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Sem confecção exclusiva, Shein investe na base de sellers – 13/02/2025 – Mercado

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Sem confecção exclusiva, Shein investe na base de sellers - 13/02/2025 - Mercado

Daniele Madureira

A plataforma global especializada em moda Shein decidiu acionar o seu “plano B” no Brasil. A varejista chinesa, que em abril de 2023 –com apenas um ano de operações no país– havia anunciado o início da produção local para ir paulatinamente substituindo as roupas e acessórios importados, agora acelera a contratação de revendedores brasileiros para oferecerem produtos na sua plataforma.

Hoje a companhia tem 30 mil vendedores no país, o primeiro local no mundo em que passou a operar como marketplace (revenda de produtos de terceiros). “A meta é somar até o fim do ano entre 40 mil e 50 mil”, afirmou o principal executivo da Shein no país, Felipe Feistler, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (12).

Essa modalidade responde por 60% da venda da Shein brasileira –os outros 40% são produtos que vêm da China ou são fabricados com exclusividade por confecções parceiras no Brasil. Os produtos dos chamados sellers” podem ser nacionais ou importados, mas a maioria é nacional, justamente para manter o preço competitivo e fugir das flutuações do câmbio.

O plano da Shein, anunciado em abril de 2023, era chegar ao final de 2026 com a contratação de 2.000 confecções, que forneceriam produtos à empresa, com um investimento de R$ 750 milhões. O projeto consta de um termo de compromisso firmado com o governo brasileiro para a nacionalização dos produtos, uma vez que as varejistas brasileiras reclamavam de concorrência desleal da asiática.

Hoje, 22 meses depois do anúncio, percorrido metade do período previsto para a contratação das fábricas, apenas pouco mais de 300 estão operando como parceiras. “A cadeia do 1P é um pouco mais lenta. É preciso mudar toda a forma com que trabalha uma indústria”, diz Feistler.

O executivo faz menção ao modelo de negócios sob demanda com que a Shein faz história na moda: a empresa encomenda inicialmente um lote de 100 a 200 peças para novos produtos; usa algoritmos para avaliar o interesse dos consumidores em tempo real; fornece retorno aos fornecedores, que precisam adaptar modelos, volumes e prazo de produção. Com isso, a varejista reduz sensivelmente estoques e o desperdício de matéria-prima, além de chegar rápido ao consumidor. É um modelo que exige agilidade na ponta fornecedora, que precisa adaptar o fluxo de trabalho à velocidade dos algoritmos.

Feistler disse que a companhia continua apostando no estoque próprio (sistema conhecido como “1P” no jargão do comércio eletrônico) e vai seguir contratando confecções. “Acho que é uma meta factível”, disse o executivo, a respeito das 2.000 fábricas até o final de 2026 –uma delas é a Coteminas, do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes, que entrou em recuperação judicial em maio do ano passado.

“Mas o modelo 3P [dos revendedores] consegue trazer produtos que complementam e até ganham dos importados”, disse Feistler. Eles pagam 16% de comissão à Shein para revender seus produtos, e a varejista chinesa fica responsável pelo manejo das mercadorias até a entrega para os clientes.

A empresa agora entra em uma nova fase de expansão, captando “sellers” em outros estados, a começar por Santa Catarina, um importante polo têxtil nacional. As cidades prioritárias são Blumenau, Brusque, Florianópolis, Itajaí e Joinville. Na sequência, deve cadastrar revendedores do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal, que poderão oferecer seus produtos na plataforma.

Hoje, a companhia trabalha com parceiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Para a empresa, interessa conquistar estado por estado. “Quanto mais adensada a logística, menor o custo”, diz.

No Brasil, a Shein tem três centros de distribuição em Guarulhos, na Grande São Paulo, que somam 250 mil m².

Embora não tenham contratos de exclusividade com as plataformas, os pequenos revendedores preferem, em geral, trabalhar com um único parceiro de comércio eletrônico. “São muitas regras que variam de uma plataforma para outra e para que a gente consiga uma posição de destaque no ranqueamento”, diz Thatiane Cruz, gerente de e-commerce da varejista de roupas infantis Miguxas e Miguxos Kids.

