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SPFW tem adeus ao sutiã e saia para homens como tendências – 21/10/2024 – Ilustrada

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SPFW tem adeus ao sutiã e saia para homens como tendências - 21/10/2024 - Ilustrada

Nadine Nascimento, João Perassolo, Lara Paiva

Algumas das tendências que se firmaram nas passarelas da última edição da São Paulo Fashion Week têm tudo para dividir opiniões, e são do tipo ame ou odeie. Entre elas, está a transparência e a ausência de sutiãs por baixo de vestidos, camisas e saídas de banho. Ou as inúmeras opções de saias para homens —rodadas, usadas por cima da calça, em comprimento longo e até mini. E ainda a escolha de motivos infantis, como personagens da Disney, para estampar roupas adultas.

As propostas das principais grifes nacionais podem soar disruptivas e controversas ao mesmo tempo, dentro e fora das passarelas. A aderência a elas nas ruas como uma possibilidade real é uma dúvida. Ao menos sete marcas dentre as 41 da última SPFW, que encerrou seus desfiles neste domingo, apresentaram peças nas quais os seios das modelos ficaram à mostra.

Uma delas foi Weider Silveiro. Inspirado por festas tradicionais do Nordeste, o estilista mostrou evolução nesta coleção com volumes arredondados, recortes e assimetrias. Há algumas temporadas o criador piauiense mostra um lado nostálgico. Todas as suas últimas coleções partiram de lembranças antigas. A atual não foi diferente.

Suas principais referências são elementos de manifestações culturais como o reizado, o maracatu, o pau-de-fitas e o São João. Daí vêm os xadrezes que encerraram a apresentação e as tiras, que lembravam bandeirinhas decorativas. Já seus vestidos rendados e sem forro, sobre os corpos das modelos, mais revelavam do que escondiam

Outra marca que incorporou as peças vazadas à coleção foi a cearense Catarina Mina, que também buscou inspiração nas origens da estilista Celina Hissa para compor seus looks. No desfile “Herdeiras do Futuro”, a grife trouxe de volta o trabalho manual como o crochê, o macramê, o bordado e a renda de bilro e ainda adicionou a borracha da Amazônia à mistura. O material, feito em parceria com a marca Da Tribu, apareceu em franjas aplicadas a tops, bolsas e vestidos de malha estruturada. A etiqueta explorou suas blusas e vestidos vazados sem top ou sutiã por baixo.

“As ruas talvez ainda não estejam preparadas, mas o ponto principal é que não precisamos da aprovação das ruas —ou de qualquer outra pessoa. A gente também indaga e se questiona sobre nosso papel em questionar e gerar mudanças naquilo que as ruas querem ou não ver. É nosso papel questionar para que novos paradigmas e formas de se vestir surjam”, afirma Hissa.

Se na Europa e nos Estados Unidos, o movimento “free the nipple”, ou liberte o mamilo, por exemplo, ressoa e tem entre seus nomes mais proeminentes a modelo americana Kendall Jenner, por aqui o conservadorismo o rechaça.

A atriz Bruna Marquezine foi uma das vítimas. “Fui muito bem tratada a noite inteira por todos que cruzaram meu caminho. Não se preocupe comigo e nem com os meu peitos. E eu estou na Europa, aqui é normal. Não é essa cafonice do Brasil que só aceita ver teta em carro alegórico no Carnaval”, disse ela, depois de sofrer ataques nas redes sociais por usar um vestido transparente em Paris.

Outras marcas que também apresentaram esses looks controversos nesta SPFW foram Lilly Sarti, Handred, Apartamento 03, À La Garçonne e Another Place.

Já a introdução de outra tendência polêmica, a de saias para os homens, ficou por conta de etiquetas como João Pimenta, Dendezeiro, Lino Villaventura e Martins.

João Pimenta construiu um drama com capas, laços e franjas. Suas versões masculinas de minissaias reforçaram a veia subversiva do designer. A alfaiataria, seu carro-chefe, seguiu em posição de destaque. Ela apareceu com materiais acetinados ou transparentes, em texturas tipo tweed e com motivos geométricos e oversized.

