importância dos servidores da Sema para o protagonismo ambiental do estado. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“A Secretaria de Meio Ambiente é fundamental para o desenvolvimento sustentável do estado do Acre com a conservação dos nossos ativos ambientais. A Sema possui uma equipe fantástica de profissionais, que tem colocado o Acre em um protagonismo ambiental. Temos um legado muito forte das políticas ambientais que são referência para o Brasil e também para o mundo”, diz.

Maria das Graças Fernandes é servidora da Sema há 32 anos. Foto: Uêslei Araújo/Sema

A servidora Maria das Graças Fernandes relembra com carinho de sua trajetória: “Tive o privilégio desses 32 anos de serviço público na Sema, 30 como responsável pelo Setor Financeiro, e creio que irei me aposentar nele. Existem muitos percalços nesse caminho, mas sou grata a tudo isso. É sentimento de gratidão, pois, no decorrer desses anos, participei de muitos projetos e fiz muitas amizades”.

Geógrafo e técnico de contabilidade, Glauco Feitosa trabalha na secretaria desde 1989 e destaca as principais transformações ao longo dos anos.

Servidor com mais tempo de casa, Glauco Feitosa avalia as transformações e inovações da secretaria. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“A história da Sema começou a partir da década de 80, e a partir daí as transformações que se deram através da melhoria das inovações e políticas públicas. O sentimento de fazer parte dessa trajetória é de dever cumprido, principalmente porque participei de todos esses fatos, desde a criação das políticas até o controle ambiental, além da melhoria no licenciamento das atividades voltadas para recursos hídricos”, relata.

A chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Ana Negreiro, conta da evolução da secretaria desde que ingressou, em 2008, até os dias atuais.

Ana Negreiro descreve o sentimento de poder contribuir para um futuro sustentável. Foto: Uêslei Araújo/Sema

E avalia: “Ao longo desses 17 anos, percebi uma excelente evolução, tanto em termos de elaboração quanto em implementação de políticas ambientais. Então, o meu sentimento de fazer parte disso é de grande satisfação, de poder contribuir com a formulação de políticas ambientais e sobretudo poder contribuir para um futuro mais sustentável”.

Já o geógrafo Átila Magalhães atua na instituição desde 2005 e fala do sentimento em fazer parte da celebração dos 38 anos da Secretaria. “Tenho 19 anos de Sema, comecei como estagiário e fui evoluindo. Passei no concurso, sou geógrafo do Estado e a melhor parte da Sema foi ver o próprio crescimento dela, a sua mudança física, a sua mudança de postura e de atendimento à sociedade. Então fazer parte disso me deixa feliz, porque me faz também me sentir forte por ter contribuído um pouquinho para esse processo”, analisa.

Geógrafo Átila Magalhães iniciou como estagiário e hoje é concursado da Sema. Foto: Uêslei Araújo/Sema

Compromisso com a conservação e sustentabilidade

Com a implementação do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ) e a criação do Comitê Técnico para o Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa (Peveg), a Sema contribui para o fortalecimento da gestão sustentável e reforça o compromisso do governo do Acre no cumprimento das metas, que prevê uma redução de 50% gradual até 2027, de 10% ao ano.

Com dados quantificados e qualificados, a equipe técnica da sala de situação do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e a Rede de Governança Ambiental atuam de forma estratégica, subsidiando gestores na tomada de decisões para mitigação e adaptação aos eventos extremos.

Dados do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental subsidiam tomadas de decisão do governo. Foto: Felipe Freire/Secom

A estratégia integra tecnologia, governança e atuação conjunta entre órgãos municipais, estadual e federal, consolidando o Estado como referência em gestão ambiental.

Operação Contenção Verde

Em 2025, as ações de enfrentamento ao desmatamento e queimadas ilegais têm sido prioridade da Sema, refletindo o compromisso do governo do Estado, com uma série de ações preventivas para reduzir os danos ambientais, sendo a Operação Contenção Verde a principal delas.

