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STF marca conciliação sobre controle da Eldorado Celulose – 14/10/2024 – Mercado

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STF marca conciliação sobre controle da Eldorado Celulose - 14/10/2024 - Mercado

Alberto Alerigi Jr.

O ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para 18 de novembro uma audiência de conciliação sobre uma disputa judicial que se arrasta há anos entre J&F Investimentos, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, e a Paper Excellence, da indonésia Asia Pulp & Paper, pelo controle da Eldorado Brasil Celulose.

Segundo nota do STF desta segunda-feira (14), o ministro relator do caso negou liminar e manteve a suspensão da transferência das ações da Eldorado. O negócio de R$ 15 bilhões foi acertado em 2017, quando a Paper Excellence fechou acordo com a J&F para comprar a Eldorado, antes de o setor passar por uma onda de investimentos que catapultou a capacidade de produção de celulose do país.

O negócio acabou não sendo concluído e foi judicializado, com um tribunal arbitral reconhecendo “irregularidade da conduta da J&F” e determinando a transferência das ações da Eldorado para a Paper Excellence. A J&F então recorreu dessa decisão arbitral na Justiça de São Paulo.

A decisão de Nunes Marques é sobre uma ação popular apresentada na Justiça Federal de Santa Catarina pelo ex-prefeito de Chapecó Luciano José Buligon, que alega que o negócio põe em risco a soberania nacional uma vez que a Paper Excellence é de propriedade estrangeira.

O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) acolheu o pedido do político catarinense e suspendeu a execução da decisão arbitral, de acordo com o STF.

A Paper Excellence sustenta no Supremo que a decisão do TRF-4 viola uma decisão da corte que trata da aquisição de imóvel rural por empresa brasileira com participação de pessoas ou empresas estrangeiras, segundo comunicado do STF.

Desde 2017, quando o negócio foi fechado, começou uma longa teia de impasses entre as duas empresas e, consequentemente, entre as duas famílias donas dos negócios. Após resolver pendências da empresa com fundos de pensão, estatais e fazer parte do pagamento pela compra, a companhia estrangeira ficou com 49,41% das ações. Tinha um ano para liberar as garantias dadas pelos Batista em dívidas da Eldorado e ficar com os 50,59% restantes.

Aí começou a briga. A J&F alega que a rival não cumpriu o combinado e perdeu o prazo para liberar as garantias. Para a Paper, a holding não colaborou com as negociações (quebrando regra do contrato) e deliberadamente trabalhou para atrapalhar a concretização do negócio. O caso foi à Justiça, com acusações de extorsão, roubo de emails e hackeamento de servidores.

Na arbitragem, estabelecida para dirimir as dúvidas, a Paper venceu por 3 a 0. A J&F entrou com ação pedindo a anulação do expediente porque considerou o processo viciado. Alega ter sido vítima de espionagem industrial e que um dos árbitros (que também renunciou ao processo) não havia declarado ter dividido escritório com um dos advogados da empresa indonésia.

Por decisão da arbitragem, o livro com as 50,59% das ações da Eldorado ficou com o Itaú, que também recebeu o dinheiro depositado pela Paper para finalizar a transação. Neste ano, o caso ganhou novos capítulos com a entrega do livro de ações por parte do Itaú e da renúncia de árbitros.

As duas empresas iniciaram brigas que envolvem, além da arbitragem, inquéritos criminais, condenações por litigância de má-fé, processos de difamação, múltiplos pedidos de suspensões ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), liminares e reaberturas, ações populares, pareceres do Incra e questionamentos a respeito de terras.



Leia Mais: Folha

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Quais os riscos dos anabolizantes para a massa muscular – 20/02/2025 – Equilíbrio

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Quais os riscos dos anabolizantes para a massa muscular - 20/02/2025 - Equilíbrio

Emilia BellI

Joey Farrell teve insuficiência cardíaca aos 30 anos, e acredita que o uso de esteroides vai reduzir sua vida em 20 anos – mas ele continua usando a substância para ganho de massa muscular “pelo bem de sua carreira”.

O fisiculturista profissional conhece os riscos para a saúde e os efeitos nocivos a longo prazo e, embora admita que pareça “contraditório”, aconselha outras pessoas a não seguirem seu exemplo.

Da mesma forma, Tom Powell, ex-participante do reality show britânico Love Island, teve o tecido mamário removido depois de tomar esteroides, e também diz que as pessoas não deveriam começar a fazer isso “de forma alguma”.

