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Sem Silvio Santos e Faustão, como a TV cria apresentadores – 06/03/2025 – Ilustrada

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Sem Silvio Santos e Faustão, como a TV cria apresentadores - 06/03/2025 - Ilustrada

Guilherme Luis

Os domingos jamais serão os mesmos. Se há muito já não dá mais para ligar a TV e rir de quem se esfregava numa banheira sob o comando de Gugu Liberato, agora também não é mais possível ver Silvio Santos, morto no ano passado, atirando seus aviõezinhos de dinheiro, ou zapear pelas videocassetadas de Faustão.

Os apresentadores com carreiras longevas que se confundem com a história da própria televisão estão saindo de cena. Fausto Silva deixou as telinhas da Globo, se mudou para a Band, mas logo sumiu de vez. Raul Gil foi demitido do SBT. Na Record, Rodrigo Faro, dono do “Dança, Gatinho”, dançou mesmo e teve seu contrato encerrado depois de 16 anos.

Assim, os canais precisam se virar nos 30 para encontrar profissionais à altura dos que já tinham se consolidado, e das cortinas surgem pessoas desconhecidas para grande parte do público.

É o caso da influenciadora digital Virginia Fonseca, famosa na internet, e agora à frente de um programa no SBT, e também de João Guilherme Silva, filho de Faustão, que tem dificuldade de emplacar seu programa na Band —no ar aos domingos, mal chega à marca de um ponto de audiência na Grande São Paulo, principal mercado publicitário do país.

Se há duas décadas os programas de auditório ultrapassavam a marca dos 30 pontos, hoje o comum é ficar perto dos dez. Assim, os canais deixaram de pagar salários milionários aos apresentadores e ainda enfrentam dificuldade para manter os anunciantes interessados nos seus palcos. O desafio, dizem os especialistas, é fazer a TV aberta tão sedutora para as marcas quanto as redes sociais.

Esse passa ou repassa também é notável na Globo, que aposta no crescimento de Tati Machado e Kenya Sade, enquanto procura nomes nas emissoras afiliadas. No ano passado, o canal tirou Eliana do SBT, onde a apresentadora estava havia 14 anos, e antes disso escalou Luciano Huck para substituir Faustão no Domingão, embaralhando uma programação que estava fixa havia décadas na cabeça do telespectador.

A saída repentina de Faustão causou espanto, mas o incômodo parece ter ficado para trás.

Apesar dos 21 anos à frente do Caldeirão do Huck, aos sábados, o apresentador ouviu críticas sobre sua performance aos domingos no início. Mas ele foi capaz de manter a liderança de audiência, renovando as jogatinas do programa e acrescentando debates sociais.

“Se um programa de auditório não dá certo, a culpa é do apresentador. Ele tem de dar sua opinião, sua visão de mundo. Se o público não quiser ver, o programa deu errado, e o apresentador também”, afirma Huck.

Sua mudança chacoalhou grade da Globo tanto quanto a contratação de Eliana. Ela apresenta a nova temporada do The Masked Singer Brasil. “É necessário que haja mudanças na televisão”, ela afirmou, na estreia do programa. “É bom para o público, que se pergunta o que vem de novo.”

Mudanças na televisão carregam muitos riscos. Patrícia Poeta, por exemplo, demorou a conquistar a simpatia da audiência ao assumir o Encontro, no lugar de Fátima Bernardes. Marcos Mion se deu bem quando trocou a Record pela Globo, mas o movimento inverso não rendeu para Xuxa, que voltou a aparecer na Globo. A ida de Faustão à Band também não deu certo —seu programa foi encerrado em meio a uma crise de audiência, originando a atração do filho, o Programa do João.

Uma das dificuldades dos novatos é estabelecer uma estética própria. É algo que vai além de bordões, como o “quem sabe faz ao vivo”, de Faustão, e conta com costumes como os selinhos de Hebe Camargo, os abacaxis de Chacrinha, a risada de Ana Maria Braga e até sons como o “rapaiz” que toca no palco do Ratinho.

Luciano Huck, aliás, vem tentando quebrar as fronteiras entre os canais, convidando nomes da concorrência ao seu palco, a exemplo da participação de Patricia Abravanel, do SBT. “O Brasil hoje é o país da TV aberta, do WhatsApp e do Pix. São de graça, conectam a família e geram receita”, diz ele. “Eu sou o espaço comercial mais caro e disputado da TV brasileira. Tenho seis cotas vendidas. Se você quiser comprar, não tem mais.”

Mas há uma queda de audiência. Se no começo do mês passado o dominical atingiu 14,9 pontos na Grande São Paulo, este número chegava a 18 dez anos atrás, ainda que tenha oscilado anos antes, fazendo cerca de dez pontos.

E o mercado está atento a essa mudança. José Carlos Semenzato, presidente do conselho do grupo de franquias Smzto, que inclui marcas como Espaço Laser, sente falta dos anos 2000, quando diz que atingia 37 pontos de audiência em vitrines como o Domingo Legal, um dos programas mais longevos do SBT, que à época era apresentado por Gugu Liberato.