“Nordeste está na casa, então deixa que eu me apresento.” O verso, do rapper alagoano Jonas Miguel, ecoou na passarela da Dendezeiro. Nesta temporada, a marca baiana resgatou a história do sertão brasileiro. O tema, que até pode ser um velho conhecido na moda, fugiu do caricato desta vez.

As tradições do artesanato da região estavam lá em forma de saias trançadas de palha e blusas de miçanga de madeira. Nas peças de tapeçaria, havia referências às selas de cavalo. E, na cartela de cores, os tons terrosos da grife surgiram em uma versão mais quente, como o sol escaldante e alaranjado das áreas semiáridas. Um dos maiores destaques foi uma enorme saia masculina estruturada, num look composto só com um chapéu como acessório.

Se por um lado marcas buscaram no Brasil profundo suas inspirações de trabalho, outras se renderam ao universo das crianças. A tomada de personagens infantis na moda marcou esta edição da São Paulo Fashion Week, que apresentou roupas desnecessárias e com cara de merchandising, como os vestidos com a Mônica e o Cebolinha estampados de Walério Araújo e a coleção temática sobre Pato Donald da The Paradise, marca que botou até a Margarida na passarela.

Os estilistas Thomaz Azulay e Patrick Doering defenderam sua coleção. “A The Paradise é uma marca que acredita na fantasia, e ela não é exclusiva do universo infantil. A Disney é um universo de arte e criação, que há mais de cem anos cria uma grande interseção entre adultos e crianças através da complexidade artística e de uma construção muito concreta de marca”, afirmam. “Silhuetas sinuosas, detalhes utilitários, camisaria desconstruída, e o flerte com a praia são nossos códigos para nos comunicar com o nosso público, que é definitivamente adulto. Não precisa ser criança para se divertir!”

O contraste também marcou o retorno aos desfiles da Salinas, grife veterana de moda praia. Materiais como palha, ráfia e renda feitas de maneira artesanal se alternavam com texturas mais sofisticadas e versáteis, como jacquard e lycra misturada com lurex. Aplicações de cristais Swarovski e penas de boá nas peças de banho em looks compostos com brincos gigantes, cintos, braceletes chamativos, bem como os saltos de plataforma altíssimos, demonstram a expectativa da marca de se consolidar também no ambiente urbano.

Outro desfile digno de nota foi o da Artemisi, da estilista Mayari Jubini, que levou 26 looks. As superproduções iam de longos de festa a um visual motorizado, com um enorme acessório de ferro giratório nas costas. O ponto de partida da coleção foi o movimento de arte cinética, que nasceu na década de 1950. Dele, vem a obsessão pelo futurismo da designer.

No desfile de encerramento da SPFW, um dos mais bonitos do evento, Fernanda Yamamoto levou o público para a área externa do Pavilhão Japonês, no parque Ibirapuera. Os modelos —de todas as idades e tipos de corpos— desfilaram sorrindo, ao som de um conjunto de tambores orientais acompanhado de coro.

Seus tradicionais plissados apareceram num vestido azul roial com capuz e num costume masculino em off-white. Mas o que roubou a atenção foi um bloco de peças em preto com com detalhes ou porções inteiras em dourado, tanto sólido quanto desgastado, que casava com as joias de formas esculturais de Carlos Penna.

Os atrasos marcaram mais uma edição da SPFW, que contou com desfiles começando até duas horas depois do previsto, com um público que disputava assentos em salas muito quentes. Um ponto positivo desta edição foi o retorno do evento ao Ibirapuera, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, após algumas edições realizadas em shoppings de luxo da cidade.





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como Novak Djokovic me surpreendeu

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como Novak Djokovic me surpreendeu

O tenista sérvio Novak Djokovic comemora a vitória sobre o espanhol Carlos Alcaraz, na final individual masculina dos Jogos Olímpicos de 2024, em Roland-Garros, em Paris, no dia 4 de agosto de 2024.

Comecemos com uma confissão em forma de mea culpa. Muitas vezes, neste ano olímpico, bem antes da sua coroação nos Jogos de Paris, em 4 de agosto, duvidei de Novak Djokovic. Em primeiro lugar, os seus ferimentos e a sua gravidade. Depois, sua capacidade de se recuperar. Eu sou o único? Provavelmente não, como foi esta colheita, para o sérvio, tão poucos momentos de embriaguez e tantas ressacas. O suficiente para se perder em conjecturas. Todos ou quase todos surpreendidos pelo mistério de “Djoko”.