A empresa, que tem loja no Brás, em São Paulo, terceiriza a confecção das peças e concentra toda a sua venda online para o consumidor final na Shein. A sua operação de e-commerce é apenas para venda a partir de 10 peças. “Nós já faturamos cerca de R$ 2 milhões com eles [Shein] no ano passado e queremos dobrar a venda este ano”, diz Thatiane.

Segundo Fleister, se o revendedor oferece um preço competitivo na Shein, as pessoas que compravam importados passam a preferir o fornecedor local. “Isso explica o marketplace ter chegado a 60% da nossa venda total, depois que entrou em vigor a ‘taxa das blusinhas'”, afirma, referindo-se à taxação de compras internacionais de até US$ 50, que passou a vigorar em agosto de 2024.

De acordo com o executivo, a taxação impactou as vendas da Shein. “O imposto tirou sim o acesso a muitas pessoas das classes B, C, D a produtos que não existiam no mercado local”, afirma. “O marketplace é uma das maneiras de lidar com os efeitos desse imposto. É uma cadeia que vem quase pronta para plugar dentro da Shein.”

A companhia afirma contar no Brasil com mais de 50 milhões de consumidores, acumulando 15 milhões de seguidores nas redes sociais. E que já investiu US$ 300 milhões (R$ 1,73 bilhão) na operação brasileira.



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Júri de ex-policial que matou petista entra na reta final – 13/02/2025 – Poder

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Júri de ex-policial que matou petista entra na reta final - 13/02/2025 - Poder

Catarina Scortecci

O julgamento do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, entra na reta final nesta quinta-feira (13), em Curitiba. Ele é acusado pelo Ministério Público de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em um ambiente com outras pessoas).

O crime ocorreu em julho de 2022 em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, mas o julgamento acontece no Tribunal do Júri da capital do estado.

Na manhã desta quinta, pouco antes das 10h, começaram os debates entre a acusação e a defesa, última etapa do julgamento antes da decisão do Conselho de Sentença, que é formado por sete jurados, quatro mulheres e três homens. Os nomes deles foram sorteados na abertura dos trabalhos, na terça-feira (11).

A expectativa das partes envolvidas no processo é que a sentença de Guaranho saia no início da tarde.

“Se o resultado do júri contrariar o que a defesa acredita ser justiça, e não vingança, com certeza a defesa vai atuar em meios recursais”, antecipou um dos advogados de Guaranho, Eloi Dore, em entrevista à imprensa.

Antes do início do julgamento, em rápida declaração à imprensa, Guaranho afirmou que o que ocorreu foi uma fatalidade e negou que o crime tenha relação política. Ele prestou depoimento ao júri na noite de quarta-feira (12), respondendo a perguntas dos advogados de defesa e do júri, durante cerca de duas horas. Ele não quis responder a questionamentos dos representantes do Ministério Público.

No total, nove pessoas prestaram depoimento, presencialmente e remotamente.

Nesta quinta, os representantes do Ministério Público são os primeiros a falar, por até uma hora e meia. A acusação está sendo feita pelas promotoras de Justiça Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira e pelo promotor de Justiça Lucas Cavini Leonardi.

O mesmo tempo depois é reservado para a defesa do réu. Depois, as promotoras de Justiça e os advogados podem voltar a conversar com os jurados por mais uma hora cada. Assim, o tempo máximo de debates será de duas horas e meia para cada uma das partes.

Ao final, os sete jurados se reúnem para decidir o caso. Caberá à juíza, Mychelle Pacheco Cintra Stadler, proferir a sentença.



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ChatGPT, DeepSeek e Gemini: veja diferenças e como a IA pode te ajudar

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Os carros mais econômicos têm o melhor custo benefício e rodam bem nas estradas e cidades. - Foto: Fernando Pires e Fabio Gonzalez/Quatro Rodas

A inteligência artificial (IA) pode ajudar com uma série de tarefas no dia a dia, mas há grandes diferenças entre elas. Algumas são mais indicadas para estudos, enquanto outras desempenham melhores funções de criação de imagens e vídeos.

Entre as opções mais conhecidas estão o ChatGPT, Gemini e o queridinho do momento, DeepSeek. Cada um com suas próprias características e pontos fortes, eles disputam espaço no mercado e tem cada vez mais caído no gosto dos usuários.