Ele patrocinou também programas de Celso Portiolli e Rodrigo Faro. “Não havia Netflix, Instagram, Facebook. Eventualmente, somando audiência de Globo, SBT e Record, você tinha praticamente 70% ou 80% da população sintonizada”, diz o empresário.

O desafio agora é manter os programas tão sedutores para os anunciantes quanto as redes sociais. Para Semenzato, ainda vale investir na TV —ele mesmo deve renovar um contrato que fez no ano passado com o Encontro. Segundo o empresário, um anúncio de cerca de um minuto hoje custa entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão na Globo e pode custar até cinco vezes menos no SBT e na Record.

O orçamento depende do alcance do apresentador. Raul Gil, por exemplo, lembra que ganhou até R$ 1 milhão por mês no SBT. Ele saiu do canal em dezembro, por decisão de Daniela Beyruti, presidente da emissora e filha de Silvio Santos. “Os canais não estão aguentando manter os programas sem patrocinadores”, diz ele.

O problema, ele afirma, é que anunciar na internet parece mais efetivo. “Hoje, YouTube e Instagram dão mais audiência do que um programa que gasta com cenários, bailarinas, orquestra.”

Sua visão reflete também a opinião do diretor Homero Salles, que comandou programas de Gugu. “A partir do ano 2000, o dinheiro começou a desaparecer. Não foi culpa da televisão, mas dos novos tipos de mídia que surgiram e causaram uma pulverização na publicidade.”

Huck nega que haja uma crise de anúncios. Segundo o Kantar Ibope, que mede a audiência da TV, o próprio Domingão tem, sozinho, um alcance 72% maior que o de todas as plataformas de vídeo e serviços de streaming concorrentes somados.

Um dos principais patrocinadores do Domingão neste ano é o Magalu, que acompanha o programa há 20 anos. Bernardo Leão, diretor de marketing da varejista, diz que os anunciantes estão cientes da queda de audiência, mas que os apresentadores geram um engajamento valioso.

Os salários desses profissionais, aliás, estão entre os principais motivos de tantas mudanças na TV. Salles conta que Gugu chegou a ganhar R$ 3,7 milhões por mês na Record, no fim dos anos 2000, e que saiu quando o canal quis cortar um terço de seu salário. Corre nos bastidores que Faustão também ganhava uma quantia que já não cabia no orçamento, assim como Raul Gil.

Os novatos têm de se contentar com uma nova realidade. Virginia Fonseca, seguida por 53 milhões de pessoas no Instagram, já tinha uns bons milhões na conta antes de ganhar um programa no SBT, o Sabadou com Virginia. A influenciadora, de 25 anos, diz que “nada solidifica mais a imagem do que a televisão aberta”.

Além de Virginia, o SBT vai lançar em março o programa Eita Lucas!, do influenciador Lucas Guimarães, e exibe há um ano o Luccas Toon, de Luccas Neto, que também surgiu na internet.

“Daniela Beyruti não está tendo medo de errar. Ela é ousada e criativa”, diz o apresentador Luis Ricardo, que por anos foi parte do banco de reservas do SBT, substituindo Silvio Santos no comando do game show “Roda a Roda”. “Mas ainda não dá para avaliar os resultados dessas mudanças na TV. O SBT vai ser o termômetro.”

Um dos problemas, dizem os especialistas, é que não existe uma escola para formar apresentadores. Diretor da TV Globo e dos Estúdios Globo, Amauri Soares afirma que o canal oferece cursos. “Temos um planejamento de desenvolvimento que concilia o perfil e a vocação de cada apresentador com os melhores projetos em que ele pode atuar.”

Na Globo, diz, apresentadores crescem conforme ganham simpatia do público, como Tati Machado, que viralizou na internet, e Ana Clara, do Big Brother Brasil.

Segundo Elmo Francfort, diretor do Museu Brasileiro de Rádio e Televisão, a TV vive hoje uma guerra, com influenciadores digitais de um lado e o que ele chama de influenciadores analógicos do outro. Mas o futuro, ele diz, indica a paz. “Se os apresentadores se adequarem a este novo momento, à internet, eles vão trocar uma arma de pequeno porte por uma metralhadora.”



Leia Mais: Folha

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Adoramos: FOTES FILES PARA A SEMANA PRINCIPAIS – Nas fotos | Moda

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Adoramos: FOTES FILES PARA A SEMANA PRINCIPAIS - Nas fotos | Moda

Jo Jones and Sam Deaman

‘Pool Hall’, o segundo capítulo da reiimagina Campanha, Beyoncé Back exibindo um smoking canadense para sua colaboração com a Levi Strauss & Co. A marca de superestrela e jeans vinculada em setembro passado para uma campanha de um ano que a rainha Bey recriando os famosos anúncios de Levi do passado. A parte dois vê o cantor em um colete jeans trançado, jeans de perna larga e trincheira com enfeites personalizados enquanto joga piscina, reinterpretando o anúncio de 1991 ‘Pool Hall’. De £ 65, Levi.com



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O CryptIdcore, ou a força (virtual) da floresta

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O CryptIdcore, ou a força (virtual) da floresta

“On Feed”. A cada mês, Laure Coromines decifra tendências digitais. Para escapar, os usuários da Internet jogam para ter medo de um universo que multiplique as referências, de “Stranger Things” a “Goonies”.