“Você está blefando, Martoni!” » A piada foi dirigida aos meus chefes. Nesta noite de 4 de junho, dois meses antes das Olimpíadas, no meio do torneio de Roland-Garros, acho difícil acreditar que a lesão no joelho de Novak Djokovic seja grave. Tal como o comissário Patrick Bialès em A cidade do medoconvencido de que a arma de Jean-Paul Martoni não está carregada, defendo a tese da mistificação. Novak Djokovic admitiu no passado: não há nada como «psicodramas» para fazê-lo querer ganhar cada vez mais.

Gostaria de deixar uma nota, disse aos meus chefes em privado, sobre o facto de o sérvio estar presente nos quartos-de-final, para tentar conquistar o vigésimo quinto título de Grand Slam. Ele não acabou de vencer o argentino Francisco Cerundolo depois de uma partida maluca concluída em cinco sets? Certamente, o joelho direito o fez fazer uma careta durante a partida. Certamente, ele pareceu dobrar-se de dor em diversas ocasiões e chamou um fisioterapeuta na quadra de Philippe-Chatrier. Mas ele terminou a reunião saltitante, irresistível.

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Preta Gil continua na UTI, mas já se alimenta por via oral – 26/12/2024 – Celebridades

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Preta Gil continua na UTI, mas já se alimenta por via oral - 26/12/2024 - Celebridades

Anahi Martinho

São Paulo

Uma semana após passar por uma cirurgia, Preta Gil vem apresentando boa recuperação. A cantora segue internada na UTI do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A equipe de redes sociais atualizou o estado de saúde da cantora nesta quinta-feira (26). Segundo o boletim médico, Preta está estável, já está se alimentando por via oral e andando.

A artista está sendo acompanhada pelas equipes lideradas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Roberta Saretta, Fernanda Caparelli e Frederico Teixeira.

Em tratamento contra um câncer, Preta deu entrada no Sírio-Libanês na noite de quarta-feira (18) e pediu por orações antes do procedimento.

“Aqui estou eu, mais uma vez, diante de uma cirurgia muito grande, mas minha fé, minha vontade de viver é maior que tudo. O sentimento agora é de gratidão e muito amor no coração”, disse Preta.

Há duas semanas, a artista esteve em Nova York para conversar com uma médica especialista em tratamento oncológico.

Preta tratou o câncer colorretal no ano passado, mas a doença voltou em agosto deste ano e evoluiu para uma metástase em quatro locais: em duas estruturas do sistema linfático, conhecidos como linfonodos; no peritônio, membrana que reveste órgãos como intestino, fígado e estômago; e no ureter, tubo por onde passa a urina.





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Corrida de iates de Sydney a Hobart: terceira morte evitada em noite de ‘mar grande’ e clima selvagem | Corrida de iates de Sydney a Hobart

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Corrida de iates de Sydney a Hobart: terceira morte evitada em noite de 'mar grande' e clima selvagem | Corrida de iates de Sydney a Hobart

Emily Wind and Australian Associated Press

Surgiram detalhes de um incidente “aterrorizante” em que um membro da tripulação caiu do iate Porco Rosso e ficou à deriva por mais de um quilômetro antes de ser resgatado em uma noite mortal de regata, durante a qual dois marinheiros de outros iates foram mortos.

Dois marinheiros em iates separados, voando Fish Arctos e Bowline morreram no mar em meio a condições climáticas adversas que forçaram a retirada do favorito Master Lock Comanche da linha, entre aposentadorias em massa.

Os dois marinheiros foram mortalmente atingidos por retrancas – uma grande haste horizontal na parte inferior da vela – em seus respectivos barcos. O número de mortos na corrida ameaçou subir para três quando um tripulante ainda não identificado caiu do Porco Rosso por volta das 3h15.

O marinheiro Porco Rosso foi lançado ao mar enquanto o iate navegava com fortes ventos passando por Green Cape, no Nova Gales do Sul costa.

“Essa é uma das experiências mais aterrorizantes que você pode ter”, disse David Jacobs, vice-comodoro do Cruising Yacht Club da Austrália (CYCA), que administra a corrida. Ser levado ao mar à noite tornou “as coisas dez vezes mais assustadoras”, disse ele.

