O homem acusado de matar o CEO da UnitedHealthcare foi indiciado por 11 acusações, incluindo assassinato como ato de terrorismo, anunciaram as autoridades na terça-feira.
O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, disse que a morte do CEO “foi um assassinato que pretendia evocar terror. E vimos essa reação”.
O suspeito, Luigi M., já foi acusado de homicídio no assassinato de Brian Thompson, mas a alegação de terrorismo é nova.
Bragg dirigiu-se à mídia durante uma entrevista coletiva, chamando o assassinato de Thompson de “tiro descarado, direcionado e premeditado”.
“Este foi um assassinato assustador, bem planejado e direcionado, com a intenção de causar choque, atenção e intimidação”, disse Bragg. “A intenção era semear o terror.”
Se for condenado, Luigi M. poderá pegar prisão perpétua sem liberdade condicional.
Luigi M. atualmente detido na prisão da Pensilvânia
Luigi M. foi preso depois que a busca pelo assassino por trás da morte do executivo de saúde hipnotizou os americanos.
Ele acabou sendo preso na Pensilvânia, onde foi acusado de crimes de arma de fogo e falsificação.
Ele foi preso lá sem fiança e luta contra a extradição para Nova York.
Mangione tem duas audiências marcadas para quinta-feira na Pensilvânia, incluindo uma audiência de extradição, observou Bragg.
Raiva contra o sistema de saúde dos EUA
O assassinato de Brian Thompson expôs a raiva das pessoas em relação ao setor de saúde.
Os americanos dependem principalmente dos empregadores para obter seguro saúde, uma vez que o país não possui um sistema de saúde universal.
Os cuidados de saúde privados são muito caros. Cerca de 500.000 pessoas pedem falência pessoal todos os anos devido a dívidas médicas.
A UnitedHealthcare, frequentemente criticada por rejeitar tratamentos prescritos por médicos, tornou-se um ponto focal da ira pública, apesar da seguradora confirmar que Luigi M. nunca foi um cliente.
*Nota do editor: A DW segue o código de imprensa alemão, que sublinha a importância de proteger a privacidade de suspeitos de crimes ou vítimas e obriga-nos a abster-nos de revelar nomes completos em tais casos.
ss/rm (AP, AFP, Reuters, dpa)