Um funcionário federal aposentado de 59 anos, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi preso pela Polícia Civil do Acre nesta quinta-feira (11), em Sena Madureira, interior do estado, suspeito de estupro de vulnerável.
O homem é suspeito de ter abusado de três sobrinhos, sendo duas meninas e um menino, há quase 20 anos.
A polícia cumpriu o mandado de prisão contra o suspeito e o encaminhou para o presídio da cidade. As investigações iniciaram ano passado, quando as vítimas, agora adultos, procuraram a polícia para falar dos abusos.
O G1 não conseguiu contato com o advogado do suspeito.
O delegado Marcos Frank, responsável pelas investigações, explicou que as vítimas tinham entre 7 a 9 anos na época dos crimes. Elas procuraram a polícia para denunciar o parente, quando o servidor tentou agarrar uma delas no final do ano passado.
“Nenhum sabia dos três, mas ano passado ele tentou agarrar um deles, tentou forçar uma relação, mas a esposa dele chegou e teve uma briga de família. Os três se sentaram e contaram o que tinha acontecido uns com outros”, complementou.
Crimes
Ainda segundo a polícia, os supostos abusos aconteciam quando as crianças iam para a casa do servidor, ajudar a cuidar de uma filha dele, na época, recém-nascida. Em depoimento, o suspeito confirmou que as crianças dormiam na casa dele, mas negou os crimes.
“Hoje todos são maiores de idade. Tem uma moça que tem família, mas o prazo prescricional, nesse caso, começa a correr quando [a vítima] completa 18 anos. Um tem 18, outra 20 e a outra tem 23 anos agora”, confirmou o delegado.
Frank acrescentou também que o funcionário é casado, mas na época dos supostos abusos a mulher não morava na mesma casa com ele. A polícia acredita que, com a prisão, outras pessoas possam procurar a delegacia para denunciar o servidor.
“Ouvimos a mulher dele, mas não morava com ele, só a criança [filha recém-nascida] que morava. Parece que tem outras pessoas que acusaram ele, seria uma babá de uma filha dele. Não localizei ela ainda, mas esperamos que com a prisão dele apareçam mais pessoas”, ressaltou.
Riqueza de detalhes
O delegado disse ainda que as vítimas contaram com detalhes sobre os abusos. Segundo ele, os relatos foram constrangedores.
“Até pra mim, que sou homem, foi constrangedor ouvir do rapaz como foi. Contaram com muita riqueza de detalhes”, finalizou.