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Tem direito à presunção de inocência, diz Lula sobre Braga Netto

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Tem direito à presunção de inocência, diz Lula sobre Braga Netto

Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil

Em sua primeira aparição pública após a cirurgia de emergência feita no crânio, na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou de surpresa no auditório onde ocorria a coletiva de imprensa de sua equipe médica, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na manhã deste domingo (15), logo após receber alta hospitalar.

O presidente contou sobre os sintomas que precederam sua internação, fez reiterados agradecimentos à equipe médica e comentou a notícia que movimenta o mundo político desde ontem, que foi a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Para Lula, é preciso ter paciência para que a Justiça faça o seu trabalho, mas se as acusações forem provadas, a punição deve ser exemplar.

“O que aconteceu essa semana, com a decretação da prisão do general Braga [Netto], eu vou demonstrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático. Eu acho que ele tem todo direito à presunção de inocência. O que eu não tive, eu quero que eles tenham. Todo o direito e todo o respeito para a lei ser cumprida. Mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente”, afirmou.

Braga Netto é um dos alvos do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022, incluindo, de acordo com a Polícia Federal, uma conspiração para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que era então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele já teve o indiciamento confirmado e poderá se tornar réu após análise pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Não é possível a gente admitir que, num país generoso como o Brasil, a gente ter gente de alta graduação militar tramando a morte do presidente da República, tramando a morte do seu e tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral”, acrescentou Lula.

O presidente da República afirmou que sua meta é retomar uma normalidade democrática no país e criticou o legado do governo Bolsonaro. “Na verdade, o Brasil não teve um governo de 2019 a 2022, o Brasil teve uma praga de gafanhoto, que resolveu destruir os valores, o respeito à democracia, às instituições, à governabilidade desse país”.

Reunião ministerial

Lula fica até a próxima quinta-feira (19) em São Paulo, onde mantém residência particular, para ter acompanhamento médico. Ele deve fazer uma tomografia no crânio para avaliar a recuperação dos procedimentos cirúrgicos. Depois, voltará a Brasília. O presidente afirmou que deve realizar uma reunião ministerial até o final do ano e cogitou voltar à São Paulo apenas para participar do tradicional evento com catadores de material reciclável, mas passará as festas de fim de ano em Brasília.

“Eu tenho reunião ministerial para fazer até o final do ano, tenho que decidir se venho no Natal dos catadores de material reciclável, que eu venho todo ano em São Paulo. Não vou para a praia, vou passar o Natal em casa, o ano novo em casa. E vou tentar obedecer com muito respeito as orientações do médico”, assegurou.



Leia Mais: Agência Brasil



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Burkina Faso, Mali e Níger acordam período de carência na retirada da CEDEAO | Notícias de política

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A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental espera aproveitar este tempo para convencer as três nações a permanecerem no bloco.

Burkina Faso, Mali e Níger terão um período de carência de seis meses após a sua saída da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), previsto para 29 de Janeiro de 2019. um ano depois de os países terem anunciado a sua intenção de partir.

A decisão, alcançada numa cimeira do principal grupo político e económico da África Ocidental este fim de semana na capital nigeriana, Abuja, foi vista como um último esforço para dissuadir os três países de abandonarem o país, uma medida que o bloco até agora não conseguiu travar. . Burkina Faso, Mali e Níger reafirmaram que a sua decisão de sair é “irreversível”.

Os três países, localizados na região central do Sahel, devastada pela insurreição, formaram o seu próprio grupo denominado Aliança dos Estados do Sahel (AES). A nova data efetiva de saída foi prorrogada até 29 de julho, embora 29 de janeiro ainda seja a data oficial de retirada. O bloco espera aproveitar o período de transição de seis meses para convencer os países a regressarem.

No sábado, as três nações declararam que os seus territórios permaneceriam isentos de visto para todos os cidadãos da CEDEAO após a saída. Esta medida aliviou as preocupações de que a sua saída pudesse ameaçar o livre comércio e a circulação dos 400 milhões de pessoas que vivem na região.

Entre os participantes na cimeira estava o presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, que serviu como mediador entre o bloco de 15 membros e os três países prestes a partir.

O presidente senegalês, que foi nomeado para liderar as negociações em julho, disse estar “fazendo progressos” nas conversações com os três países e acrescentou que não havia razão para que não mantivessem relações face às atuais preocupações de segurança na região, onde al- A Al Qaeda e o ISIL (ISIS) ganharam terreno.

A retirada do Burkina Faso, do Mali e do Níger da CEDEAO marcaria o culminar de um período tumultuado para o Sahel, onde uma série de golpes de estado desde 2020 levou as autoridades militares ao poder. Os novos governos promoveram laços mais estreitos com a Rússia à custa do seu antigo governante colonial, a França, e de outros antigos aliados da região e de outros lugares.