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Esforços de conservação Double a população de tigres da Índia – DW – 14/02/2025

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Esforços de conservação Double a população de tigres da Índia - DW - 14/02/2025

Cerca de três quartos dos tigres do mundo agora vivem em Índiaapesar da urbanização e das populações humanas em rápido crescimento.

De 2010 a 2022, Tigres na Índia mais do que dobrou de cerca de 1.706 para quase 3.700, de acordo com um novo estudo publicado em Ciência.

A situação aprimorada para as populações de tigres é devido a conservação e métodos de proteção ambiental, protegendo -os da perda e caça furtiva do habitat.

Os pesquisadores acreditam que oferece lições importantes para outros grandes programas de conservação de gatos em todo o mundo.

“A criação de áreas protegidas sem seres humanos permitiu que os tigres estabelecessem populações reprodutivas das quais se dispersaram para ocupar florestas multiuso”, disse o principal autor Yadvendradev Vikramsinh Jhala, conservacionista do Instituto de Vida Selvagem da Índia.

Entre 2010 e 2022, o Habitat Tiger da Índia cresceu 30% – cerca de 1.131 milhas quadradas (2.929 quilômetros quadrados) anualmente.

Agora, os tigres estão espalhados por 53.359 milhas quadradas (138.200 quilômetros quadrados) na Índia, uma área do tamanho da Inglaterra.

Humanos e tigres podem viver lado a lado?

Os conservacionistas indianos pesquisam habitats de tigre a cada quatro anos – monitorando o Distribuição de tigressuas presas e habitat de qualidade.

Os tigres prosperaram em áreas protegidas e ricas em presas, mas também se adaptaram a terras compartilhadas por quase 60 milhões de pessoas que vivem em comunidades agrícolas e assentamentos fora de reservas de tigres e parques nacionais.

O estudo descobriu que apenas um quarto das áreas da população de tigres são ricas em presas e protegidas. Quase metade de Habitats de tigre são compartilhados com cerca de 60 milhões de pessoas.

A população de tigres da Índia se recupera

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O conservacionista da vida selvagem Ravi Chellam disse que o compartilhamento de terras entre humanos e tigres é crucial para a estabilidade futura das populações de tigres.

“Há uma aceitação de que os gatos grandes possam sobreviver e até prosperar com as pessoas que moram lá. Existem desafios, mas, na maioria das vezes, as pessoas veem os valores intrínsecos dos ecossistemas funcionais que incluem tigres”, disse Chellam.

Cerca de 56 pessoas morrem anualmente por ataques de tigre na Índia. Mas este é um pequeno número em comparação com outras causas de mortalidade (acidentes de trânsito matam 150.000 índios anualmente).

Jhala disse que o melhor modelo de coexistência entre tigres e humanos na terra que eles compartilham exige três coisas:

  • Faça a vida com grandes carnívoros lucrativos para as comunidades locais, compartilhando receitas, ecoturismo e compensação.
  • Remoção de problemas e animais propensos a conflitos de áreas humanas.
  • Fazendo alterações, como remover banheiros abertos, garantir que as pessoas se movam em grupos nas áreas florestais, iluminação e alojamento adequadas e estábulos seguros para o gado.

Outros dados sugerem que os habitats de tigre encolheram

Arjun Gopalaswamy, ecologista da Carnassials Global em Bengaluru, na Índia, monitora as populações de tigres há uma década. Ele disse que as descobertas do estudo contradizem outros dados que mostram que os habitats naturais de tigres diminuíram nos últimos anos.

“Relatórios anteriores sugerem que as áreas de distribuição dos tigres foram significativamente menores – 10.000 a 50.000 quilômetros quadrados menores (entre 2006 e 2018)”, disse Gopalaswamy à DW.

“É um desafio dizer definitivamente se o número nacional de tigres da Índia aumentou, diminuiu ou permaneceu estável nas últimas duas décadas”.

Ajudando a natureza, ajudando a humanidade

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A queda no número de tigres faz parte de uma tendência devido a centenas de anos de caça aos tigres e destruição de habitats, começando com programas de recompensas coloniais que procuravam limpar os predadores de animais.

Gopalaswamy disse que as descobertas inconsistentes levaram a ações conflitantes no terreno.

“Por exemplo, enquanto o Ciência O artigo sugere que os tigres estão se expandindo para novos habitats na Índia, os gerentes estão realocando ativamente tigres entre reservas sob o pretexto de combater o isolamento “, afirmou.

Gopalaswamy disse que são necessários métodos de dados mais cientificamente rigorosos sobre populações e habitats de tigres para ações de conservação mais claras.

Editado por: Matthew Ward Agius

Fonte primária:

A recuperação do tigre em meio a pessoas e pobreza, publicada na revista Science https://www.science.org/doi/10.1126/science.adk4827



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