Não há dados oficiais sobre quantas pessoas no Reino Unido utilizam esteroides anabolizantes, mas estimativas recentes sugerem que são cerca de 500 mil.

Joey tomou esteroides pela primeira vez aos 20 anos, depois de entrar no fisiculturismo, e começou a injetá-los um ano depois.

Mas, em janeiro do ano passado, ele disse que os médicos ficaram “estupefatos” ao descobrir que ele tinha insuficiência cardíaca, após alguns exames de sangue, já que muitos profissionais de saúde não são especialistas no uso de esteroides.

“Os resultados foram muito, muito ruins”, explica Joey. “Meus níveis de troponina, que é um marcador de ataque cardíaco, estavam extremamente altos.”

Após um exame cardíaco de imagem, os médicos o diagnosticaram com miocardiopatia dilatada induzida por esteroides – uma condição que faz com que o coração aumente de tamanho e enfraqueça, dificultando o bombeamento de sangue.

“Meu coração estava fraco”, ele acrescentou.

“Eles não sabiam o que dizer por causa da minha idade. Isso é algo que você encontraria em um homem de 75 anos que fumou e bebeu a vida inteira.”

Joey, que é natural do País de Gales, achou que sua carreira de fisiculturista havia terminado.

“O fisiculturismo é a minha vida”, diz ele.

“Aquele momento foi sombrio.”

Dezesseis semanas depois, e contra a orientação médica, ele voltou a competir, mas afirma que reduziu o uso de esteroides.

Joey disse que agora só toma uma dosagem muito baixa de testosterona porque não produz mais o hormônio naturalmente, devido ao uso de esteroides.

Ele afirmou que queria alertar o público em geral sobre os perigos de tomar esteroides sem conhecer os riscos.

“Tive essa experiência com meus próprios problemas de saúde, e quero impedir que as pessoas sejam estúpidas com as quantidades que usam.”

O que são esteroides

Os esteroides anabolizantes – substância sintética que simula o efeito da testosterona, hormônio masculino – só estão disponíveis para venda mediante receita médica, e são legais para uso pessoal somente com prescrição.

No Reino Unido, é ilegal fornecer ou vender esteroides, inclusive dar a amigos. Isso pode levar a uma pena máxima de 14 anos de prisão.

As apreensões de esteroides anabolizantes aumentaram 26% no Reino Unido no ano passado, chegando a 995.830 doses, a maioria encontrada na fronteira do país.

Não há nenhuma pesquisa médica oficial ou orientação sobre como reduzir os riscos de tomar a substância.

Como não há orientação clínica, alguns fisiculturistas experimentam diferentes compostos, repassando dicas e conselhos entre os usuários de esteroides.

Esta é uma prática que os fisiculturistas chamam de “bro science” (algo como “conhecimento científico de colegas”), embora não exista nenhuma análise científica oficial.

“Um fisiculturista está fazendo coisas que um médico jamais acreditaria ou sonharia em fazer – é uma abordagem de tentativa e erro”, acrescenta Joey.

Estes “ensaios clínicos” sem supervisão levaram ao surgimento do que é conhecido como drogas para melhorar a imagem.

‘Estou tirando 20 anos da minha vida’

Embora tenha dito que ainda injeta a substância por causa da carreira, Joey disse que seu problema cardíaco o deixou mais consciente. Mas admite que os riscos existem, por mais cuidadoso que seja.

Joey agora se submete a exames periódicos de sangue e do coração, mudou sua alimentação e seu estilo de vida, mas reconhece: “Estou totalmente ciente de que, seja qual for minha expectativa de vida, estou tirando pelo menos 20 anos dela.”

Os riscos associados ao uso de esteroides anabolizantes variam de infertilidade e disfunção erétil até dependência e calvície.

Tom Powell, ex-participante do reality show britânico Love Island, também sofreu efeitos colaterais psicológicos.

“Fiquei deprimido, triste, com raiva, tive terror noturno, sudorese noturna”, contou Powell, de 33 anos, que começou a usar esteroides há oito anos.

“Eu queria brigar com as pessoas. Tinha altos e baixos. Chorava e ficava com raiva. Eu queria lutar contra o mundo.”

Tom apresentou ainda outro efeito colateral: o desenvolvimento das mamas.

