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Teatro D-Jaraguá: veja estrutura, história e programação – 19/01/2025 – Teatro

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Teatro D-Jaraguá: veja estrutura, história e programação - 19/01/2025 - Teatro

Bárbara Giovani

Quando São Paulo completava seu 4º centenário, o hotel Jaraguá abria suas portas na região central da cidade. Agora, 71 anos depois, o mesmo edifício modernista aproveita mais uma vez o aniversário da capital para inaugurar outro espaço, o Teatro D-Jaraguá.

No sábado (25), o local abre as portas com a estreia da peça “Balada Acima do Abismo”, criada a partir de textos de Clarice Lispector e protagonizada por Maria Fernanda Cândido.

“Ela começou a carreira dela aqui, amamentou o filho nas coxias deste teatro. Quis chamá-la para a estreia e ela topou”, afirma Darson Ribeiro, 59, ator, diretor e produtor que comanda o novo teatro.

O espaço cultural dará continuidade ao trabalho que começou a ser realizado com o Teatro-D, no Itaim Bibi. Inaugurado no final de 2019 com show de Ney Matogrosso, o local foi palco de peças com atores como Cássia Kis e Heloísa Périssé, até Ribeiro receber a notícia de que o prédio fora vendido e seria demolido.

Depois de dois anos e meio de trabalho -enfrentando uma pandemia neste período- o Teatro-D teve de encerrar as suas atividades em julho de 2022. Desde então, Ribeiro busca um novo lugar para continuar o projeto.

Edifício histórico

Recentemente adquirido pela rede brasileira Nacional Inn, o tradicional hotel paulistano foi construído como sede do jornal O Estado de S. Paulo.

Próximo às estações República e Anhangabaú, o edifício é parcialmente tombado pelo pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), a nível municipal, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo (Condephaat).

Além da arquitetura franco-brasileiro Jacques Pilon, que também projetou a Biblioteca Mário de Andrade, o hotel ficou conhecido pela riqueza artística que abriga. Na fachada, há um mural de Di Cavalcanti (1897-1976) e, no saguão de entrada, é possível observar um painel de Clóvis Graciano (1907-1988).

É bem em frente à obra que ficará a bilheteria do novo teatro, também ao lado do Bar do Clóvis, reaberto para acolher os frequentadores do espaço. O local já está funcionado diariamente a partir das 17h, com opções de cardápio como taças de vinho (R$ 28), porções de dadinhos de tapioca (R$ 37) ou de pastel (R$ 47).

O hotel também foi sede de eventos culturais, como o 1º Festival Internacional de Cinema. A partir daí, diversas personalidades nacionais e internacionais se hospedaram no local. Entre elas, Alain Delon, Ella Fitzgerald, Sophia Loren, Frederico Fellini, Brigitte Bardot, Louis Armstrong, Edith Piaf e rainha Elizabeth 2ª – todos fotografados e expostos em galerias no lobby do hotel.

O novo teatro

O Teatro D-Jaraguá está no andar E1 do prédio, um abaixo do saguão do hotel. Até o final de 2024, o espaço estava sendo utilizado em eventos corporativos. Para voltar a ser utilizado com fins culturais, Ribeiro realizou uma reforma da plateia ao palco.

Agora, o local passa a ter 260 poltronas e o palco, em formato italiano, foi rebaixado alguns centímetros para melhorar a visibilidade que o público tem das encenações. Na entrada, é possível ver pilastras pintadas pelo artista plástico Guilherme Kramer que relembram a estrutura do Teatro-D anterior.

Há também uma obra de Marysia Portinari, sobrinha de Cândido Portinari, encomendada para o hotel por Alaíde Quércia quando ainda era primeira-dama da cidade. A pintura foi encontrada em meio à reforma do teatro e segue exposta na entrada do local.

Além de “Balada Acima do Abismo”, outras peças passam pelo teatro no primeiro semestre de 2025. “Busquei para a programação peças que já fossem consagradas”, conta Ribeiro. A seguir, confira o que entra em cartaz no novo espaço.

Balada Acima do Abismo

Dir.: Gonzaga Pedrosa. Com: Maria Fernanda Cândido e Sonia Rubinsky. Livre

Momentos emblemáticos da vida e da obra de Clarice Lispector dialogam com um repertório para piano. Aborda temas como a espiritualidade, o feminino, a infância, a vocação literária e a paixão pela língua portuguesa da escritora.

