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STF adia decisão sobre responsabilização de redes por conteúdos
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André Richter – Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para o ano que vem a decisão final sobre a responsabilização das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados pelos usuários.
O julgamento foi retomado nesta quarta-feira (18), com o voto do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, mas foi suspenso logo em seguida após pedido de vista do ministro André Mendonça.
Devido ao período de recesso no STF, que começa em 20 de dezembro, o julgamento deve ser retomado a partir de fevereiro de 2025.
Barroso votou pela responsabilização parcial das plataformas. Para o ministro, as redes devem retirar postagens com conteúdo envolvendo pornografia infantil, suicídio, tráfico de pessoas, terrorismo e ataques à democracia. Pela proposta, a medida deve ser tomada após as empresas serem notificadas pelos envolvidos.
Contudo, no entendimento de Barroso, a remoção de postagens com ofensas e crimes contra a honra dos cidadãos só pode ocorrer após decisão judicial, ou seja, como ocorre atualmente. O ministro também não aderiu à proposta dos votos anteriores para que as redes sociais realizem o monitoramento prévio das mensagens consideradas ilegais.
“Eu entendo que crimes contra a honra dependem de ordem judicial para remoção, não crio responsabilidade objetiva, substituo a ideia de monitoramento ativo pelo dever de cuidado e não incluo qualquer obrigação adicional para marketplaces”, afirmou Barroso.
O presidente também defendeu a regulação das redes sociais para coibir a desinformação.
“Há desinformação de alguém dizer que querosene faz bem para covid ou a tentativa de criação de um ambiente de golpe de Estado pelo convencimento da população de que houve uma fraude inexistente no processo eleitoral. Não é uma pessoa ter a opinião que quiser sobre a urna eletrônica. A pessoa tem todo o direito de dizer que prefere o voto de papel, mas não tem o direito de dizer eu tenho a prova da fraude, se não houver prova de fraude, sobretudo, procurar viralizar isso para desacreditar as instituições”, completou.
Nas sessões anteriores, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux também votaram a favor da responsabilização das plataformas. De acordo com os ministros, as plataformas devem retirar, após notificação extrajudicial, conteúdos considerados ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência, racismo, entre outras.
O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o Artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Nas primeiras sessões do julgamento, realizadas no mês passado, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Entenda
O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
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Leia mais (12/18/2024 – 21h50)
Leia Mais: Folha
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STM reduz penas de militares envolvidos em mortes de músico e catador
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14 minutos atrásem
18 de dezembro de 2024 André Richter – Repórter da Agência Brasil
O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir as condenações de oito militares do Exército acusados pela morte de dois homens durante uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, em 2019. O tribunal julgou um recurso apresentado pela defesa dos acusados para anular as condenações pelo duplo homicídio do músico Evaldo Santos e o catador de recicláveis Luciano Macedo.
Eles foram mortos com 257 tiros durante operação na qual militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo.
Por maioria de votos, os ministros entenderam que os homicídios cometidos pelos militares são culposos, e não dolosos, como foi sentenciado pela primeira instância da Justiça Militar.
O tenente Ítalo da Silva, responsável pela operação, teve a pena de 31 anos de prisão reduzida para três anos e sete meses. Outros sete militares tiveram as condenações reduzidas de 28 anos para três anos.
Indenização
Em abril do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo para pagamento de indenização às famílias das vítimas.
O valor foi dividido da seguinte forma: R$ 493 mil serão destinados à mãe de Luciano, Aparecida Macedo; R$ 123,2 mil para cada uma das três irmãs; R$ 21,7 mil de pensão vitalícia atrasada; R$ 3,5 mil para pagamento de despesas com funeral e R$ 76,4 mil para honorários advocatícios.
Um acordo nos mesmos moldes deve ser fechado com familiares do músico Evaldo Santos.
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Dois ex-policiais de Rotherham presos por abuso sexual infantil | Notícias do Reino Unido
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16 minutos atrásem
18 de dezembro de 2024 Nadeem Badshah
Dois ex-policiais foram presos como parte de uma investigação sobre crimes sexuais contra crianças em Rotherham que remonta à década de 1990.
A polícia de South Yorkshire disse que um policial aposentado, agora com 60 anos, foi preso sob suspeita de má conduta em um cargo público, tentativa de estupro e três acusações de agressão indecente.
O ex-oficial está sendo investigado após alegações de abuso sexual infantil relacionado a duas meninas entre 1995 e 1999, disse um porta-voz da força na quarta-feira. As idades das supostas vítimas não foram reveladas.
Outro ex-policial, agora na casa dos 50 anos, foi preso sob suspeita de má conduta num cargo público e agressão indecente em conexão com um incidente em 1995-96.
Ambos os homens foram libertados sob fiança enquanto se aguarda novas investigações, disse o porta-voz.
Ele acrescentou que os supostos crimes ocorreram enquanto os policiais, que trabalhavam em Rotherham, estavam de serviço.
O porta-voz disse que uma operação conjunta foi criada entre a polícia de South Yorkshire e a Operação Stovewood da Agência Nacional do Crime (NCA), que investigará se há outros suspeitos, vítimas ou crimes relatados.
A Operação Stovewood é a principal investigação da NCA iniciada na sequência do histórico relatório Jay, que concluiu em 2014 que pelo menos 1.400 meninas foram abusadas por gangues de homens em Rotherham entre 1997 e 2013.
Hayley Barnett, chefe assistente da polícia de South Yorkshire, disse: “Nossa primeira prioridade neste caso, e sempre, são as vítimas e sobreviventes.
“Desde a publicação do relatório Jay, há 10 anos, construímos uma compreensão muito mais profunda do abuso e exploração sexual infantil e garantiremos que qualquer pessoa que denuncie tais crimes seja tratada com sensibilidade, compaixão e respeito.
“Nunca é tarde para denunciar se você é vítima ou sobrevivente de abuso e exploração sexual infantil.
“Estou perfeitamente ciente de como pode ser difícil denunciar tais crimes, especialmente quando os suspeitos estão em exercício ou são ex-policiais, mas estamos firmemente empenhados em garantir a justiça conforme necessário, de acordo com os seus desejos.”
A NCA disse que a Operação Stovewood é a maior operação de aplicação da lei desse tipo realizada no Reino Unido e as estimativas estimam seu custo em cerca de £ 90 milhões.
A NCA anunciou no ano passado que as novas alegações seriam tratadas pela polícia de South Yorkshire e não pela Operação Stovewood, dizendo ter identificado mais de 1.100 crianças envolvidas na exploração entre 1997 e 2013, quase todas meninas.
A polícia de South Yorkshire disse que se referiu ao Gabinete Independente de Conduta Policial em relação às últimas alegações.
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