As 51 pessoas que tomaram as doses vencidas da vacina AstraZeneca em Xapuri foram mantidas sob monitoramento, segundo a prefeitura, mas ainda não obtiveram uma definição a respeito da situação, não tendo recebido as doses de reforço como foi inicialmente previsto que ocorreria.
Durante esta semana, algumas das pessoas que fazem parte do grupo que recebeu vacinas pertencentes aos lotes de imunizantes que estavam fora do prazo de validade manifestaram descontentamento com a situação e permanecem aguardando uma resolução por parte do município e do estado.
O diretor de Atenção Básica em Saúde de Xapuri, enfermeiro Andrade, diz que o município segue aguardando um parecer oficial do Programa Nacional de Imunização (PNI) a respeito do assunto. Segundo ele, é possível, que o prazo de validade das doses aplicadas seja prorrogado, o que tornaria desnecessária a nova vacinação.
“A gente entende que a população está ansiosa com essa situação, mas nós não temos autorização para aplicar as novas doses. Pode ser que essas vacinas tenham o prazo de validade prorrogado, após avaliações do Ministério da Saúde, com isso elas não estariam
vencidas. Por enquanto, a recomendação é aguardar”, explicou.
Em comunicado, a Divisão Estadual de Imunização e Rede de Frio informou que, além de os pacientes estarem sendo acompanhados pelo Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), existe um processo em andamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de análise de potência e eficácia daquele lote de vacina administrado com validade expirado.
“Todos os pacientes notificados pelo município estão sendo acompanhados pelo CRIE e pela Secretaria Municipal de Saúde de Xapuri, e, por mais que tenho ocorrido um erro de imunização não podemos cometer outro erro pensando apenas em administrar uma nova dose sem considerar os possíveis riscos à saúde deste paciente”, diz um trecho do comunicado
Apesar do protocolo adotado no Acre, cidades como Nilópolis, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro; Dracena, no interior de São Paulo; e Alagoa Grande, na Paraíba, são exemplos de locais onde a aplicação de vacinas vencidas foi identificada e os pacientes revacinados no mês de julho, segundo informação divulgada pela agência Folha Press.