A regata continuará enquanto a frota continua a sua passagem para Constitution Dock, com a chegada dos primeiros barcos no final da sexta-feira ou no início da manhã de sábado.

O incidente a bordo do Flying Fish Arctos ocorreu a cerca de 30 milhas náuticas a leste-sudeste de Ulladulla, na costa sul de Nova Gales do Sul.

Os membros da tripulação tentaram reanimação cardiopulmonar, mas não conseguiram reanimar seu companheiro de equipe.

O membro da tripulação a bordo do Bowline foi atingido a aproximadamente 30 milhas náuticas a leste-nordeste da Baía de Batemans e caiu inconsciente, com a RCP também sem sucesso.

Um incidente ocorreu por volta das 23h50 de quinta-feira e o segundo por volta das 2h15 de sexta-feira, confirmou a polícia de NSW.

O membro da tripulação a bordo do Bowline foi atingido a aproximadamente 30 milhas náuticas a leste-nordeste da Baía de Batemans. Fotografia: Kevin Manning/Action Plus/REX/Shutterstock

Jacobs disse que “sistemas e procedimentos desenvolvidos” ajudaram a salvar o tripulante que foi levado ao mar.

O incidente acionou o rádio sinalizador de posição de emergência do tripulante, dispositivo de segurança que deve ser usado por todos os velejadores na regata.

Como resultado, a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (Amsa) foi automaticamente notificada e contatou a comissão de regata.

A Amsa também implantou uma aeronave para iniciar as buscas.

“Acreditávamos que eles haviam sido levados pela água a cerca de 1,2 km do barco”, disse Jacobs sobre o tripulante.

Às 8h30 de sexta-feira, 16 iates – de uma frota total de 104 – haviam desistido da regata. Três perderam os mastros, dois sofreram danos na vela grande e os outros tiveram “várias falhas de equipamento”, disse Jacobs aos repórteres.

Ele descreveu as condições como “muito desafiadoras”, mas não “excessivas”. Alguns ferimentos leves também foram relatados.

“Temos ventos de cerca de 25 nós vindos do norte, mares de (a) 2m ou próximo”, disse ele. “Portanto, são condições que a maioria dos marinheiros normalmente enfrentaria facilmente.”

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Jacobs disse que os ventos do norte empurraram os navios costa abaixo, com os iates líderes viajando “extremamente rápido”.

O vice-comodoro David Jacobs do Cruising Yacht Club of Australia (CYCA) esta manhã. ‘É incomum termos tantos barcos maiores partindo.’ Fotografia: Mick Tsikas/AAP

“O mar não era excepcionalmente grande pelas informações que recebi”, disse ele. “É provável que eles atinjam uma direção oeste, que virará para sudoeste à medida que se aproximarem do Estreito de Bass.”

Jacobs disse que a CYCA conduziria uma investigação sobre os incidentes.

O vice-comodoro disse que ficou “pessoalmente surpreso” com o fato de vários super-maxi iates terem desistido da corrida, incluindo Master Lock Comanche, URM e Alive.

“É incomum que tantos barcos maiores saiam”, disse ele.

Falando ao ABC de seu iate na manhã de sexta-feira, o capitão do LawConnect, Christian Beck, descreveu as condições durante a noite como as “mais difíceis que já vi”.

“Ainda estamos em mares bastante grandes”, disse ele. “O vento diminuiu um pouco, mas ainda está forte.”

Questionado se acreditava que era seguro a corrida continuar, Jacobs disse “sim, com certeza”.

Anthony Albanese disse que seus pensamentos estão com os dois marinheiros e suas famílias.

“A viagem de Sydney a Hobart é uma tradição australiana e é doloroso que duas vidas tenham sido perdidas no que deveria ser um momento de alegria”, disse o primeiro-ministro em comunicado.

“Enviamos nosso amor e mais profundas condolências às suas famílias, amigos e entes queridos.”

Seis marinheiros foram mortos em tempestades durante a viagem de Sydney a Hobart em 1998, o que desencadeou um inquérito coronal em NSW e reformas em massa nos protocolos de segurança que regem a corrida.



Leia Mais: The Guardian



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