Lançada em fevereiro de 2025, a iniciativa visa combater, de forma integrada e contínua, crimes ambientais em Feijó e Tarauacá, municípios que, segundo dados do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), possuem maior vulnerabilidade.

Ações de enfrentamento ao desmatamento e queimadas ilegais têm sido prioridade da Sema. Foto: José Caminha/Secom

Sob a coordenação da Casa Civil, a operação integra o trabalho de órgãos como a Sema, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), a Polícia Militar (PMAC), o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), a Defesa Civil Estadual, a Polícia Civil (PCAC), o Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC), o Grupamento Especial de Fronteira (Gefron), a Companhia Independente de Policiamento Aéreo (Ciopaer) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Brigadistas Comunitários

Outra iniciativa de destaque da Sema, em parceria com o Corpo de Bombeiros, foi a abertura de vagas para Brigadistas Comunitários, com o objetivo de fortalecer o combate a incêndios florestais durante o período de queimadas. O edital oferta 50 vagas exclusivas para as comunidades das regiões da Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé São Francisco, APA Lago do Amapá, Floresta Estadual do Antimary, Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Cferg) e a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Japiim Pentecoste.

Em março, a Sema, em parceria com o Corpo de Bombeiros, abriu um processo seletivo para brigadistas comunitários. Foto: cedida

Acre reforça compromisso e liderança ambiental

A Secretaria de Meio Ambiente captou mais de U$ 2,6 milhões, o equivalente a R$ 15 milhões, no Fundo Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU) para a implementação do Programa de Resiliência Socioambiental nas Áreas de Proteção Ambiental do Igarapé São Francisco e Lago do Amapá.

Acre lidera iniciativas ambientais com a captação de R$ 15 milhões na ONU. Foto: Ana Thaís Cordeiro/Sema

As ações serão implementadas nas APAs do Lago do Amapá e do Igarapé São Francisco, unidades de conservação de uso sustentável, localizadas em Rio Branco, sob gestão estadual. O projeto foi estruturado para alavancar a resiliência socioambiental dessas regiões, garantindo a conservação dos recursos naturais e o fortalecimento das comunidades locais. A execução iniciou em março de 2025, com duração de 24 meses.

Serviços socioambientais

Ações de atenção aos moradores das unidades de conservação (UCs) estaduais também têm sido prioridade, a exemplo do mutirão de serviços socioambientais realizado em março no Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Cferg), localizado entre os municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul.

Mutirão de serviços socioambientais realizado no Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório. Foto: Uêslei Araújo/Sema

Além de serviços voltados para fortalecimento da gestão ambiental, os moradores receberam reforço na produção, com a entrega de barcos e distribuição de mudas, promovendo a diversificação da produção agrícola local.

Programa Saúde na Floresta

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com as pastas da Saúde (Sesacre), de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), prestou inúmeros serviços com o Programa Saúde na Floresta. A iniciativa beneficiou famílias do Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Ceferg), Floresta Estadual do Antimary (FEA) e Parque Estadual Chandless. A expectativa para 2025 é ampliar as ações nas demais UCs sob a gestão da Sema.

Programa Saúde na Floresta leva serviços de saúde para moradores das unidades de conservação. Foto: Ângela Rodrigues/Sema

Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas

A Sema também contribui para os debates técnicos da 15ª Reunião da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas, que será realizada pelo governo do Acre nos dias 19 a 23 de maio, na capital, e reunirá autoridades governamentais e secretários de Estado, autoridades internacionais, especialistas, pesquisadores e doadores envolvidos na preservação ambiental e no enfrentamento às mudanças climáticas.

A reunião tem como objetivo discutir a construção da Nova Economia Florestal, para proteger florestas tropicais, restaurar terras degradadas e criar oportunidades de negócios sustentáveis.

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).

O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.

“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.” 

Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”

O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.

O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.

 



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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.



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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC (1).jpg

A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.

Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”

A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.

Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.

Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”

Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”

Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.

Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.



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