O DeepSeek, assistente de IA desenvolvido na China, chamou a atenção recentemente. O modelo impressiona com recursos inovadores e, durante os testes do G1, se saiu bem em estudos e tarefas de rotina. Veja abaixo todas as análises!

Perguntas factuais

Uma das principais funções dos assistentes de IA é fornecer informações sobre fatos e acontecimentos. Nesse quesito, o ChatGPT foi o mais preciso, com respostas sempre atualizadas.

Já o DeepSeek, mais novo, tem um banco de dados limitado a julho de 2024, logo, eventos mais recentes podem estar desatualizados.

Por último, o Gemino demonstrou mais restrições ao lidar com temas políticos e históricos. Em alguns casos, a IA chegou até mesmo a se recusar a responder perguntas.

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E para estudar?

Nos testes para estudos, os três modelos demonstraram ótimos resultados. Inclusive para resolver cálculos matemáticos.

O DeepSeek conseguiu resolver equações e explicar conceitos matemáticos. Além disso, mostrou as respostas junto aos exercícios, o que pode ser útil para os estudantes.

O Gemini, por sua vez, se destacou ao gerar exercícios com diferentes níveis de dificuldade.

Além disso, as três IAs conseguiram resumir textos e artigos da internet. O Gemini, porém, não acessa links externos.

Mais recursos

Além de responder perguntas, resolver cálculos, cada IA tem funções extras para o dia a dia.

Na criação de imagens, o ChaGPT e o Gemini permitem gerar imagens a partir de descrições. No DeepSeek, a função ainda não está habilitada.

Para quem lê PDFs e imagens, os três também conseguem interpretar textos no formato. A função é muito útil para quem precisa ler um documento mais rápido.

O ChatGPT se saiu bem para estudos. A IA resolveu cálculos e entregou exercícios. - Foto: Jaku Porzycki/Reuters O ChatGPT se saiu bem para estudos. A IA resolveu cálculos e entregou exercícios. – Foto: Jaku Porzycki/Reuters



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Qualquer acordo de paz negociado sem Kiev e europeus estará condenado ao fracasso, alertar o chefe da diplomacia européia

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Qualquer acordo de paz negociado sem Kiev e europeus estará condenado ao fracasso, alertar o chefe da diplomacia européia

Ligue entre Donald Trump e Vladimir Putin: reações discretas e cautelosas a Kyiv

Poucas autoridades ucranianas reagiram publicamente na quinta -feira ao chamado entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, que levanta uma margem de Kiev em futuras conversas de paz.

Enquanto as autoridades russas exibiam sua satisfação, a parte ucraniana permaneceu muito cautelosa e discreta.

“Existem muitos rumores desnecessários e teorias de conspiração em torno de negociações e posições”estimado em Telegram Daria Zarivna, consultora de comunicações do chefe do Gabinete do Presidente Zelensky, pedindo cautela.

“A Rússia agora faz tudo o que pode para preencher os anúncios em sua” própria vitória ” (…)mas essas teses estão longe de toda a realidade ”ela quer acreditar, considerando no entanto, que“Um processo difícil” Participe da L’E Ucrânia.

Andriy Kovalenko, diretor do Centro de Luta contra a desinformação do Exército Ucraniano, ativo em redes sociais, castigou o “Miopia” do “Políticos”.

Segundo ele, a Ucrânia precisa “Decisões rápidas por parte da Europa”. “A Europa deveria ter apoiado há muito tempo a idéia do presidente francês Macron para criar um exército europeu” Ele reagiu no telegrama, mas, segundo ele, a Europa preferiu dizer: “Mas não, é caro, não queremos pensar em guerra. »»

Tymofiy Mylovanov, diretor da Escola de Economia Kiev, escolheu ironia para ilustrar uma situação que, segundo ele, foi “Já é uma realidade”. “A diferença entre Trump e Biden é que Biden apoiou a continuação da guerra, mas não forneceu ajuda suficiente; Trump apoia o fim da guerra, mas também não o fornecerá ”ele comentou no Facebook.

No entanto, ele vê no isolamento europeu pelos Estados Unidos um “Possibilidade de se juntar à UE” Para a Ucrânia, fornecendo um conselho ao presidente Zelensky de passagem: “Não provoce Trump e fortaleça o exército. »»



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