Depois de aparecer na edição de 2016 de Love Island, Tom transmitiu ao vivo a cirurgia de remoção do tecido mamário, que havia se tornado doloroso.

“Conheço 20 caras que também fizeram isso, e outros estão pensando em fazer”, acrescenta Tom.

Ele contou que agora utiliza uma dose muito mais baixa de esteroides, e adverte contra o uso deles.

“Não acho que valha a pena de maneira alguma”, ele diz.

“Se soubessem os efeitos colaterais, não sei se tomariam os compostos.”

‘Tenho que proteger outras pessoas’

“Só porque eu tomei essa decisão, não significa que você deva cometer esse erro”, afirma Joey.

“Você acha que eu quero falar diante de uma câmera que tenho insuficiência cardíaca, e contar a todos que tomo esteroides? Não, na verdade, não.”

“(Mas) talvez agora caiba a mim proteger e evitar que isso aconteça com outras pessoas.”

“Há problemas em relação ao entendimento dos efeitos colaterais a longo prazo e das consequências a longo prazo do uso de esteroides”, diz Chris Saville, autor de uma pesquisa realizada pelo sistema de saúde público do País de Gales e a Universidade de Bangor sobre o uso de esteroides.

A demanda e a disponibilidade de esteroides aumentaram nos últimos 20 anos, e seu impacto a longo prazo é um problema de saúde pública cada vez maior, adverte Jim McVeigh, especialista em uso abusivo de substâncias.

“Precisamos evitar a pregação. É preciso ouvir e escutar suas preocupações, fornecer evidências e manter um diálogo aberto. A decisão de mudar o comportamento ou reduzir os riscos é de cada indivíduo – esperamos que escolham a opção saudável”, explica o professor de uso abusivo de substâncias da Universidade Metropolitana de Manchester, no Reino Unido.

Este texto foi publicado originalmente aqui.



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Trump traz a Rússia do frio, mas a que custo para a Ucrânia? – Podcast | Donald Trump

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Trump traz a Rússia do frio, mas a que custo para a Ucrânia? - Podcast | Donald Trump

Presented by Jonathan Freedland with Kurt Volker and Chris Michael. Produced by Hattie Moir; the executive producer is Zoe Hitch

Em questão de dias, Donald Trump completou a mudança mais radical na política externa dos EUA em décadas, trazendo Putin de volta à dobra enquanto liderando a Europa. Ele afirma ter trazido o fim da guerra na Ucrânia à vista, mas com Volodymyr Zelenskyy e o resto da Europa excluídos das negociações dos EUA na Rússia, estamos realmente mais próximos da paz? E, a que preço?

Jonathan Freedland Fala com o diplomata veterano dos EUA Kurt Volker, que atuou como representante especial de Trump para a Ucrânia durante seu primeiro mandato, e o editor de notícias ao vivo dos EUA no Guardian Chris Michael

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O Canadá enfrenta processo por atrasos no programa de vistos de Gaza | Gaza News

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O Canadá enfrenta processo por atrasos no programa de vistos de Gaza | Gaza News

Montreal, Canadá – Famílias palestinas estão processando o governo canadense por atrasos em a emissão de vistos destinado a permitir que eles escapassem da guerra mortal de Israel em Gaza e recebam proteção temporária no Canadá.

Arquivado no Tribunal Federal do Canadá este mês, em nome de 53 palestinos na faixa de Gaza com membros da família no Canadá, o processo alega que o programa de visto especial do país foi atormentado por ineficiências.

Hana Marku, advogada de Toronto que representa as famílias, disse que todos os seus clientes enviaram um formulário que expressava interesse nos vistos no primeiro mês do lançamento do esquema em janeiro de 2024.

No entanto, nenhum recebeu os códigos de referência exclusivos necessários para passar para o próximo estágio do processo, que é o envio dos pedidos de visto canadense de seus parentes.

O atraso prolongado deixou seus parentes de Gaza abertos a “condições de risco de vida e condições desumanas” no território palestino, onde Israel bombardeou cidades, bairros e campos de refugiados por 15 meses, afirma o processo.

“Não há rima ou razão para como os códigos estão sendo lançados, e o fato de que não há transparência aqui é – é uma tortura emocional, francamente”, disse Marku à Al Jazeera.