De 25/1 a 9/2. Qui. a sáb., às 20h. Dom., às 19h. Ingr.: R$ 150 em Sympla


Helena Blavatsky, a Voz do Silêncio

Dir.: Luiz Antônio Rocha. Com: Beth Zalcman. 12 anos

Uma mulher está sozinha em seu último dia de vida e reflete sobre sua missão de vida e o conhecimento que adquiriu em diferentes lugares do mundo. O texto da filósofa Lúcia Helena Galvão está em cartaz desde o início de 2023 e faz quatro apresentações no novo teatro da capital paulista.

De 12 a 15/2. Qua. a sáb., às 20h. Ingr.: R$ 150 em Sympla


Parem de Falar Mal da Rotina

Dir.: Geovana Pires. Com: Elisa Lucinda. 14 anos

Em monólogo, a protagonista convida o espectador a uma auto-observação da dramaturgia diária, ou seja, da rotina. A comédia tem 22 anos de trajetória e já passou por diversos estados brasileiros.

De 20 a 23/2. Qui. a sáb., às 20h. Dom., às 19h. Ingr.: R$ 150 em Sympla

Outra Revolução dos Bichos

Dir.: Bruce Gomlevsky. Com: Gustavo Damasceno. 14 anos

Inspirado no livro George Orwell, o espetáculo solo faz um paralelo entre os anos 1945 e 2023 para tratar do autoritarismo em diversas partes do mundo.

De 11/3 a 3/4. Ter. a qui., às 20h. Ingr.: R$ 100 em Sympla


Um Tartufo

Dir.: Bruce Gomlevsky. Com: Glauce Guima, Gustavo Damasceno e Yasmin Gomlevsky. 14 anos

Propõe uma releitura do clássico de Molière à luz da cultura brasileira contemporânea. Sem falas, apenas com o uso do corpo, a companhia Teatro Esplendor trata de temas como a fé cega, o fundamentalismo religioso e a união entre religião e Estado.

De 7 a 30/3. Sex. e sáb., às 20h. Dom., às 19h. Ingr.: R$ 100 em Sympla


Raul Seixas, o Musical

Dir.: Leonardo da Selva. Com: Bruce Gomlevsky. 14 anos

Escrita com base em manuscritos do artista, a peça apresenta sua obra e seu papel no Brasil, tanto na classe artística como na sociedade. Sucessos como “Gita”, “Maluco Beleza” e “Metamorfose Ambulante” fazem parte do repertório do espetáculo, que já fez sucesso no Rio de Janeiro.

De 9/4 a 29/6. Qui. a sáb., às 20h. Dom., às 19h. Ingr.: R$ 150 em Sympla


Teatro-D-Jaraguá

R. Martins Fontes, 71, Centro, região central. @teatrodjaragua



Leia Mais: Folha

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China no domingo demitido Austrália’s As alegações de que não notificaram adequadamente antes de realizar exercícios navais nas águas internacionais.

O Ministério da Defesa da China disse que Canberra havia feito “acusações irracionais” e deliberadamente “empolgou” a situação depois que três vôos foram desviados por causa dos exercícios de fogo vivo de Pequim.

No sábado, China, pelo segundo dia consecutivoconduziu exercícios navais de fogo vivo em águas internacionais entre a Austrália e Nova Zelândiao que levou a interrupções nos vôos.

Três voos de passageiros foram para a Nova Zelândia foram desviados após o qual, a Austrália e a Nova Zelândia se queixaram de aviso prévio inadequado.

Marles disse que, embora a China não violasse o direito internacional, não seguiu as melhores práticas de notificar 12 a 24 horas, e Canberra havia levantado esse problema com Pequim.

O ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, disse no sábado que o governo ainda não tinha “uma resposta satisfatória da China quanto à questão do aviso” dos exercícios, que ele disse ser “desconcertante” para a aviação comercial.

O que a China disse?

Wu Qian, o principal porta -voz do ministério, disse a China não violou o direito internacional e emitiu aviso prévio.

“Durante o período, a China organizou o treinamento de armas navais em direção ao mar com base em emitir repetidamente avisos anteriores de segurança”, disse Wu em comunicado publicado no site do Ministério da Defesa.

“As observações relevantes do lado australiano são completamente inconsistentes com os fatos”, acrescentou.

Wu disse que não houve impacto na segurança aérea dos aviões de passageiros.

“A Austrália, sabendo disso, fez acusações irracionais contra a China e deliberadamente aumentou”, disse Wu.

“Estamos profundamente surpresos e fortemente insatisfeitos”.

Editado por Zac Crellin



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