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CEDEAO aprova tribunal especial para julgar crimes do ex-ditador Yahya Jammeh

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CEDEAO aprova tribunal especial para julgar crimes do ex-ditador Yahya Jammeh

Durante uma cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Abuja, em 15 de dezembro de 2024.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) aprovou domingo, numa cimeira em Abuja, a criação de um tribunal especial responsável por julgar os crimes cometidos na Gâmbia entre 1994 e 2017 sob o antigo ditador Yahya Jammeh, refugiado na Guiné Equatorial desde a sua queda, anunciou o Ministério da Justiça da Gâmbia.

“Esta decisão também permite a adopção dos estatutos do tribunal que garantirão a justiça e o estabelecimento de responsabilidades pelas graves violações dos direitos humanos cometidas entre Julho de 1994 e Janeiro de 2017” sob o comando de Jammeh, especifica o ministério em um comunicado de imprensa enviado à Agence France-Presse (AFP). “Este é um marco histórico que marca um passo importante para a Gâmbia, para a região e para a comunidade internacional”sublinha o comunicado de imprensa.

“Depois de anos de atraso, este acordo poderá finalmente permitir que as vítimas de Yahya Jammeh tenham acesso à justiça”declarou num texto enviado domingo à AFP Reed Brody, da Comissão Internacional de Juristas, que trabalhou com as vítimas e as autoridades gambianas.

Multidão de crimes

A Gâmbia enfrenta o desafio de fazer justiça à multiplicidade de crimes cometidos durante os vinte anos (1994-2017) em que Yahya Jammeh governou este pequeno país da África Ocidental, sem litoral no Senegal, com mão de ferro, excepto pela sua fachada marítima. Por enquanto, os raros julgamentos de crimes cometidos pelo regime de Jammeh ocorreram longe da Gâmbia.

O governo gambiano aprovou em 2022 as recomendações de uma comissão que investigou as atrocidades perpetradas durante a era Jammeh. As autoridades concordaram em processar 70 pessoas, começando pelo Sr. Jammeh, que se exilou na Guiné Equatorial em Janeiro de 2017, depois de perder as eleições presidenciais de Dezembro de 2016 para o actual Presidente Adama Barrow.

O governo gambiano anunciou em Fevereiro de 2023 que estava a trabalhar com a organização dos Estados da África Ocidental para criar um tribunal responsável por julgar os crimes cometidos durante o reinado de 22 anos do antigo líder.

O mundo com AFP

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Lula recebe alta hospitalar após cirurgia no cérebro – DW – 15/12/2024

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Lula recebe alta hospitalar após cirurgia no cérebro – DW – 15/12/2024

Brasileiro Presidente Luiz Inacio Lula da Silva recebeu alta no domingo de um hospital de São Paulo depois de passar por uma cirurgia de emergência devido a uma hemorragia cerebral na semana passada.

“Estou aqui inteiro… voltando para casa com calma”, disse o presidente de 79 anos em uma aparição surpresa em uma entrevista coletiva de sua equipe médica no Hospital Sírio-Libanês.

Ele irrompeu na coletiva de imprensa sem avisar e aproximou-se dos microfones sem ajuda. “Estou vivo, ileso e pronto para trabalhar… tenho muito trabalho pela frente”, acrescentou Lula.

“Confesso que fiquei assustado com o volume de crescimento de fluido na minha cabeça. Fiquei preocupado com a urgência do pedido” para ir ao hospital, disse.

O que os médicos disseram?

“Ele está estável, andando, comendo e falando normalmente. Teve um pós-operatório muito bom, dentro das expectativas”, disse o médico Roberto Kalil aos jornalistas.

Segundo Kalil, Lula pode retomar as atividades, mas terá que descansar por 15 dias. “A única restrição é o exercício físico”, disse Kalil.

Outra médica, Ana Helena Germoglio, disse que a recuperação do presidente “superou as expectativas”.

“Nunca penso que vou morrer, mas estou com medo, por isso preciso seguir as regras”, disse Lula, acrescentando que se sente bem, mas não irá à praia nas férias de fim de ano. como muitos brasileiros fazem.

Que tipo de cirurgia Lula fez?

Lula passou por uma cirurgia bem-sucedida na terça-feira, em que os médicos perfuraram seu crânio para aliviar a pressão que se acumulou depois que ele foi atingido na cabeça em outubro, quando caiu no banheiro de sua residência presidencial.

Na quinta-feira, ele foi submetido a uma operação de acompanhamento para minimizar o risco de mais sangramento na área afetada.

O presidente permanecerá em São Paulo pelo menos até quinta-feira, quando fará exames de acompanhamento. Assim que for liberado, ele poderá retornar a Brasília e à sua rotina normal, disseram os médicos.

dh/jcg (AFP, dpa)



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