“É tortura emocional para os membros da família canadense que fizeram um empreendimento financeiro na crença de que isso criaria a chance de tirar seus entes queridos de Gaza. ”

O Canadá lançou o programa especial de visto Gaza em 9 de janeiro de 2024, alguns meses após os ataques de Israel ao enclave palestino costeiro.

O esquema permitiu que cidadãos canadenses e residentes permanentes se candessem a trazer membros da família extensa de Gaza para o país em meio a a guerra. Se aprovado, os candidatos bem -sucedidos receberiam residência temporária por até três anos.

Mas desde o início, famílias e advogados de imigração disseram que o processo era confuso e Incluído perguntas invasivas Isso foi além do que normalmente é necessário, incluindo perguntas sobre cicatrizes ou ferimentos que exigiam atenção médica.

Eles também disseram que o Canadá não explicou por que algumas famílias palestinas receberam códigos para enviar suas solicitações, enquanto outras não.

Um porta-voz da Imigração, Refugiados e Cidadania Canadá (IRCC)-o Departamento Federal de Imigração-disse à Al Jazeera que estava revisando um “grande volume” de submissões no primeiro estágio e que os tempos de processamento variam de acordo com cada caso.

Em 28 de janeiro, o governo havia aceitado 4.873 pedidos de visto de Gaza no processamento, informou o departamento.

Na mesma data, 1.093 pessoas que saíram de Gaza sem ajuda das autoridades canadenses foram aprovadas para vir para o Canadá. De então, 645 pessoas chegaram ao país.

O programa será encerrado assim que 5.000 pedidos chegarem à fase de processamento ou após uma data final de corte de 22 de abril.

“O movimento de Gaza permanece extremamente desafiador devido a fatores fora de Controle do Canadá. Isso continua a ser a questão principal da rapidez com que podemos processar aplicativos de Gazans ”, disse o porta -voz do IRCC.

Mas Marku, advogado de Toronto, disse que seus clientes não estão pedindo assistência para deixar Gaza ou para uma decisão positiva sobre os pedidos de visto de seus parentes; Eles só querem a chance de enviar os aplicativos.

“Eles não podem continuar para o próximo passo nesse processo – eles nem conseguem preencher os formulários de inscrição – sem receber códigos de referência exclusivos”, disse ela.

“Estamos apenas pedindo uma ordem do Tribunal Federal para obrigar o governo federal a dar a essas pessoas códigos de referência únicos. É isso que tivemos que litigar. ”

Questionado sobre o processo, o IRCC disse à Al Jazeera que o governo não poderia comentar sobre casos específicos devido a preocupações com a privacidade.

Um dos demandantes do Canadá no processo, que conversou com a Al Jazeera sob condição de anonimato devido a medo de retribuição, disse que o esquema de vistos parece ter sido “projetado para falhar e não evacuar as pessoas” de Gaza.

“Eles não levam a sério o processo”, disse a pessoa sobre o governo canadense. “Eles não têm um sistema estruturado. É apenas um sistema ruim. Você tem que descobrir as coisas por conta própria, isso não faz sentido. ”

Os parentes que o autor esperava trazer para o Canadá permanecem em Gaza, que foi dizimado.

Um total de 48.319 palestinos foram confirmados mortos, embora o escritório de mídia do governo em Gaza tenha dito que o total pode chegar a 61.709, dados os corpos ainda a serem encontrados sob os escombros.

UM Ceasefire instável Entre Israel e Hamas, implementado no mês passado, forneceu um breve alívio de atentados generalizados, mas o enclave está em ruínas, e os palestinos enfrentam uma terrível crise humanitária, com escassez de alimentos e outros suprimentos básicos.

O demandante disse que assistir à destruição de longe enquanto lutava para acessar os vistos canadenses afetou mental. “Eu nunca … em toda a minha vida (tive) experimentar uma coisa dessas, a pressão como essa”, acrescentaram.

Enquanto isso, Marku disse que os advogados estão “trabalhando contra o relógio” para tentar receber os códigos de inscrição antes que o programa termine em abril.

O governo canadense tem 30 dias a partir de quando o processo foi aberto em 6 de fevereiro para enviar sua resposta, e Marku disse que sua equipe espera que o tribunal federal concorde com seus argumentos acelerados.

“Deixar as pessoas no limbo, eu acho, é quase pior do que recusá-las”, disse Marku à Al Jazeera. “Nesta situação, é cruel fazer isso com as pessoas.”



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